Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Bortoleto vence na estreia na F3, Porto, Collet começam 2023 conquistando pódios PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 05 March 2023 21:57

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana de primeiro final de semana com corridas (finalmente) tivemos a abertura das categorias FIA, com a Fórmula 2 e a Fórmula 3 fazendo as preliminares da Fórmula 1 no Bahrein e nos Estados Unidos, o início do Road to Indy onde vamos acompanhar a categoria PRO 2000. Editoras desculpem, mas lá vem textão!

 

Na FIA Fórmula 2 estaremos concentrados em Enzo Fittipaldi, o único brasileiro na categoria, agora na equipe Carlin e fazendo parte do programa de jovens pilotos da equipe Red Bull. Na FIA Fórmula 3 teremos três pilotos na pista: Gabriel Bortoleto, estreante, na equipe Trident, Roberto Faria, também estreante, na PHM-Charouz e Caio Collet, em sua 3ª temporada, na Van Amersfoort. Na PRO 2000, Francisco ‘Kiko’ Porto, na equipe DeForce, vai para a 2ª temporada e temos a chegada de Nicholas Monteiro, fazendo sua estreia pela NeoTech.

 

FIA Fórmula 3

Acordei na madrugada para ver os pilotos da FIA Fórmula 3 fazer seu treino livre, de 45 minutos, mas apesar do tempo maior em relação aos 30 minutos do classificatório, nos primeiros 15 minutos os carros praticamente não saíram dos boxes. Entre os primeiros pilotos a fazer uma volta rápida (cronometrada) tivemos Roberto Faria. Os pilotos vieram em peso pra pista quando faltavam 24 minutos para o final do treino.

 

 

A Pirelli definiu os pneus duros devido ao alto grau de abrasividade do asfalto (que também estava muito ondulado), mas Gabriel Bortoleto veio como dominador inicial do segundo terço do treino. Caio Collet mostrou que a Van Amersfoort fez a aposta certa em traze-lo para a equipe, andando entre os 5 primeiros. Roberto Faria veio sofrendo com a PHM-Charouz e estava com o 29º tempo. Apenas Gabriel Bortoleto e Gabriele Mini baixaram de 1m48s.

 

 

Nos 10 minutos finais, depois de uma passagem pelos boxes para troca de informações com os engenheiros e ajustes nos carros, os pilotos voltaram pra pista, mas poucos pilotos conseguiram melhorar seus tempos de volta em relação à primeira saída para a pista. Com isso, Gabriel Bortoleto terminou a sessão com o melhor tempo, com 1m47,775s. Caio Collet ficou com a P5, com 1m48,249s e Roberto Faria ficou com s P30, com 1m50,519s. A PHM ficou com a P26, P29 e P30, indicando uma vida difícil para o piloto carioca.

 

Terminado o treino livre da Fórmula 1, os pilotos da FIA Fórmula 3 vieram para a pista. Era a hora de fazer a classificação, com 30 minutos de tempo no cronômetro e todos os 30 pilotos foram pra pista logo na abertura dos boxes. O desgaste de pneus com a pista abrasiva e o limite de 4 jogos no final de semana ia exigir muita estratégia das equipes e sensibilidade dos pilotos para não estragar o final de semana.

 

 

Os pilotos foram cautelosos no início, preparando os pneus para fazer uma volta rápida. Gabriel Bortoleto repetiu o feito do treino livre e marcou o melhor tempo provisório, com 1m48,814s, novamente à frente de Gabriele Mini, mas o brasileiro teve a volta deletada por exceder o limite de pista. Roberto Faria chegou à metade do treino na P19, mas era o último com um tempo rápido, mas isso era uma questão de estratégia de algumas equipes.

 

Caio Collet não chegou a ter nenhuma volta rápida registrada na metade inicial do treino, mas quando os pilotos que fizeram volta rápida nessa parte do treino voltara aos boxes, um grupo de 10 pilotos voltou pra pista com menos tráfego e Caio Collet mostrou serviço pra pegar a pole provisória. Gabriel Bortoleto fez uma segunda volta e depois de estar temporariamente com a P4, mas foi caindo com os outros pilotos melhorando.

 

 

Na parte final do treino quem tinha como colocou pneus novos e foi buscar uma volta rápida definitiva para garantir uma boa posição no grid. Faltando 2 minutos para o final do treino, Caio Collet tinha a P3 provisória, ele chegou a melhorar seu melhor tempo de volta, mas foi sendo superado e no minuto final Gabriel Bortoleto recuperou-se e subiu para a P2. Caio Collet ficou com a P11, o que colocava o piloto da Van Amersfoort na primeira fila na corrida sprint, com os 12 primeiros em grid invertido. Roberto Faria terminou o treino na P29, mas foi o último entre os pilotos que marcaram tempos rápidos, ficando 8 décimos atrás de Sophia Floersh, P25, companheira de equipe PHM. Os 20 primeiros ficaram no mesmo segundo!

 

No início da tarde do sábado, horário local do Bahrein, nosso esquadrão de pilotos foi à pista para a sprint race com nossos pilotos em condições bem distintas no grid. Com a inversão dos 12 primeiros colocados no treino de classificação, Caio Collet estava largando na P3, na segunda fila por conta da punição de Zak O’Sullivan. Gabriel Bortoleto, que fez o segundo melhor tempo no treino classificatório, largava na P11, abrindo a sexta fila. Roberto Faria largaria na P29, abrindo a última fila.

 

 

Pouco antes da volta de apresentação, dois dos carros da PHM, os companheiros de Roberto Faria tiveram que largar dos boxes. Sol torrando na hora da corrida e apagadas as luzes vermelhas para as 19 voltas de corrida, Caio Collet largou muito bem e ganhou a P2. Gabriel Bortoleto foi espremido na curva 1 e caiu pra P14. Pior para o italiano, que caiu pra último por quase apagar na largada. Roberto Faria fechou a primeira volta na P27, mas as brigas foram interrompidas com a pancada de Rafael Villagomez em um toque com Gabriel Bortoleto que caiu para a P15.

 

A corrida foi retomada na abertura da volta 7 e Caio Collet teve que se defender de Jose Maria Marti, mas o espanhol tomou a P2 do brasileiro e com Luke Browning parado na curva 2 o safety car virtual foi acionado. Roberto Faria foi tocado e rodou na curva 1. O safety car foi novamente acionado. Gabriel Bortoleto fez uma grande relargada e ganhou 3 posições, subindo para a P12, mas estava sob investigação pelo incidente com Rafael Villagomez (que ficou para depois da corrida) e depois com Kaylen Frederick, que teve o pneu furado. Roberto Faria estava na P27, à frente do Pietr Wisnicki.

 

 

A relargada aconteceu na abertura da volta 12 e Paul Aron vinha colado em Caio Collet, que segurou bem a P3. Gabriel Bortoleto largou muito bem novamente, subindo para a P10, mas voltou pra P11 no complemento da volta. Roberto Faria passou ileso na primeira volta de ação retomada e era o P25. Com 6 voltas para o final, as disputas por posições eram intensas. Caio Collet vinha na P3, longe da briga pela ponta, mas seguro em relação ao P4, Paul Aron, a salvo da abertura de asa do piloto da Prema, atacado por seu companheiro de equipe.

 

 

Gabriel Bortoleto caiu pra P12 superado por Sebastian Montoya. O carro do brasileiro tinha problemas na asa dianteira depois do toque em Kaylen Frederick. A briga pela P4 mantinha Caio Collet a salvo na P3 e a disputa entre Christian Mansell e Zak O’Sullivan dava alguma paz para Gabriel Bortoleto na P12. Roberto Faria herdou uma posição e subiu para a P24 na última volta. Caio Collet recebeu a quadriculada na P3, indo para o pódio e Gabriel Bortoleto na P12, mas com duas investigações a serem definidas após a corrida, que puniram o brasileiro, jogando-o para a P19. Roberto Faria terminou na P24.

 

No final da manhã do domingo os pilotos voltaram à pista para a corrida principal do final de semana, com o grid formado pelo treino do sábado que trazia Gabriel Bortoleto na P2, na primeira fila Caio Collet largava na P10 e Roberto Faria largava na P29, ambos precisando fazer corridas de recuperação. A corrida tinha 22 voltas programadas e o asfalto abrasivo seria

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto, mesmo largando pelo lado sujo, largou muito bel e tomou a ponta. Caio Collet foi tocado na curva 2, saiu da pista e acabou caindo para último. Com a faca nos dentes ele partiu pra cima e fechou a primeira volta na P27. Roberto Faria manteve a P29. Gabriel Bortoleto impôs um ritmo forte no início para fugir de Gregorie Saucy, que também superou Gabriele Mini, para ficar longe da abertura de asa de seus perseguidores. A briga pela P2 ajudava o brasileiro na liderança.

 

Tentando se recuperar, Caio Collet fechava a segunda volta na P24, mas o caminho para se recuperar era longo. Roberto Faria caiu para último, superado por Taylor Barnard. Lana frente, mesmo com a definição da briga pela P2 para Gabriele Mini, Gabriel Bortoleto abriu 3,7s para o italiano, mas precisava cuidar dos pneus. Tommy Smith e Mary Boya se tocaram na volta 7 e forçou a entrada do safety car, agrupando o pelotão e acabando com a vantagem do brasileiro na liderança. Caio Collet já era o P20 e com o abandono de Mari Boya, Roberto Faria era o P26.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 10 e Gabriel Bortoleto largou muito bem pra manter a liderança, mas o italiano passou o brasileiro na sequência dos esses. Antes da relargada Mini foi punido com 5 segundos por irregularidades no procedimento de largada. Caio Collet ganhou uma posição na relargada e em seguida subiu para a P18. Roberto Faria manteve a P26. Gabriel Bortoleto veio acompanhando o ritmo de Gabriele Mini e ambos iam abrindo de Gregorie Saucy, o P3, mas o brasileiro não atacava o italiano, para não coloca-lo na defensiva e fazer os dois perderem tempo.

 

Na volta 15 teve troca na P3, com Oliver Goethe passando por Gregorie Saucy. Gabriel Bortoleto continuava acompanhando Gabriele Mini, mantendo a diferença abaixo de 1 segundo enquanto Caio Collet era o P17 e continuava buscando chegar ao menos na P10 para pontuar também nessa corrida. Dos 3 primeiros da corrida do sábado, apenas Jose Maria Marti estava pontuando. Na volta seguinte, o brasileiro da Van Amersfoort subiu para 16º. Roberto Faria continuava na P26.

 

 

Nas voltas finais Caio Collet colou no pelotão que brigava pela P11, mas N. Tsolov tinha 5 segundos de punição. Leonardo Fornaroli com um pneu furado cedeu a posição para Caio Collet e para Roberto Faria. Na volta 21 Tommy Smith forçou uma ultrapassagem pra cima de P. Wisnicki, forçando a entrada do safety car no final da penúltima volta acabou com a disputa. Gabeiel Bortoleto aproveita a punição de Gabriele Mini para vencer a corrida principal do final de semana e sair do Bahrein na liderança do campeonato. Caio Collet terminou na P14 e Roberto Faria na P25. A categoria volta à pista na Austrália em 4 semanas. Gabriel Bortoleto lidera o campeonato com 26 pontos. Caio Collet é o P8 com 8 pontos e Roberto Faria é o P29, ainda zerado.

 

FIA Fórmula 2

Menos de meia hora após o término do treino da FIA Fórmula 3 chegava a hora de Enzo Fittipaldi ir para pista em busca do título da FIA Fórmula 2 em um desafio que não vai ser fácil: dos 22 pilotos na categoria, 6 correm com as cores da Red Bull, que ainda tem Liam Lawson correndo na Super Fórmula no Japão. O piloto brasileiro precisa terminar o campeonato entre os três primeiros para conseguir – ainda este ano – os pontos necessários para conquistar a superlicença.

 

A Pirelli colocou à disposição dos pilotos e equipes os compostos duros e macios uma vez que na corrida longa há a obrigatoriedade do uso dos dois tipos de pneus. Assim como no treino da FIA Fórmula 3, a maioria dos pilotos ficou nos boxes no primeiro terço dos 45 minutos de treino e com 31 minutos para o fim do treino, Enzo Fittipaldi fez sua primeira volta rápida, mas ficou atrás do companheiro de equipe Zane Maloney e, 1,5 décimos de segundo.

 

 

Apenas 11 pilotos tinham feito alguma volta com tempos consideráveis quando o carro do piloto brasileiro apresentou algum tipo de problema (provavelmente eletrônico) e ele parou na primeira curva do traçado, provocando uma bandeira vermelha. Após a volta da bandeira verde, faltando 23 minutos, os pilotos foram em peso pra pista. Sem poder melhorar seus tempos, Enzo Fittipaldi terminou a sessão na P12, com uma nova bandeira vermelha no final pela parada de Ralph Boschung na saída dos boxes.

 

Meia hora depois do final do segundo treino livre da Fórmula 1 chegava a hora da classificação para as corridas da FIA Fórmula 2. Depois do problema eletrônico que tirou Enzo Fittipaldi precocemente do treino livre, o brasileiro tinha que encontrar o melhor caminho para estar bem ao final dos 30 minutos de treino cronometrado. A condição de pista sem luz do sol seria a mesma encontrada na corrida sprint do sábado, mas diferente da condição da corrida longa do domingo, que seria sob sol.

 

Aberto os boxes os pilotos não demoraram em ir pra pista e todo mundo de pneus macios, o que daria uma oura referência aos tempos de volta. Na sua primeira volta rápida, Enzo Fittipaldi fez 1m42,497s, 60 centésimos mais lento que Zane Maloney, que melhorou seu tempo na segunda volta rápida. O brasileiro não conseguiu melhorar na segunda volta rápida e na metade do treino ele estava apenas na P12, enquanto Maloney era o P8.

 

 

Os pilotos voltaram aos boxes para aquela conversa com os engenheiros, colocar pneus novos e fazer algum ajuste fino para melhorar o carro para a última tentativa, exceto Jack Doohan, que buscou a pista sem tráfego para buscar a melhor volta. Faltando pouco mais de 11 minutos para o final do treino, o pelotão voltou para aquela tentativa do “tudo ou nada” e Enzo Fittipaldi precisava reagir.

 

O tempo estava passando e Enzo Fittipaldi não virava uma volta rápida e faltado 4 minutos para o final, mesmo com pneus novos, o brasileiro estava na P20. Faltando 2 minutos para o final ele conseguiu subir para a P12, melhorando para 1m42,049s, ficando a 45 centésimos do P2, mas apenas na P13. Zane Maloney ficou na P18, num péssimo resultado para a Carlin e obrigação de corridas de recuperação no sábado e domingo.

 

Menos de uma hora após o treino livre de sábado da Fórmula 1 tivemos a corrida sprint da Fórmula 2. Com um rendimento abaixo do esperado para a equipe Carlin, Enzo Fittipaldi estava largando na P13 e como nos tempos de Charouz, o brasileiro teria que fazer uma corrida de recuperação para conseguir chegar entre os 8 primeiros e marcar pontos nessa corrida do sábado. De forma surpreendente, os pilotos com pneus macios.

 

Apagadas as luzes vermelhas para as 23 voltas da corrida numa surpreendente passagem pelas primeiras curvas sem confusão, Enzo Fittipaldi caiu para a P14 e nessa posição fechou a primeira volta.  Na volta 5 Izack Hadjar e Arthur Leclerc tomaram 10s em Stop and Go por irregularidade no procedimento de largada. Os dois pararam na volta 7 e Enzo Fittipaldi subiu para a P12 e no pelotão atrás do P7, Roman Stanek.

 

 

Enzo Fittipaldi veio tirando a diferença para Oliver Bearman, mas atrás dele já estava seu companheiro de equipe, Zane Maloney e o piloto das Bahamas vinha tirando a diferença para o brasileiro. Na volta 9 Bearman perdeu o direito a abertura de asa para Richard Vershoor e com isso Enzo Fittipaldi  usou a asa móvel para conseguir tomar a P11. O britânico recuperou a posição na volta seguinte, mas o brasileiro retomou a P11 em seguida, trazendo com ele Zane Maloney.

 

O piloto brasileiro precisava apertar o ritmo, pois estava sem poder abrir asa para alcançar Richard Verschoor e fugir de Zane Maloney. Na volta 13 Enzo Fittipaldi tinha conseguido chegar no piloto da Van Amersfoort e aberto mais de 1 segundo para o companheiro de equipe, mas na volta seguinte, com Verschoor na defensiva, Zane Maloney colou no brasileiro que foi pra cima e ganhou a P10, trazendo o companheiro de equipe junto com ele.

 

Enzo Fittipaldi se via novamente na situação de ter que biscar o piloto da frente sem ter como abrir asa e ter que se defender do companheiro de equipe atrás dele com chances de abrir asa. A vantagem desta vez era que Frederik Vesti não tinha como abrir asa para cima de Kush Maini. O brasileiro ia repetindo o que fez todo o ano na Charouz e chegou rápido em Frederick Vesti. Passou e foi embora, levando Zane Maloney com ele.

 

 

Faltando 6 voltas para o final da corrida ainda era possível alcançar a P8 com a briga entre Kush Maini e Roman Stanek, mas Zane Maloney foi para o ataque em cima de Enzo Fittipaldi e atrapalhou o progresso dos dois carros da equipe. Stanek se defendia muito e Kush Maini fugia na P7. Na volta 20, Finalmente os dois carros da Carlin passaram Roman Stanek, mas agora eram 2,3 segundos até chegar na P7 e seriam 3 voltas até o final da corrida e disputa aberta na Carlin pelo ponto da P8. Enzo Fittipaldi tirou 8 décimos da distância e mesmo não conseguindo chegar na P7 fez uma boa corrida para terminar na P8.

 

Pouco mais de meia hora depois do final da corrida da FIA Fórmula 3 os pilotos da FIA Fórmula 2 já estavam alinhados para a corrida principal do final de semana. Enzo Fittipaldi, que fez uma boa corrida de recuperação no sábado tinha novamente o desafio de chegar às posições de pontos, largando da P13 e contando com uma boa estratégia de corrida (e parada obrigatória) para ir o mais pra frente possível. Quase todos os pilotos largaram com pneus duros, algo bem incomum apenas 4 dos 22 pilotos largaram de pneus macios.

 

Após a volta de apresentação os pilotos realinharam e, apagadas as luzes vermelhas para as 32 voltas, Enzo Fittipaldi largou muito bem e se aproveitou da confusão com Victor Martins e subiu para a P6 (com Zane Maloney logo atrás dele) quando a direção de prova acionou o safety car. A relargada veio na abertura da volta 4 e Enzo Fittipaldi relargou bem e manteve a P6 enquanto Isack Hadjar atacava Zane Maloney com pneus macios e o francês foi pra cima do Brasileiro, que caiu para a P7.

 

 

Mesmo de pneus duros, Enzo Fittipaldi vinha acompanhando o ritmo de Isack Hadjar e atrás dele, o confusão ambulante, Roy Nissany, de pneus macios, ganhava a P8 e vinha se aproximando. Oliver Bearman, na P4, determinava o ritmo do pelotão. Na volta 10 os pneus macios já não rendiam tanto e Roy Nissany não ameaçava mais a P7 de Enzo Fittipaldi e segurava Zane Maloney. Na abertura da volta 11 começaram as paradas de boxes para trocar de pneus duros para macios.

 

Enzo Fittipaldi parou na volta seguinte, voltando na P16. A parada não foi boa e com as outras paradas acontecendo nas voltas seguintes, o brasileiro subiu para a P12 na volta 14. Com 2 carros que ainda deveriam parar, Enzo Fittipaldi perdeu uma posição, no caso para Jack Doohan, um dos primeiros a parar. Com metade da corrida completada, veio o aviso da punição de 5 segundos para Jack Doohan por saída insegura dos boxes e outra para Jehan Daruvala, por velocidade excessiva no pits. Com as paradas de Verschoor e Novalak, Enzo Fittipaldi subia para a P8 (na pista) e P7 com a punição de Jack Doohan.

 

 

Na volta 20 Zane Maloney passou Jehan Daruvala e já estava atrás de Enzo Fittipaldi, que se aproximou de Jack Doohan, que estava sendo seguro por Arthur Leclerc. Zane Maloney foi pra cima e tomou a P8 de Enzo Fittipaldi, que reclamou no rádio sobre não ter estratégia de equipe pra corrida. Os dois passaram Jack Doohan e Zane Maloney passou Arthur Leclerc, que na volta de uma escapada de pista passou a segurar o brasileiro.

 

Oliver Bearman, o P4, segurava o pelotão até o P8, Enzo Fittipaldi, mas Zane Maloney passou todo mundo e subiu pra P4, jogando a responsabilidade de passar os carros entre eles para Enzo Fittipaldi, que parecia estar com os pneus mais desgastados que os demais. Com isso, Richard Verschoor foi se aproximando e não teve como segurar o holandês. A asa móvel de Enzo Fittipaldi apresentou problemas e o brasileiro caiu pra 10º, mas na abertura da última volta Oliver Bearman errou e cedeu a P9 pra Enzo Fittipaldi que segurou a posição até o final, tendo que ver o companheiro de equipe chegar no pódio com uma P3. O brasileiro sai do Bahrein com 3 pontos na P12 do campeonato, que volta na Arábia Saudita em duas semanas.

 

PRO2000

Do outro lado do Oceano Atlântico (na verdade do nosso lado do Oceano Atlântico) tivemos a abertura de todo o programa da Fórmula Indy, incluindo as categorias do Road to Indy. Depois de mostrar estar bem nos testes pré-temporada, Kiko Porto, nosso representante na PRO 2000 começou o final de semana da melhor forma possível, fazendo o melhor tempo no treino livre realizado na sexta-feira. O grid está maior do que no ano passado e com mais qualidade, com pilotos que subiram da USF2000 e alguns jovens pilotos das categorias de base europeias.

 

 

No treino de classificação a disputa foi intensa e os quatro primeiros ficaram separados por menos de 1 centésimo de segundo. Kiko Porto amargou uma P3 que estava fora dos planos, jogando-o para a segunda fila na largada. Nicholas Monteiro foi pagando o preço da chegada à categoria, ficando com a P17, mas o que chamou atenção foi a equipe Turn 3 colocar 3 de seus 4 pilotos entre os 7 primeiros.

 

Na corrida, com seus 35 minutos ou 25 voltas (e com uma péssima transmissão pela internet), tivemos uma largada complicada, com Ricardo Escotto (um velho conhecido das corridas na Europa) perdendo a asa dianteira. Lirin Zendeli também pagou caro na primeira corrida nos EUA e viu tudo ao contrário. Antes da bandeira amarela ser acionada, Kiko Porto, que largou na P3, subiu para a P2, superando Francesco Pizzi. Nicholas Monteiro fez uma grande largada e também ganhou algumas posições com o pessoal que se enrolou nas confusões da primeira volta era o P10 quando entrou a bandeira amarela.

 

 

Na volta da bandeira verde, faltando 19 voltas ou 30 minutos para o final. Os quatro primeiros – Christiam Brooks, Kiko Porto, Myles Rowe e Francesco Pizzi – abriram uma pequena vantagem para o pelotão. Nicholas Monteiro manteve sua P10. As voltas iam passando e enquanto os 4 primeiros abriam vantagem, ninguém atacava ninguém, efetivamente. Na P10, Nicholas Monteiro não conseguia acompanhar o ritmo de Lirin Zendeli, mas mantinha sua posição.

 

Na parte final da corrida, o pessoal do pelotão de trás começou a parar nos boxes para colocar outro jogo de pneus e tentar fazer voltas rápidas uma vez que as voltas mais rápidas da corrida do sábado definiriam o grid da corrida do domingo. O ritmo de Nicholas Monteiro, já como P9, começou a piorar e o estreante brasileiro parou quando faltavam 4 voltas para o final, provocando uma nova bandeira amarela em todo circuito.

 

 

O carro de Nicholas Monteiro foi retirado rapidamente e a bandeira verde veio com duas voltas para o final. Kiko Porto relargou bem e manteve sua posição e foi pra cima de Christian Brooks, mas não conseguiu tomar a ponta, tendo que se contentar com a segunda colocação na corrida de abertura da temporada. Um começo de ano bem melhor que o de 2022, mas ficou claro que a disputa ao longo do ano seria dura. Nicholas Monteiro ficou classificado na P19.

 

 

Por conta da corrida muito acidentada na Fórmula Indy, tivemos um atraso de mais de uma hora de atraso na largada para a corrida da PRO 2000 no final do dia. A pista estava coberta de detritos de pneus (farofa) e a largada ia ser crucial para a corrida. As ultrapassagens seriam muito arriscadas. Pior para Nicholas Monteiro, que largava na P20. Kiko Porto, como fez a segunda volta mais rápida da corrida no sábado, largava na P2, ao lado de Francesco Pizzi.

 

A corrida estava programada para 25 voltas (ou 35 minutos máximo). Kiko porto estava do lado limpo da reta e tomou a ponta na curva 1. Nicholas Monteiro também largou bem e ganhou duas posições na largada. Kiko Porto sumiu na metade da primeira volta, deixando Francesco Pizzi sob ataque de Myles Rowe e antes de abrirem a volta 2, Nicholas Monteiro tinha ganho mais uma posição. A vantagem de Kiko Porto era de quase 2 segundos em 3 voltas.

 

 

Na volta 4 tivemos a primeira bandeira amarela com o carro de Reece Ushijima ficando parado depois de tocar o muro, acabando com a vantagem do piloto brasileiro. Nesse momento Nicholas Monteiro já subia para a P16. A bandeira verde veio na abertura da volta 6 e Kiko Porto se defendeu muito bem, mantendo a liderança, mas a bandeira verde durou menos de uma volta com Yuven Sundaramoorthy batendo e perdendo as asas dianteira e traseira. Pior que isso Francesco Pizzi foi superado por Myles Rowe, um piloto muito mais rápido e técnico que o italiano. Nicholas Monteiro herdou a P15.

 

 

A relargada veio no início da volta 10 e Kiko Porto foi sendo duramente atacado por Myles Rowe até que o americano tomou a ponta e Jace Denmark, que ganhou a P3, foi para o ataque sobre o brasileiro. Nicholas Monteiro manteve a P15. Enquanto o líder abria vantagem, Kiko Porto ia segurando a P2 como podia. Com 10 voltas para o final, o piloto de Recife tinha conseguido uma certa folga em relação ao P3, mas não conseguia se aproximar do líder. Nicholas Monteiro superou Ricardo Escotto e subiu pra P14.

 

 

Faltando 4 voltas para o fim Salvador de Alba teve problemas e Nicholas Monteiro herdou a P13. Kiko Porto estava a 2 segundos de Myles Rowe, mas tinha mais de 3 segundos de vantagem ara o novo P3, Jace Denmark. Com problemas para Jace Denmark Nicholas Monteiro brigava pela P12, atacando Jonathan Browne. Kiko Porto terminou a segunda corrida do final de semana mais uma vez na P2 e no pódio. Nicholas Monteiro foi o P13. No campeonato, Kiko Porto sai de St. Pete na P2 do campeonato com 50 pontos, 3 a menos que o líder Myles Rowe. Nicholas Monteiro é o 19º com 10 pontos e a próxima etapa será em Sebring, em duas semanas.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Sunday, 05 March 2023 22:56 )