E aê Galera... agora é comigo!

O final de semana foi de automobilismo pra todos os bolsos. Enquanto tivemos a categoria gourmet do automobilismo brasileiro – a Porsche GT3 Carrera Cup – acelerando em Interlagos, tivemos em Tarumã mais um encontro dos “pilotos de classe média” do Marcas BR, que novamente correram juntos com o Campeonato Brasileiro de Turismo 1.4, categoria que não cubro diretamente, por falta de tempo disponível, mas que vai ter seu espaço porque o Ogro ta na Pista.

Nas próximas duas semanas vamos ter entressafra de corridas e eu vou combinar uma parada com vocês, leitores: essa semana vou deixar o foco na categoria gournet e nas próximas semanas eu coloco o resgate do Marcas BR e na seguinte um especial sobre o Brasileiro de Turismo 1.4. Pra compensar, prometo caprichar nas pílulas.

A Porsche GT3 Carrera Cup e seu pessoal cheio da grana tomaram as dependências do autódromo internacional José Carlos Pace (Não é do presuntinho) e que merecia ter os dois dias de corrida transmitidos e não apenas o domingo, mas a transmissão feita pelo Youtube e pelo streaming teve a narração do meu camarada e melhor narrador de automobilismo do país, o Sinestro, que infelizmente tem que carregar a tiracolo o mala sem alça do genro do Matuzaleme, o Prosdócimo.

No sábado tivemos a primeira corrida da Carrera Cup e da GT3 Challenge. A primeira corrida foi a da categoria Carrera Cup e a pole position era de Werner Neugebauer e tendo ao seu lado Nicolas Costa pra puxar o grid de 24 pilotos. Após a volta de apresentação tivemos a largada em movimento e os pilotos chegaram bem agrupados no final da reta dos boxes, mas saíram todos inteiros do “S” da Sadia. O pole vacilou, tomou um totó de Marçal Muller nogo que apagaram as luzes vermelhas e isso foi o suficiente para Nicolas Costa tomar a ponta. Quem fez uma largadaça foi Peter Ferter, que ganhou a P3. Miguel Paludo, que largou lá pra trás veio escalando o pelotão nas primeiras voltas, assim como Alceu Feldmann. O líder vinha fazendo voltas mais rápidas em sequência e vinha se mantendo a salvo de Werner Neugebauer. Os ‘comissacos’, com falta do que fazer na corrida que estava tranquila, inventaram uma punição de 5s para Peter Ferter por um toque lateral com Marçal Muller. Coisa de corrida que esse povo gosta de estragar. Até o Prosdócimo criticou a decisão (é o sinal do fim dos tempos... eu concordando com o Prosdócimo), mas antes mesmo da punição, Marçal Muller tomou a P3 do “Tubarão”. Nos minutos finais Marçal Muller chegou em Werner Neugebauer e Marçal Muller tomou a P2 a menos de 2 minutos do final. Gustavo Farah perdeu o controle na saída do “S” da Sadia e bateu forte no guard rail da curva do sol. O Massaranduba (diretor de prova que é madeira de lei...) não estragou a corrida botando pra fora o Safety Car e deixou a corrida seguir até o final. Nicolas Costa venceu com sobras, seguido de Marçal Muller e Werner Neugebauer.

Em seguida veio a corrida da GT3 Challenge, que tinha na pole position de Eduardo Taurisano e ao seu lado estava a Moleca Sensação, Antonella Bassani para puxar o grid de 22 pilotos. Após a volta de apresentação os pilotos pisaram fundo com a bandeira verde e mesmo conseguindo fazer a primeira perna no “S” da Sadia na frente, faltou braço pra segurar a Moleca que tomou a ponta depois da segunda perna e se consolidou na frente no contorno da curva do sol. Eduardo Taurisano se manteve na P2, seguido de Gustavo Zanon, mas os tios da categoria vinham babando atrás da Fera de Concórdia, que fechou a primeira volta com uma vantagem de quase 1s pros tios. Antonella Bassani ia tentando abrir vantagem, mas Eduardo Taurisano vinha na mesma tocada e os dois estavam abrindo vantagem, mas o P2 encostou na Moleca Sensação na volta 5 e a briga ficou boa... e entre dois estreantes na categoria. Na volta 6 Antonella Bassani pensou no campeonato e deixou o pole position assumir a ponta e evitou a perda de tempo na briga para os outros pilotos não chegarem neles. Américo Lanzoni ficou com o carro parado na subida da junção e o Massaranduba (diretor de prova madeira de lei) bateu o pau na mesa e botou pra fora o Safety Car. O Serviço foi rápido e na relargada os 5 primeiros mantiveram suas posições, mas em seguida Cristian Mohr tomou a P3. Logo em seguida uma panca de Urubatan Jr e Arthur Santos bateram forte na entrada da reta oposta e o Massaranduba boltou o Safety Car de volta na pista. A corrida acabou em bandeira amarela, com vitória de Eduardo Taurisano vencendo sua primeira na categoria, com Antonella Bassani na P2 e Cristian Mohr na P3.

