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Ricky Stenhouse Jr. vence a interminável Daytona 500 na abertura da NASCAR PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 20 February 2023 13:28

Olá, leitores!

 

Como estão? Esse vosso escriba está aproveitando as folias momescas pulando muito: pulando da cama para o sofá, do sofá para a cozinha, da cozinha de volta para o sofá, com eventuais pulos no banheiro. Afinal, dez mil pularão em blocos, mil viajarão no feriado, mas tu ficarás em casa, por falta de condições para as outras duas opções, como já estava grafado nas Escrituras.

 

Finalmente começou alguma competição internacional importante (sim, não considero a fórmula furadeira exatamente importante), a não ser para aqueles que insistem em algo que não deu certo 100 anos atrás e que continua com pouquíssimas chances de dar certo hoje. Nem entrarei na falácia do “combate à poluição” nem da “preservação da natureza”, pois só acredita nisso quem não conhece nada do processo de fabricação das baterias utilizadas nos veículos elétricos atuais, nem do processo de geração da energia elétrica nos países europeus, que não têm a facilidade hidrográfica de outros lugares para construir hidroelétricas), a NASCAR. E com final de semana completo, com as 3 categorias de âmbito nacional mais a rodada da ARCA (essa regionalizada) correspondente. De cara algumas coisas ficaram muito claras: em superspeedway esses carros apresentaram comportamento muito “nervoso”, com alguns pilotos tendo problemas em segurar o carro em linha reta ao receber o empurrão amigo do adversário que vinha atrás. Não sei se seria algo específico de Daytona ou em outros ovais longos também pode acontecer, mas não tenho certeza se é um comportamento desejável. Outra coisa é que, ao menos em Daytona, aquele negócio da zona de relargada prolongada não deu exatamente muito certo, com diversos pilotos na linha de baixo tendo que avançar sobre a faixa dupla para não bater no carro da frente. Ainda tem 4 corridas de teste, então aguardemos.

 

A corrida em si não teve grandes emoções nem grandes eventos até a volta 118, quando aconteceu o primeiro choque entre dois carros; dali para a frente, os ânimos e as estratégias para estar na frente nas voltas finais começaram a se fazer sentir. Com isso as bandeiras amarelas foram aumentando, culminando com 2 “big ones” na parte final da prova, fazendo com que essa fosse a corrida mais longa da história, com 212 voltas, que se traduzem em 530 milhas... para quem estava previsto para 500 milhas, um aumento razoável. Na segunda relargada, o atual campeão Joey Logano e Ricky Stenhouse Jr. disputaram cabeça a cabeça para ver quem levaria o troféu e a honra de ganhar a Daytona 500 desse ano, edição comemorativa de 75 anos da primeira corrida disputada. E Logano passou na frente ao abrir a última volta, porém com um bump amigo de Christopher Bell o Stenhouse conseguiu colocar meio carro na frente de Logano ao percorrer as duas primeira curvas da pista... justamente quando a NASCAR deu a bandeira amarela por conta do último “big one” da corrida, que começou com Almirola e Pastrana, selando assim a 3ª vitória da carreira de Stenhouse... cujas duas anteriores, a propósito, foram uma Daytona 400 e uma em Talladega. Gosta pouco de superspeedway o rapaz, hein? Stenhouse deu tanta sorte que venceu mas não conseguiu fazer os “donuts” comemorativos, pois acabou a gasolina... antes de cruzarem a bandeirada final já se sabia que o resultado era o do momento da instalação da bandeira amarela, mas Joey Logano, sendo o estraga prazeres que é, acelerou e (inutilmente) passou na bandeira em primeiro, só para estragar a fotografia. Claro que mesmo com isso ele não venceu, e como a NASCAR é muito complacente com os pilotos do Império das Trevas (Penske) ele não foi penalizado. Qualquer piloto de outra equipe receberia no mínimo uma advertência verbal, mas como é quem é... enfim, depois da corrida ele estava com a face glútea murcha que costuma fazer quando não consegue vencer. Foi a primeira vitória de uma equipe de apenas um carro (JTG Daugherty) na Daytona 500 desde aquela da Wood Brothers em 2011. O terceiro lugar ficou com Christopher Bell, o quarto com Chris Buescher, e fechando o Top-5 apareceu Alex Bowman, salvando a honra da Hendrick nessa prova.

 

Como sabem, não gosto de comentar essas apresentações de carros para a temporada, e mesmo os treinos de pré-temporada, que geralmente se mostram  pouco verídicos; entretanto, não posso deixar de comentar a estranha competição entre McLaren e Alpine para ter o carro cuja pintura mais agredirá os olhos do público. Menos mal que, como dificilmente qualquer uma das duas deverá passar do meio do pelotão, deverão em tese aparecer menos na TV. Sofrível é elogio.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.