Oi amigos, tudo bem? Espero que sim. Quero começar minha coluna desta semana desejando a todos uma Feliz Páscoa. É um momento para reunir a família e confraternizar. E os ovos de Páscoa? A molecada adora! Mas não podemos esquecer o principal motivo desta festa cristã, que é relembrar os sacrifícios de Jesus Cristo e reafirmar o propósito de viver sob seus ensinamentos. Hoje é também o Dia do Jornalista. Quero mandar os parabéns para todos, em especial para os queridos profissionais do Nobres do Grid, e agradecer todo o carinho e respeito que recebo da imprensa ao longo desses anos todos. Essa boa convivência permitiu, felizmente, que alguns jornalistas se transformassem em amigos caros. Meu abraço aos que se dedicam a reportar para o público o que acontece no nosso automobilismo. E por falar em pista, domingo agora, 2, aconteceu no Texas Motor Speedway a segunda etapa do NTT IndyCar Series. Na prática, para mim foi praticamente a estreia porque, como vocês sabem, minha corrida em St. Pete durou apenas alguns metros por causa do acidente ainda na curva 3. Me classifiquei muito mal no Texas, apenas em 21º lugar, porque o comportamento do carro não estava como a gente queria. Não estava dando para entender tanta instabilidade. No treino após o Qualifying, essa situação ficou mais acentuada e parei porque estava ficando perigoso. Foi aí que a gente verificou um problema sério na caixa de câmbio. Graças a Deus percebemos isso com o carro parado, pois seria um acidente feio se o câmbio quebrasse em plena pista. Para a corrida, eu e o Adam Rovazinni, meu estrategista, traçamos um plano para chegar ao final da prova de qualquer maneira, evitando se envolver em acidentes, mesmo que isso representasse perder posições na primeira parte da corrida. Definitivamente, o meu #06 da Meyer Shank Racing não era o carro mais rápido e o negócio era fazer tudo com muita paciência. Foi o que fiz. Com muita calma e aproveitando as circunstâncias da prova texana, ganhei posições de forma consistente. Consegui também me livrar de acidentes que aconteceram na minha frente, mas escapei por pouco em pelo menos dois deles. No final, o fato de terminar em 10º foi importante. Mostrou que nossa estratégia era boa e representou avanço na pontuação. De verdade, representou um ânimo novo. Mas digo isso não apenas pelo resultado, mas principalmente porque a equipe se mostrou coesa e eficiente, trabalhando duro para resolver os problemas sem desanimar, muito pelo contrário. O entrosamento do time se mostrou incrível, méritos de sobra no coletivo e no individual. Na semana que vem, nos dias 14, 15 e 16, vamos todos para Long Beach para disputar a rodada 3 do campeonato. É uma corrida de rua difícil, mas vou com tudo para melhorar mais ainda. Depois da prova na Califórnia, vamos para o Alabama, cuja corrida acontece em 30 de abril. Entre ambas, teremos dois dias de testes em Indianapolis (20 e 21), servindo como aquecimento para o Super May. Vou terminando por aqui. Forte abraço a todos e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá amigos leitores, Frenéticas! Esta poderia a definição perfeita para a PPG 375 de 250 voltas disputada no Texas Motor Speedway. A PPG 375 teve elementos de uma antiga corrida IRL durante certas etapas, com enxames de pilotos passando alto e baixo – às vezes com pneus mergulhados na grama – e momentos de bater as rodas entre os líderes enquanto aceleravam sem piedade. Desta vez não teve rodas na grama (nem tinha grama), mas teve rodas na parte superior das curvas, que ainda tem o material que compromete a aderência dos monopostos. O pole position, Felix Rosenqvist, liderou o pelotão na curva 1 e durou uma volta enquanto Scott Dixon passava liderar na volta seguinte. Dixon foi ultrapassado Josef Newgarden na volta 3 enquanto Rosenqvist caia para P5. Dixon reassumiu a liderança na volta seguinte, já que a corrida acirrada era a ordem do dia. A volta 9 viu Alex Palou superar Rosenqvist para P6 e na volta seguinte, Pato O'Ward tirou P2 de Dixon, já superado na volta anterior por Newgarden e este caiu para quarto. A volta 15 viu Newgarden liderando O'Ward, Palou, Dixon, Rosenqvist e Alexander Rossi em P6 (Pausa para respirar). Na volta 30, Newgarden manteve 0,9s sobre O'Ward quando os pilotos começaram a se alongar ao ultrapassar a metade do primeiro stint e a primeira bandeira amarela da corrida acontecia, provocada por Takuma Sato, que bateu ao sair da curva 2 na volta 49. O piloto da Chip Ganassi Racing saiu ileso depois de deslizar contra a parede e mutilar a suspensão do seu carro na estreia pela nova equipe. Como ainda estava longe do que seria o tempo ideal para paradas de boxes, os pilotos do pelotão da frente e suas equipes não fizeram menção em mudar suas estratégias. A primeira rodada de pit stops na volta 52 foi tranquila, exceto uma batida entre Rossi e Kyle Kirkwood, que entortou a suspensão dianteira do carro de Rossi, enquanto Kirkwood ia da pista externa para seu box – em vez da pista interna – e passou na frente do carro de Rossi quando ele estava saindo dos boxes. Não houve danos aparentes no carro de Kirkwood, mas o fantasma de uma penalidade estava se aproximando. O reinício da volta 61 viu Newgarden liderar na curva 1, mas Palou logo foi para o lado alto e lutou muito por várias voltas antes de se contentar com o segundo lugar. A IndyCar então anunciou que Rossi, e não Kirkwood, receberia uma penalidade de drive-through pelo contato. Palou finalmente ultrapassou Newgarden na volta 67, quando Romain Grosjean começou a incomodar O'Ward em P3. Newgarden retomou a liderança na volta 71. O'Ward tirou P2 de Palou na volta 75 e a ordem de execução foi Newgarden, O'Ward, Palou, Grosjean, Dixon e o crescente Colton Herta em P6. Volta 95 e o líder Newgarden dá uma volta no companheiro de equipe Will Power na P18. Kirkwood para na volta 100 com suspeita de problema mecânico. Os líderes são Newgarden, O'Ward, Grosjean, Dixon, Palou e Herta em P6. Volta 110 e pits de Newgarden enquanto O'Ward fica de fora. Palou e O'Ward e Dixon e Grosjean, entre outros, seguem na volta 115. Com o stint percorrido, a parada inicial de Newgarden ajudou a aumentar a vantagem sobre O'Ward, mas O'Ward diminuiu a diferença com ultrapassagens agressivas no trânsito. Na metade da corrida tínhamos Newgarden, O'Ward, Grosjean, Dixon, Palou e McLaughlin no top-6. A volta 130 viu O'Ward executar um passe ousado na curva 2 para assumir a liderança. Volta 148 e O'Ward passou pela 7ª posição e está com uma vantagem gigante de 5,2s sobre Newgarden. Volta 150 e é O'Ward, Newgarden, Grosjean, Dixon, Palou e Herta em P6. Volta 151 e O'Ward dá uma volta em Dixon, deixando apenas quatro carros na primeira volta. Volta 157 e a diferença para Newgarden é de 6,7s. Volta 161 e O'Ward ultrapassou Grosjean, deixando Newgarden – 7,5s atrás – como o único outro piloto na primeira volta. A corrida estava incrível. Volta 165 e boxes de Newgarden. O'Ward segue na volta 169. Volta 177 e é O'Ward por 5,8s sobre Newgarden, seguido por Palou, Grosjean, Dixon e David Malukas em P6. Todos atrás de Newgarden permanecem uma volta abaixo. Cuidado na volta 179 quando Rosenqvist, saindo dos boxes, bateu na Curva 4, marcando a traseira do carro contra a parede externa. Ele não se feriu no incidente. Volta 183 e continuava a briga entre O'Ward e Newgarden... e í veio a mudança de estratégia na Penske: Newgarden retorna na volta 188 com uma bandeira amarela para reabastecer seu tanque, já que a maioria dos pilotos precisará economizar combustível para chegar ao final, entre eles Pato O’Ward. O reinício da volta 194 viu O'Ward liderar na curva 1 e o desafio de Newgarden nas curvas iniciais antes de cair para o segundo lugar e isso é exatamente o que Palou precisava para passar e assumir a liderança. Volta 199 e Newgarden assume a liderança de Palou enquanto Malukas é terceiro. Volta 200 e os líderes são Newgarden, Palou, O'Ward, Grosjean, Malukas e Herta em P6. Volta 204 e é Newgarden seguido por Herta e então Herta passa para a liderança, já que a economia de combustível está ditando seu desejo de correr na frente. Volta 209 e Palou volta à liderança na frente de O'Ward, Newgarden, Grosjean, Herta e Dixon em P6. A terceira bandeira amarela veio na volta 211, depois que Sting Ray Robb bateu forte. Com as voltas atrás do Safety Car até a retomada da corrida, a economia de combustível não é mais um problema. Volta 214 e Palou fica de fora enquanto O'Ward e Newgarden vão para os boxes. O reinício da volta 219 contou com Palou liderando Grosjean, Herta, Dixon, O'Ward brigando pela liderança. Volta 221 e Grosjean assume a ponta enquanto O'Ward passa por ele e Palou para liderar na volta 222. A quarta advertência voa na volta 224 quando Graham Rahal e Devlin DeFrancesco fazem contato na Curva 3. Depois de subvirar na parede da Curva 2, DeFrancesco dirigiu em direção aos boxes, mas deslizou do avental para o caminho de Rahal na Curva 3, que fez o carro de Rahal voar antes de vir para baixo e bater na parede. Ambos os pilotos pareciam estar ilesos. Volta 227 e box de Grosjean e Dixon. O reinício veio na volta 239 contou com O'Ward liderando Palou, Newgarden, Herta, Malukas e Scott McLaughlin em P6. Palou assume a liderança entrando na curva 3. volta 241 e Newgarden leva P2 de O'Ward. Volta 243 e Newgarden tira P1 de Palou e O'Ward o desafia pela liderança. Malukas leva P3 de Palou. Volta 247 e Palou sobe para P3 enquanto O'Ward persegue Newgarden pela liderança. Volta 249 e Grosjean bate e provoca a bandeira amarela após a abertura da volta final, não havendo mais tempo para decretar uma prorrogação e consolidando a vitória de Newgarden à frente de O'Ward, Palou, Malukas, Dixon e McLaughlin. Enquanto entrava a publicidade, eu tomava uma caneca cerveja com Steinhäger para acalmar os nervos... Se a Indy500 for nesse ritmo, eu vou ter um ataque cardíaco antes das 30 voltas finais. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |