Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
A NASCAR solitária no oval de terra, a agonia ferrarista e os pobres ex-pilotos brasileiros em atividade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 10 April 2023 07:36

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que saudáveis. Esse vosso colunista tá se recuperando de uma surra do Influenza B, que me pegou de jeito essa semana. Descobri que o princípio de alguns remédios para aliviar os sintomas funcionam como o Dramin: se você está dormindo, não se sente mal. Não deixa de ter sentido... a coluna só não ficou mais fácil por causa da Dona NASCAR, que marcou a corrida para um horário pouco adequado para quem não está no fuso horário de Vancouver. O resto das categorias deixou os pilotos comemorarem com suas famílias a Páscoa. A propósito, espero que tenham aproveitado bastante com vossos familiares, crendo ou não na Páscoa.

 

Então, enquanto a corrida da NASCAR não termina, vamos à sessão bastidores que eu soltaria se não tivesse corrida esse final de semana. O menino Charles Leclerc está sentindo o ônus de ser a esperança da torcida da Ferrari: descobriram o endereço dele em Mônaco, publicaram, e agora tem torcedor sem noção indo tocar a campainha do apartamento pra pedir autógrafo e foto... aí teve de pedir no Instagram, em 3 idiomas, para os fãs respeitarem a privacidade dele, que ele está disposto a atender todos no autódromo ou na rua, mas que ficar tocando a campainha não é algo legal. É, meu caro, a vida de piloto Ferrari é assim... por falar em Ferrari, Vasseur disse que “não haverá uma versão B” do carro atual. Bom, eu diria que o carro já está algo que começa com a letra B, então realmente não precisa da versão B. Agora o meu medo é que, nas mudanças internas da equipe, coloquem em cargos mais altos (e com maior abrangência) quem é muito bom com coisas específicas, mas não consegue lidar com o global. O melhor exemplo disso é o Binotto, excelente engenheiro de motores, mas que quando foi tomar conta da coisa toda enfiou os pés pelas mãos. Enfim, boa sorte (ele vai precisar) ao novo chefe de concepção de veículo da equipe, Fabio Montecchi, que era antes disso o Gerente de Projetos e tem como origem a área de chassis e suspensões. E a quantidade de bandeiras vermelhas na última prova incomodou alguns pilotos, que andaram se manifestando a respeito da prioridade do espetáculo sobre a competição. Até entendo a posição deles, mas o errado no procedimento da Fórmula Um sobre bandeiras vermelhas é esse negócio das equipes poderem mexer livremente nos carros sem que haja uma motivação climática para tanto. Esse é o ponto que deve ser atacado... e que eu não li nenhum piloto criticando. Enfim, esperemos. Para completar, os brazucas... ah, os pilotos brasileiros. Que tristeza. Um ainda não superou a perda do título de 2008 e continua remoendo o caso. O outro – o causador do acidente que contribuiu para o primeiro perder o título – foi participar de um podcast a respeito da etapa do Texas da Fórmula Indy antes da corrida (sim, a corrida foi abordada na coluna anterior, mas a imagem do ocorrido só chegou até mim nessa semana) e fez uma crítica no mínimo indelicada e antiprofissional a respeito do Devlin de Francesco. Bom, ao menos que eu saiba o Devlin até hoje nunca bateu o carro no muro para favorecer o companheiro de equipe, e isso já o torna melhor do que o elemento que efetuou a crítica. Ainda bem que o jornalista que comandava o podcast e o entrevistado que estava efetivamente contribuindo para a conversa (Christian Fittipaldi) fizeram cara de paisagem após tão inoportuna intervenção e continuaram como se o serzinho ali ao lado não tivesse dito uma bobagem pior que a própria pilotagem. Realmente o Christian é um gentleman. E nunca é demais lembrar, de onde menos se espera é que não vai sair rigorosamente nada de bom e/ou produtivo...

 

Bom, vamos a Bristol Dirt. Foi uma prova movimentada: nada menos que 14 vezes a prova foi interrompida, seja por rodadas, seja por batidas. As atenções da prova estavam voltadas para Kyle Larson, tido como o favorito para alcançar a vitória, mas... apesar de ter liderado as primeiras 75 voltas, depois que o carro saiu da liderança ele acabou envolvido em um pelotão muito combativo, e nesse pelotão ganhou a antipatia de Ryan Preece. Com a corrida se aproximando do fim, numa disputa de posição entre os dois houve um toque, e na curva seguinte o “iluminado” Larson quis dar um payback... por fora. Aconteceu o óbvio, aquilo que nem precisa ser piloto da NASCAR pra saber que isso aconteceria, Larson perdeu o controle e foi em direção ao muro. O dano foi suficiente para causar o abandono do Larson. Ao menos restou para ele a satisfação de vencer o primeiro segmento, já que o segundo ficou com Tyler Reddick. E Reddick esteve muito perto de conseguir a vitória, se não fosse por um inspiradíssimo Christopher Bell, que guiou tudo o que sabia para se manter na frente, e dessa maneira conseguiu o maior número de voltas na liderança (100) e sua primeira vitória esse ano, seguido de perto pelo Reddick, que por sua vez liderou 69 voltas. Na terceira posição, dois segundos e meio atrás, chegou Austin Dillon, o piloto que marcou a volta mais rápida da corrida (não que na categoria eles se importem com esse tipo de estatística, mas mostra que o carro estava “na mão” e bem acertado). Em 4º chegou Ricky Stenhouse Jr., em mais um bom resultado para o carro #47, e fechando o Top-5 apareceu Chase Briscoe. Aproveito pra desejar a recuperação mais rápida possível para o Sergio Lago. Lago, por favor, volte logo, que tá bem difícil aguentar a narração sem a sua presença no estúdio...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.