Oi amigos, tudo bem? Pois é, amigos, a temporada 2023 do IndyCar Series nem começou ainda, mas já estamos em contagem regressiva para a 107ª Indy 500, que será disputada no Indianapolis Motor Speedway no dia 28 de maio próximo. Mas por que estamos falando já da Indy 500? A resposta é: Roger Penske. Não entendeu, né? Pois vou explicar. Como vocês sabem, a Penske Entertainment é hoje a dona do campeonato, da Indy 500 e da pista toda. Sob o comando dele, todo momento é aproveitado para que a visibilidade do universo da IndyCar seja potencializado mais ainda. Uma dessas oportunidades aconteceu no dia 17 de fevereiro último, exatamente quando faltavam 100 dias para a realização da Indy 500. Foi um dia inteiro, de manhã até a noite, com muitas atividades abertas para o público e junto à comunidade. Pensem num dia frio! Pensaram? Pois é, estava um gelo em Indianapolis, temperatura negativa mesmo. Mas quem disse que isso é problema quando estamos nesse lugar mágico e maravilhoso chamado Indianapolis Motor Speedway? E novamente fui homenageado pelo Roger e todo o pessoal do IMS com um tijolo comemorativo às minhas quatro vitórias no oval de 2,5 milhas. Acho que muitos aqui já conhecem essa história, mas não custa recordá-la ou mesmo contá-la pela primeira vez para os que chegaram mais recentemente. Há mais de 100 anos, quando o oval de Indianapolis foi inaugurado, a pista era de chão batido, direto no barro. Depois, a área foi toda coberta por milhões e milhões de tijolos, pavimento que durou por muitos anos. Quando todo o traçado foi asfaltado, estreitas faixas de tijolos foram preservadas em vários pontos de Indianapolis, inclusive no traçado, mais especificamente na reta principal. Era a modernidade se somando à tradição e reverenciando a história. O Incrível que é tão lisa a superfície de tijolos que não provoca mudança alguma no comportamento do carro. Naquele dia, então, fui homenageado com a colocação de um tijolo com meu nome e os anos de minhas vitórias – 2001, 2002, 2009 e 2021 – na linha de chegada. Quer dizer, a partir de agora, todo mundo que completar uma volta no oval vai passar por cima do meu tijolinho, mas na corrida do dia 28 de maio, se Deu quiser, quem vai querer passar por cima do tijolinho sou eu, como o primeiro a cruzar a linha de chegada. Já imaginaram? Demais, né? Essa nova homenagem se soma às outras, que muito me honram, como por exemplo a “Rua Castroneves”. Sim, pois sou nome de rua em Indianapolis! Esse carinho todo me motiva mais ainda para o início do campeonato, no dia 5 de março em St. Petersburg (na Flórida, não Rússia! Hehehe). Na próxima semana, vou falar bastante sobre essa prova, mas não poderia deixar de dividir com vocês todos, nessa semana, mais uma felicidade que Indianapolis me proporciona. Abraço grande e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Olá amigos leitores, Eu já estava revisando o texto da coluna que enviei na semana passada quando vi no Twitter do Tony Kanaan que ele estava anunciando sua despedida da categoria na próxima edição da Indy500. Uma corrida simbólica e que ele venceu em 2013, mesmo sem ter um carro de equipe de ponta. Aos 48 anos de idade e com 25 anos de atividade (total ou parcial) na categoria de rodas abertas norte americana, este ano ele pilotará um quarto carro da equipe McLaren, que vem tendo um bom desempenho nas últimas edições da Indy500. Eu vou sentir muita falta dele e de sua espirituosa maneira de tratar o público. A largada final de Kanaan será sua 390ª na CART/IndyCar, remontando a quando ele usou sua temporada vencedora do campeonato Indy Lights de 1997 com a Tasman Motorsports como um trampolim para a CART com a mesma equipe em 1998. Ele terminou duas vezes no pódio como um novato – em Laguna Seca e Houston – e encontrou seu caminho para a pista da vitória pela primeira vez no ano seguinte, quando venceu Juan Pablo Montoya na linha de chegada por apenas 0,03s em Michigan. Essa seria sua única vitória na CART, mas uma mudança em tempo integral para a IndyCar com a Andretti Green Racing em 2003 valeu a pena quase imediatamente quando ele venceu a segunda corrida da temporada em Phoenix. Foi o início de uma parceria fértil que rendeu várias outras vitórias ao longo de um período de oito anos, com destaque para um campeonato de sucesso em 2004. Uma passagem de três anos com KV entre 2011 e 2013 rendeu apenas uma vitória, mas foi uma que ajudará a definir sua carreira - o Indianápolis 500 de 2013. Sua vitória mais recente veio com Chip Ganassi Racing em Fontana em 2014. Um dos cartões de visita do brasileiro ao longo de sua carreira foi sua consistência: ele não apenas perdeu o pódio apenas uma vez em sua campanha de título em 2004, mas também se tornou o primeiro piloto da IndyCar na história moderna a completar todas as voltas possíveis em uma temporada. Anos depois, quando ele completou seu último ano como full-timer com A.J. Foyt Racing em 2019, sua ausência do grid para a segunda corrida da temporada de 2020 interrompida pelo COVID no percurso da IMS pôs fim a sua seqüência recorde de 318 largadas consecutivas. (Coincidentemente, a seqüência recorde de seu futuro companheiro de equipe Ganassi, Jimmie Johnson, para partidas consecutivas da NASCAR terminou na mesma pista no mesmo fim de semana depois que ele testou positivo para COVID). Aquela temporada de meio período de 2020 com Foyt foi originalmente concebida para ser o canto do cisne da IndyCar de Kanaan, que ele apelidou de 'Last Lap Tour'. Mas a ideia de os fãs de Kanaan terem mais uma chance de se despedir foi frustrada quando a pandemia ditou que os espectadores fossem impedidos de entrar na maior parte da temporada, e quando surgiu a oportunidade de dividir uma carona com Johnson em Ganassi em 2021, Kanaan aproveitou. . A decisão de Johnson de ir em tempo integral em 2022 veio às custas de Kanaan, mas ele voltou para terminar em um excelente terceiro lugar na Indy em uma quinta entrada única no CGR no ano passado. Para essa corrida de despedida Tony Kanaan vai usar o número 66 em seu carro. Este número o foi usado pela última vez por Mark Donohue em sua vitória na Indy500 de 1972 ao volante do McLaren-Offy M16B, e revivido por Fernando Alonso quando ele correu em Indy pela equipe em 2019. O carro de Kanaan será apoiado por SmartStop, que também é o patrocinador principal de Felix Rosenqvist. Bruce McLaren e McLaren venceram sua primeira corrida em 1966. Mark Donohue esteve aqui em 1972. O primeiro número de kart usado por Kanaan foi o nº6 3 em uma corrida que ele não conseguiu usar o #6, ele correu com o #66. Seria fantástico vê-lo vencer em sua despedida. Quem sabe isso não faz com que ele adie os planos... Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |