 E aê Galera... agora é comigo!
O final de semana teve a abertura da categoria mais badalada – e cara – do nosso automobilismo, a Stock Car. Mas preciso falar de dois assuntos antes de falarmos sobre a principal categoria sob as asas da VICAR. O primeiro é uma grande notícia para os fãs de corridas de um modo geral e das corridas de caminhões em particular. A Fórmula Truck, sob a direção de Gilberto Hidalgo, anunciou a transmissão ao vivo de TV já na próxima etapa, a ser disputada no dia 16 de abril, em Rivera, no Uruguai. A RedeTV mostrará ao vivo a prova, ficando no ar das 13 às 14 horas, com narração de Elton Ciprini. Com o contrato assinado na última semana e a transmissão ao vivo da RedeTV, a Fórmula Truck, categoria raiz das corridas de caminhão, terá maior visibilidade, projetando ainda mais os pilotos e os patrocinadores da categoria e das equipes... e evidentemente aumentando a pressão sobre os usurpadores. Eu não tenho bola de cristal e quando fiquei de gozação com aquela coisa de “Pai Dinah” na época da Copa do Mundo de Futebol e que nas “férias” do nosso automobilismo eu andei fazendo algumas “previsões”, ao fim de quase todas eu escrevi: tomara que eu esteja errado. Mas no caso da Turismo Nacional eu não estava, infelizmente. Depois de criarem no ano passado a “Super Turismo Nacional”, com carros equipados com motor 2.0, cambio de borboletas, pneus “semi-slick” (lixados) e – lógico – um custo mais alto para a temporada. 
A categoria sofreu para juntar 10 carros no grid e quando saiu a nota da assessoria de imprensa da VICAR informando como seria “a nova Turismo Nacional”, sendo que logo em seguida foi anunciada a criação do Marcas Brasil Racing, com um regulamento muito parecido ao que era o da Turismo Nacional... e para onde as equipes migraram. Ao ver um grid com mais de 40 carros em Goiânia três semanas atrás, tudo apontava para o fiasco (o aposto não era bem esse...) que estamos vendo neste final de semana: um grid de 15 carros, esvaziado, deformando aquela que era a maior e melhor categoria do automobilismo brasileiro. Como fala o Taquara Rachada, melhor comentarista de automobilismo do Brasil, “parabéns aos envolvidos”! Eu ia comentar as seis corridas aqui nessa semana, mas a VICAR não merece esse holofote e, como na semana que vem não tem corridas no meu calendário, avisei a minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, que vou atacar de resgate na próxima terça-feira. Stock Car A temporada 2023 começa com algumas coisas boas. A melhor (pra mim) é a não presença de pilotos meramente pagantes pra fechar orçamento de equipes e o grid está feito só com pilotos pra disputar posições. Outra é a volta do Felipe Fraga, moleque fera que corre de GT na Europa pra equipe Blau. Claro eu tem suas coisas “interessantes”, como a “equipe Barrichello”, no estlo Bobby Pai e Bobby Filho, com Eduardo Barrichello, o filho mais velho, que depois de tentar fazer carreira nos monopostos dos Estados Unidos com o Road to Indy e depois na Europa, na Fórmula Regional onde não conseguiu se estabelecer, vai fazer a temporada ao lado do pai e atual campeão da categoria. Nos carros, os pneus Hankook, mais alto, alteraram a posição do aerofólio traseiro. A corrida, claro, assisti pela Band que escalou não apenas um, mas dois Goleiros de Pebolim: o original, nos comentários, e meu camarada, o Sinestro, o melhor do Brasil, na narração. 
Para a corrida 1, o pole era Bruno Baptista, com Ricardo Mauricio a seu lado pra puxar o grid de 31 carros. Após a volta de apresentação os pilotos vieram pra largada e os 30 minutos de corrida. Bruno Baptista pulou na ponta. Ricardo Zonta tomou a P2 e Ricardo Mauricio caiu pra P3. Nuestro Hermano Assador tomou um toque na entrada do miolo e derrubou o bife de chorizo no carvão, rodando e perdendo muitas posições. Os 4 carros da equipe do Meinha tinham as 4 primeiras posições. Ricardo Mauricio e Ricardo Zonta trocaram de posição duas vezes enquanto Cacá Bueno e Rubens Barrichello bateram porta na curva 1, com o pentacampeão levando a pior e rodando. Felipe Fraga, com avaria no paralama que tocava o pneu teve que abandonar. Ricardo Zonta atacava Bruno Baptista e Daniel Serra tomava a P3 de Ricardo Mauricio, que tinha um problema na asa traseira. A primeira vítima dos ‘comissacos’ foi Felipe Baptista, com um ‘Drive Thru’, mas ninguém teve peito (a anatomia não era bem essa...) pra punir Rubens Barrichello na parada com Cacá Bueno. Ricardo Mauricio foi ficando pra trás e quando os boxes foram avertos na volta 7, começaram as paradas obrigatórias. Após todos pararem, a liderança era de Daniel Serra, Bruno Baptista o P2 e Ricardo Zonta o P3. Os três estavam juntos e com boa vantagem para o P4, Gabriel Casagrande. Daniel Serra abriu uma vantagem segura para Bruno Baptista e Ricardo Zonta, com o trio recebendoa bandeira quadriculada. 
Festa das equipes de Meinha e aí veio o balé do bebum perneta para arrumar a inversão dos 10 primeiros do grid. Para a corrida 2 o pole seria Marcos Gomes, tendo a seu lado Julio Campos pra puxar os sobreviventes que largaram já com o relógio disparado. Eles entraram lado a lado na curva 1, mas o pole, Marcos Gomes, levou a melhor. Allam Khodair tomou a P2, empurrando Julio Campos pra P3. O capô do Macarroni abriu depois dele acertar Guilherme Salas e sem ter como fixar o capô, abandonou. Cacá Bueno foi novamente pra grama depois de se esfregar com Toinho Narebão. Daniel Serra, Julio Campos e Rubens Barrichello fizeram as curvas 2 e 3 num 3-wide espetacular e na corrida 2, as estratégias seriam o complemento das paradas na corrida 1. O box foi aberto na volta 7 e depois das paradas o líder era Thiago Camilo, seguido de Ricardo Mauricio e Rubens Barrichello, com Marcos Gomes colado nos e primeiros. Felipe Fraga fechava o top5. Rubens Barrichello atacou pela P2, mas acabou tomando de Marcos Gomes e caiu pra P4. Thiago Camilo agradecia a briga e abria vantagem. No push nutella, Rubens Barrichello recuperou a P3 na passagem seguinte pela reta dos boxes, com direito a troco na passagem seguinte. Felipe Fraga colou na briga pela P2, e Gaetano Di Mauro, o P6, vinha chegando. Rubens Barrichello e Felipe Fraga passaram Marcos Gomes com o push nutella e isso foi dando uma folga para Ricardo Mauricio. Na abertura da penúltima volta Felipe Fraga ganhou a P3 com o push nutella e Gaetano Di Mauro a P5 com a mesma “muleta”. Na abertura da Ultima volta, Rubens Barrichello voltou à P3. Thiago Camilo venceu e fez a maior homenagem possível para seu tio, Sergio Ruas, que faleceu poucos dias antes da abertura da temporada em um acidente de moto. Ele pulou a grade e foi pra galera. Ricardo Maurício foi o P2 e Rubens Barrichello o P3. Daniel Serra saiu de Goiânia líder do campeonato. Bem, isso foi na pista... depois, os comissacos puniram o decano Barrichello por um incidente de corrida com Gabriel Casagrande, derrubando-o da P3 para a P6 na corrida 2. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Quando cheguei em casa na sexta-feira, D. Patroa veio logo pedindo, pelo amor de Deus pra eu não assistir as corridas na madrugada quando meu filho falou que era o Dr. Smith quem (não) faria as traduções dos rádios na transmissão da F1. O moleque preparou a grade dos VTs para assistirmos pela manhã e deixarmos os vizinhos dormir. - Ela tinha razão: quando acordei cedo no sábado pela manhã e vi o Celsinho Vai Te... narrando a F3, larguei um “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) como “bom dia” pra acordar a vizinhança. - Qual é o problema desse pessoal do jornalismo da Band? Vai ter F1 e Stock Car no final de semana. Aí escalam o Dr. Smith para a F1 e o Goleiro de Pebolim para a Stock Car. A transmissão da Stock ficou ótima, mas a da F1... - Para quem não percebeu a diferença na transmissão, o Matuzaleme não estava caindo de sono... ele está gagá mesmo! - O Caprichoso caprichou nesse final de semana: uma narração trágica, a pior desde a chegada na Band! Quando vão dar uma chance ao Sinestro? - Falando no Sinestro, que manteve o padrão de narração, dessa vez devem ter colocado um estrado na cabine para ele e o goleiro de pebolim enxergarem a pista na em Goiânia. Mas narração e comentários foram de alto nível. - Quem não foi para Goiânia foi o pessoal da transmissão do canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...), que ficou em dois estúdios. Em um, o entregador de pizza na área de Jacarepaguá, dublê de narrador, junto com o piloto-tradutor e em outro (provavelmente por falta de espaço, tamanha a circunferência), o Nhonho Peitolas, sério candidato a Rei Momo no carnaval 2024. - Depois da Stock Car, fui pra TV Cultura assistir a Fórmula Indy com o sempre competente Alexi Lalas na narração e MamaBia nos comentários, dando uma raspada no muro a cada 5 ou 6 voltas. Não pode se empolgar... e o Taquara Rachada segue fazendo falta. - Pra fechar a maratona, os canais do Pateta fizeram uma coisa boa colocando o VT da Moto GP na Argentina logo depois da Fórmula Indy, que ele também transmitem. O Hamilton Desbotado faz uma narração sem histeria e muito precisa, mas os comentários do Mestre dos Magos são impagáveis! - Dispensei o VT da NASCAR. Sem mais! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
