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Vai começar a temporada 2023 e os brasileiros vão estar do destaque PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 19 February 2023 16:13

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Depois de ter ficado alguns meses distante da minha coluna semanal, estou de volta ao Site Nobres do Grid. Peço desculpas a todos, mas foi necessário: dei início a um mestrado e o tempo ficou mais apertado para conciliar trabalho, estudo e coluna semanal. Vamos ter que fazer umas mudanças.

 

Inspirado no colega Paulo Alencar, vamos ter agora, no final da cada texto um resumo das categorias que não vou conseguir acompanhar. Vai ser o “Brasil nas Pistas do Mundo”. O plano é manter o formato da coluna para a Fórmula 2, Fórmula 3 e Fórmula 4 italiana, categorias FIA. Fora elas, estaremos fazendo a Fórmula Regional Europeia e a PRO 2000 nos Estados Unidos. Para o “Brasil nas Pistas do Mundo”, vou noticiar o que aconteceu em outros campeonatos da Fórmula 4, como na Espanha e Estados Unidos, além da GB3 e USF2000 nos Estados Unidos.

 

Onde teremos brasileiros?

 

A FIA Fórmula 2, depois da conquista de Felipe Drugovich em 2022 o Brasil pode “conquistar um bicampeonato” com Enzo Fittipaldi. O Tubarãozinho (e ele colocou a marca no capacete), depois de uma temporada espetacular com o carro da fraca equipe Charouz foi incorporado ao Programa de Jovens Pilotos da Red Bull Racing e para essa temporada vai pilotar na equipe Carlin, que conquistou algumas vitórias em 2022, equipe pela qual pilotou o também piloto do programa, Liam Lawson.

 

 

Se no ano passado o piloto brasileiro teve uma condição privilegiada na equipe tcheca, este ano as coisas serão bem diferentes. A vida dentro Programa de Jovens Pilotos da Red Bull não é fácil. Não atingir os resultados projetados por Helmut Marko costumam implicar em desligamento sumário do programa. Além disso, o programa tem nada menos que seis pilotos na categoria. Além de Enzo Fittipaldi, temos na Carlin, Zane Maloney, na MP Dennis Hauger, na Hitech Isak Hadjar e Jak Crawford e na DAMS, Ayumu Iwasa.

 

Os primeiros testes do ano aconteceram no Sakhir, no Bahrein, na última semana e os programas de testes vem fazendo um grande “sobe-e-desce” na classificação final de cada período, onde não se sabe exatamente a condição de pneus e quantidade de combustível nos tanques dos carros. Apesar disso, Enzo Fittipaldi figurou entre os 10 primeiros em todas as sessões, deixando uma boa impressão na equipe desde os testes pós-temporada de novembro passado.

 

 

A FIA Fórmula 3 também esteve na pista de Sakhir no Bahrein e entre os 33 pilotos, vamos ter a presença (espero que ao longo de toda temporada) de três pilotos brasileiros, cada um em uma condição bem distinta para a temporada que vai começar em março. São eles Gabriel Bortoleto, na equipe Trident, Caio Collet, que foi para a Van Amersfoort e Roberto Faria, que assinou com a PHM, que fez uma parceria com a Charouz tanto na Fórmula 3 como na Fórmula 2.

 

Gabriel Bortoleto chega à categoria como piloto com grande potencial e destaque. Após os testes que a FIA Fórmula 3, após vir mantendo uma regularidade de bons resultados na Fórmula Regional Europeia, Gabriel Bortoleto teve a chance de fazer três dias de testes pela equipe Trident e impressionou os engenheiros, que não hesitaram em fechar contrato com o brasileiro antes mesmo do final da temporada 2022. Nos três dias de testes realizados no Bahrein, Bortoleto continuou andando na frente e carrega uma condição de favorito potencial mesmo em seu ano de estreia, mas sem o peso de ser o grande nome da temporada em seu primeiro ano.

 

 

Em situações totalmente opostas – cada um de uma forma – a de Gabriel Bortoleto, Caio Collet e Roberto Faria também vão alinhar no grid de 33 competidores da categoria. Em seu terceiro ano na categoria, Caio Collet, apesar de ter conquistado alguns bons resultados na temporada passada e uma vitória, ao final do ano o piloto paulistano não tinha perspectivas de continuar até mesmo correndo em monopostos e havia retornado ao Brasil para “repensar a carreira” quando foi chamado pela equipe holandesa Van Amersfoort para integrar o time de pilotos, sendo – a princípio – o homem a liderar o trio dos carros negro e laranja e ainda fazendo parte do programa de jovens talentos da Alpine. Do outro lado, após alguns anos correndo na GB3, o carioca Roberto Faria conseguiu dar um grande salto na carreira indo para a FIA Fórmula 3. Desde 2022 como piloto do programa de talentos da Sauber, será um dos três pilotos da PHM, em parceria técnica com a Charouz e terá um grande desafio pela frente como integrante de uma das equipes mais fracas dos últimos anos na categoria para conseguir mostrar sua capacidade e buscar melhores condições em 2024.

 

Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores e o que aconteceu com a FIA Fórmula 3, a Fórmula Regional Europeia está com muitas vagas abertas para o grid da temporada 2023. Até o momento temos apenas a confirmação da ida de Rafael Câmara, terceiro colocado no campeonato FIA Fórmula 4 da Itália, o mais disputado da Europa (e do mundo). Com ele, vários pilotos seguiram para a categoria. O piloto pernambucano segue na Prema, ao lado dos italianos Andrea Kimi Antonelli e do experiente Lorenzo Fluxa, que faz sua terceira temporada.

 

 

A vantagem – em teoria – de Rafael Câmara é que agora ele e Kimi Antonelli chegam como novatos na nova categoria e com o mesmo suporte da Academia de Pilotos da Ferrari. Só que, na prática, o italiano continua dominador. Ambos estão disputando a Fórmula Regional Asiática e o que vimos nos Emirados Árabes foi o mesmo que vimos na FIA Fórmula 4 italiana e alemã em 2022, com Antonelli conquistando o título.

 

Talvez o piloto de Recife seja o único representante brasileiro nesta temporada. Eduardo Barrichello, que competiu nas duas últimas temporadas ainda não teve o seu anúncio de prosseguimento de carreira no campeonato europeu até o fechamento desta coluna na sexta-feira pré-carnaval. Como o campeonato só começa daqui há dois meses, ainda há tempo para que o grid tenha um maior número de inscritos.

 

Na próxima semana vou falar sobre as Fórmula 4 e os brasileiros que vão correr pela Europa, a GB3, que também vai ter brasileiro e as categorias nos Estados Unidos.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.