Oi amigos, tudo bem? Neste final de semana, com largada marcada para 16:15 (horário do Brasil) do domingo, 30, disputarei a quarta etapa do 2023 NTT IndyCar Series, o Alabama Indy Grand Prix. Serão 90 voltas pelo traçado de 3.700 metros. Trata-se do primeiro misto permanente do ano, uma vez que, até aqui, corremos duas vezes em circuitos urbanos (Saint Petersburg e Long Beach) e uma vez no oval do Texas Motor Speedway. O Barber Motorsports Park, onde está o autódromo, é um complexo muito bacana para a prática do automobilismo e motociclismo. Possui vastas áreas de lazer e é sede também de um museu imperdível. Tudo isso fica na cidade de Birmingham, no estado do Alabama. Nesta sexta-feira, 28, o tempo amanheceu aqui parecendo a Inglaterra, ou seja, bem nublado e com possibilidade de chuva, além de um friozinho. Mas para domingo, apesar de a temperatura máxima prevista ser na casa dos 22 graus, a chance de chuva é pequena, abaixo de 10%. Por causa disso, todo o trabalho de acerto será para pista seca. Minhas lembranças sobre essa corrida são muito caras. Em 2010, ano da estreia do Barber Motorsports Park no calendário, venci a prova e fui ao pódio com a Mikaella, que tinha uns quatro meses. Foi uma emoção muito grande. De lá para cá, cheguei duas vezes em 3º lugar (2012 e 2013) e fiz duas poles: 2012 e 2015. Vamos iniciar nossos trabalhos de maneira muito consistente, pois treinamos no Alabama no início da temporada e o resultado foi muito bom. Desenvolvemos um acerto bem específico para o #06 da Meyer Shank Racing e acredito realmente que será a prova de bons resultados, já a partir do Qualifying, que acontece no sábado. Barber é uma pista com oportunidades de ultrapassagens, mas não é algo fácil por causa das retas, que não são as maiores em termos de extensão, e o tráfego. Se você pegar uma fila de carros mais lentos à sua frente, é meio punk sair dessa situação. Por outro lado, como em cada stint o combustível acaba primeiro do que os pneus, a estratégia indica economia de combustível para, se for necessário, retardar ao máximo a parada. Dependendo das circunstâncias da prova, incluindo aí as bandeiras amarelas, a gente pode lutar até mesmo para diminuir uma parada, que em tese acontecem em número de 3 vezes durante as 90 voltas. Temos trabalhado muito para aumentar nossa velocidade, que não tem sido nosso ponto forte esse ano. No oval do Texas, isso ficou evidente. É verdade que em Barber, por ter 17 curvas, a questão da velocidade acaba minimizada, mas não o bastante para nos sentirmos compensados no nosso estágio atual. Eu e meu estrategista, o Adam Rovazinni, já temos um plano básico, mas tudo vai depender da posição de largada. Infelizmente, nossa posição no grid não tem sido a ideal. Quanto mais atrás a gente larga, maior é o risco de se envolver em confusão. No mais, será um final de semana de muito trabalho e espero voltar aqui na semana que vem com uma história legal para contar. Abraço a todos e até lá! Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá amigos leitores, A quarta corrida da temporada 2023 da NTT IndyCar Series será a primeira em um circuito misto permanente, depois de duas corridas de rua e do oval super rápido do Texas Motor Speedway, é chegada a hora de cantarmos “Sweet Home Alabama” e acelerar no lindo circuito de Barber. O Barber Motorsports Park é uma das pistas mais bonitas que a categoria visita, mas seu layout abrangente e mudanças de elevação também o tornam um dos mais desafiadores. Os vencedores recentes tendem a vir das duas primeiras filas do grid (Josef Newgarden sendo uma espécie de “outlier” depois de largar em quinto e sétimo para suas vitórias em 2015 e 17, respectivamente), e os movimentos de ultrapassagem raramente são obra de um momento. Em Barber, paciência é uma virtude como pilotos perseguem o carro da frente, mas no ano passado vimos muita gente “perdendo a paciência”, inclusive com os companheiros(?) de equipe. Michael Andretti que o diga. Adotar uma estratégia diferente raramente traz resultados, como atesta o quarto lugar do pole position em 2021, Pato O'Ward, em um dia em que dois era o número mágico… Alex Palou conquistou a vitória em 2021, mas O'Ward redimiu-se no ano passado, quando ultrapassou o pole position e dominador inicial, Rinus VeeKay (imagem principal, liderando), após sua segunda e última parada. Com VeeKay em busca de redenção, todos os três podem ser fatores novamente neste fim de semana, mas primeiro eles devem vencer o Team Penske, que inclui o tricampeão Barber Newgarden e o bicampeão Will Power em sua lista. Fique atento, também, para Andretti Autosport levar sua forma em brasa das ruas de Long Beach para o cenário mais bucólico de Barber. Kyle Kirkwood dominou o fim de semana em SoCal para sua primeira vitória na NTT IndyCar Series, mas o segundo colocado Romain Grosjean e Colton Herta em quarto mostraram sua força em profundidade. Quem quer que seja a sua escolha para um grande dia em Barber, prepare-se para 90 voltas no percurso de 2,3 milhas e 17 curvas em terreno natural na tarde de domingo. Podemos esperar fascinantes 207 milhas de ação em Sweet Home Alabama. Negando tudo até a morte! A preparação para a etapa de Barber e os primeiros dias de testes em Indianápolis (dia, porque no dia 2 a chuva não deu chances para ninguém ir pra pista) tiveram uma intromissão que encheu manchetes na mídia com uma rodada de especulações sobre a venda da NTT IndyCar Series para o Grupo Liberty Media, circulando pela primeira vez no recente Acura Grand Prix de Long Beach. Proprietária da Fórmula 1, correu pelo mundo que o grupo estaria fazendo um movimento para comprar a série americana de monopostos de propriedade da Penske Entertainment. Quando a categoria ainda estava em Long Beach surgiram as primeira indagações sobre esta investida do Grupo Liberty Media, mas o presidente da Penske Corporation, Bud Denker, deu uma resposta inequívoca quando questionado sobre o boato e se a Penske Entertainment estava interessada em vender a IndyCar ou sua outra propriedade, o Indianapolis Motor Speedway, afirmando categoricamente de que não há nenhum fundo verdade em nada do que estava sendo falado. Uma das coisas mais absurdas do boato era e que a NTT IndyCar Series se tornaria uma “categoria de acesso norte americana à Fórmula 1”. Com o (injusto) sistema de pontos para conquista da licença (a Super Licença), a categoria de monopostos já é uma categoria que pode levar um piloto à Fórmula 1. Mas será que é isso mesmo? Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |