Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Alex Palou vence nas ruas de Detroit e abre vantagem no campeonato PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 06 June 2023 14:05

Olá amigos leitores,

 

Passada uma semana da Indy500, a 107ª edição entrou para a história, para as estatísticas, as fotos e vídeos estão nos nossos arquivos e lembranças. Era hora de virar a página e seguir para a etapa seguinte, um cenário muito diferente do que tínhamos em Indiana. Seguimos para o norte, para Detroit, no estado de Michigan.

 

Ao invés das alucinantes velocidades que um super speedway proporciona, teríamos uma coleção de curvas de 90 graus em um traçado urbano dos menos criativos já vistos e com um “pit em fila dupla” que por um milagre não deu problema, sem falar em alguns trechos extremamente estreitos e nas emendas de asfaltos que faziam os carros ficar com as 4 rodas no ar. Eles poderiam ter utilizado o mesmo traçado – ou algo próximo, como o que eu marquei em verde na imagem abaixo para a volta não ficar tão longa.

 

 

Mas era o que tínhamos e assim foi a corrida na capital da indústria automotiva norte americana onde a corrida já começou confusa, com os carros não conseguindo alinhar lado a lado e a largada foi abortada, forçando os pilotos a darem mais uma volta sob bandeira amarela para tentar se alinharem para a partida, que foi dada na volta seguinte com apenas metade do grid posicionado lado a lado. Da sétima ou oitava fila para trás, estava uma bagunça e essa bagunça provocou o primeiro acidente e bandeira amarela.

 

Quando largaram, Alex Palou liderou o pelotão pela reta até a Curva 3 (a reta mais longa servia como a primeira curva para largadas e reinicializações). Atrás dele estava o terceiro colocado Romain Grosjean, que facilmente escorregou por dentro do titular da primeira linha, Scott McLaughlin, para ganhar o segundo lugar, enquanto atrás dele Marcus Ericsson deu o salto sobre o companheiro de equipe de Ganassi, Scott Dixon, e Will Power (o único piloto no primeiro quatro filas largando com pneus duros) ultrapassou o companheiro de equipe Josef Newgarden para tomar o sexto lugar, já que o último vencedor da Indy 500 perdeu força ao marcar o atenuador traseiro do carro de Dixon.

 

 

Só que mais para trás a largada foi totalmente desarrumada e na frenagem para a curva 3, Callum Ilott, da Juncos Hollinger Racing, montou na traseira do carro do piloto da Andretti, Kyle Kirkwood, quebrando-lhe a asa traseira, enquanto patinava contra a parede do pneus. Veio a primeira advertência e entrada do Pace Car. Colton Herta, Graham Rahal e Devlin DeFrancesco aproveitaram a oportunidade para ir aos boxes, tirar os pneus macios de parede lateral verde e colocar os pneus duros, de parede lateral negra.

 

No reinício da prova, no final da volta 6, os pilotos foram “mais comportados”, embora Romain Grosjean tenha tido que lutar contra Scott McLaughlin, enquanto Scott Dixon ficou lado a lado com Marcus Ericsson por fora da Curva 3 para se dar por dentro na Curva 4 e conquistou o quarto lugar. Alex Palou foi aumentando sua vantagem sobre Romain Grosjean para 2s em duas voltas. Atrás de Josef Newgarden, Felix Rosenqvist era o primeiro dos três Arrow McLaren, ocupando a P8 com pneus duros, à frente da Meyer Shank Racing de Simon Pagenaud. Os outros dois Arrow McLarens eram 10º e 11º, Pato O'Ward parecendo menos confortável com os pneus duros do que Alexander Rossi, que tinha o quarto carro Ganassi, com Marcus Armstrong, preenchendo seus espelhos.

 

 

Na volta 12, a vantagem de Alex Palou passava dos 5s e, com exceção do campeão de 2021, na volta 13, os primeiros carros com pneus duros começavam a brilhar. Will Power ultrapassou Marcus Ericsson pelo o quinto lugar, Felix Rosenqvist ultrapassou Josef Newgarden pela P7 e Pato O'Ward ultrapassou Simon Pagenaud e Felix Rosenqvist superou Marcus Ercisson. Na sequência, O'Ward passou Newgarden e Rossi a Pagenaud.

 

Marcus Ericsson foi o primeiro dos primeiros a desistir dos pneus macios e ir para os pits na volta 17. Uma volta depois, Will Power ultrapassou Scott Dixon na curva 3 para ganhar a P4, deixando o piloto da Ganassi tentando segurar o trio da McLaren em pneus duros que estavam rendendo melhor. O ímpeto de Will Power continuou e ele ultrapassou o companheiro de equipe, Scott McLaughlin assumir o terceiro lugar na volta 20. Em seguida foi Romain Grosjean a vítima do #12 da Penske na volta 22, mas sua distância para Alex Palou era de impressionantes 9,9s! Na mesma volta, Felix Rosenqvist superou Scott Dixon, que então parou para colocar pneus duros.

 

Na volta 27, Power tinha reduzido a vantagem de Alex Palou para menos de 5s e uma volta depois era de 3,3s. Oito segundos atrás, sob pressão de Scott McLaughlin, Romain Grosjean espalhou na curva 7 antes de entrar nos boxes para colocar pneus duros e por pouco não bateu. Em seguida foi a vez de Scott McLaughlin parar e sair na frente de Scott Dixon, mas com pneus mais frios, o seis vezes campeão freou extremamente tarde para a curva 3 e quase se segurou para entrar na curva 4 à frente do piloto da Penske.

 

Alex Palou finalmente parava e colocava pneus duros, passando a liderança para Will Power, e saiu 21s atrás em sexto. Atrás do piloto da Penske vinham os três McLarens e Josef Newgarden, que brilhantemente fez seus pneus macios durarem até a volta 33. Felix Rosenqvist parou na volta 34, e Will Power parou uma volta depois, saindo atrás de Alex Palou, mas ocupava a P2, à frente de Scott Dixon. Alexander Rossi e Pato O'Ward foram para o pit lane na volta 36, mas apenas Rossi saiu conforme programado, o ás mexicano teve problemas com a roda traseira direita solta e precisou que sua equipe fosse resgatá-lo na saída do pit, comprometendo sua corrida fazendo-o perder uma volta.

 

 

Com 40 das 100 voltas completadas, Alex Palou tinha 5s de vantagem sobre Will Power, que tentava cuidar de seus pneus macios ao invés de atacar, 2,5s à frente de Scott Dixon, enquanto Felix Rosenqvist e Alexander Rossi haviam superado Scott McLaughlin na troca de pneus. Romain Grosjean era o P7 à frente de Marcus Ericsson, Marcus Armstrong e Rinus VeeKay, que fechavam o top10. Um problema de reabastecimento derrubou Josef Newgarden para 11º.

 

Na volta 43, veio uma nova bandeira amarela em todo circuito. Pato O'Ward tinha acabado de tirar a volta de atraso do líder mas ao tentar passar por Santino Ferrucci ele errou o contorno da Curva 9 e bateu na parede de concreto na saída da curva, destruindo a suspensão dianteira esquerda.

 

Considerando que estava de pneus duros contra Will Power que tinha pneus macios logo atrás, Alex Palou fez uma forte relargada na volta 50, impedindo Santino Ferrucci de tentar se livrar de uma volta, e Will Power superar Ferrucci, que então caiu na ordem e foi conduzido para a entrada do pitlane pelos carros que passavam. Uma rodada e uma batida de Sting Ray Robb na Curva 8 fizeram com que as bandeiras amarelas fossem agitadas novamente. Uma sorte para Christian Lundgaard, que escorregou na rara área de escape Curva 7, tendo que girar e voltar.

 

Enquanto ainda estavam sob bandeira amarela, Graham Rahal escapou e atingiu o muro, quebrando sua suspensão dianteira direita. A cena foi tão inesperada que, “ajudado” por ter parado após uma das muitas curvas de 90°, em ponto cego, foi atingido por trás pelo novato da AJ Foyt Racing, Benjamin Pedersen.

 

 

A bandeira verde foi agitada na volta 56 e dessa vez Alex Palou não conseguiu segurar a liderança. Will Power ameaçou por fora, mas mergulhou por dentro da curva 3 para assumir a liderança. Aproveitando sua aderência, embora os pneus macios fossem mais frágeis, Will Power aproveitou a vantagem inicial de performance e conseguiu uma vantagem de 2,8s, enquanto Alex Palou fazia apenas o suficiente para segurar Scott Dixon e Felix Rosenqvist.

 

Will Power precisava fazer seus pneus macios durarem mais algumas voltas antes de voltar aos compostos duros. Quando os pneus macios começaram a perder a vantagem, Alex Palou – que teve um problema na caixa de câmbio durante a bandeira amarela, entrando em modo de emergência – começou a tirar a diferença para Will Power com algumas voltas extremamente rápidas e na volta 65, deu o troco no piloto da Penske na mesma curva 3.

 

Scott Dixon foi para os pits fazer – na teoria – a última parada. Na volta seguinte Alex Palou e Will Power fizeram o mesmo, saindo na frente do 6 vezes campeão. Atrás desse trio, Alexander Rossi saiu dos pits logo à frente de Felix Rosenqvist, mas o sueco tinha pneus aquecidos, tomou a posição e abriu vantagem. Josef Newgarden fez uma parada tardia e voltou no meio dos dois McLarens, mas com pneus frios, foi ultrapassado por Alexander Rossi e Romain Grosjean, caindo pra P9.

 

Na frente, Marcus Ericsson liderava, mas como parou precocemente, exigiria muito mais voltas de bandeira amarela para chegar ao final sem outra parada. Dois segundos atrás dele estava Alex Palou, que tinha uma vantagem de 5,5s sobre Will Power, que ainda tinha Scott Dixon preenchendo seus espelhos. Depois vinham Felix Rosenqvist e Alexander Rossi, com 5s de diferença, enquanto Kyle Kirkwood (que teve a asa traseira arrancada na largada) conseguiu uma recuperação fantástica para assumir o sétimo lugar à frente de Romain Grosjean, Josef Newgarden e Marcus Armstrong.

 

 

Colton Herta estava cuidando de uma asa dianteira direita quebrada depois de encontrar se tocar com Agustin Canapino, à frente de Scott McLaughlin, que raspou a parede e perdeu brevemente as marchas depois que uma tentativa de ultrapassagem ambiciosa em Grosjean não deu certo. O otimismo tático de Marcus Ericsson terminou na volta 78, quando ele parou, ressurgindo na P10, mas com pneus novos e com uma sorte enorme, pois três voltas depois tivemos uma nova bandeira amarela provocada por Romain Grosjean, que ricocheteou no meio-fio interno da Curva 4 e seu carro foi atirado na parede externa. O reinício viria na volta 86, mas David Malukas escapou e bateu na parede da Curva 9, tentando alcançar o pelotão e manteve a condição.

 

Foi apenas no final da volta 90 que tivemos bandeira verde desta vez Alex Palou não permitiu a manobra de Will Power (sair da trajetória externa e mergulhar por dentro na Curva 3), deixando o piloto da Penske sem espaço e perdesse a pressão aerodinâmica na frente do carro e comprometendo a saída de curva e ainda atrapalhou Scott Dixon. Melhor para Alexander Rossi, que se aproveitou da situação, passou os dois e ganhou a P2. Dixon ainda tinha mais ação e por pouco também não passou por Power. Nessa tentativa, Scott Dixon saiu mal da curva seguinte e foi superado por Felix Rosenqvist. Ainda tivemos mais uma bandeira amarela, quando Sting Ray Robb – que não tinha mais nada a fazer na prova – se envolveu num acidente com Santino Ferrucci.

 

A cinco voltas do fim, voltamos a ter bandeira verde e, enquanto Alex Palou conseguiu não só se defender, mas abrir uma boa folga para Alexander Rossi, Will Power estava sob pressão de Felix Rosenqvist, que mergulhou por dentro na curva 3, mas não conseguiu. O atual campeão acelerou fundo nas voltas finais e conseguiu recuperar a segunda posição antes do final da corrida.

 

Alexander Rossi e Felix Rosenqvist entraram numa disputa forte pela P3, permitindo que a dupla da frente abrisse vantagem. Rossi parecia ter conseguido... até a penúltima volta na curva 3, quando Rosenqvist mergulhou pra tentar passar. A manobra não deu certo e ele ficou vendido para Scott Dixon se aproveitar e ganhar a P4. Alex Palou venceu com 1,18s à frente de Power, que tinha 4,77s sobre Rosenqvist. Atrás, Scott Dixon e Alexander Rossi Fecharam o Top5.

 

 

Alex Palou agora tem 51 pontos de vantagem no campeonato, à frente de Marcus Ericsson, com Josef Newgarden em terceiro, 19 pontos atrás.

 

Vamos acelerar!

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.