 Quando Usain Bolt estava na reta final de sua carreira de recordista mundial dos 100 metros rasos, o atleta praticamente imbatível no tempo em que competia, respondeu a uma pergunta sobre a visível facilidade com que vencia suas provas: — Nunca foi fácil vencer. Os meus adversários treinam muito e estão sempre melhorando seus desempenhos. Se eu não treinar na mesma ou até maior intensidade que eles com certeza serei superado.
Bolt estava, com a resposta, trazendo o jornalista para a realidade, a verdade sobre a prática esportiva de alto nível técnico. A partir de um corpo quase perfeito, atletas que conseguem as condições ideais para explorar todo o seu potencial físico e mental são possíveis competidores de disputadíssimas finais olímpicas, ou ficam muito próximos dessa situação. Tanto em esportes individuais como coletivos, existem as categorias, que representam os níveis de disputa. O esportista com alto potencial cumprirá as etapas necessárias que o levará à categoria máxima das competições profissionais. O grau de dificuldade para se chegar a esse ponto é imenso. Nas vitórias de Bolt, o leitor pode notar que o segundo e terceiro colocados chegavam a cerca de um passo do jamaicano. Portanto, um pequeno erro significaria a derrota. O difícil era Bolt errar. Publicamos, mais de uma vez, que um esportista só atinge o mais alto nível técnico competindo com adversários de grande potencial. Disputando com praticantes de baixo ou médio nível, um esportista não conseguirá desenvolver a mais apurada técnica, pela ausência de bons parâmetros. Esse mesmo conceito se aplica também ao automobilismo, nas categorias top, disputadas pelos melhores pilotos do mundo. Só os ótimos alcançam esse patamar. Estamos próximos de assistir a mais um Campeonato Mundial de Fórmula 1, na sua 74ª temporada, e podemos afirmar que todos os pilotos que participarão, atingiram o nível de excelência necessário para guiar com eficiência os carros da mais avançada tecnologia que existe. Para ter absoluta certeza o leitor pode consultar o histórico esportivo de cada piloto. Acompanhamos pelas redes sociais opiniões as mais diversas sobre a competência de um ou outro piloto da Fórmula 1. Os alvos mais costumeiros são Rubens Barrichello e Felipe Massa. Questionam o fato de não terem sido campeões mundiais. 34 pilotos conquistaram pelo menos um título mundial. Os dois pilotos brasileiros, com 11 vitórias cada um, têm mais vitórias que 9 desses campeões. Teríamos outras muitas razões para mostrar que eles estão entre os melhores da história, mas vamos ficar só com essa, por enquanto. Luiz Carlos Lima Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. | 
