Oi amigos, tudo bem?

O grande dia está chegando. Estamos em plena semana da Rolex 24 at Daytona, que terá largada neste sábado, 28, às 15:40, no horário brasileiro. Depois de vencer essa prova em 2021 e 2022, a busca pela terceira vitória não poderia começar de forma melhor, pois o nosso Acura ARX-06 #60, da Meyer Shank Racing, conquistou a pole position no Qualifying realizado no domingo passado, 22. O Tom Bomqvist, que conduziu o carro naquela ocasião, foi perfeito e colocou o nosso quarteto, completado pelo Simon Pagenaud e Colin Braun, na posição de honra num grid formado por 62 carros. 

Estou muito feliz com o ARX-06, que é um carro muito rápido e estável. A resposta aos ajustes é imediata. O motor também, que é totalmente novo e nasceu a partir de uma folha em branco, está permitindo que a gente desenvolva ótima performance. Eu não sei se as outras equipes estão escondendo o jogo, mas posso garantir para vocês que a Acura está jogando com tudo aberto, sem nada a esconder dos outros concorrentes.

Esse procedimento foi uma decisão conjunta entre a Acura e a Meyer Shank Racing. Preferimos não perder tempo com blefes e aproveitar todos os testes para realmente buscar o máximo de desempenho. Uma pena que choveu em Daytona no sábado passado, segundo dia do Roar, justamente no treino da noite. Estávamos ansiosos por testar algumas coisas e simular condições de corrida, mas o #60 nem foi para a pista. Seria um prejuízo enorme se houvesse algum incidente que danificasse o equipamento.

Mas a boa notícia é que, já na programação da Rolex 24 at Daytona, temos treinos livres nesta quinta e sexta, 26 e 27, para aprimorar o acerto do carro para a corrida. Eu devo completar o terceiro ciclo de pilotagem durante a prova, depois do Tom e o Colin. O Simon deve entrar no carro depois de mim. Estou falando “deve” porque tudo isso pode ser alterado de acordo com as circunstâncias da competição, então, a gente tem de estar pronto para entrar na pista a qualquer hora.

Estou feliz por estar participando desse momento do IMSA WeatherTech Sports Car Championship. Além de ser a abertura do campeonato, justamente com a mais importante prova do calendário, é o início de uma nova era para os protótipos. Os carros são novos e os motores introduzem em nossas pistas o conceito de tecnologia híbrida. Tudo isso na nova categoria, a GTP (Grand Touring Prototype).

E eu, novamente, chego a essa prova incrível com chance de vencer, ao lado dos meus parceiros e sob o comando de Mike Shank. É aquela história, se nunca venceu, quer vencer a primeira; se venceu uma, quer vencer a segunda e por aí vai. Nessa balada, estou buscando minha terceira vitória em Daytona. Podem ter certeza que vou buscar essa marca com todas as minhas forças, sempre contando com a torcida de vocês.

Então, por hoje é só, pessoal. Volto na próxima semana e, se Deus quiser, com um ótimo resultado em Daytona para contar aqui na coluna. Forte abraço a todos!

Helio Castroneves

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

Olá amigos leitores,

O período de maré vazante continua nessas semanas que antecedem o início da temporada de corridas da NTT IndyCar Series em St. Petersburgo, mas nem tudo foi marasmo nessa semana uma vez que o pacote de motor híbrido 2024 revisado da NTT IndyCar Series concluiu recentemente seu primeiro teste de pista no Sebring International Raceway.

Embora a categoria e seus fabricantes não tenham divulgado detalhes sobre o primeiro lançamento do atual motor V6 biturbo de 2,2 litros e o novo sistema de recuperação de energia baseado em supercapacitor projetado pela MAHLE, por tudo que pesquisei sobre o teste e o que minhas fotes revelaram, foi um carro 2.2L com motor Honda o primeiro a rodar com a unidade ERS instalada, assim como o braço americano da marca japonesa fez no final do ano passado com o motor V6 biturbo de 2,4 litros originalmente planejado para ser implantado em 2024.

Após o comunicado da IndyCar no início de dezembro onde informou que estava desistindo dos motores 2.4 litros e decidindo continuar com os motores 2.2 litros que estrearam em 2012, tendo este motor sido equipado com a unidade da Mahle em um chassi Dallara DW12 para conduzir o primeiro teste prático do que seria o funcionamento e a avaliação do sistema no motor atualmente em uso. Minhas fontes disseram que o teste do sistema híbrido de Sebring foi um sucesso completo, tendo sido percorridas 500 milhas em voltas concluídas sem interrupção (exceto, claro, para abastecimento e troca de pneus.

Juntamente com este cálculo de milhagem próxima às 400/500 milhas nos testes conduzidos anteriormente com a unidade MAHLE ERS no carro 2.4 litros, o sistema – que fará uso da experiência da Chevrolet e da Honda na produção em massa de componentes que entram em seus respectivos carros híbridos de estrada – tem dado à categoria e seus fabricantes um sinal encorajador à medida que mais datas de teste se aproximam.

Vamos acelerar!

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.