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Fittipaldi vai ao pódio na F2, Bortoleto líder com folga na F3 e Giaffone brilha nos EUA PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 04 June 2023 17:12

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos corridas envolvendo os pilotos brasileiros na Espanha, mais precisamente em Barcelona com a FIA Fórmula 3 e FIA Fórmula 2. O circuito tem uma importante alteração para este final de semana para todas as categorias que estariam lá no final de semana: a modificação (na verdade, o trecho originalmente existia) no traçado para a corrida, onde a chicane antes da reta dos boxes foi substituída pelas curvas rápidas.

 

Na pista de Barcelona estarão Roberto Faria, Caio Collet e Gabriel Bortoleto na Fórmula 3, cada um buscando seus desafios pessoais. Na Fórmula 2 Enzo Fittipaldi precisaria se recuperar do péssimo final de semana em Mônaco, onde foi atrapalhado pelas bandeiras vermelhas na classificação e teve um motor estourado na corrida do domingo.

 

Nos Estados Unidos, no circuito misto da Virginia, onde treinaram recentemente, aconteceu mais uma etapa da USF2000Jr, onde Nicolas Giaffone iria defender a liderança no campeonato e a GB3, onde está competindo Lucas Staico, tivemos a etapa fora da ilha, indo até Spa Francorchamps.

 

FIA Fórmula 3

Na manhã da sexta-feira os pilotos da categoria vieram pra pista para o treino livre e encarar pela primeira vez a modificação. Quando aberto o tempo de 45 minutos treino, uma parte dos pilotos foi logo pra pista, mas fez apenas uma volta e retornaram aos boxes. Roberto Faria foi o primeiro a fazer uma volta rápida, na casa de 1m33s, mas um tempo que estava longe do que os pilotos iriam virar na sequência.

 

 

Apesar dos 45 minutos de treino, nos primeiros 20 minutos de treino apenas o piloto brasileiro da equipe PHM estava rodando na pista, certamente buscando mais conhecimento com o carro e o circuito, uma vez que ele é novato e corria basicamente apenas nas pistas da Inglaterra em três temporadas de GB3. Depois de 20 minutos em “vôo solo” na pista, Roberto Faria voltou para os boxes.

 

Foi faltando 21 minutos que os pilotos começaram a sair dos boxes para – efetivamente – fazer suas familiarizações e as primeiras voltas rápidas começaram a vir com 16 minutos para o final, na casa de 1m29s, mas não demorou a entrarem na casa de 1m28s. Caio Collet foi um dos que logo entrou nessa casa de tempo, com 1m28,8s, ficando provisoriamente na P2. Com todos indo para a pista no final do treino, o que tivemos foi um grande engarrafamento, com todo mundo atrapalhando todo mundo.

 

 

Gabriel Bortoleto vinha virando uma volta excelente, com o melhor tempo no setor 1, o segundo melhor no setor 2 quando Piotr Wisnicki escapou em uma das curvas com vasta caixa de brita no setor 2 e, atolado na brita, provocou uma bandeira vermelha faltando 20 minutos para o final do treino e acabou com a volta do líder do campeonato. A pista foi liberada faltando 6 minutos para o final do treino e todo mundo veio pra pista.

 

Com a pista cheia e todo mundo atrapalhando todo mundo, Gabriel Bortoleto conseguiu fazer uma volta na casa de 1m29,3s, ficando com a P7, mas muito aquém do que seria um tempo de volta à altura do que ele poderia fazer. Roberto Faria voltou pra pista e melhorou seu tempo de volta, mas 1m32,7s foi algo muito longe até mesmo do P28 (ele ficou com a P29), com 1,5s de diferença e com muito por fazer no classificatório.

 

 

Terminado o primeiro treino livre da Fórmula 1, os carros e pilotos da FIA Fórmula 3 tinham pela frente os 30 minutos de treino classificatório pela frente. O tempo mudou e o sol da manhã desapareceu. O céu encoberto e a chuva nas proximidades do autódromo seria um desafio a mais para os pilotos. Certamente todos iriam logo para pista para se precaverem da chuva e os riscos de problemas entre eles seria grande.

 

Aberto os boxes, foram todos pra pista e o congestionamento foi complicado e Gabriel Bortoleto fez uma volta em 1m28,8. Dando uma escapada no setor 2, poderia ter feito uma volta melhor e com a passagem de todos, ele estava provisoriamente na P9. Caio Collet era o P24, com 1m30,1s. Roberto Faria melhorou muito do treino livre para o classificatório. Apesar da P30, ele estava no mesmo ritmo do pessoal de 1m30s alto e 1m31s.

 

 

Os pilotos foram logo para os boxes com 11 minutos de treino e, tranco os pneus e fazendo rápidos ajustes, não esperaram o terço final do treino como de costume e com 18 minutos para o fim já estavam – em sua maioria – na pista. Os pilotos repetiram o que fizeram na primeira saída para a pista e Gabriel Bortoleto fez uma volta em 1m28,279s. Chegou a estar na P2, mas foi caindo e faltando 11 minutos ele era o P7. Caio Collet fez sua volta em 1m28,624s e era o P16, o que não era bom, sem ficar entre os 12 primeiros. Roberto Faria entrou na casa de 1m30s, mas continuava na P30.

 

 

Os pilotos saíram para uma terceira tentativa quando faltavam 8 minutos para o final. Alguns estavam de pneus usados e alguns arriscaram contra a chuva e estavam com pneus novos. Caio Collet não voltou pra pista. Foi o único a ficar nos boxes, mas saiu faltando 3 minutos. Gabriel Bortoleto fez uma volta em 1m28,005s e depois de todas as tentativas ele ficou com a P6. Caio Collet veio buscando sua volta rápida e teve um enrosco com Franco Colapinto. O prejuízo foi grande e o brasileiro ficou com a P20. Roberto Faria ficou com a P28, fazendo uma volta em 1m29,601s.

 

O sábado pela manhã chegava e era a hora de termos a ‘sprint race’ onde Gabriel Bortoleto largava na P7 com o grid invertido para as 21 voltas programadas. Caio Collet, prejudicado pela decisão da equipe na parte final do treino de classificação, largava na P20 e teria que fazer uma corrida difícil corrida de recuperação para chegar aos pontos. Roberto Faria era o P28, tendo mostrado progressos. A pista estava seca, havia sol, com o céu parcialmente encoberto.

 

 

Após a volta de apresentação os carros voltaram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto largou mal, precavido para evitar algum toque e com isso caiu para a P8, mas contou com o problema de Taylor Barnard para recuperar a P7. Caio Collet manteve a sua P20 e Roberto Faria continuou na P28, mas graças ao abandono de Ido Cohen e a asa quebrada de R. Villagomez. Cohen escapou e bateu na barreira de contenção, provocando a entrada do safety car antes do fechamento da primeira volta.

 

O resgate foi lento e a bandeira verde veio apenas na abertura da volta 5, dando início a “procissão de Montmelló”. Gabriel Bortoleto vinha colado em Sebastian Montoya porque tinha logo atrás dele Franco Colapinto.Caio Collet manteve a P20 e Roberto Faria sulerou seu companheiro de equipe, Piotr Wisnicki. Leonardo Fornaroli, na P3, segurava o ritmo de um pelotão até o P11, Josep Maria Marti, mas nem a abertura de asa vinha dando oportunidade de ataque para ganho de posição.

 

 

O ponto de ultrapassagem que os pilotos vinham encontrando era o “S” da curva 8, depois do descidão. A briga pela ponta permitiu que os 16 primeiros formassem um pelotão único. Na metade da corrida, as posições dos brasileiros continuavam as mesmas, ma o que começava a aparecer era o desgaste de pneus e isso poderia fazer a diferença nas voltas finais da corrida e foi assim que Gregorie Saucy, depois de errar na curva 12, comprometeu toda a Reta e perdeu várias posições. Melhor para Gabriel Bortoleto, que passou o suíço e que subiu para a P6.

 

A briga de Paul Aron e Sebastian Montoya permitiu um ataque de Gabriel Bortoleto que superou os dois após Aron se tocar com Montoya e o colombiano (americano) ter um pneu furado. Gabriel Bortoleto subiu para a P4. Dino Beganovic, que vinha mais atrás, também teve um pneu furado e o sueco foi para a caixa de brita, o que também aconteceu com Christian Mansell, provocando uma nova entrada do safety car na volta 15. Caio Collet subiu para a P17 e Roberto Faria era o P26.

 

 

O resgate retirou os carros de Christian Mansell e Dino Beganovic das caixas de brita e a relargada veio com três voltas para o final. Gabriel Bortoleto largou bem e manteve a P4. Com a má largada do P2, Luke Browning, ele, o pelotão ficou muito compacto, mas depois da volta completada, o brasileiro estava mais seguro na P4. Caio Collet manteve a P17, mas foi para o ataque e na reta dos boxes fez uma ultrapassagem dupla para ganhar a P15. Roberto Faria acabou caindo para a P27 e assim eles terminaram a prova, com Gabriel Bortoleto fazendo uma ótima pontuação. Caio Collet subiu para a P14 com a punição de 5s de Gabriele Mini.

