Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
A Turismo Nacional tenta mostrar que ainda respira, mas teve um acidente de tirar o fôlego PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 29 May 2023 21:44

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana deveria ter dois eventos: como mencionei nas “pílulas” da coluna na semana passada, o Campeonato Brasileiro de Endurance que faria uma corrida de 06 horas em Interlagos perdeu seu espaço – o autódromo – para este receber eventos da programação do evento “Virada Cultural”, realizado anualmente pela cidade de São Paulo. Apesar de considerar um absurdo o autódromo ser desvirtuado de sua atividade fim – o esporte a motor – faltou organização por parte da prefeitura em seu departamento responsável pelo autódromo ao aceitar e assinar o contrato com a categoria, mesmo com o evento de automobilismo já agendado ou, pior, decidiram a data da tal “Virada Cultural” e não tiveram o menor escrúpulo em passar por cima de um contrato assinado.

 

A outra – essa aconteceu – foi a outrora principal categoria do automobilismo brasileiro, a Turismo Nacional, desvirtuada e gourmetizada pela VICAR, que aproveitou a estrutura montada no último final de semana no autódromo de Tarumã para fazer sua segunda etapa do campeonato, realizando ... corridas entre o sábado e o domingo com os carros todos juntos na pista, mas separados nas classes A e B.

 

Na tarde do sábado fui pro youtube assistir (em VT) as corridas da Turismo Nacional, sempre pelo Portal High Speed, do meu camarada Pedro Malazartes, que manteve a dupla mais poderosa do universo na transmissão, com o Filho do Deus do Egito na narração e o Enviado de Cristo na pista e nos comentários. Felizmente a categoria teve mais carros do que na etapa de abertura, com 18 carros.

 

 

Na corrida 1, Thiago Tambasco era o pole position, tendo Fabricio Lançoni a seu lado pra puxar o grid. A largada lançada e Thiago Tambasco entrou na frente de todos na curva 1. Guilherme Sirtoli tomou a P2 e Pablo Alves também levou vantagem na curva do laço. Depois que Thiago Tambasco deu uma espalhada no tala larga, Guilherme Sirtoli colocou de lado e um grupo de 6 carros tentou ocupara o mesmo espaço no mesmo instante de tempo nas curvas 8 e 9. Ernani Khun mergulhou por dentro e deu um toque em Thiago Tambarco, que chicoteou e colocou duas na grama, segurando o carro na marra. A primeira volta estava fechando com um 4-wide (Tambasco, Khun, Sirtoli e Alves), com dois (Berlanda e Lançoni) no vácuo. Ia ser uma loucura a tomada da curva 1... se eles chegassem lá! Guilherme Sirtoli fechou pra cima de Ernani Khun, bateram portas e Ernani Khun bateu de lado em Thiago Tambasco, que entortou a frente para a parte de fora da reta, levando os outros dois pra fora da pista e o que se viu foi um acidente espetacular (o advérbio não era bem esse...). A sequência de fotos abixo, postadas pelo meu camarada, o Sinestro, no Facebook fala tudo.

 

 

