Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
A Porsche Cup vai ao Velocittà para grandes corridas. Tivemos F. Truck na TV e GT Series vazia PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 17 April 2023 21:37

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana teve a segunda etapa da Porsche Cup GT3 Challenge (e mais um monte de nome) na pista de track day conhecida como Velocittà, onde “a velocittà”, não é lá muito alta, com suas pequenas retas – a dos boxes, inclusive – que tem aquela temerária saída que ainda vai dar problema (o advérbio não era bem esse...).

 

Mas também foi um final de semana de estréias... sim, a GT Series estreou no autódromo de Interlagos dentro da programação da FASP (e por enquanto terá o tratamento de categoria regional), além da Fórmula Truck – essa estreando na RedeTV – com transmissão ao vivo da etapa de Rivera, em conflito de horário com a Porsche Cup, que eu terei alternativa de assistir no youtube. As categorias regionais falarei delas na sessão “O Ogro tá na Pista”, antes da distribuição de Rivotril.

 

Porsche Cup

Se a pista não ajuda e a transmissão pela TV não acontecer porque as emissoras que tem os direitos de transmissão consideram ter outros eventos mais interessantes para transmitir, uma pena para o final de semana em que a categoria celebrava 18 anos de existência e sucesso no Brasil. Ao menos a transmissão pela internet teve a melhor narração do Brasil com o Sinestro, graças ao fato da Band agora estar transmitindo a Serie B do campeonato brasileiro, o pessoal que “narra qualquer coisa meia boca” foi pro futebol e deixaram o automobilismo para o especialista. Para as corridas do sábado o céu estava carrancudo, já deu uma lavada na pista, mas estavam todos de pneus slick. Nos comentários, o sem alça do Prosdócimo, que na Porsche está em sua zona de conforto!

 

 

Nicolas Costa, que nunca tinha corrido no Velocittà, marcou a pole e do lado dele largava Werner Neugebauer pra puxar os 26 carros do grid. Carros lado a lado, bandeira verde e o pole defendeu bem na curva 1, mas escapou na curva 2 e com isso Marçal Muller saiu da P3 para a liderança, trazendo com ele Werner Neugebauer. Nicolas Costa conseguiu segurar a P3, mas em meia volta colou nos dois primeiros. Miguel Paludo era o P4. A briga pela P2 esquentou com Werner Neugebauer segurando Nicolas e Miguel Paludo. Marçal Muller agradecia e ia abrindo vantagem. Quem vinha no lucro era Lucas Salles, que vinha chegando na briga pela P2. Paulo Souza, Bruno Campos e Nelson Marcondes tentaram fazer a curva pelo mesmo espaço ao mesmo tempo e as leis da física não permitiram. Os três bateram, mas conseguiram recolher aos boxes sem interromper a corrida. Miguel Paludo foi para o ataque na sequência de curvas saca-rolha e paciência e por pouco não tomou a P3. Werner Neugebauer agradeceu a briga e abriu vantagem na P2 enquanto o líder sobrava na frente. Depois do susto, Nicolas Costa voltou a abrir de Miguel Paludo e começou a se reaproximar de Werner Neugebauer. Nas duas voltas finais, Nicolas Costa colou e foi para o ataque em cima de Werner Neugebauer, mas como ultrapassagens no Velocittà é coisa rara, os três mantiveram suas posições na chegada.

 

 

No domingo, com a inversão nutella do grid, envolvendo os 6 primeiros, a pole position ficou para Alceu Feldmann e ao seu lado estava Lucas Salles pra puxar o grid com 26 carros. Bandeira verde após a volta de apresentação e Lucas Salles fez o melhor traçado, tomou a ponta e com Alceu Feldmann defendendo a P2 com unhas e dentes deixou o líder abrir vantagem. Nicolas Costa apostou tudo e perdeu muito! Caiu pra P6. Miguel Paludo segurou a P3 e atacou Alceu Feldmann com tudo, mas era atacado por Werner Neugebauer. A briga pela P2 tinha 5 pilotos envolvidos e em uma volta Lucas Salles abriu 2 segundos. Mas na volta 3, com as posições melhor definidas, o pelotão chegou rápido no líder e, na volta 4, Miguel Paludo tomou a P2 de Alceu Feldmann na freada do final da reta dos boxes e logo colou em Lucas Salles. Na volta seguinte, na curva do grampo, a liderança mudou de mãos. Miguel Paludo passou e abriu, com Lucas Salles segurando o pelotão até Nicolas Costa, o P6... por pouco tempo. Na volta seguinte, Alceu Feldmann e Wener Neugebauer passaram por Lucas Salles e o “choco-man” foi com tudo pra buscar a P2 e iam abrindo do pelotão que os seguia. Marçal Muller passou por Lucas Salles, mas quando Nicolas Costa tentou ir junto, tocou na traseira de Lucas Salles e os dois saíram no prejuízo. Salles rodou e Costa caiu pra P9. Miguel Paludo tinha mais de 4s de vantagem na frente. Nicolas Costa estava enrolado no “pelotão da série B” e ficou fora da briga pelas posições da frente e acabou indo para os boxes para abandonar. Alceu Feldmann conseguiu respirar na P2, cm Werner Neugebauer na P3. Sem mudanças, Miguel Paludo venceu e igualou o número de vitórias de Constantino Jr. na categoria. Depois da corrida, os ‘comissacos’ puniram o “Choco-Man” por algum mimimi do Marçal Muller que eu não vi absolutamente nada!