 

Apesar das previsões de chuva, a manhã de domingo estava ensolarada para a corrida da FIA Fórmula 3 em sua ‘feature race’, com 25 voltas programadas. Gabriel Bortoleto largava na P6, Caio Collet na P20 e Roberto Faria na P28. não havia perspectivas de mudança nas condições de pista durante a corrida e isso mostraria que o desgaste e o cuidado com os pneus seria fundamental, vide o desgaste observado na corrida do sábado

 

 

Após a volta de apresentação e aquecimento de pneus os pilotos retornaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto largou bem e ganhou a P5. Caio Collet fez uma primeira volta espetacular, ganhando 5 posições (duas graças ao enrosco entre Leonardo Fornaroli e Luke Browning) mas fechar a volta na P15 foi excelente. O carro de Luke Browning ficou parado em posição perigosa e o safety car veio pra pista. Roberto Faria perdeu duas posições, mas com o problema dos que saíram da pista, estava na P28.

 

O safety car veio pra pista na volta 2 para que fosse retirado o carro de Luke Browning. A relargada só veio na abertura da volta 7 e Gabriel Bortoleto precisou se defender na reta de um ataque de Paul Aron, mas conseguiu manter a P5. Caio Collet foi quem perdeu uma posição, superado por Gabriele Mini, mas no final da volta, superou Jonny Edgar e voltou para a P15. Roberto Faria foi superado e caiu para P28.

 

 

Gabriel Bortoleto colou em Dino Beganovic, mas tinha Paul Aron em seus retrovisores, dentro daquela “procissão da asa aberta” em que carros que tem desempenhos próximos não conseguiam superar o carro da frente. Caio Collet tentava não perder mais posições enquanto Roberto Faria herdava duas posições depois de Hunter Yeany e Rafael Villagomez se tocarem e saírem da pista no “S” após a reta dos boxes.

 

Caio Collet foi superado por Nikita Bedrin e e caiu novamente para P16. Faltando 10 voltas para o final, as posições dos brasileiros continuavam iguais e duas voltas depois Gabriel Bortoleto e Paul Aron superaram Paul Arou e conseguiu se defender de um ataque na reta dos boxes, mas estava 1,8s atrás de Dino Beganovic e precisava tirar essa diferença. Caio Collet não conseguia avançar de P16 enquanto Roberto Faria passava por Ido Cohen pra ganhar a P25. O furo de pneu de Gregorie Saucy deu uma posição para Caio Collet e Roberto Faria, indo para P15 e P24, respectivamente.

 

 

Gabriel Bortoleto ia tirando a diferença para Dino Beganovic, mas muito lentamente. O positivo era conseguir se manter à frente de Paul Aron, mesmo sem poder abrir asa. Mais atrás choviam punições por track limits, todas de 5s no tempo de prova o que iria mudar a classificação no final da corrida. Gabriel Bortoleto repetiu a P4 do sábado. Caio Collet, graças as punições dos adversários, ficou com a P12 na classificação enquanto Roberto Faria foi o P24. No campeonato, Gabriel Bortoleto continuava líder, com 92 pontos, 24 à frente do segundo colocado. Caio Collet não marcou pontos e era o P15, com 10 e Roberto Faria continuava zerado. A próxima etapa será na Áustria, no final de junho.

 

FIA Fórmula 2

Menos de meia hora depois do final do treino da FIA Fórmula 2, tivemos o treino livre da categoria com 45 minutos de tempo à disposição dos pilotos e com Enzo Fittipaldi precisando fazer uma “etapa de recuperação”, como fez em Baku. Assim como foi no treino da Fórmula 3, o cronômetro rodava e com 10 minutos de treino apenas 3 pilotos haviam completado uma volta relativamente rápida, mas ainda muito lentas.

 

 

Com 15 minutos de treino passados, apenas Ralph Boschung, Amauri Cordeel e Kush Maini estavam na pista e o melhor tempo de volta ainda estava na casa de 1m27s. Foi só então que as equipes soltaram seus pilotos e não demorou para os pilotos passarem a virar na casa de 1m27s com pneus duros e, antes que Enzo Fittipaldi virasse uma volta rápida, Victor Martins ficou parado depois de rodar e bater, provocou uma bandeira vermelha aos 20 minutos de treino.

 

Como o tempo não para nas bandeiras vermelhas em treinos livres, o treino só recomeçou quando faltavam menos de 15 minutos quando a pista foi liberada e todos vieram pra pista... menos Enzo Fittipaldi, com os mecânicos trabalhando na abertura de suspensão dianteira de seu carro. O brasileiro só conseguiu sair pra pista quando faltavam 10 minutos para o final do treino. Depois de duas voltas para condicionar bem os pneus duros, mandou muito bem e virou uma volta em 1m27,1s, que dava a P4, mas a volta foi cancelada por track limits. Só que em seguida ele fez uma volta (dentro das linhas brancas) em 1m27,2s e ficou com a P5. Zane Maloney ficou com a P10.

 

 

Menos de meia hora de terminado o treino da FIA Fórmula 3 os pilotos da FIA Fórmula 2 vieram pra pista. As nuvens de chuva continuavam próximas do autódromo, mas no final do treino da FIA Fórmula 3 já havia sol na pista. Enzo Fittipaldi precisava repetir o bom treino livre (preferencialmente sem os problemas que o deixaram parado nos boxes por boa parte do treino). E conseguir uma boa posição de largada.

 

Disparado o cronômetro, Enzo Fittipaldi foi o 4° carro a sair dos boxes. Os pilotos deram duas voltas de aquecimento de pneus e só então partiram para a volta rápida e Enzo Fittipaldi fez a volta em 1m24,511s. Depois que todos completaram as voltas mais rápidas o brasileiro estava na P3 provisoriamente e quatro posições à frente de seu companheiro de equipe, mas faltavam os carros da Prema, que não saíram com os outros pilotos. Enzo Fittipaldi tentou uma segunda volta, mas não conseguiu melhorar.

 

Quando todos estavam voltando pra pista os carros da Prema saíram e, depois de fazerem as suas voltas com a pista limpa, assim como Dennis Hauger e Jehan Daruvala, que anteciparam a segunda saída. Dos 4, três superaram o tempo de Enzo Fittipaldi. Enquanto isso, os demais pilotos estavam nos boxes, onde trocaram os pneus e fizeram os ajustes para a segunda tentativa. Nesse momento, Enzo Fittipaldi era o P6.

 

 

Enzo Fittipaldi voltou pra pista faltando 14 minutos para o final do treino para fazer suas duas voltas de aquecimento para fazer uma grande volta em 1m23,623s e tomar a P1 provisória e 7 posições à frente do seu companheiro de equipe, Zane Maloney, que perdeu seu tempo de volta por ‘track limits’ e o barbadiano caiu pra P15 (e no final pra P21). Ainda faltavam vários pilotos marcarem suas voltas rápidas. Oliver Bearman fez um tempo mais rápida, mas a P2 foi um grande resultado para o brasileiro. Detalhe: 19 dos 22 carros no mesmo segundo!

 

Após o treino livre 3 da Fórmula 1 era chegada a hora da ‘sprint race’ da FIA Fórmula 2 com pilotos e equipes tendo uma condição diferente devido a chuva para complicar as coisas e mudar a cara da corrida. Enzo Fittipaldi, com a inversão do grid, largava na P8, graças a punição sofrida por Theo Pourchaire, tendo um carro rápido e confiável nas mãos e mesmo com a dificuldade de ultrapassagens de Barcelona, com chances de marcar alguns pontos, chegando entre os 8 primeiros.

 

 

A chuva fez todos irem pra pista com pneus de para a condição de pista molhada e a direção de prova determinou a largada em movimento, seguindo o safety car. O pole position era Amauri Cordeel, um piloto “complicado” e a bandeira verde veio após uma volta para as 26 voltas programadas e já tivemos toque entre Frederik Vesti e Jak Crawford. Enzo Fittipaldi deu uma escapada de pista e caiu pra P9, mesmo com os problemas de carros à sua frente.

 

A condição de pista estava complicada e Enzo Fittipaldi não estava conseguindo acompanhar o ritmo de Richard Verschoor e tinha Ayumu Iwasa cada vez mais próximo. Obrigado a fazer uma direção defensiva, o brasileiro não conseguia se aproximar de Richard Verschoor com um terço de corrida. Na volta 8 Ayumu Iwasa foi pra cima e ganhou a posição de Enzo Fittipaldi, que podia mudar o modo de pilotagem, mas ele não conseguia acompanhar o japonês.

 

 

Não demorou muito para Arthur Leclerc chegar em Enzo Fittipaldi, que na volta 11 já estava 3,5s atrás de Ayumu Iwasa. Amauri Cordeel voltou ao normal, escapou da pista e juntou o pelotão com Jack Doohan ma P5. Isso ajudava Enzo Fittipaldi, que reduziu a diferença para menos de 2s, mas ainda estava apertado por Arthur Leclerc... e ainda estávamos na metade da corrida com apenas 13 voltas. Na volta 17 alguns pilotos arriscaram colocar pneus slick com a pista ainda muito molhada. Faltando 8 voltas Enzo Fittipaldi vinha se aproximando novamente Ayumu Iwasa.

 

Faltando 7 voltas Juan Manual Correa – de pneus slicks – rodou e ficou numa caixa de brita. Alguns pilotos foram para os boxes e inicialmente tivemos o virtual safety car acionado em seguida. Caom o safety car real acionado na volta 21, quem não tinha parado, parou e misturou tudo na classificação. Após as paradas, Enzo Fittipaldi estava na P10 e fora dos pontos. o resgate foi rápido, mas tinham que deixar os retardatários recuperar a volta de defasagem.

 

 

A relargada veio com apenas três voltas para o final e Enzo Fittipaldi perdeu a P10 para Arthur Leclerc. A corrida, devido a chuva e ao safety car acabou terminando por tempo. Enzo Fittipaldi não conseguia andar rápido e entrou na última volta da corrida 2,2s Amauri Cordeel tomou 5s de punição e com isso, o brasileiro ficou classificado na P10, mas como apenas os oito primeiros pontuam na ‘sprint race’, restava para ele torcer muito para termos pista seca na corrida do domingo.

 

Após a corrida da FIA Fórmula 3, menos de meia hora depois os carros e pilotos da FIA Fórmula 2 vieram para a pista. Era hora da feature rece e com Enzo Fittipaldi largando na primeira fila, na P2. Ainda havia sol e a pista estava seca, mas algumas nuvens pesadas já se aproximavam do circuito. Com as ultrapassagens sendo difíceis em condições normais, a estratégia e a boa conservação dos pneus seria fundamental.

 

Após a volta de apresentação, os pilotos retornaram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 37 voltas programadas, Enzo Fittipaldi, largando com os pneus macios, foi empurrado pra fora da pista por Oliver Bearman, mas conseguiu se manter na P2 na sequência das curvas e se defendeu bem dos ataques de Theo Pourchaire. Na segunda volta, o brasileiro estava em cima do líder e se mantinha a salvo dos ataques do P3.

 

 

Os três primeiros abriram uma pequena vantagem para o 4º colocado, Jack Doohan e com o DRS liberado, Enzo Fittipaldi precisava tentar se manter a menos de 1s de Oliver Bearman e abrir pelo menos 1s de Theo Pourchaire, só que na volta 5 a situação que tínhamos era justamente o contrário, mas na volta seguinte a diferença entre eles chegava a 2s, mas com 1,6s de vantagem para Theo Pourchaire, a situação estava controlada na altura da volta 8, com a abertura da janela para as paradas obrigatórias.

 

Na volta 10 alguns dos pilotos da frente foram para os boxes e Enzo Fittipaldi entrou na volta 11 uma depois de Theo Pourchaire. A parada foi mais lenta que a de Theo Pourchaire e o francês estava colado no brasileiro. Enzo Fittipaldi se defendeu espetacularmente para manter a posição com os pneus mais frios e na tentativa de passar o brasileiro se deu muito mal. Duas voltas depois quem parou foi Oliver Bearman e o britânico voltou logo na frente do brasileiro.

 

 

A diferença entre os dois – potencialmente – líderes era de menos de meio segundo. Com pneus mais novos, mas na negociação com os pilotos que optaram pela estratégia invertida, o brasileiro perdeu tempo em relação a Oliver Bearman. Felizmente Zane Maloney, que estava em estratégia invertida, não segurou Enzo Fittipaldi na sua perseguição ao líder (teórico) da corrida. Na volta 20, sem carros entre os dois, a diferença entre os dois era de 1,3s.

 

Quem vinha na – teórica – P3 era Ayumu Iwasa. Atrapalhado por Amauri Cordeel, a diferença entre Oliver Bearman e Enzo Fittipaldi passava dos 3s faltando 15 voltas para o final da corrida. Faltando 13 voltas para o final, apenas Victor Martins e Frederik Vesti eram os únicos à frente de Oliver Bearman e Enzo Fittipaldi e na volta seguinte o líder do campeonato parou, voltando na P9. Na volta seguinte parou Victor Martins.

 

 

Depois que as posições se estabeleceram, Enzo Fittipaldi tinha a ameaça real de Victor Martins e Frederik Vesti, com pneus macios, bem mais rápidos e chegando nos líderes estando a menos de 8s do brasileiro faltando 10 voltas para o final da corrida. Enzo Fittipaldi estava com 3,5s de diferença para o líder e não conseguia virar voltas mais rápidas. Ia ser difícil segurar a P2 até o final da corrida.

 

Enzo Fittipaldi não conseguia chegar em Oliver Bearman e via Ayumu Iwasa diminuir a diferença, tentando fugir de Victor Martins e Theo Pourchaire. O encardido do japonês era a esperança para que o brasileiro se mantivesse na P2. Faltando 5 voltas para o final, a diferença de Enzo Fittipaldi para Ayumu Iwasa era de 1,5s. A briga pela P3 ajudava Enzo Fittipaldi.

 

 

Com 3 voltas para o final, quando Victor Martins tomou a P3, a diferença dele para o Brasileiro era de 2,5s. O francês tinha mais pneus que o brasileiro, mas não conseguia se aproximar tão rápido como pretendia e Enzo Fittipaldi conseguiu segurar a P2 e marcar excelentes 18 pontos no campeonato. Com o resultado, o piloto brasileiro subiu no campeonato para a P7, com 49 pontos. A próxima corrida será na Áustria, no final de junho.

 

Brasileiros pelo mundo

A USF2000Jr. disputou mais uma etapa do campeonato, desta vez nas ruas e avenidas de Detroit. O brasileiro Nicolas Giaffone conquistou sua quarta vitória na temporada 2023 da USF Juniors, primeiro degrau do Road to Indy. O brasileiro largou na quarta colocação e conseguiu tomar a ponta faltando apenas duas voltas para o final, em uma corrida muito emocionante no Virgínia International Raceway.

 

 

A prova em Virgínia começou com pista seca e Nicolas tomou a terceira posição na largada e a partir daí sempre esteve na disputa pelo primeiro lugar, conseguindo a segunda posição ainda antes de cair uma chuva no circuito. Após a saída do safety car por conta da pista molhada, faltando poucas voltas para o final, ele partiu em busca da vitória e conseguiu ultrapassar o americano Jack Jeffers na penúltima volta.

 

No domingo aconteceram mais duas corridas e Nicolas Giaffone continuou brilhando em Virgínia. Na primeira, novamente largando na quarta colocação, assim como havia feito na prova de sábado, o brasileiro foi para cima e mostrou muita frieza na hora de fazer as ultrapassagens e também pra segurar a ponta no final da prova. Nicolas Giaffone ainda foi o segundo colocado na terceira corrida do final de semana, disputada na tarde deste domingo, e agora vem em uma sequência de sete pódios consecutivos na USF Juniors.

 

 

Com os resultados deste domingo, Nic chegou aos 230 pontos e tem 61 pontos de vantagem para o segundo colocado. O campeonato da USF Juniors chegou em sua metade com oito provas disputadas das 16 programadas. A próxima etapa da USF Juniors está marcada para o tradicional circuito de Mid-Ohio, entre os dias 6 e 8 de julho.

 

Na GB3, Lucas Staico foi oficialmente apresentado ao desafiador traçado de Spa Francorchamps. A rodada tripla continuou mostrando a fragilidade da Douglas Motorsport, que deixou a Bélgica na 7ª posição entre as 9 equipes que disputa o campeonato. Sem o “combustível financeiro” injetado por Tymek Kucharczyk, Lucas Staico vem passando dificuldades desde o início da temporada.

 

 

Nesta que foi a terceira etapa do campeonato, na primeira corrida o nosso representante largou na P19 e conseguiu terminar a prova na P14 após as 8 voltas programadas. Na corrida 2, o brasileiro terminou na P16. A última corrida, que tem o grid totalmente invertido, Lucas Staico largou na P7, ganhou duas posições e terminou em sua melhor posição de chegada no ano, o 5° lugar. Com os resultados ele subiu para a P20 no campeonato, com 47 pontos. A próxima etapa será em Snetterton, entre 17 e 18 de junho.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 
Last Updated ( Sunday, 04 June 2023 22:41 )