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Ainda há esperança no automobilismo brasileiro: Marcas Brasil e Turismo 1.4 correm juntas em Goiânia PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 12 March 2023 23:42

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana foi mais uma prova de que a estupidez dos promotores do automobilismo Tapuia, como bem falaria meu camarada e colunista do Nobres do Grid, Alexandre Gargamel, não é generalizada. Os promotores do Marcas Brasil, a nova categoria nacional de turismo 1.6 marcou a abertura do campeonato juntamente com a abertura do Campeonato Brasileiro de Turismo 1.4 no autódromo de Goiânia.

 

Não se enganem com o grid de 40 carros da corrida em Goiânia. Eles juntaram no mesmo grid as classes A, B e Super. Alguns pilotos não encararam o desafio de fazer as duas categorias com corridas no mesmo dia. Boa parte dos pilotos da antiga Turismo Nacional e que migraram para o Marcas Brasil também correram nos anos anteriores no Turismo 1.4. Ainda vou descobrir se faltou preparo físico, verba ou carro para participar das duas etapas de abertura. O principal é que os promotores das duas categorias reuniram mais de 90 carros (52 da Turismo 1.4) e quase 150 pilotos na capital do meu estado natal. Eu assumi um compromisso que iria cobrir apenas uma delas: a 1.6, mas darei o resultado da Turismo 1.4 no final.

 

No sábado tivemos as duas primeiras corridas que eu assisti pelo portal HighSpeed, do meu camarada Pedro Malazartes, mas a narração era do pessoal do próprio Marcas (Narrador: Rodrigo Vicente. Comentarista João Rosati), que não podemos dizer que eles foram um desastre, mas para quem estava acostumado com o o Filho do Deus do Egito – Osires Junior – e o Enviado de Cristo, houve uma perda de qualidade.

 

 

Na primeira fila estavam Rafael Lopes (o piloto, não o Nhonho, que tá gordo de não passar na porta de um carro), e Gustavo Magnabosco para puxarem o grid de 33 pilotos (na verdade 32, uma vez que Julio Sandini estava largando dos boxes). Depois da volta de apresentação os carros voltaram para o grid e veio a largada para 20 minutos +1 volta (apesar do narrador insistir em discutir com a informação da cronometragem, falando que seriam 22). Gustavo Magnabosco mostrou porque é o cara nas competoções de turismo de baixa cilindrada e tomou a ponta, deixando Rafa Lopes em 2º, com Rafael Barranco na P3. Teve gente passeando na grama ainda na reta, mas nenhum acidente pra tirar pilotos da corrida na primeira volta. Rafael Lopes não desistiu e, pressionado por Rafael Barranco, foi pra cima do líder. O P4, Eduardo Pavelski vinha na balada e os 4 primeiros se destacaram. Rafael Lopes atacou mais forte na volta seguinte, fez as curvas 1 e 2 lado a lado com Gustavo Magnabosco pra tomar a ponta, mas Magnabosco deu o troco na curva de entrada dos boxes. No final da reta, Rafael Barranco aproveitou um erro do xará pra tomar a P2. Uma das feras, Gustavo Mascarenhas, era o P5 quando abandonou. Gustavo Magnabosco, depois do sufoco, abriu uma pequena vantagem e deixou a briga pela P2 entre os dos Rafa e Eduardo Paveslki. Depois de muito tentar recuperar a P2, Rafael Lopes foi surpreendido por Eduardo Pavelski, mas a alegria do novo P3 mal durou a reta dos boxes, com Rafael Lopes se recuperando. Nas duas voltas finais, Rafa Lopes foi pra cima e na abertura da última volta, tomou a P2 de Rafael Barranco, mas passou do ponto de freada na chegada da curva 1 e caiu novamente para a P3. Eduardo Pavelski conformou-se com a P4. Os 4 primeiros da Classe Super. Na Classe A o vencedor foi Marcelo Perillo. Na Classe B o vencedor foi Nicolas Dall’agnol.

 

 

Depois da corrida 1 da Turismo 1.4, na parte da tarde, os pilotos do Marcas Brasil voltaram pra pista que estava um pouco úmida e, com o céu fechado, havia possibilidades de chuva. William Perillo ficou com a pole pela inversão dos 10 primeiros da corrida 1. Ao seu lado, o carro dos irmãos Wanderson e Leandro Freitas, com Leandro no carro, para puxar o grid dos sobreviventes da primeira corrida. Largada dada e o pole position vacilou, sendo engolido pelos que estavam mais próximos. Leandro Freiras tomou a ponta, mas foi surpreendido por Marcelo Beux na freada da curva 1 e o piloto de Cascavel tomou a liderança, seguido de Fausto de Lucca, que fez a curva 2 na frente, mas escorregou na 4 e acabou devolvendo a posição. Logo em seguida teve panca grande na entrada do miolo e toda a dica de água na pista e a chuva logo caiu sobre todo o autódromo. Com isso o Amigo do Adoniran, o Ernesto, diretor de prova botou pra fora o Safety Car. Os três primeiros eram Marcelo Beux, Fausto de Lucca e Eduardo Pavelski. Na Classe A o líder era Ted Barbiratto e Na Classe B, Felipe Machiavelli. A bandeira verde veio com pouco menos de 12 minutos de corrida. Marcelo Beux errou na curva de entrada do miolo. Gustavo Magnabosco fez uma relargada de mestre e subiu pra P2, atrás de Fausto de Lucca. Na P3 veio Rafael Lopes. Gustavo Magnabosco fez uma ultrapassagem de mestre, por fora na curva do miolo para garantir a ponta. Os três primeiros abriram uma pequena vantagem para Peter Gottschalk. Guto Baldo e Ted Barbiratto bateram na entrada do miolo e o amigo do Adorinan, botou o Safety Car na pista outra vez. A relargada veio quando faltavam exatamente 3 minutos para o final da corrida. E Rafael Lopes foi pra cima de Gustavo Magnabosco depois de superar Fausto de Lucca ainda na Reta principal. O líder errou na curva de entrada do miolo e foi “nadar” na área de escape (pintada e molhada), despencando na classificação. Todos que vinham atrás agradeceram. No complemento da volta, mesmo recuperando algumas posições, Magnabosco era o P5. Na volta seguinte foi Fausto de Lucca, que vinha em 2°, que rodou na curva do miolo e com isso Rafael Barranco agradeceu, mas por pouco tempo. Gustavo Magnabosco já era o P2 na reta oposta, antes de entrarem na volta final. Com tranqüilidade e mantendo o carro na pista, Rafael Lopes venceu a corrida, com Gustavo Magnabosco na P2 e Rafael Barranco na P3. Na Classe A o vencedor foi Roberto Bonato e na Classe B foi Éwerson Dias.

 

 

No domingo tivemos as duas corridas seguintes. Na primeira delas, com a nova inversão dos 10 primeiros, a pole era de Eduardo Pavelski e a seu lado estava Peter Gottschalk pra puxar o grid dos sobreviventes do sábado, especialmente com os acidentes ocorridos em virtude da chuva, mas pela manhã a pista estava seca e o sol forte. E entre as baixas estava o vencedor da corrida 2, Rafael Lopes, que teve o carro retirado do grid pouco antes da volta de apresentação. Largada dada e Eduardo Pavelski aproveitou a pole pra entrar na frente na curva 1, seguido de Rafael Barranco e Gustavo Magnabosco, que largou muito bem e na curva e já deixou Rafael Barranco pra trás. Com carro sobrando, Magnabosco meteu por dentro na entrada da reta e já fechou a primeira volta na liderança, com Eduardo Pavelski na P2 e Rafael Barranco na P3, o trio abrindo vantagem para Henrique Basso na P4. Na curva 2 Rafael Barranco tomou a P2 de Eduardo Pavelski, que foi ficando e começou a ser atacado por Henrique Basso. Quem também tomava calor era o líder, com Rafael Barranco nos seus retrovisores. Panca forte de Duda Bana e o amigo do Adoniran, o Ernesto, botou pra fora o Safety Car. A bandeira verde veio com 6 minutos para o fim e nada mudou entre os 4 primeiros. Na penúltima volta Henrique Basso conseguiu tomar a P3 de Eduardo Pavelski enquanto Rafael Barranco apertava como nunca o líder Gustavo Magnabosco. Na última volta, Eduardo Pavelski deu o troco no mesmo lugar e recuperou a P3. Gustavo Magnabosco resistiu a pressão e venceu a segunda do final de semana, seguido de Rafael Barranco e Henrique Basso. Na Classe A o vencedor foi Lorenzo Massaro e na Classe B, Éwerson Dias venceu sua segunda no final de semana.

 

 

Na parte da tarde tivemos a última corrida dessa primeira etapa do Marcas Brasil. Nessa não teve inversão de grid e Gustavo Magnabosco largava na frente, com Rafael Barranco ao seu lado pra puxar os sobreviventes do final de semana com a pontuação do final de semana pra definir as posições, na corrida maior, a com 25 minutos de duração +1 volta. Gustavo Magnabosco largou bem e Rafael Barranco largou mal! Eduardo Pavelski tomou a P2 enquanto o líder fugiu bem na frente enquanto a briga pela P2 era feroz, mas com o carro de Davi Dall Pizol parado na curva 2 o amigo do Adoniran, o Ernesto teve que botar pra fora o SafetyCar e acabou com a vantagem de Gustavo Magnabosco. Na relargada, tudo ficou igual entre os primeiros e Gustavo Magnabosco foi abrindo vantagem novamente, aproveitando as brigas atrás dele. Rafael Lopes começou a atacar Eduardo Pavelski, que perdeu contato com Rafael Barranco. Barranco, sem pressão, começou a diminuir a diferença pra Gustavo Magnabosco. No final da reta Eduardo Pavelski e Rafael Lopes bateram roda e o xará do Nhonho, forçou a barra e levou a pior, saindo da pista e perdendo várias posições. Eduardo Pavelski também teve seu prejuízo, caindo pra P6, com Henrique Basso tomando a P3. Rafael Lopes caiu pra P10 e tomou uma punição de “Drive Thru” (justa), dada pelos comissacos. Rafael Barranco chegou, mas não teve como tirar a vitória de Gustavo Magnabosco, que venceu 3 das 4 corridas da etapa de abertura do campeonato. Henrique Basso ficou com a P3. Na classe A, o vencedor foi novamente Roberto Bonato e na Classe B o caneco ficou com Fabiano Doner.

 

Resumo do Campeonato Brasileiro de Turismo 1.4 e da Fórmula Truck.

 

Na corrida 1, o vencedor foi Wanderson Freitas, seguido de Bernardo Cardoso e Eduardo Fuentes. Na Classe B, o vencedor foi Marcelo Mendes. Na segunda corrida, o vencedor foi Pablo Alves, seguido de Bernardo Cardoso e Guto Rotta. Na Classe B, o vencedor João Américo. Na terceira corrida, no domingo, Wnderson Freitas voltou a vencer, seguido de Wilton Pena e Guto Rotta. Na Classe B, o vencedor foi Marcelo Mendes. Na última corrida, o vencedor foi Bernardo Cardoso, seguido de Pablo Alves e Wilton Pena. Na Classe B, nova vitória de Marcelo Mendes. Fonte CBA.

 

Na Fórmula Truck, a categoria dos caminhões Raiz, as coisas começaram no autódromo igualmente Raiz de Guaporé. Pedro Muffato, com 82 anos de idade, venceu as duas corridas da etapa ao volante de um caminhão da Classe de Injeção Eletrônica. Na corrida 1, Marcelo Rampon foi o vencedor na Classe Bomba Injetora, chegando em 3º na geral. Na segunda corrida, o vencedor da Classe Bomba Injetora foi Carlos Conci, o 6º colocado na geral. Pedro Muffato fez a melhor volta das duas corridas.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- A abertura da nova categoria de Turismo Nacional, a Marcas Brasil Racing, foi um grande sucesso, com grandes corridas e grandes disputas, mas eu fiquei preocupado com um ponto importante do regulamento: a preparação livre de motor e câmbio pode provocar um distanciamento entre as equipes mais estruturadas e as com menos recursos e isso desestimular e esvaziar o grid até mesmo ao longo do campeonato. Torço para estar errado.

- Como foi a corrida de abertura, vou “dar um alívio”, mas o narrador das transmissões do Marcas Brasil sofre de um dos mesmos males (que são vários) do Ligadíssimo Caprichoso: ele não entende de “por dentro” “por fora” e que quem está na frente está defendendo posição e não ultrapassando quando o carro que tenta ultrapassa-lo está atacando pela posição. O comentarista não comprometeu.

- O sucesso do evento e o grid gigante para a abertura do Marcas Brasil deixa esse colunista ainda mais preocupado sobre o que podemos esperar da Turismo Nacional, gourmetizada pela VICAR, com a mudança de regulamento para 2023. Torço para estar errado.

- Tivemos a abertura do campeonato da Fórmula Truck e os planos de ter uma super categoria com quase 50 caminhões, separando as duas classes – Bomba Injetora e Injeção Eletrônica – ainda não parece próximo da realidade.

- Falando de caminhões, o “Piloto Plim-Plim” deixou a Porsche Cup Gourmet depois daquele acidente que quase tirou o título do latifundiário da soja e este ano vai se aventurar na Copa Truck, a dos caminhões Gourmet. Alguém, por favor, avisa pra ele que pancas atabalhoadas com um caminhão de quase 5 toneladas vão ser mais perigosas e causar mais estragos do que com um Porsche GT3.

- Seguindo o mal exemplo dos canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...), a Band caminha pra se tornar uma “Bandlixo”. Alguém explique a necessidade de transmitir uma pelada do campeonato carioca simultaneamente no canal de sinal aberto e no canal por assinatura? Com isso, a NASCAR foi relegada ao VT! Eu assisti pelos links que meu moleque arranja e assim dispenso o Kojak e o dublê de comentarista.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 

 

Last Updated ( Monday, 13 March 2023 07:52 )