 

GT3 Challenge

 

Quando os carros da GT3 Challenge vieram pra pista no sábado, a Moleca sensação, Antonella Bassani – que tem chefe de equipe e engenheira mulheres – fazia história e largava na Pole Position, com Marcelo Tomasoni a seu lado pra puxar o grid de 20 pilotos. Na largada, a Moleca surpreendeu os marmanjos, deu pé logo na entrada da reta e garantiu o contorno da curva 1 na liderança, seguida por Marcelo Tomasoni e Urubatan Helou. Cristian Mohr atacou forte e se deu mal. Marcelo Tomasoni mostrou experiência e tomou a liderança na caipirinha ainda na primeira volta. Tomasoni passou e abriu enquanto Antonella Bassani já tinha que se preocupar com Urubatan Helou. Com um pneu furado Célio Brasil ficou parado em uma posição estranha, mas o diretor de provas, o Massaranduba, não quis saber de Safety Car porque o piloto conseguiu movimentar o carro e chegar nos boxes. Cristian Mohr apertava Urubatan Helou, o que aliviava a pressão sobre Antonella Bassani, que voltou a se aproximar de Marcelo Tomasoni na passagem de 10 dos 25 minutos de corrida. Na transmissão, saiu o aviso de que a largada seria analisada depois da prova. Verdade seja dita, o pessoal da linha de dentro veio todo desarrumado. Cristiam Mohr tentou uma manobra kamikase pra cima de Urubatan Helou e acabou fazendo um harakiri, indo pra grama na curva 1 e caindo pra P5. Depois de limpar os pneus, Cristian Mohr recuerou a P4 e saiu à caça de Urubatan Helou, que não estava perto de Antonella Bassani, Marcelo Tomasoni ia mantendo uma vantagem segura na liderança. Nos minutos finais, os retardatários agruparam os 3 primeiros e na última volta a Moleca foi pra cima, mas não conseguiu – ainda – entrar para a história com uma vitória na categoria. Os ‘comissacos’ não puniram o grid torto e o resultado de pista ficou inalterado entre os 3 primeiros.

 

 

No domingo, com a inversão nutella de 6 posições no grid, a pole position ficou para Antônio Junqueira Gustavo Zanon para puxar os 20 pilotos que encerrariam a etapa. Dada a volta de apresentação os pilotos aceleraram com tudo antes mesmo das luzes vermelhas apagarem e o Massaranduba (o diretor de provas que é madeira pra toda obra...) deixou a disputa correr. Antônio Junqueira, o pole, tentou segurar a ponta, mas foi surpreendido por Cristian Mohr. A Moleca Antonella Bassani também largou bem e subiu da P5 pra P3 na saída da curva 1. A Moleca partiu pro ataque sobre Antônio Junqueira enquanto Cristian Mohr ia abrindo na frente. A Moleca aparentemente foi com muita sede ao pote e rodou sozinha, perdendo muitas posições, dando sossego para Antônio Junqueira. Cristian Mohr e Uribatan Helou foram punidos por queima de largada (só eles?) e tomaram um ‘Drive Thru’. Quem mais lucrou foi Marcelo Tomasoni, que com o pagamento das punições subiu pra P4 e logo ganhou a P3 de Gustavo Zanon. Antônio Junqueira liderava com Sebá Malicelli na P2. Tudo tranqUilo para Marcelo Tomasoni na P3 ENQUANTO Sebá Malucelli ia tirando a diferença para Antônio Junqueira. Os ‘comissacos’ analisaram as imagens das ‘on board’ e constataram que Urubatan Helou bateu na traseira do carro da Antonella Bassani, provocando sua rodada. Tomou outro ‘Drive Thru’, mas não paga o prejuízo da Moleca, que podia estar na P2 neste momento. Nada mudou no pelotão da frente até a bandeira quadriculada e Antônio Junqueira comemorou a vitória, seguido de Sebá Malucelli e Marcelo Tomasoni, este o líder da categoria.

 

O Ogro tá na Pista

A Fórmula Truck teve suas corridas de volta à grade de TV com a transmissão da RedeTV na tarde deste domingo. Dei uma especial atenção para a categoria, deixando para assistir a Porsche Cup pelo youtube para ver como seria a transmissão na televisão e posso dizer que foi boa... a transmissão. Teve umas falhas, como não mostrarem o grid antes da largada, mas este foi um problema pequeno. O problema é que “faltou corrida”.

 

 

Com a corrida definida por tempo de duração, mais uma volta, em caso de bandeira amarela a coisa muda de competição pra procissão. E a procissão foi enorme! Rogério Agostini voltou a acertar a mão e fez a pole position, superando o interminável Pedro Muffato na primeira fila de um grid com 33 caminhões, mas que teve sua principal disputa encerrada na segunda volta de corrida, quando Pedro Muffato passou reto na curva 3 e, no melhor estilo Raul Seixas, “foi de cara contra o muro”, enchendo a barreira de pneus e provocando a primeira de várias bandeiras amarelas que certamente frustrou o grande público presente ao  autódromo em Rivera.

 

GT Series

Se o grid da Fórmula Truck foi enorme, toda a minha expectativa de que a GT Series ocupasse uma grande lacuna no nosso automobilismo começou de uma forma pouco estimulante. Um grid pequeno, com apenas 9 carros no sábado e 8 no domingo foi algo que talvez nem o mais pessimista dos pessimistas esperasse. Mas aconteceu! Não tivemos carros do Campeonato Brasileiro de Endurance inscritos e dos participantes, apenas Ney Faustini foi piloto regular da categoria nacional.

 

Quando comecei a escrever esta parte da coluna, esqueci de como foi a primeira corrida no retorno da Fórmula Truck em Interlagos. O grid tinha apenas 8 caminhões para disputar a corrida e este ano eles tem mais competidores inscritos do que a categoria dos usurpadores. É um início e espero que os promotores da categoria não desistam do projeto. Podem lembrar também das Mil Milhas Brasileiras, que começou desacreditada e este ano tinha mais de 40 carros no grid.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- A VICAR conseguiu (até agora) fechar os locais e datas do calendário 2023 da Stock Car, que estava com algumas corridas “a definir”. Trocaram algumas datas e com isso a Stock ex-Light não corre mais em Goiânia esse ano. A promotora continua acreditando que o autódromo de Brasília fica pronto até o final do ano pra corrida em novembro e vai correr em Tarumã em maio (Santa Cruz do Sul ficou de fora por problemas no asfalto). Mas o pilot foi fazerem cabo de guerra com o Marcas Brasil no dia 20/08... como faziam quando a Fórmula Truck tinha mais público e mais audiência que a Stock Car.

- A barca de demissões no departamento de esportes do canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) só aumenta. O Nhonho deve estar com as peitolas na mão... vai acabar vendendo sacolé na porta dos estádios!

- Tentativas de fazer automobilismo e, preferencialmente, de qualidade são sempre válidas, mas o começo da GT Series não foi aquilo que promotores e fãs das corridas com os supercarros de Gran Turismo esperavam. Um grid pequeno e nenhuma equipe de ponta do Endurance não era o que eu esperava.

- O Nobres do Grid é – com certeza – o único site do Brasil e – provavelmente – do mundo onde colunistas com visões completamente antagônicas tem liberdade para escrever. Enquanto o Conde Drácula considerava o “título do Macarroni” uma “reparação histórica”, o Diabo da Tasmânia desmontava a argumentação do “chorão da molada” apresentando como a Ferrari perdeu o campeonato em 2008.

- A TV Cultura está correndo o risco de perder minha audiência nas corridas da Fórmula Indy. Apesar das ótimas narrações do Alexi Lalas, falta a riqueza dos comentários do Taquara Rachada. Neste domingo, assisti pelos canais do Pateta com o Barbicha, o Tigrinho e o Mestre dos Magos. Só gente que sabe das coisas.

- a Moleca Antonella Bassani tá deixando a velha guarda da GT3 Challenge de cabelo em pé! Continue assim, garota. Faça os caras comer poeira.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.