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Endurance Brasil faz corrida mais curta, mas não pior, no Velopark PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 26 June 2023 21:13

Esta semana o que tivemos de automobilismo para nossa coluna – a mais lida no site Nobres do Grid segundo minha Editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, tendo todo o destaque no Campeonato Brasileiro de Endurance, fazendo sua terceira etapa (era pra ser a quarta, mas a virada cultural de São Paulo provocou o adiamento da corrida de 6 horas). Uma corrida de 3 horas e um traçado de 2,2 km que não costuma ser protagonista de grandes emoções.

 

Mas não ficamos aí porque “O Ogro tá na Pista” e a categoria raiz dos caminhões, a Fórmula Truck, foi para o autódromo Vina (paranaense não sabe o que é salsicha...) de Londrina.

 

Antes do início da prova, foi feita uma homenagem à Xandy Negrão, campeão com um Mercedes GT3 no ano de 2019, tendo o seu nome dado para esta corrida. A corrida – assim como o circuito – teve que ser “no modo curto”, com apenas três voltas. A narração foi do sempre ótimo Alexi Lalas, um pobre coitado que precisa aturar um dublê de comentarista que não sabe nada sobre nada e um puxa saco do patrocinador (eu sei seu sobrenome... tem vídeo com legenda na internet) fazendo entradas (muitas vezes inoportunas) dos boxes.

 

 

Sigma de Luis Henrique Bonatti e AJR de David Muffato puxando o grid de 22 carros para a frustrante (o advérbio não era bem esse...) largada que o diretor de prova, ele, o PIROCA (esse é seu sobrenome...) determinou (pasmem, a pedido dos pilotos!) ser atrás do Safety Car (com o relógio correndo) e o asfalto – precisando urgentemente de um recapeamento – ainda com alguns pontos de água acumulada na reta de largada, mas todo o restante estava bem seco. A bandeira verde veio após 7 minutos e 4 voltas de procissão. Claro, ninguém passou ninguém, mas logo David Muffato tomou a liderança de Luis Henrique Bonatti Orige e duas voltas depois Xandinho Negrão ganhou a P2 (a dupla Xandinho Negrão Marcos Gomes, que até então corria com uma Mercedes GT3 estreava nessa etapa um Ligier LMP3 que, nas primeiras voltas os créditos da TV comia mosca). Na GT3, A liderança era de Marcel Visconde, mas logo Marcelo Hahn ganhou a posição. A P2 do Ligier não durou muito, com o AJR de Sarin Carlesso tomando a posição.

 

 

As janelas de parada eram de 20 minutos para tentar criar opções de estratégia e pouco depois que abriram a janela de paradas, Flavio Abrunhosa rodou e ficou na grama. O diretor de prova, ele, o PIROCA (esse é seu sobrenome...) botou pra fora o Safety Car pra complicar as estratégias, uma vez que todas as equipes tem um tempo de 5 minutos de tempo mínimo de parada. A relargada veio com muita gente nos boxes e o líder era Nicolas Costa, mas ele ainda iria parar. Antes do fechamento da janela, o Mustang, com Leandro Ferrari ao volante, rodou e estragou a estratégia dos dois líderes porque o diretor de prova, ele, o PIROCA (esse é o diretor de prova...) botou pra fora o Safety Car e foi dada a autorização dos retardatários alinharem atrás do grid. Na relargada, o líder na Classe P1 era Marcos Gomes e logo foi avisado que eles teriam uma punição de 10s a ser cumprida na parada seguinte por atrapalhar a saída de box de outro carro. Pietro Rimbano era o mais rápido na pista até Vicente Orige partir para o ataque em cima de Marcos Gomes pela liderança geral. Allam Khodair era o líder na GT3. Fernando Poeta provocou o terceiro Safety Car da corrida ficando ao contrário na última perna da curva de entrada da reta. O PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de prova...) deu uma rapidinha para evitar um acidente e não teve “lucky dog” nessa amarela, com a relargada vindo antes da abertura da segunda janela de paradas. E foi antes de entrarem nos boxes que Vicente Orige passou por Marcos Gomes para tomar a liderança na reta oposta. Passou e abriu, colocando muitos retardatérios entre ele e o P2. Batavo Martins vinha na P3. Allam Khodair continuava líder na GT3. Pietro Rimbano rodou sozinho na curva 1 no meio da janela de parada e o PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de prova...) evitou uma “ação precoce” (entendam como quiser) pra botar pra fora o Safety Car, mas  não teve como segurar. Na relargada, tinham 3 carros na pista e nenhum dos líderes.

 

 

Na volta dos carros para os boxes, a briga pela liderança da GT3 ficou entre Guilherme Figueroa, Cacá Bueno e Ricardo Mauricio, que passou Cacá Bueno, mas se enroscou com Guilherme Figueroa e Cacá Bueno ficou com a ponta. A McLaren de Marcelo Hahn e Allan Khodair perderam muito tempo nos boxes com um problema pra fechar a porta e ficaram com 2 voltas e desvantagem. Vitor Genz assumiu o volante do Sigma para – provavelmente – fazer os dois últimos stints e Ricardo Mauricio foi punido com 10s pelo ocorrido com Guilherme Figueiroa. O AJR #28 com Sarin Carlesso fez uma parada não programada e acabou com as chances de vitória faltando 1h15m pra o final da prova. A coisa ficou feia quando Victor Foresti tomou uma fechada de Guilherme Figueroa, escapou pela grama – molhada – virou passageiro e foi até a barreira de pneus onde sua BMW bateu de lado e capotou. O PIROCA (esse é o sobrenome dele...) meteu a bandeira vermelha com 1h04m para o fim da prova.

 

 

Feito o resgate (o piloto saiu ileso), recuperada a barreira de pneus e a pista checada, os carros tiveram os motores acionados e voltaram pra pista depois de quase meia hora de paralisação. Teve carro que não arrancou, como o #28 de Sarin Carlesso e o #175 de Henrique Assumpção. Os três primeiros na P1 eram Vitor Genz, Xandinho Negrão e Gaetano Di Mauro. Na GT3 a liderança era de Ricardo Mauricio, com Cacá Bueno na P2. Pietro Rimbano estava andando mais que o carro e rodou outra vez na curva debaixo do túnel, mas voltou rápido sem interromper a prova. Gaetano Di Mauro veio voando e superou o P2  e estava muito mais rápido que o Sigma na liderança. A abertura da última janela não demorou muito e na parada de Xandinho Negrão, o Ligier precisou trocar um disco de freio que apresentou uma trinca. Eles perderam mais de 3 minutos além dos 5 minutos obrigatórios, perdendo qualquer chance de vitória. Depois das paradas Vitor Genz passou o carro para Vicente Orige enquanto Gaetano Di Mauro continuava no Ligier. Depois da parada nos boxes, a Mercedes de Cacá Bueno ficou lenta na pista, mas conseguiu retomar após um ‘reset’ geral. No final da janela a diferença entre o líder Vicente Orige e o P2 Gaetano Di Mauro era de 8s e a Ligier estava virando mais rápido. Pedro Queirolo era o P3, mas com duas voltas de desvantagem. Ricardo Mauricio era mais líder do que nunca na GT3. Arthur Gama passou lento na reta de partida e veio se arrastando para os boxes, evitando a bandeira amarela. Na troca de voltas superando retardatários Vicente Orige ia conseguindo segurar a liderança, tendo praticamente a reta de chegada como “diferença no olho” a 15 minutos do final e foi abrindo até a bandeirada para vencer com uma vantagem tranquila. Gaetano Di Mauro ficou com a P2 e o Sigma #2 de Aldo Piedade, Jindra Kraucher, Marcelo Vianna e Sergio Jimenez na P3.

 

 

Ricardo Mauricio, Marçal Muller e Marcel Visconde foram os vencedores na GT3 e ficou tudo em casa na GT4 com a vitória foi de Marçal Muller (sim, ele corre em dois carros) e Tom Filho, os dois carros da mesma equipe. Após a corrida, o Mercedes de Guilherme Figueroa e Julio Campos foi desclassificado da prova pelos 'comissacos' (com o Gentleman Driver ao volante não sendo nada gentle). 

 

O Ogro ta na Pista

E num domingo de sol escaldante padrão Tocantins os brutos da categoria raiz dos caminhões no Brasil, a Fórmula Truck, a verdadeira! A original! Sob a nova direção de Gilberto Hidalgo e transmissão ao vivo da Rede TV. Seriam 32 pilotos no grid, mas muita gente ficou pra largar dos boxes e alguns nem isso conseguiram. Duas das baixas entre os pilotos que sempre largam na frente, Rogério Agostini e Rafael Fleck largavam no final do grid.

 

O fumacê subiu alto e mal largaram já tivemos Safety Truck, com bandeira vermelha interrompendo a corrida. Encolheram o tempo de corrida e ainda assim Rogério Agostini fez uma corridaça, saindo do fundo do grid para chegar na P6. Rafael Fleck que também saiu do fundo do grid foi o P10. Na última volta, o interminável Pedro Muffato deu uma vacilada, espalhou na curva do Kartódromo e Joãozinho Sant’helena aproveitou o vacilo pra tomar a ponta e vencer sua primeira corrida na geral e na Classe Injeção Eletrônica enquanto Marcio Rampon venceu na Classe Bomba Injetora.

 

 

Na Fórmula Truck não tem balé do bebum perneta entre as corridas e nem inversão nutella do grid. Com isso, a corrida 2 teria a pole de Joãozinho Sant’helena. Pra puxar os sobreviventes e Pedro Muffato teve que largar dos boxes por um problema na caixa de direção (o que provavelmente provocou a escapada de pista no final da corrida 1). O fumaçê subiu alto e na Fórmula Truck a largada é na frente dos boxes. Pedro Muffato veio fazendo uma corrida espetacular, saindo dos boxes e chegou a estar na P8, mas o volante pesou e ele rodou no final da reta oposta na parte final da corrida. Rogério Agostini tinha tudo pra ventes, chegou a estar na P2, mas começou a ter problemas e foi perdendo posições. Giovanni Tavares estourou o motor na reta dos boxes e lavou a pista de óleo provocando a entrada do Safety Truck. Pedro Muffato voltou para os boxes. Depois da relargada, Joãozinho Sant’Helena levou seu caminhão pa fazer a segunda vitória no dia na Classe Injeção Eletrônica. O vencedor da Classe Bomba Injetora foi novamente Marcio Rampon.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Não vejo a hora de terminarem a interminável obra do autódromo de Brasília e a construção do autódromo de Chapecó em Santa Catarina. Quem sabe assim não precisaremos fazer corrida de endurance numa pista do tamanho de um kartódromo.

- Por falar no Velopark, o asfalto na reta dos boxes está uma vergonha! Sei que fazem umas competições de drift e como é um empreendimento privado, quem paga para usar o autódromo, usa o autódromo. Como as corridas são quase uma raridade nesse país, pra pagar as contas vale até competição de quadrilha de São João.

- Falando em eventos alheios ao automobilismo realizados em autódromos, este ano está complicado fazer a corrida de 6 horas do Brasileiro de Endurance no autódromo de Interlagos... por falta de datas para o automobilismo!

- O dublê de comentarista do Bandsports fez jornada dupla para infernizar a vida dos narradores. A corrida da NASCAR eu dispensei, mas como tinha minha coluna para escrever, tive que aturar a transmissão do Brasileiro de Endurance. Entre as pataquadas produzidas, a melhor foi ele “tentar criar uma emoção” para um carro que apareceu na TV e este estava 3s mais lento que o líder da categoria! Minha gargalhada foi ouvida em toda Palmas.

- Tem horas que morro de pena do Alexi Lalas por ter que aturar a dupla que o “assessora” nas transmissões do Brasileiro de Endurance. Esperto, ele sempre que pode dá uma sacaneada nos manés que nem percebem a sutileza.

- Estou pensando em fazer no mês de dezembro uma eleição dos melhores e piores do ano. Narradores, Comentaristas, Pilotos Comentaristas, Repórteres de Pista... que tal, Galera?

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.