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O Combustível Verde PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 09 December 2010 02:20

 

 

 

Amigos, onde está no automobilismo esportivo o “combustível verde”, feito do etanol do milho, ou do nosso popular etanol da cana-de-açucar? No momento apenas na F Indy, mas mesmo assim sujeito a críticas dos ambientalistas. 

 

A Fórmula 1 pode ter algum projeto para mudança de combustível, mas deve estar muito bem engavetado nos últimos anos. Nenhuma voz radical das lideranças da categoria se levanta, e o tempo vai passando. 

 

A expectativa da FIA é de que a partir de 2013 os motores da F1 serão de 4 cilindros, 1.6 cc e com turbo. Hoje a F1 corre com motores normalmente aspirados de 2.4 cc V8. O objetivo é que a eficiência faça com que o consumo diminua drasticamente. Além da limitação de rotações de 18.000 RPM para 10.000 RPM, a economia é o foco principal. Resumindo, andar mais e com mais potência, mas com menos combustível. 

 

Talvez até seja interessante, já que com a capacidade de 1.6 cc com turbo, o uso dos motores possa ser ainda mais eficiênte, inclusive com o uso do KERS(recuperador de energia cinética). Além disso o próprio KERS ficaria mais útil, já que o peso dos motores diminuiria, facilitando o uso do recuperador e do turbo. O KERS também pode ser uma solução para o uso em carros de produção, tendo a F1 como um grande laboratório de testes. Pode ser que fábricas que estão fora da F1 resolvessem entrar ou voltar a categoria. As discussões sobre a modificação dos motores, segundo informações da agência de notícias britânica BBC, teve a participação até da Volkswagen nos debates e idéias. 

 

As equipes que já se manifestaram, inclusive a Ferrari, não estão muito satisfeitas com o regulamento. De qualquer forma, a discussão é muito mais sobre os custos de produção de novos motores do que propriamente sobre economia de combustível. O dirigente da FOM(Formula One Management), Bernie Ecclestone, não está gostando muito do caso, e declarou: “Temos um bom regulamento de motor. Por que deveríamos mudar para algo que ninguém quer, que irá custar milhões e que pode acabar com uma fabricante tendo grande vantagem”? 

 

Bom, estão falando muito de configuração de motores, mas e o combustível? E a “gasolina ecológica”? A Fórmula 1 deveria dar exemplo, assim como a F Indy, com relação ao uso de etanol. Só que é preciso deixar claro que não basta o uso do biocombustível para resolver a questão. Nas conversas preliminares, o novo motor para 2013 foi chamado apenas de "algum tipo de motor ecológico", segundo a tradução literal do texto da BBC. 

 

Vejam o exemplo da NASCAR, nos EUA. Em 2011 a categoria usará um "blend" (mistura) de etanol com gasolina, em um projeto que, segundo a NASCAR, será o começo do trabalho para mudar totalmente o combustível no futuro. Só que os ambientalistas já se manifestaram, e disseram que é pura cortina de fumaça para fingir uma preocupação ecológica para os patrocinadores. 

 

Segundo o “Enviromental Working Group”, as fábricas de etanol tem um alto impacto no meio ambiente para produzir o produto. Alegam os ambientalistas que o etanol faz algum bem, mas ecologicamente sua produção é condenada. 

 

Pedem então os “verdes” norte-americanos que o etanol do milho seja produzido de maneira inteligente, e que seja a totalidade do combustível utilizado já em uma primeira etapa, e não apenas uma mistura pobre com a gasolina de corrida. 

 

Além disso, o etanol para a NASCAR será produzido em Nova York, e só será misturado com a gasolina em uma refinaria na Pensilvânia. Claro que o transporte será feito por caminhões, e depois o combustível vai acompanhar o campeonato, circulando em todo o território americano. Sei que os defensores da causa ambiental as vezes exageram, mas possuem também grande parte da razão. Por tudo isso é que os ambientalistas dizem que é apenas para satisfazer os patrocinadores da categoria, que também gostam de divulgar que estão engajados em causas ecológicas. 

 

Enfim, e a Fórmula 1? Nem em discussões das mais simples os dirigente falam algo a respeito. Lembro que em 2006, quando da chegada dos motores V8 2.4cc, os dirigentes falavam em “combustível verde” para 2011. No momento nada está sendo comentado, e se os motores para 2013 não tiverem o desenvolvimento de um novo combustível acoplado ao projeto, a F1 perderá uma grande chance de mostrar que quer realmente mudar para melhor.    

 

Um abraço e oremos sempre.   

 

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Last Updated ( Thursday, 09 December 2010 02:47 )