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Massa e Ecclestone: a combinação da falta de senso de ridículo PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 10 April 2023 23:02

Nos tempos em que era o mandachuva da Fórmula 1, o Bom Velhinho, já nonagenário, Bernie Ecclestone, vivendo o ostracismo diante da “Fórmula 1 2.0”, com a modernização implementada pela Liberty Media com a conquista do teto orçamentário que levou ao conflito entre o bom velhinho e o ex-amigo Max Chicotinho, a Liberty Media que está usando a mídia eletrônica para rejuvenecer a categoria e conquistar fãs jovens, continua buscando holofotes para fugir da decadência.

 

Casado com uma distinta cidadã natural da República Sebastianista de Banânia (como diria nosso colunista Gargamel Bianchini) que tem idade pra ser sua neta e que ele inseriu na politicagem da FIA através daquela pizzaria delivery que tem sede no bairro da Glória, no Rio de Janeiro, mesmo quando era o todo poderoso na Fórmula 1, sempre que via uma redução de manchetes sobre a categoria nos meios de comunicação, o Bom Velhinho arranjava um “factóide” para virar os holofotes na sua direção e da Fórmula 1.

 

 

Entre o GP da Austrália e o GP do Azerbaijão, devido ao cancelamento do GP da China, ficamos com um intervalo de quatro semanas e uma “oportunidade de ouro” para o Bom Velhinho puxar os holofotes para si, desenterrando uma história de quase 15 anos atrás: a armação da Renault para favorecer Fernando Alonso (exposta de forma estrondosa um ano depois) a conseguir uma vitória naquele ano em que regressava à equipe francesa após a conturbada passagem na McLaren. Fato interessante: sem “armações” ou “falcatruas”, Fernando Alonso venceu a corrida seguinte, no Japão.

 

No final do mês de março o Bom Velhinho andou declarando a imprensa – primeiro a inglesa – e repercutindo em todo mundo e aqui no Brasil em particular, que havia ficado sabendo da armação da Renault ainda no ano de 2008... mas ele e Max Chicotinho preferiram (nas palavras dele...) “resguardar a imagem do esporte”, sem desconfiar que os Piquet (pai e filho) iriam expor todo o caso na imprensa mundial um ano depois através da Globo e seu comentarista, Reginaldo Leme, em uma época em que a emissora enviava as equipes de transmissão para os locais das corridas.

 

 

Não satisfeito em falar sobre ter conhecimento do fato ainda naquele ano e de ele não considerar seu compatriota, Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1 por causa daquela corrida. Havia uma regra que dizia que a posição de um campeão mundial era intocável após a cerimônia de premiação da FIA (Federação Internacional do Automobilismo). Assim, Hamilton recebeu a taça e o assunto estaria encerrado. Contudo, o artigo 179b do Código Esportivo Internacional deixa claro que o surgimento de uma nova evidência poderia fazer com que o Conselho Mundial altere resultado da corrida, desde que até 30 de novembro de 2009! Porque então nem Ferrari e nem Felipe Massa usaram do regulamento para mudar o resultado e dar o título ao brasileiro?

 

 

A verdade é que Felipe Massa e a Ferrari perderam o título de 2008 por uma série de problemas (e erros) cometidos ao longo do ano. Em pelo menos seis corridas, incluindo a liberação para deixar os boxes em Singapura com a mangueira de combustível ainda conectada, tivemos a suspensão quebrada na Hungria faltando poucas voltas para o final quando o brasileiro liderava, um pneu mal fixado no treino classificatório, ser liberado com os compostos incorretos sob chuva forte no GP da Inglaterra e a escolha da Ferrari de não reabastecer seu carro, no GP do Canadá e a punição no GP do Japão, uma etapa após Singapura, por colidir com Hamilton. Em Singapura, Massa sofreu uma punição em pista por quase bater em Adrian Sutil quando foi liberado do pit lane de forma insegura, fatos que o próprio piloto relembrou mais de uma vez.

 

 

Diante disso, é patético e vergonhoso ler e ouvir as recentes declarações do hoje participante da Stock Car admitindo que poderá acionar a Fórmula 1 e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na Justiça para assegurar a conquista que não veio naquele ano por apenas um ponto. O piloto brasileiro estuda as ações legais por causa de declarações recentes de Bernie Ecclestone, extrapolando o fato ao afirmar que “a corrida de Singapura afetou diretamente todo o automobilismo brasileiro”, pressupondo que seu título poderia ter alavancado o automobilismo brasileiro nesses últimos 15 anos.

 

 

Será que ele esqueceu de um falecido piloto que um dia negou-lhe um autógrafo que ainda hoje é “endeusado” na República Sebastianista de Banânia (Mais uma vez, obrigado Gargamel) e que é a grande inspiração de kartistas até hoje? Mas ao comparar a situação com a cassação dos títulos de Lance Armstrong, o ciclista que anos depois foi constatado ter competido com uso de substâncias ilícitas (doping) e teve os títulos cassados, levanta dúvidas do quanto a cabeça do brasileiro ficou avariada depois daquela “molada” na cabeça e do que ele anda tomando pra enxaqueca.

 

Abraços,

 

Mauricio Paiva

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.