 Helmut Marko nasceu no dia 27 de abril de 1943 em Graz, na Áustria. Amigo do compatriota Jochen Rindt, foi totalmente influenciado a se ligar ao mundo da velocidade. Um dos melhores pilotos de seu tempo, Rindt foi o primeiro até hoje a conquistar um título de campeão mundial postumamente, em 1970. Quando entrou no carro para um treino oficial, no sábado, para o GP da Itália, tinha vencido cinco dos nove GPs disputados. Sofreu um acidente fatal naquele dia. Com os pontos já obtidos não foi alcançado pelos demais concorrentes.
Marko Já estava totalmente envolvido no automobilismo, quando perdeu o amigo Rindt, Marko já era reconhecido como um dos melhores pilotos de sua geração. Venceu a prova 24 Horas de Le Mans de 1971, em dupla com o holandês Gijs van Lennep e bateu o recorde de volta na Targa Florio de 1972, que jamais foi superado. Nesse mesmo ano já era contratado pela BRM na Fórmula 1. Participando do GP da França, em Clermont-Ferrand, o carro de Emerson Fittipaldi atirou uma pedra que foi atingir diretamente a viseira de seu capacete, a atravessou e provocou a cegueira permanente de sua vista esquerda. A promissora carreira de piloto de Helmut Marko se encerrou naquele dia. Afastado do automobilismo por alguns anos, voltou à ativa nas corridas como dirigente de equipes de Fórmulas 3 e 3.000, além de ter sido manager de Gehard Berger e karl Wendlinger, também austríacos. Nessa época conheceu seu compatriota empresário Dietrich Mateschitz, o criador e fabricante da bebida energética Red Bull e também apaixonado por velocidade. Marko propôs a criação da Academia Red Bull, com o objetivo de formar novos campeões em potencial. O passo seguinte de Mateschitz foi adquirir uma equipe própria, ao absorver a equipe Jaguar. Homem de confiança da Red Bull até hoje, ao completar 80 anos, é quem decide sobre o destino dos pilotos tanto da matriz Red Bull quanto da filial Alpha Tauri. Marko não tem muita paciência com seus pilotos. Exige o máximo de desempenho em espaço de tempo muito curto. Acaba de queimar a carreira de Nick de Vries. Lembra de cobrar mas não se lembra de oferecer um carro minimamente guiável para seus pilotos. A Alpha Tauri foi 9ª colocada entre os construtores em 2022. Agora, em 2023 é a 10ª e última colocada, com apenas dois pontos em dez corridas. Nick de Vries foi campeão na Fórmula E e Fórmula 2. Entre os três novatos do ano – os outros dois são Oscar Piastri e Logan Sargeant – é o mais experiente, aquele que poderia contribuir para a evolução do carro. Nick não desaprendeu, mas não se adaptou ao carro. Isso pode acontecer, é preciso pelo menos uma temporada completa para avaliar melhor. Piastri e Sargeant, tudo indica, terão essa chance e estão evoluindo. Marko tem uma maneira dura de agir. Fala no ouvido do piloto exigindo melhores resultados. Fez isso com Gasly, com Albon e está fazendo com Perez. Nos contratos com seus pilotos tem sempre uma cláusula que permite à equipe dispensar o piloto quando bem entender. Será que no contrato com o Verstappen tem a mesma cláusula? Na Fórmula 1 também funciona a máxima “manda quem pode e obedece quem em juízo”. Próximo encontro: GP da Hungria, no dia 23 de julho Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
