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Tricampeonato de Castroneves em Daytona, F-E nas Arábias e volta das férias PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 30 January 2023 12:12

Olá leitores!

 

Como estão? De minha parte, devo dizer que férias é muito bom, mas infelizmente acabam. Infelizmente acabei viajando menos do que gostaria, até por conta de 2 reajustes salariais abaixo do índice de inflação nos últimos 4 anos, mas enfim, ao menos mesmo assim consegui descansar razoavelmente. Ninguém com gente idosa na família e filha adolescente consegue descansar bastante em férias, mas... fiz o que estava ao meu alcance.

 

Claro que mesmo de férias não dá pra ficar completamente de fora do noticiário do esporte a motor, e ao mesmo tempo que fique contente com a notícia da criação de mais uma categoria nacional, fiquei chateado por vivermos em uma situação que requer contenção de custos acima de tudo. Comemoro sim a criação do Campeonato Brasileiro de Turismo Nacional com motorização 2 litros, mas não tenho como não lamentar a adoção de um trem de força (motor/câmbio) fornecido pela organização. Se fornecido pela organização, poderia ser o motor original de cada uma das marcas representadas, com equalização de potência feita pela organização... mas enfim, a fórmula já é usada no Turismo 1.4, na TC 2000 hermana, e eu sei que estou sendo chato de reclamar disso. Sou um vetusto ser que ainda acredita naquelas coisas do passado como motores diferentes competindo em uma mesma categoria. Um dia eu me rendo aos tempos atuais...

 

A Fórmula E foi até a Arábia Saudita para uma rodada dupla em Diriyah, que como de costume apresentou um show pré-corrida absolutamente espetacular, com uma apresentação de drones sensacional, para compensar uma das pistas mais chatas do calendário. Quem dominou as corridas sauditas e deixou os adversários pensando no teorema do sucesso dele foi Pascal Wehrlein (Porsche), que quando esteve na frente soube controlar a pressão recebida e quando não estava na frente teve a frieza e inteligência necessária para fazer as manobras necessárias para alcançar a liderança. Duas vitórias, e duas vitórias merecidas, conquistadas com esforço e habilidade. Em ambas as etapas o segundo colocado foi o mesmo, Jake Dennis, que levou o carro da Andretti Motorsport ao pódio acompanhando de perto o vencedor (sexta mais que sábado), pelo que o resultado não pode ser considerado negativo. Não venceu, pois Pascal estava num final de semana inspirado, ponto. Chance teve. Na primeira etapa Pascal e Jake foram acompanhados no pódio por Sam Bird, que sem conseguir ameaçar os lideres também não recebeu pressão de Sébastien Buemi e cruzou a linha de chegada isolado. No sábado o degrau mais baixo do pódio ficou com René Rast e seu McLaren, com Bird grudado em sua traseira. No tocante aos brasileiros, Sérgio Sette Câmara terminou em 15º na sexta e 18º no sábado. O guru do empreendimento Lucas Di Grassi aparentemente não empreendeu com força suficiente e ficou fora da pontuação em ambas as corridas, chegando em 13º na sexta e 16º no sábado. Sim, a equipe não é lá aquelas coisas, mas com o histórico de campeão dele era para ter conseguido vaga melhor... faltou trabalhar enquanto os outros dormiam.

 

Este final de semana tivemos a tradicional 24 Horas de Daytona, primeira corrida de longa duração do ano, e a corrida organizada pelo IMSA não decepcionou. Ainda não teve todos os Hypercar prometidos para as etapas do WEC, mas estrearam os Cadillac, Porsche e BMW com resultados consistentes para corridas de estreia. Podemos não ter brasileiros correndo na Fórmula Um, mas em uma das mais tradicionais corridas do mundo tivemos 3 brasileiros nas 6 primeiras posições, o que certamente deve ser comemorado. Um dia especial para Hélio Castroneves, que não apenas conseguiu sua terceira vitória na corrida (o que outros pilotos já conseguiram), mas conseguiu a terceira consecutiva – isso sim, um feito inédito. Como de costume em uma prova de longa duração numa pista em que os carros se penduram nos freios apenas 5 vezes por volta, o final da corrida foi dramático, com os 3 primeiros colocados dentro de um intervalo de 10 segundos após 24 horas de corrida. Dobradinha Acura, com o quarteto da Meyer Shank conquistando a vitória e o quarteto da Konica Minolta (que contava com os ótimos Rick Taylor e Filipe Albuquerque) em segundo lugar. Em terceiro chegou o estreante Cadillac híbrido pronto para a categoria Hypercar do WEC da equipe de fábrica, com um trio de pilotos dos quais fizeram parte Sébastien Bourdais e Scott Dixon, dois dos maiores nomes do automobilismo na terra do Tio Sam; o Cadillac de Pipo Derani (equipe Whelen Engineering) chegou em 5º, com o também estreante protótipo Hypercar da BMW com Augusto Farfus ao volante se revezando com outros 3 pilotos terminando em 6º. O Porsche Hypercar no qual estava Felipe Nasr enfrentou problemas durante a prova e terminou em 14º, a 8 voltas dos líderes. Pietro Fittipaldi correu na LMP2 e chegou em 12º, ao passo que o estreante Ferrari 296 GT3 da Risi Competizione em que se encontrava Daniel Serra foi dos primeiros a ficar pelo caminho.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 
Last Updated ( Wednesday, 15 March 2023 08:38 )