Amigos, o belga Jerome D`Ambrosio, piloto de testes da Virgin, vai substituir o brasileiro Lucas Di Grassi na equipe, e será o companheiro de Timo Glock. Lucas ainda tinha esperanças de correr pela Virgin, mas acabou perdendo a importante vaga, lembrando que a equipe agora é controlada pela montadora de carros russa Marussia Motors. Não acredito que Lucas consiga outra opção para 2011, e deve ficar como piloto de testes de alguma equipe. É esperar para saber.

Eu já escrevi aqui em outra coluna e repito, que Lucas Di Grassi é o melhor piloto brasileiro entre as jovens promessas. Fica claro que a falta de um patrocínio do Brasil deixa os nossos melhores pilotos de fora da F1. Outro dia, conversando com uma lenda do automobilismo brasileiro (não vou citar o nome), um ex-piloto que fez história, ele comentou sobre a falta de apoio das empresas brasileiras aos nossos jovens talentos. Disse-me o ex-piloto que até Massa, sabendo que o Banco Santander apóia Alonso com uma verdadeira fortuna, se sente preterido na equipe, pois a voz ativa é de quem traz o dinheiro. Acredito em gênero, número e grau que esta é a pura verdade.

Empresas brasileiras são fundamentais para a manutenção ou chegada de pilotos do país na Fórmula 1. Não resolve, porém dar suporte apenas nas equipes de menor expressão, mas sim em todo um projeto de carreira. Na época de Ayrton Senna, por exemplo, o extinto Banco Nacional esteve ao lado do piloto durante um bom tempo, mas mais importante ainda, o apoiou nas fórmulas de base.

Sei que a Petrobrás não quer abraçar um piloto em especial, mas apenas marcar o nome na categoria máxima. Acho que se a petrolífera brasileira tivesse um grupo de pilotos com a intenção de que, pelo menos alguns, ou até mesmo um só, chegasse a um nível alto na F1, seria melhor para todos. Mas enfim, quem manda são eles. 

Ao final de 2008 comentei com um colega de imprensa de São Paulo que se a Petrobrás ou a Embratel não apoiassem Bruno Senna integralmente, a chegada do brasileiro na F1 seria um desastre. Na época ele disse que eu estava equivocado, e que isso não mudaria em nada a carreira internacional de Bruno. O tempo mostrou quem tinha razão. Sem dinheiro do Brasil não veremos mais campeões “tupiniquins”  de Fórmula 1.

Um abraço, oremos sempre e Feliz Natal para todos.

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