 E aê Galera... agora é comigo!
O final de semana foi de tranquilidade. Na verdade, a semana foi de tranquilidade. Deixamos os moleques na casa do ‘Cumpadi’ e viemos eu e a Patroa para uma semana de paz, sol, banhos e noites enluaradas no paraíso do Jalapão (quem não conhece, recomendo). O fato de ter apenas a Turismo Nacional, devidamente pasteurizada e gourmetizada pelo esquema da VICAR, a categoria que já foi a mais importante do automobilismo brasileiro realizou sua terceira etapa da temporada 2023 em um extenso programa de corridas que envolveu o TCR South America, a GT Series (na qual eu depositei grandes esperanças, mas precisa percorrer um longo caminho para se tornar uma categoria de grandes equipes e pilotos) entre outras. Melhor assim: consegui me programar e também assistir boa parte das 24 Horas de Le Mans. Turismo Nacional Como estive em viagem nesta semana, usei o VT pelo youtube para assistir as corridas da terceira etapa da Turismo Nacional. Fugindo um pouco do que tenho feito e depois da conversa com meu camarada, o Enviado de Cristo, responsável pelas matérias de pista e pelos comentários da categoria desde antes do promotor “vender a alma ao Diabo”, decidi prestigiar a transmissão feita pela organização onde ele e o Filho do Deus do Egito na narração, compondo a mais poderosa transmissão de corrida do universo. O grid cresceu mais um pouquinho, com 20 carros ao invés dos 18 de Tarumã. 
Na corrida 1 a pole position era de Juninho Berlanda, tendo ao seu lado, Guilherme Sirtoli – recuperado totalmente e motorizadamente – do “acidentezinho” de Tarumã (Thiago Tambasco ainda estava fora com a fratura na mão) para puxar o grid e na volta de apresentação teve retrovisor, mas o ‘seu’ Creysson (o diretor de provas...) não quis saber e meteu a CASSETTA no botão pra apagar as luzes e dar a largada. Juninho Berlanda largou bem e foi o primeiro a chegar no “S” da Sadia e todo mundo passou bem. Guilherme Sirtoli manteve a P2 e na P3 vinha Pablo Alves. Fabricio Lançoni era o P4 e os 4 abriram do restante do pelotão na primeira metade de corrida, mas não demorou para Ernani Khun e Arthur Scherer se juntar ao grupo no fechamento da primeira volta. Celio Vinícius, na P7, era o líder da Classe B. Pablo Alves fez um ataque suicida na freada do “S” da Sadia que se desse certo o colocaria na ponta – mas ele quase morreu – esparramou na parte suja da pista e deu sorte por manter a P3. Na reta oposta Ernani Khun tomou a P4 de Fabricio Lançoni. E foi pra cima de Pablo Alves, que na volta seguinte mergulhou por dentro para tomar a P2 no “S” da Sadia. Fabricio Lançoni recuperou a P4 na freada do “S” de verdade e enquanto Guilherme Sírtoli defendia a P3, a briga pela ponta ficou entre Juninho Berlanda e Pablo Alves. Arthur Scherer, que tinha perdido terreno, voltou a encostar. Juninho Berlanda e Pablo Alves vieram em metade da volta 4 lado a lado, desde o final da reta oposta até a curva do pinheirinho, mas na reta dos boxes, não deu pra segurar e Pablo Alves tomou a ponta antes mesmo do “S” da Sadia. Na briga pela P3, Ernani Khun tomou duas posições e assumiu a P3. Na Classe B, Augusto Freitas atacava Célio Vinícius. Na briga (agora pela P4), Guilherme Sírtoli não conseguiu mais segurar e perdeu as posições para Fabricio Lançoni e Arthur Scherer, caindo pra P6, mas recuperou a P5 na reta dos boxes. Pablo Alves venceu com autoridade, quebrando o domínio de Juninho Berlanda que chegou na P2, seguido de longe por Ernani Khun. Na Classe B o vencedor foi Celio Vinícius. 
Aí veio a arrumação pra corrida 2, que acontece logo em seguida, mas sem balé do bebum perneta, com as posições de largada sendo as que os pilotos terminaram a corrida 1. Como a pista de Interlagos é longa em relação aos outros circuitos ficou fácil arrumar tudo em uma volta e na chegada na reta. Pablo Alves e Juninho Berlanda vinham puxando o grid e o ‘seu’ Creysson desceu a CASSETTA no botão pra apagar as luzes e dar a largada. Pablo Alves fez o que tinha que fazer e foi o primeiro a chegar no “S” as Sadia pra fazer a curva sem aperto, deixando o enrosco pela P2 para trás. Ernani Khun largou muito bem e por dentro ganhou a posição de Juninho Berlanda que vacilou na largada e caiu pra P5, sendo superado por Arthur Scherer e Guilherme Sirtoli. Na subida do Café a briga pela P3 deu boa pra Juninho Berlanda, que passou Scherer e Sirtoli na reta dos boxes. A briga pela Classe B também estava quente, com Celio Vinícius de segurando na frente. Na volta seguinte Juninho Berlanda abriu na P3 e tinha na frente a disputa de Pablo Alves e Ernani Khun. Celio Vinícius não aguentou a pressão e Augusto Freitas tomou a liderança da Classe B. A briga pela ponta ficou restrita a Pablo Alves e Ernani Khun. Juninho Berlanda vinha sozinho na P3 enquanto Guilherme Sirtoli brigava pra segurar a P4 com os ataques de Fabricio Lançoni e os dois foram trocando posição, tinta, retrovisores até o final da corrida, vencida por Pablo Alves, com Ernani Khun na P2 e Juninho Berlanda na P3. Augusto Freitas foi o vencedor na Classe B. Depois da pesagem, o carro de Pablo Alves estava meio quilo abaixo do peso mínimo e o vencedor das duas corridas da manhã foi desclassificado das duas corridas, perdendo as duas vitórias. 
Depois do almoço (na verdade no final da tarde) tivemos as corridas 3 e 4. Para a corrida 3 o pole position era Ernani Khun, com Pablo Alves ao seu lado pra puxarem o grid dos sobreviventes das Classes A e B. Completada a volta de apresentação ‘seu’ Creysson (o diretor de provas...) desceu a CASSETTA no botão que apaga as luzes de largada. O pole não deu moleza e fez i “S” da Sadia na frente, seguido de Pablo Alves e Fabricio Lançoni. Cesar Labrea ficou parado no final da reta dos boxes e teve gente usando a grama na curva do sol. Na subida do café Pablo Alves botou por dentro, fez a reta lado a lado com Ernani Khun e tomou a ponta no “S” da Sadia. Mais atrás, Iturival Neto e Ewerson Dias se enroscaram na curva do presuntinho e por ficarem atravessados na pista, ‘seu’ Creysson botou pra fora o Safety Car. A relargada deu apenas 6 minutos de corrida para os pilotos e Pablo Alves não deu moleza e segurou a ponta. Os 3 primeiros vieram juntos pra reta oposta e teve troca de tinta entre Pablo Alves e Ernani Khun, que na volta seguinte botou do lado na descida do lago. Na Classe B, Augusto Freitas tomou um ‘drive thru’ e o líder era Celio Vinícius. O ritmo mais lento de Pablo Aalves juntou os 4 primeiros nas duas voltas finais, com Juninho Berlanda chegando nos 3 primeiros. Na abertura da Última Volta Ernani Khun meteu por dentro no “S” da Sadia pra tomar a ponta, mas Pablo Alves partiu para o troco na curva do lago. Eles fizeram o laranjinha juntos, bateram porta no “S” de verdade e no pinheirinho – mais atrás, Juninho Berlanda foi pra cima de Fabricio Lançoni – e no bico de pato Ernani Khun estava na frente e segurou a vitória por 0,1s. Pablo Alves foi o P2 e Fabricio Lançoni o P3. A vitória da Classe B foi de Celio Vinícius. 
Aí tivemos a arrumação do grid para a largada da corrida 4 e a briga entre os primeiros iria continuar e quando ‘seu’ Creysson (o diretor de provas...) meteu a CASSETTA no botão que apaga as luzes vermelhas, Ernani Khun fez valer a sua posição de pole pra descer o “S” da Sadia na frente, segido de Pablo Alves e Fabricio Lançoni. A briga já começou quente com os primeiros travando roda nas freadas. Celio Vinícius tinha perdido a P1 da Classe B para Junior Helte, mas recuperou no fechamento da primeira volta. Jairo Andrade e Bruna Dias se pegaram na curva da junção e ficou ruim pro marmanjo, que parado na zebra da curva, fez o ‘seu’ Creysson botar pra fora o Safety Car. Depois de duas voltas de procissão tivemos a bandeira verde e 5 minutos de corrida e Ernani Khun segurou a ponta, mas Pablo Alves estava em cima. Logo atrás, Fabricio Lançoni vinha segurando Juninho Berlanda e Guilherme Sirtoli. Alguma coisa quebrou no carro de Celio Vinícius e a liderança da Classe B ficou entre Augusto Freitas, Junior Helte e Cesar Labrea. Os dois últimos se enroscaram no “S” de verdade e Augusto Freitas agradeceu. Na frente, Ernani Khun venceu de forma mais tranquila, com Pablo Alves na P2 e Fabricio Lançoni na P3. Augusto Freitas foi o vencedor na Classe B. 
No domingo tivemos as duas corridas de 20 minutos cada. Uma pela manhã, outra na parte da tarde. A corrida 5, a da manhã teve Juninho Berlanda na Pole position e Guilherme Sirtoli ao seu lado para puxar o grid das Classes A e B, tudo junto e misturado. Dada a volta de apresentação, ‘seu’ Creysson (o diretor de provas...) meteu a CASSETTA no botão de apagar as luzes pra largada, o pole position mandou bem e segurou a ponta. Pablo Alves largou melhor ainda, se espremeu entre Gulherme Sirtoli e a mureta dos boxes pra tentar a P2 e nisso provocou um 3-wide com Ernani Khun tentando passar os dois. Pior pra Guilherme Sirtoli, que caiu pra P4. Juninho Berlanda tinha aproveitado para abrir um pouco, mas teve pancada feia na curva do lago e Junior Helte encheu o muro interno, rodou e ‘seu’ Creysson botou pra fora o Safety Car. Deu trabalho pra arrumar o borrachão e com isso só sobrou 6 minutos de corrida. Juninho Berlannda largou bem pra segurar a ponta, Pablo Alves veio na cola, mas Fabricio Lançoni errou feio na aproximação pro “S” da Sadia e acertou o carro de Ernani Khun que era o P3. Estragou a corrida dos dois! Guilherme Siiitoli herdou a P3 e o diretor de provas colocou bandeira amarela dupla, sem colocar o Safety Car. Augusto Freitas liderava a Classe B. Os dois primeiros erraram passando por dentro a área pintada da entrada do boxes e tomaram 20s de punição, mas foram brigando até o fim! Mesmo cruzando a linha de chegada na P1 e na P2, Juninho Berlanda e Pablo Alves, o vencedor da prova foi Augusto Freitas, no geral e na Classe B, seguido de Celio Vinícius e Guilherme Sirtoli, vencedor da Classe A foi apenas o P3. 
Logo depois do almoço os pilotos da Turismo Nacional foram pra pista fechar a terceira etapa do campeonato (são seis etapas no total). Pablo Alves largando na pole com Guilherme Sirtoli puxando o grid com os sobreviventes do da maratona de corridas do final de semana, com gente de fora e alguns largando do grid. Depois da volta de apresentação, ‘seu’ Creysson (o diretor de provas...) meteu a CASSETTA no botão de apagar as luzes e Pablo Alves não deu moleza pra ninguém, descendo o “S” da Sadia na liderança, seguido de Guilherme Sirtoli e Ernani Khun, com todo mundo passando ileso pela curva. Os três primeiros já abriam uma pequena vantagem na saída da reta oposta. Na passagem na reta dos boxes, Guilherme Sirtoli tentou atacar o líder, mas acabou perdendo a P2 para Ernani Khun, que mergulhou por dentro no “S” da Sadia. Na disputa, Fabricio Lançoni chegou nos dois e Pablo Alves abriu um pouco na frente. No pinheirinho Fabricio Lançoni aproveitou uma esparramada de Guilherme Sirtoli pra ganhar a P3. Augusto Freitas vinha bem na liderança da Classe B. Na volta seguinte foi a vez de Fabricio Lançoni espalhar na curva do lago e devolver a P3 para Guilherme Sirtoli... e na volta seguinte, sem espalhadas, Fabricio Lançoni recuperou a P3. Quem vinha correndo atrás do prejuízo era Juninho Berlanda, que largou no final do grid e era o P7 na metade da prova. Ernani Khun, depois que saiu da confusão pela P2, tirou a diferença e encostou em Pablo Alves na volta 6. Ernani Khun colocou por dentro na saída da curva do lago e Pablo Alves espremeu o rival pra fora da pista na tomada do laranjinha. Eduardo Vale ficou parado na subida do café, mas ‘seu’ Creysson não quis saber de Safety Car, colocou amarela dupla. Fabricio Lançoni aproveitou a briga e encostou nos líderes e abrindo a volta 7, Fabricio Lançoni tomou a P2 no “S” da Sadia. Augusto Freitas vinha com sobras na liderança da Classe B. Os 3 primeiros vinham juntos e o socorro tirou o carro de Eduardo Vale da pista na passagem seguinte. Ernani Khum foi ficando pra trás e Fabricio Lançoni foi de vez na penúltima volta. Na abertura da última volta os 3 primeiros estavam juntos, mas Pablo Alves deu um gás no final e venceu com uma gordurinha. Fabricio Lançoni foi o P2 e Ernani Khun o P3. Augusto Freitas foi o vencedor na Classe B. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Começando pelo Campeonato Brasileiro de Turismo, a pizzaria do bairro da Glória tem investido na renovação dos diretores de prova, mas está claro que um “padrão” está estabelecido: com MADEIRA, PIROCA e CASETTA... preciso agradecer por me entregarem a piada pronta todas as semanas. - Venho parabenizar o Grupo Bandeirantes que através do Bandsports transmitiu pela primeira vez para uma TV brasileira as 24 Horas de Le Mans, sendo parte pelo seu canal no youtube e parte no canal por assinatura. E sem ter um monte de canais de esportes como a TV Pateta e os Globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...). - A transmissão foi feita por profissionais de larga experiência como o Taquara Rachada, o Alexi Lalas e o Kojak. Mas o protagonismo da transmissão cabe aos dedicados amadores que, como eu, são apaixonados por automobilismo, como o Sergio Milani (o Empanado), que levou o projeto adiante até conseguir fazer acontecer a transmissão. Empanado, você me representa! - Como venho falando há muito tempo, temos muita gente boa na internet, que sabe narrar, que sabe comentar e o fazem melhor do que muita gente que tem a cara e a voz colocadas na TV sem ter metade do conhecimento e da capacidade do Aldo (Luiz) Maritaca e da Débora (Almeida) Fofolete. - Tudo bem que nem tudo foram flores. Um dos comentaristas internautas chamou o Henri Pescarolo de “Henry” Pescarolo, com pronúncia em inglês. Mas já ouvimos absurdos maiores dos “proficionais” dos canais de esportes da TV. - Agora é hora da Band elevar o nível de suas transmissões. Podem contratar o Taquara Rachada, o Maritaca e a Fofolete. E contratem também o Empanado, mesmo que seja para produzir material e idealizar projetos. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