O PIROCA (sim, o diretor de prova e esse é seu sobrenome...) meteu logo a bandeira vermelha e interrompeu a corrida. O fiscal do posto de sinalização deve ter se cagado todo (cagado pode, né, Editora?) vendo os carros vindo em sua direção. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) que eu soltei foi ouvido até em Goiânia! Por um desses milagres que vez por outra acontecem, os três pilotos saíram andando dos carros, que logo foram socorridos pela equipe de resgate. A corrida ficou parada por quase 25 minutos até que os sobreviventes do grid saíssem atrás do Safety Car para a prova ser reiniciada. Quem puxava a fila era Fabricio Lançoni com – pasmem – Ernani Khun, que conseguiu recuperar o carro por não ter capotado, e com as luzes de largada apagando, Fabricio Lançoni contornou as curvas 1 e 2 com Ernani Khun ao seu lado, só se estabelecendo na ponta no trechinho entre as curvas 2 e 3. Pablo Alves, Augusto Freitas e Juninho Berlanda vinham na briga pela P3, com Berlanda levando vantagem. Os 3 primeiros escaparam um pouco e numa escapada pra grama de Augusto Freitas na curva 2, Pablo Alves tomou a P5, mas os ‘comissacos’ o puniram com um ‘Drive Thru’ por queima de largada.Juninho Berlanda se jogou por dentro na curva 9 e ganhou a P2. Os três primeiros corriam com vantagem enquanto Augusto Freitas liderava a Classe B. Nos 5 minutos finais, a briga pela ponta ficou feroz entre Fabricio Lançoni e Juninho Berlanda. Na entrada da curva 9, antes de abrirem a última volta, Juninho Berlanda mergulhou por dentro, bateu porta com Fabricio Lançoni e ganhou a P1 na tomada pra curva 1. Fabricio Lançoni não desistiu, jogou pesado por dentro na curva 2 e os dois bateram porta, indo parar na grama, mas voltaram pra pista com Lançoni ainda na frente. Berlanda tentou buscar o líder, mas teve que ficar na P2. Ernani Khun foi o P3, com Augusto Freitas vencendo na classe B, mas rapidamente o vencedor tomou 5s de punição, caindo pra P3. Algumas horas depois veio a punição de desclassificação para Ernani Khun, pelo acidente no início da corrida. Augusto Freitas herdou a P3.

 

 

Em seguida tivemos o balé do bebum perneta, mas sem inversão de grid, com os carros se posicionando lado a lado conforme as posições de chegada (e nessa hora Ernani Khun ainda não estava punido). A largada foi dada com juninho Berlanda e Ernani Khun puxando o grid e Berlanda tomando a ponta. Fabricio Lançoni largou bem e ganhou a P2. Augusto Freitas novamente era o líder da Classe B. Pablo Alves, que largou no fundo do pelotão pelo ‘Drive Thru’ tomado na corrida 1, vinha escalando o pelotão. Lá na frente. Juninho Berlanda vinha tranquilo na ponta, quase 5s na frente de Fabricio Lançoni, que estava relativamente tranquilo em relação a Ernani Khun até começar a perder rendimento nas duas voltas finais e com o pneu dianteiro esquerdo furado, Ernani Khun tomou a P2 Fabricio Lançoni foi caindo na classificação. Juninho Berlanda ganhou com folga, com Ernani Khun na P2 e Arthur Scherer na P3. Augusto Freitas venceu novamente na Classe B.

 

 

Depois do almoço chegava a hora das corridas 3 e 4 e tudo havia mudado. A frente fria – já esperada – havia chegado, trazendo chuva, aumentando o vento e molhando a pista. A pole position era de Juninho Berlanda e ao seulado estava Fernando Trennepohl. Com a pista molhada, o PIROCA (o diretor de prova, esse é seu sobrenome...) determinou a largada atrás do Safety Car, com o cronômetro sendo disparado logo que os carros se movimentaram. Após duas voltas atrás do carro de segurança veio a bandeira verde e Juninho Berlanda deixou o resto do grid falando sozinho. Fernando Trennepohl veio na sua P2 e Edu de Paula, que divide o carro com Fabricio Lançoni, na P3. Alguns pilotos andaram se atravessando nas curvas, especialmente na 1 e no tala larga, mas continuaram no asfalto. Ernani Khun, que veio ganhando posições ao longo da curta corrida chegou para atacar Edu de Paula pela P3, mas faltavam apenas duas voltas. Juninho Berlanda venceu com sobras, tendo Fernando Trennepohl na P2 e vencendo a Classe B. Edu de Paula segurou bravamente a P3.

 

 

Aí veio o balé do bebum perneta, sem inversão de grid e com isso, Juninho Berlanda era novamente o Pole position pra puxar os 16 carros na pista. Novamente a largada foi atrás do Safety Car e dessa vez Fernando Trennepohl não deixou Juninho Berlanda escapar na frente e veio junto com o líder. Tentando chegar nos primeiros, Augusto Freitas foi dar um passeio na grama enquanto Ernani Khun conseguiu ganhar a P3 de Edu de Paula no tala larga. Juninho Berlanda conseguiu ir abrindo vantagem, mas não muita, enquanto Ernani Khun vinha se aproximando de Fernando Trennepohl. O mais rápido na Pista era Pablo Alves, que vinha voando e chegando no grupo dos 4 primeiros, forçando Edu de Paula a tentar se defender e perdendo contato. Não deu certo! Quem vinha rápido também era Ernani Khun, que colou em Fernando Trennepohl faltando 2 minutos do final. Na penúltima volta, Trennepohl deu uma espalhada na curva do laço e deu chance para Ernani Khun tomar a P2 no tala larga. Juninho Berlanda venceu mais uma, vencendo as quatro corridas do dia, com Ernani Khun na P2 e Fernando Trennepohl na P3, vencendo na Classe B.

 

 

No domingo repetindo a fórmula do dia anterior, depois das 500 Milhas de Indianápolis fui para o youtube e no portal High Speed assisti as duas corridas do dia. A pista estava seca o pole, Thiago Tambasco, o carro amarelo do acidente do sábado, não veio para o grid, assim como o de Guilherme Sirtoli. Com isso, quem puxava o grid era Fabrício Lançoni, com Ernani Khun a seu lado. Largada lançada e Ernani Khun fez uma largadaça, fazendo as curvas 1 e 2 por fora e tomando a liderança. Atrás de Fabrício Lançoni vinha Fernando Trennepohl. Pablo Alves, que largou na P11, fechou a primeira volta na P5 e acossava Celio Vinícius, que não resistiu por muito tempo. Só que Juninho Berlanda colou em Pablo Alves, que perdeu rendimento no tala larga e tomou uma panca na traseira de Juninho Berlanda, que subiu para P4. Os 3 primeiros se enroscaram depois que Fabrício Lançoni recuperou a liderança. Vindo por fora na curva do laço, Fernando Trennepohl aproveitou a defensiva de Fabrício Lançoni e tomou a P2 pouco antes do PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de prova...) botar pra fora o Safety Car para a retirada do carro de Pablo Alves que ficou parado na pista e lavou com algum fluido o asfalto. Na relargada, Fabricio Lançoni foi esperto e colocou uma vantagem que evitou o ataque e deixou a briga direta pela P2, mas logo os 3 se juntaram e a eles se juntou Juninho Berlanda. Com as pilotagens defensivas, Celio Vinícius chegou no grupo, mas errou, escapou e perdeu o contato com o grupo da frente. Fernando Trennepohl, piloto da Classe B, foi esperto e deixou Juninho Berlanda passar pra sair do sufoco, mas veio na balada. Fabricio Lançoni ganhou uma vantagem e duas voltas depois Juninho Berlanda mergulhou por dentro na curva 9, fez a reta lado a lado com Ernani Khun e tomou a P2, mas não havia tempo para chegar em Fabrício Lançoni, que quebrou a sequência de vitórias de Juninho Berlanda, o P2. Ernani Khun foi o P3 e na P4, Fernando Trennepohl foi o vencedor da Classe B.

 

 

Pra abrir o apetite pro almoço tivemos a última corrida da etapa e a pole era de Juninho Berlanda e Fernando Trennepohl vinha a seu lado fechando a primeira fila e puxando o grid. Arthur Scherer ficou parado na reta e o regate foi socorrer, mas foi só o suficiente pra tirar o carro da pista. A largada foi abortada com o carro de Arthur Scherer parado na saída dos boxes. Mais uma volta e veio a largada sem desconto no tempo de prova. Juninho Berlanda tomou a ponta, seguido de Fernando Trennepohl. Edu de Paula vinha pressionado por Ernani Khun na P3. Com Edu de Paula na defensiva, os dois primeiros escaparam na frente e um pelotão cada vez maior se formava. Na abertura da volta 4 não deu mais pra segurar e Ernani Khun tomou a P3. Pablo Alves recuperou o carro, saiu do fundo do pelotão e na volta 5 já estava na P6, atacando Augusto Freitas. Ernani Khun foi tirando a diferença pra Fernando Trennepohl. Pablo Alves tomou a P5 e Augusto Freitas tomou uma panca de Celio Vinícius e ficou parado na pista. O PIROCA (esse é o sobrenome do diretor de prova...) botou pra fora o Safety Car, mas foi por uma volta apenas. Na relargada, com todo mundo agrupado, Juninho Berlanda largou bem e Ernani Khun foi pra cima de Fernando Trennepohl, que foi esperto e deixou o piloto da Classe A passar por ele, mas tinha Edu de Paula e Pablo Alves próximos dele. Pablo Alves mergulhou por dentro na curva 9, fez a reta lado a lado com Edu de Paula e tomou a P4 na curva 1. Fernando Trennepohl dexiou Pablo Alves passar e nas ultimas duas voltas a briga entre eles foi feroz. Na última volta, na curva do laço, ele superou Ernani Khun pra ganhar a P2. Juninho Berlanda estava inalcançável e venceu a quinta de 6 corridas. Fernando Trennepohl foi o vencedor na Classe B.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- É impressionante ver uma emissora (a Band) investir tão pesado no esporte a motor, em transmitir tantas categorias, e não investir em gente qualificada para fazer as transmissões. Tem muita gente competente que daria tudo pra sair da internet e ter uma chance na TV. Tem muita gente competente no mercado como o Alexi Lalas e o Filho do Deus do Egito pra narrar, o Ladrão de Oxigênio e o Taquara Rachada pra comentar, mas insistem nos Martelos, Terríveis, Smiths e outras ínguas.

- Exagero meu? Para Ivan, o Terrível, a reta dos boxes, a curva e a subida do cassino é tudo “Saint Devote” (a curva fica em frente a igreja), mas como além de não conhecer o circuito, não estuda o mesmo antes de fazer a narração, dá nisso. Outro caso: para Pedro Martelo, o vento indicado (em m/s) está em “milhas por segundo”... só que a indicação é de METROS por segundo. Ou seja, para o Martelo, 5 m/s, em milhas, seria um vento de 18 mil milhas por hora!!!

- A Lowes, o famoso Hairpin do traçado, virou “curva do Grande Hotel, que fica lá em cima, perto do cassino... vão narrar basquete e futebol!

- Mas a melhor, claro, ficou para os três patetas do domingo, quando o Caprichoso falou que o ponto mais rápido do traçado era na freada da Saint Devote, quando qualquer um sabe que é na freada da chicane depois do túnel... vai narrar o cariocão! E larga o celular pra prestar atenção na corrida!

- Depois o Matuzaleme veio “explicar” que os carros, na pista molhada, estavam buscando fazer a curva de entrada do túnel por dentro para serem mais rápidos, quando claramente, com o trilho se formando, era onde resfriariam os pneus. Pior: foi referendado pelo Dr. Smith, que é piloto! Nessa hora o “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) foi ouvido em toda cidade.

- O Dr. Smith estava inspirado. Falando sobre a da Honda para a Aston Martin em 2026, falou sobre a saída da Honda em 2008 e disse que no ano seguinte Jenson Button foi campeão com um carro que era da equipe. Esse “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) foi ouvido em todo Tocantins! O carro da Brawn foi projeto com um difusor feito depois da saída da Honda e o motor era Mercedes! Vai dirigir caminhão nos Andes!!!

- Das traduções, melhor nem falar todos sabem que ele não entende nada, chuta quase tudo e só é salvo quando colocam as legendas na tela.

- A coisa foi tão braba que teve a contribuição da Cadeiruda, que falou que a grua “alça” (o certo é “iça”) os carros e retiram-nos rapidamente da pista... “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) foi ouvida em toda Palmas. Mas como ela “abana” bandeiras, está explicado o quanto ela colou nas provas de português.

- Na Indy, a opção foi pela TV Cultura, com o Alexi Lalas e o Ladrão de Oxigênio. MamaBia estava de “repórter de campo” e assim teríamos comentários. Nos canais do Pateta, com o Cepacol, membro do site protagonistas de grandes pataquadas e matador de pilotos por antecedência só não é pior que o Nhonho.

- Eu já havia enviado minha coluna na semana passada quando recebi a nota de falecimento do piloto Xandy Negrão. Uma grande perda para nosso já pobre automobilismo.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.