No domingo tivemos as arquibancadas do Autódromo Internacional José Carlos Pace com ocupação praticamente completa. Há algum tempo há venda de ingressos, mas segundo as informações que coletei de colaboradores presentes, a grande maioria era de convidados, como são aquelas arquibancadas “com setores coloridos” na Stock Car. Com um pouco menos de frio no domingo, será que poderíamos esperar corridas mais quentes? Na voz do melhor narrador de automobilismo do país, meu camarada, o Sinestro, a temperatura sempre sobe!

Com a inversão nutella sorteada do grid o “Agro Driver” Raijan Mascarello largava na pole position e tinha a seu lado Alceu Feldmann para puxar os 23 pilotos do grid (Gustavo Farah não alinhou). Após a volta de apresentação o Massaranduba deu a largada e a colheitadeira do pole positions se posicionou bem pra tentar manter a ponta, os demais só não contavam com a astúcia colorada de Miguel Paludo que tolou a P2 na descida do “S” da Sadia e deixou a briga pela P3 entre Marçal Muller, Alceu Feldmann e Werner Neugebauer, que chegaram a fazer um 3-wide na descida do lago, mas na tomada para o laranjinha, Alceu Feldmann ao ver Werner Neugebauer avançando por fora, forçou a barra, tocou no “chococarro” e o deixou atravessado na cruva. Nelson Monteiro não conseguiu desviar e sem vermos as imagens, no miolo (entre o S verdadeiro e o Bico de Pato, Miguel Paludo tomou a ponta. Confusão armada e o Massaranduba (diretor de prova madeira de lei) botou pra fora o safety car. Trabalho rápido e Miguel Paludo relargou bem, manteve a ponta e abriu. O piloto da colheitadeira de soja vacilou e na reta oposta e tomou de Marçal Muller na curva do lago. Peter Ferter veio na carona e botou de lado por fora no laranjinha. O latifundiário quis defender seus hectares e bateu porta com o “tubarão”. Os dois se deram mal e uma fila de carros passou por eles. Miguel Paludo era o líder, Marçal Muller o segundo e Nicolas costa o terceiro. Depois de saírem de posições mais atrás, Marçal Muller tirou a diferença para Miguel Paludo e foi para o ataque. Nicolas Costa não estava acompanhando, mas a batida de Bruno Campos na saída da curva do lago fez o Massaranduba (diretor de provas madeira de lei) bater o pau na mesa e botar pra fora o Safety Car novamente, agrupando o pelotão. Na relargada Miguel Paludo mandou bem de novo e todo mundo passou inteiro pelo “S” da Sadia, mas na saída da curva do sol Peter Ferter rodou sozinho mas felizmente ninguém bateu nele. Os quatro primeiros se destacaram, com Miguel Paludo, Marçal Muller e Lucas Salles, mas a briga por posição era só entre Paludo e Muller. Miguel Paludo estava na defensiva e com isso Nicolas Costa foi se aproximando. Lucas Salles ficou pra trás, Nicolas Costa não encostou e Marçal Muller tentou o que podia, mas não conseguiu tirar a vitória de Miguel Paludo, que venceu sua 40ª corrida na categoria e se tornar o seu maior vencedor.

Em seguida à premiação do pódio tivemos a corrida da GT3 Challenge com Miguel Mariotti largando na pole position pela inversão sorteada do grid e com Marcelo Tomasoni para puxar o grid de 21 carros, com a falta de Urubatan Jr. que não veio para a corrida. Largada em movimento e Marcelo Tomasoni mostrou porque é o líder do campeonato e deixou o pole na saudade na saída do “S” da Sadia, por onde todos passaram ilesos. Largadaça da Moleca Sensação, que saiu da curva do presuntinho na P3. Na passagem seguinte pelo “S” da Sadia a Fera de Concórdia tomou a P2 sem tomar conhecimento do tio Mariotti e cravou a volta mais rápida até aquele momento e foi pra cima do líder do campeonato, mesmo com pneus usados e 40 Kg extras no carro. Eduardo Taurisano não estava tão confortável no tráfego e fez Gustavo Zanon rodar na tomada do laranjinha para ganhar a P4. Sem dar papo pra torre, Taurisano passou por Miguel Mariotti na curva do lago pra tomar a P3.  A disputa pela liderança permitiu Eduardo Taurisano chegar nos dois primeiros. Antonella Bassani atacou Marcelo Tomasoni no “S” da Sadia, mas tomou o X na segunda perna e saindo mal da curva, foi superada por Eduardo Taurisano no final da reta oposta. Eduardo Taurisano vinha voando e passou por Marcelo Tomasoni na volta seguinte no “S” da Sadia. O novo líder, que não carregava nenhum peso extra, foi abrindo vantagem enquanto Antonella Bassani voltava a encostar em Marcelo Tomasoni. A imagem não mostrou, mas o líder perdeu rendimento e foi superado por Marcelo Tomasoni a 5 minutos do final e os três primeiros ficaram juntos novamente. Retomando o ritmo, duas voltas depois Eduardo Taurisano recuperou a liderança e manteve a ponta até a bandeira quadriculada, com Marcelo Tomasoni em 2° e Antonella Bassani em 3°. Foi a primeira vez na temporada que um piloto venceu as duas corridas do final de semana. Como de praxe, os ‘comissacos’ puniram alguns pilotos, mas as punições não alteraram o pódio.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Mesmo com poucas corridas pra ver na TV (mantive o foco na internet com as categorias sobre as quais escrevo), o pessoal não decepciona. Ivan, o Terrível, narrando a Fórmula Black&Decker lá de Roma, depois de ver Pascal Wherlein bater e ir para os boxes trocar o bico do carro, falou que ele estava tendo uma “boa oportunidade”. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido em toda Palmas.

- Nas duas corrida do final de semana assistimos dois acidentes bizarros na Fórmula Black&Becker, que se quer fazer corridas em pista de rua, deviam usar avenidas e não vielas. A gente até tenta mas é dureza (o advérbio não era bem esse...) chamar aquilo de corrida.

- No domingo, Ivan, o Terrível, continuou fazendo valer o apelido que lhe dei. Ao menos fomos poupados da paquidérmica presença do Prosdócimo, que ficou apenas nas costas do Sinestro na transmissão da Porsche Gourmet.

- Por falar em transmissão, enquanto a Band transmitia as corridas da Porsche Gourmet ao vivo e em TV aberta, os canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...) passava coisas como um jogo de futvolei. Nhonho Peitolas deve estar distribuindo currículos por aí.

- Hoje, com o time completo (Barbicha, Tigrinho e Mestre dos Magos), dispensei a companhia da MamaBia e assisti a F. Indy nos canais do Pateta. #saiforacepacol

- Final de semana de corrida da F. Indy e Michael Andretti estava em Roma, acompanhando sua equipe na Fórmula Black&Decker, vencedora no domingo. O cara quer mesmo dominar o mundo.

- Helio Vasconeves, já em posse do bilhete azul dado pela equipe, metru um Nuggett no penteado. Mesmo fazendo o melhor qualy do ano, na corrida, não ameaçou ninguém, tomou um toque na traseira, rodou e abandonou.

- Na Porsche Gourmet, além do Prosdócimo não fugir do óbvio ululante para evitar as bobagens (o advérbio não era bem esse...) que falou no sábado na transmissão da F. Black&Decker, o que mais se viu em Interlagos foi um poeirão em toda pista por conta das obras para coisas que nada tem a ver com corridas no autódromo. Quero ver o que vão falar quando chegar a F1 e encontrarem isso.

do óvbio ululante para evitar as bobagens (o advérbio não era bem esse...) que falou na transmissão da F. Black&Decker no sábado .

- Indicação da minha camarada Doris Vrummmm, assisti uma corrida da F. Truck europeia. Grid pequeno e parecia serem caminhões elétricos. Era fumaça zero!

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar