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Há 25 anos, minha primeira corrida na Indy / O ‘Bump Day’ na Indy500 ainda é bom? PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 16 March 2023 13:04

Oi amigos, tudo bem?

 

Estou escrevendo esta coluna nesta quarta-feira, 15 de março de 2023 e, confesso, a ideia inicial era falar da importante etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, a tradicionalíssima prova 12 Horas de Sebring. Sim, falarei da segunda etapa do campeonato logo mais, só que deu um estalo e lembrei que essa data é muito importante para mim. 

 

Por um instante não me lembrei que, neste dia, mas em 1998, disputei minha primeira corrida na Indy. Foi no oval de Homestead, na Flórida, com o Reynard Mercedes da equipe Bettenhausen. Ou seja, há 25 anos iniciava uma jornada que ainda segue firme e forte, com 375 corridas disputadas só na Indy, sem dia marcado para terminar. 

 

O campeonato era o CART FedEx Championship Series, chancelado pela Championship Auto Racing Teams. Emerson Fittipaldi, que era meu empresário na época, negociou a vaga com o Tony Bettenhausen. Minha irmã, Kati Castroneves, conseguiu os patrocinadores e estreei num grid repleto de brasileiros. Estavam lá Tony Kanaan, André Ribeiro, Gil de Ferran, Christian Fittipaldi, Roberto Moreno e Maurício Gugelmin. 

 

Não foi um ano fácil, obviamente, mas para um piloto de 22 anos, que estava nas pistas desde os 11, foi um momento de muita alegria. O restante dessa história vocês já conhecem. Andei na Hogan no ano seguinte, Penske a partir de 2000 e estou agora em uma nova e deliciosa fase na Meyer Shank Racing (MSR), uma ex-equipe pequena em rápido crescimento. 

 

 

E por falar em MSR, nosso início de temporada 2023 não foi legal na IndyCar, com um carro voando e quase caindo na minha cabeça, mas no IMSA está bem legal, aliás, desde o ano passado, quando o time faturou o título, incluindo a vitória na Rolex 24 at Daytona. Começamos 2023 da mesma forma, ou seja, vencendo a prova mais importante do campeonato. E agora vamos para Sebring.

 

O trio será formado por mim e pelos titulares Tom Blomqvist e o Colin Braun. Eu só ando nas provas longas e, depois de Sebring, os meninos vão seguir em dupla todo o restante do calendário e eu só voltarei ao nosso Acura ARX-06 na última etapa, a Petit Le Mans, em Road Atlanta.

 

Os treinos livres para a 71ª Mobil 1 Twelve Hours of Sebring começam nesta quinta, 16, o Qualifying será na sexta e a corrida, no sábado, tem largada prevista para as 12:10, no horário oficial de Brasília. 

 

É isso, amigos, forte abraço a todos e até semana que vem.

 

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá amigos leitores,

 

Com quatro semanas entre a primeira e a segunda etapa do campeonato, até os pilotos acelerarem no oval do Texas as equipes estão fazendo seus testes e em outros casos, se envolvendo em outras competições, como as Mil Milhas de Sebring. A IndyCar Series não para e quando as atividades de pista não estão acontecendo, não faltam atividades fora delas.

 

Estou escrevendo no dia em que estamos a 100 dias da Indy500 e desta vez, os 33 lugares do grid já estão garantidos, ao contrário do que aconteceu na edição de 2022, onde até dias antes do treino oficial haviam apenas 32 inscritos.

 

Desta vez, graças a um consórcio de partes dispostas que incluiu a NTT IndyCar Series, A.J. Foyt Racing, DragonSpeed, Cusick Motorsports, Team Chevy, Team Penske e Andretti Autosport, entre outros, assegurando as 11 linhas completas de três no momento da largada.

 

No momento, os carros equipados com motores Chevrolet e seus parceiros na Ilmor Engineering têm 16 inscrições em sua lista enquanto os carros com motores da Honda Performance Development tem 17. A expectativa agora é superar o limite do grid e surgirem candidatos para levar o número de inscritos para 34 ou mais. Embora não seja uma surpresa se a 107ª edição da Indy 500 seguir firme com 33 combinações de carros e pilotos, duas equipes se destacam como possibilidades de introduzir o bumping no evento.

 

 

Quando a Indy500 começou e com o passar dos anos, dada a importância que a corrida passou a ter, a quantidade de competidores inscritos foi aumentando e há uma coisa muito interessante no regulamento – que permanece até hoje: quem se classifica é o carro, não o piloto! Esse pode ser trocado na ocupação do carro para a corrida. É algo bem específico (e para um campeonato, muito estranho).

 

Com a visibilidade, a importância e a premiação da corrida, era comum termos no passado – até nem muito distante – mais inscritos do que vagas no grid e ser necessário fazer o “Bump Day”, no dia após a classificação, com uma disputa pelas últimas vagas no grid. As coisas eram tão intensas que em 1995, após dominar o campeonato noano anterior, quem ficou fora do grid foi a Penske, com Emerson Fittipaldi e Al Unser Jr. não conseguindo se classificar entre os 33 carros para a largada.

 

Voltando a falar de inscrições extras, uma equipe que tem uma longa história de adicionar um ou dois carros extras à lista de inscritos, é A.J. Foyt Racing. Definida com dois carros em tempo integral nessa temporada para Santino Ferrucci e o novato Benjamin Pedersen, a equipe está procurando ativamente por patrocinadores principais para ambas as inscrições e, como o presidente da equipe, Larry Foyt, disse em St. Pete, se eles forem bem-sucedidos nessa busca de patrocínio, isso pode criará a oportunidade de colocar um terceiro carro na Indy para representar o parceiro de longa data ABC Supply. Se a equipe não conseguir adquirir patrocinadores principais antes de maio, um de seus pilotos levará as cores da ABC e a equipe ficará com dois carros.

 

 

Depois de Foyt, a outra equipe que tem sido mencionada regularmente como tendo interesse em expandir a lista de inscritos da Indy 500 é a Abel Motorsports. Na verdade, a equipe Indy NXT foi mencionada no ano passado como querendo participar da grande corrida, e seja em 2023 ou logo depois, a família Abel, com sede em Kentucky, está destinada à grande série.

 

Foyt e Abel não são as únicas opções para aumentar a lista de classificados para pelo menos 34, mas, no momento, estão entre as melhores opções para entregar, pois ambos têm os recursos e os meios para fazer isso acontecer. A dona da equipe Paretta Autosport, Beth Paretta, também está em busca de oportunidades para retornar à Indy 500, onde sua equipe começou em 2021.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.