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Automobilismo no Mato Grosso do Sul PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 06 January 2011 00:10

 

 

O estado do Mato Grosso do Sul é um estado jovem na federação de estados que compõem o Brasil. Fruto da decisão política de dividir melhor o antigo estado do Mato Grosso e assim – teoricamente – poder administrar de forma mais eficiente aquele território que se apresentava como grande e nova fronteira agrícola do país, em 1977, foi assinado o decreto de separação, que só veio a ser homologada em 1979. 

 

Contudo, antes desta separação – de fato – havia um espírito de união – de paixão – que agregava alguns jovens que circulavam na parte sul do antigo estado: o automobilismo! 

 

O nome de André Puccinelli, atual governador reeleito do estado do Mato Grosso do Sul está fortemente ligado não apenas à política, mas também ao esporte a motor. Foi durante sua gestão, como prefeito da Cidade de Fátima do Sul que surgiu o primeiro kartódromo do estado e onde, reunindo-se para correr e falar de automobilismo... e assim começou a nascer a Federação de Automobilismo daquele estado. 

 

Com áreas imensas e livres para prática do automobilismo em seu estilo mais bruto – a Velocidade na terra – logo pessoas como Nelson Pereira, Claudemir Neves, Valdemir Terra e Orlando Moura, entre outros, foram tratando de organizar o automobilismo no estado. Quando o decreto do Governo Federal dividiu o antigo estado do Mato Grosso, a Federação de Automobilismo já existia, mas sua sede nunca fora em Cuiabá: era em Campo Grande e assim, tornou-se a Federação de Automobilismo do Estado do Mato Grosso do Sul – FAMS. 

 

 

A sede da FAMS fica dentro de um dos empreendimentos do atual presidente, Valdemir Terra. Nem sempre foi assim. 

 

Em sua trajetória para conquistar um espaço no cenário automobilístico nacional, um grande parágrafo precisa ser dedicado ao senhor Orlando Moura. Este paranaense, que – como tantos – adotou o estado como sua terra natal, foi responsável pela doação do terreno onde hoje localiza-se o kartódromo da cidade Campo Grande. Foi Orlando Moura que comprou o terreno e trabalhou arduamente para que o estado e – no caso – sua capital, tivessem um autódromo de padrão internacional. 

 

 

A foto aérea do kartódromo de Fátima do Sul, após uma etapa do certame regional. Uma obra do prefeito e piloto. 

 

As pessoas que tanto trabalharam para que o estado tivesse um local apropriado para suas competições passou por todos aqueles estágios que outros estados passaram, com competições de arrancada acontecendo em locais adaptados. E, como não bastassem as dificuldades que se tem em fazer automobilismo neste país, a FAMS ainda passou por suas próprias agruras, como a disputa de poder pelo autódromo, o ato da juíza do estado que proibiu as competições de rally na região do pantanal e, por fim, o conflito dentro da federação que levou o presidente, Sr. Paulo Pereira, a afastar-se do cargo depois de um longo período de dois anos e meio que causou grandes danos ao automobilismo local. 

 

 

 

Apesar de possuir uma das melhores pistas de competição para velocidade na terra, tanto que o autódromo Vécio Barbosa, localizado no bairro Octávio Perobá, recebeu duas etapas do Campeonato Brasileiro de Velocidade na Terra em 2010. O interessante é que trata-se de uma pista privada, pertencente ao atual vice presidente da FAMS, Paulo Barbosa, que cede o local sem ganhos pessoais para a realização de eventos no local. Nem assim, por conta dos acontecimentos recentes, o campeonato regional vem acontecendo. Os poucos pilotos remanescentes no estado preferem correr em locais improvisados e esporadicamente. A pista, de 1450 metros de comprimento, é uma das mais técnicas do Brasil.

 

 

Fotos da construção do kartódromo de Campo Grande. Um terreno doado por Orlando Moura e um patrimônio da federação. 

 

Hoje a FAMS passa por um processo de soerguimento, tentando buscar o que foi perdido pelas mãos de Valdemir Dias Terra, que foi presidente entre 1993 e 1996, além de ter sido vice presidente durante os 12 anos que antecederam a crise. 

 

Neste período, o autódromo sofreu uma grande obra de recuperação de sua pista, além de outras obras estruturais que o deixaram dentro de um excelente padrão. A FAMS é proprietária do kartódromo da cidade e hoje, um grupo de mais de 15 pessoas, todas voluntárias, trabalham para que o automobilismo do estado tenha um crescimento consistente, que se estabeleça e possa se firmar como uma referência no cenário automobilístico nacional. 

 

 

Antes do autódromo, as provas de arrancada eram em locais adaptados... graças ao empenho de Orlando Moura CG tem autódromo.

 

Para falar melhor sobre os desafios de se fazer automobilismo no estado do Mato Grosso do Sul, procuramos o atual presidente, Valdemir Dias Terra, que recebeu a nossa equipe para uma conversa franca e sem rodeios sobre a realidade dos fatos e os planos para o futuro.  

 

Valdemir Dias Terra é um “imigrante”, assim como tantos outros. Este paulista de Catanduva, que nasceu em 22 de fevereiro de 1959, casado, com um casal de filhos (o rapaz é atleta, mas para ele, o kart é apenas diversão) tem mais de 30 anos dedicados ao automo-bilismo do estado. 

 

Foi através de um amigo angolano que Valdemir – ou Terra, como todos o conhecem – foi introduzido no kart, já residindo no estado, quando este ainda se chamava Mato Grosso. A descoberta da emoção sobre rodas o levou a comprar um kart e a participar de provas no interior, em especial em Fátima do Sul, cidade natal do atual governador do estado, André Puccinelli, que construiu um kartódromo na cidade quando era prefeito, além de outras provas realizadas em circuitos improvisados. Chegou a andar nos “gaiolas”, em velocidade na terra, mas aí foi tomando gosto por organizar e promover os eventos. 

 

Como piloto, humildemente, Valdemir Terra considera a si mesmo um piloto limitado, por isso, sem grandes feitos nas pistas. Como administrador, ele é um verdadeiro operário, uma pessoa que trabalha para o automobilismo. Tendo sido presidente da FAMS entre 1993 e 1996, estando de volta ao cargo desde o final de 2008, sempre esteve envolvido com a administração desde antes deste período, o que se pode atestar pelas fotos da construção do kartódromo de Campo Grande, em 1990. 

 

A FAMS funciona na base do “vamos fazendo o que podemos”, com uma sede improvisada nos fundos da concessionária de carros usados de Valdemir Terra, o escritório é “comandado” por uma eficientíssima secretária que, por trás da sua estrutura frágil, é uma verdadeira gigante em termos administrativos de de conhecimento sobre regulamentação técnica. D. Neuza Ribeiro tem mais de 20 anos de bons serviços prestados ao automobilismo do estado... Terra está muito bem assessorado! 

 

NdG:  Como foi o processo de criação da FAMS? 

 

Valdemir Terra: A FAMS nasceu através do kart, pelas pessoas que começaram o kart no estado, gente como o Claudemir Neves, que trabalha ligado ao kart até hoje, também o Nelson Pereira e foram estas pessoas que criaram a federação e, de lá para cá, muitos ainda continuam trabalhando duro para manter o automobilismo no estado. Ao longo deste período tivemos algumas vitórias, como a construção do autódromo da cidade... e não só isso, mas termos nos estabelecido no calendário de eventos das principais categorias do automobilismo. Tivemos nossos contratempos, como o afastamento do último presidente, o que me trouxe de volta ao cargo, mas no geral, acho que ainda trabalhamos de forma positiva. 

 

NdG:  O início de tudo, foi antes ou depois da divisão do estado? 

 

 

Quando chegamos ao endereço onde constava no site da CBA como sendo o da FAMS, encontramos algo bem diferente... 

 

Valdemir Terra: Foi antes. A Federação de Automobilismo do Mato Grosso, quando era um só estado, era aqui em Campo Grande. Quando foram separados, a estrutura já existente ficou aqui no Mato Grosso do Sul. O Mato Grosso foi estruturar sua federação depois disso. A nossa primeira obra, como Federação do Mato Grosso do Sul, foi a construção do kartódromo de Campo Grande, que fica na saída da cidade que vai para São Paulo, pela Moreninha. O terreno foi uma doação e um dos doadores foi Orlando Moura, que veio a ser o criador do autódromo da cidade. Inclusive, era idéia dele fazer um autódromo e não um kartódromo no local, mas como o terreno era pequeno (cerca de 2 hectares), partiu-se para o projeto do kartódromo, que é um patrimônio da federação. 

 

NdG:  Já que o senhor falou do kart e do kartódromo, como está a situação do kartismo no estado? 

 

Valdemir Terra: Como disse, temos um patrimônio nosso, que é o kartódromo e nós é que temos que mantê-lo e administrá-lo. Isso custa dinheiro e para tal nós temos um contrato de arrendamento para locação, que é o kart outdoor, mas que tem horários e períodos reservados para os treinos dos competidores. Já fizemos dois brasileiros de kart aqui nos anos 90 e hoje temos 40 pilotos, distribuídos nas categorias Cadete, temos uma que chamamos de “fórmula kart”, com motores refrigerados à água, temos a com motores de moto, com marcha. O campeonato tem 7 etapas, mais a Copa Fundesporte, que é um prêmio do governo. Algumas etapas conta para as duas competições.  

 

NdG:  Quais eventos são organizados atualmente aqui no estado? O que existe de calendário regional e nacional aos cuidados da FAMS? 

 

 

Houve um tempo em que havia rally no Mato Grosso do Sul... até uma juíza proibir a prática na região do pantanal. 

 

Valdemir Terra: No ano de 2008 nós tivemos um problema delicado na federação e o afastamento do então presidente, o que acabou por me reconduzir à presidência. A gestão que foi interrompida paralisou as atividades quase que totalmente e no momento, ainda estamos num processo de reestruturação. Conseguimos, com apoio das autoridades locais, recursos para a reforma do Autódromo e a recolocação de Campo Grande no cenário nacional. Além disso, como cuidamos nós mesmos o kartódromo, trabalhar o kart, não apenas na capital, mas também no interior. Estamos investindo na reestruturação do rally através do rally universitário. Temos também o regional de turismo, mas este precisa ter um fator de motivação que dê uma guinada na situação atual, que está com grids pequenos. Arrancada aqui no estado é muito forte, isso leva público ao autódromo e ainda tem a vantagem social de tirar os rachas de rua. Apesar de não ser um evento organizado pela FAMS, conta com o nosso apoio. 

 

NdG:  Quantos pilotos federados a FAMS tem atualmente? 

 

Valdemir Terra: Quando eu assumi a presidência após a saída do meu antecessor havia apenas 40! Hoje temos quase 120, incluindo kart, turismo, arrancada e offroad... sem contar o pessoal do rally universitário. O número pode parecer pequeno, mas são 120 pilotos que competem, que participam dos eventos, paga as taxas anuais... são participantes efetivos.  

 

NdG:  Quantas praças de competição existem no estado, incluindo pistas de terra, kartódromos, locais de arrancada... 

 

 

O abnegado e visionário Orlando Moura, desde os tempos da velocidade na terra até conseguir que o autódromo fosse feito. 

 

Valdemir Terra: Temos um kartódromo em Itaquiraí, mas que devido a distância a gente só vai lá uma vez por ano. Fazemos algumas provas de kart em Ponta Porã, onde montamos a pista num conjunto de ruas mas que o pessoal gosta de correr. Tínhamos Fátima do Sul, mas o kartódromo ta abandonado, toda vez tem que arrumar e é uma pena porque é uma pista que todo mundo gosta de correr, não é muito grande, tem 700 metros, mas é boa e técnica. A gente só queria manter a pista, nem precisava melhorar. Nós já tivemos um pessoal de velocidade na terra muito bom por aqui, mas que se perdeu com o tempo e é um dos projetos que estamos tentando retomar. O atual vice presidente, Paulo Barbosa, tem uma pista particular, onde foram feitas etapas do brasileiro de velocidade na terra, de fórmula tubular. A pista tem uma boa estrutura... agora precisamos é trazer os pilotos de volta à ativa. A pista é aqui perto e os pilotos que temos estão mais no interior do estado e fica sempre aquela coisa do ter que se deslocar, etc. Daí eles correm em locais improvisados e que não é o melhor para eles mesmos. A gente tenta ajudar, mas tem que ter bombeiro, ambulância... 

 

NdG:  Corridas em circuitos de rua... fazem alguma? 

 

 

A velocidade na terra já teve mais força. Faltam pilotos no estado, que recebe sempre etapas do brasileiro da modalidade.

 

Valdemir Terra: Só a de kart. Carros, só no autódromo. 

 

NdG:  Além do Rally Universitário, existem outras competições de offroad no estado? 

 

Valdemir Terra: É um outro problema que nós temos: nós já tivemos um rally muito forte aqui no pantanal, mas no início dos anos 90 apareceu uma juíza que proibiu os rallies justamente na região que era o grande atrativo pela dificuldade que é no pantanal. Para o pessoal universitário, que é amador, um trajeto com menos dificuldade cai melhor, mas para o pessoal que é profissional do rally, o desafio é o pantanal. A gente tem até como fazer um trabalho de acompanhamento, de limpeza de trilha... a gente quer mostrar o pantanal, não acabar com ele. É uma forma de trazer turismo para o estado também. 

 

NdG:  A arrancada aqui no estado, como o senhor disse, é um sucesso. Como são as provas? 

 

 

Depois que foi feito o autódromo, as arrancadas - que são um sucesso de público - passaram a acontecer em local próprio. 

 

Valdemir Terra: Fazemos as etapas de arrancada na reta dos boxes do autódromo, em percursos de 201 metros. Como vocês devem saber, faz-se etapas com 402 e 201 metros. Aqui fazemos com 201. Até chegamos a fazer provas de 402 metros, mas tinha que começar muito no início da reta e para frenagem o espaço não dava margem a um problema mecânico. Daí optamos por fazer com 201 metros, o que deu mais segurança para todos. O campeonato tem 6 etapas e nós temos hoje 26 pilotos federados que disputam estas etapas. 

 

NdG:  Como você faz o calendário da FAMS? 

 

Valdemir Terra: A gente lança o calendário em janeiro. Se coincidir alguma data com algum evento que sabemos que trará um bom retorno financeiro, a gente mexe no calendário local... uma semana prá frente, ou antecipa... procuramos é atender todo mundo. 

 

NdG:  Quantas pessoas trabalham hoje para a FAMS? 

 

 

Vista aérea do kartódromo da cidade de Campo Grande. Dois campeonatos brasileiros já foram realizados neste circuito. 

 

Valdemir Terra: O trabalho aqui é todo voluntário. Eu nem nenhum dos diretores recebemos um tostão para fazer parte da FAMS. Somos um grupo de 15 pessoas, talvez 20, que dedicam parte do seu tempo pessoal, de suas vidas para o automobilismo do estado. Esse número varia assim mesmo devido aos eventos. Se temos dois eventos no mesmo final de semana, tipo, kart e corrida no autódromo, temos que dividir e fazer a coisa funcionar. A única funcionária de carteira da FAMS é a D. Neuza, secretária da federação. 

 

NdG:  A FAMS não tem uma sede própria? 

 

Valdemir Terra: Tem... mas não é da federação. Fica aqui do lado, com uma entrada pelo corredor... é onde a D. Neuza [Ribeiro], a secretária, atende em expediente normal a qualquer piloto ou que venha tratar de algum assunto relativo à FAMS. Está precisando de uma reforma, algo que estamos providenciando. Daqui, quando terminarmos, iremos até lá. É ela quem manda na FAMS! (risos)  

 

NdG:  Em outros tempos, a FAMS teve outra sede que na esta aqui que, na realidade, está dentro do terreno de um empreendimento seu? 

 

 

O incentivo ao rally universitário tem sido uma das formas que a FAMS tem buscado para fortalecer o seguimento offroad. 

 

Valdemir Terra: Sempre teve. A CBA exigia isso, nos tempos do Reginaldo [Bufaiçal, expresidente da CBA] que a Federação tenha uma sede, seja própria ou alugada, mas que seja dela. Ele sempre dizia que não queria uma “Federação de papel”. Sempre tivemos uma sala, um local, alugado... mas sempre foi algo perto de onde estávamos pois a gente – eu ou o Nelson – tínhamos nossas vidas, nossos negócios, mas tendo a sede da FAMS perto, ficava fácil ir até lá. 

 

NdG:  Quais os maiores desafios que a Federação enfrenta? 

 

Valdemir Terra: Hoje é trazer as pessoas que gostam de automobilismo, que queiram correr, para a federação, para o autódromo. Precisamos ter mais pilotos nas categorias como o turismo. Até andei mantendo contato com o Pedro Virgínio lá no Ceará para ver como posso viabilizar a vinda de carros como os que ele faz para cá. Perdi por pouco para o Leandro Totti os Spyders que estavam em Pernambuco... foi questão de dias. Precisamos motivar mais as pessoas que gostam de correr, a correr. A gente não tem a tradição que tem no Paraná, no Rio Grande do Sul, de gente que gosta e que mexe com mecânica, oficinas, preparação... aqui temos poucos. Aí um mecânico tem 3, 4, 5 carros para cuidar. Por isso que pensei em trazer carros todos iguais para correr aqui. Assim, facilitar a vida de todos, baixar os custos... para o piloto correr por prazer e sem gastar nenhuma fortuna. Espero conseguir fazer isso em 2011. 

 

NdG:  Qual é a situação da FAMS em relação a CBA? Situação ou oposição? 

 

 

Não se engane que achar na pequenina D. Neuza uma pessoa sem força. Ela é a prova de que tamanho não é documento!

 

Valdemir Terra: Somos situação. Apoiamos a gestão do Cleyton Pinteiro, desde que esteja trabalhando da forma correta como hoje achamos que a CBA está fazendo um trabalho sério e correto, eu e os membros da FAMS estaremos apoiando todos os atos. Se, por ventura, se desviar do caminho, a gente vai deixar de apoiar, mas repito, hoje, a CBA está fazendo um bom trabalho e andando na direção certa. Claro, tem falhas, coisas a melhorar, mas não se consegue consertar tudo de uma hora para outra. Uma coisa muito boa no Cleyton [Pinteiro] é que ele é uma pessoa boa de escutar, ele aceita sugestões, argumentações.

 

 

Agradecimentos: Ao Presidente da FAMS, Valdemir Terra e à secretária, Neuza Ribeiro, pela atenção dispensada ao "chefe", que foi até Campo Grande entrevistá-los e ao diretor do autódromo, Milton Pupim.

 

Last Updated ( Thursday, 20 January 2011 00:33 )