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Retrospectiva 2022: Esporte a motor internacional PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 26 December 2022 08:44

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que, independente de sua religião (ou ausência de), tenham aproveitado o melhor possível os festejos desse final de semana com as suas pessoas queridas. No tocante a esse vosso escriba, as pessoas que presenteei ficaram felizes, e isso para mim já está de bom tamanho, não posso reclamar.

 

Continuando a retrospectiva de 2022, vamos começar com as principais competições estadunidenses. Na Indycar, após um intervalo de 8 anos, Will Power conseguiu seu segundo título na categoria, além de conseguir um recorde de 66 pole positions na sua carreira, ficando atrás apenas de Mario Andretti nesse quesito. Conseguiu se impor perante a forte concorrência de seu companheiro de equipe Penske Josef Newgarden (que venceu muito mais que ele, mas foi menos regular na temporada e assim foi vice) e o grande campeão dos tempos atuais, Scott Dixon, que dessa vez não conseguiu passar do 3º lugar... mas com um carro menos acertado para todos os tipos de pista que os da Penske, o que exalta mais ainda o talento do neozelandês. Enfim, a força de vontade (captaram o chiste) venceu nessa temporada.

 

No universo da NASCAR tivemos a estreia de uma nova geração de carros, que fez com que muitos pilotos abaixo de 25 anos conseguissem se sobressair, afinal as reações diferentes do novo carro em relação aos convencionais deram menos importância à experiência do que à capacidade de aprender as reações do veículo. Outra coisa que causou estranheza foi a menor absorção de impactos do novo carro em relação aos anteriores. Kurt Busch e Alex Bowman precisaram se afastar pois em um choque que – nas últimas 3 gerações do carro, pelo menos – eles estariam prontos para correr novamente na semana seguinte, no carro atual o impacto transmitido ao ocupante foi forte o suficiente para gerar concussão cerebral apenas com a aceleração G provocada pela desaceleração, sem que necessariamente o capacete tivesse atingido algo. Ponto a ser corrigido, e que acredito que venha logo algum paliativo para essa característica. O título da temporada ficou com um piloto já experiente na categoria, Joey Logano, mas os jovens Ross Chastain, Christopher Bell e Chase Elliott (este último já campeão) disputaram com ele o título, o que certamente deu um atrativo a mais para a prova final.

 

No universo das competições gerenciadas a partir da Europa, começando com as 2 rodas, esse ano foi tudo aquilo que a Ducati esperava, vencendo as duas principais competições na qual entrou, a MotoGP e o Mundial de Superbike. Na MotoGP Francesco “Pecco” Bagnaia deu alguns sustos na torcida, mas conseguiu se impor sobre Fabio Quartararo, único piloto da atualidade que consegue arrancar desempenho decente da Yamaha, e que chegou na prova final ainda com chances matemáticas de título. O HRC continuou sofrendo com um equipamento que, ainda que modificado em relação ao de duas temporadas atrás, ainda veio da prancheta baseado nas peculiares necessidades de um Marc Márquez pré acidente... e isso torna a vida dos outros pilotos bem difícil. Márquez ensaiou mais um retorno, fez algumas boas corridas, mas ainda sem o brilhantismo de antigamente. Deve ser difícil correr pensando em não cair e machucar novamente o lugar da última fratura... enfim, ele é um talento nato e acredito que poderemos aguardar apresentações melhores em 2023. Na Superbike vimos Alvaro Bautista se impor de maneira contundente sobre Toprak (que ofereceu boa resistência com sua Yamaha) e Rea (que fez o que estava ao seu alcance com uma Kawasaki já meio defasada em relação ao equipamento da Yamaha e da Ducati). E a briga foi entre esses 3, já que muito raramente os outros participantes do campeonato conseguiram fazer alguma coisa contra os líderes, que claramente parecem estar um belo patamar acima.

 

No WRC o ano foi de Kalle Rovanperä, que com seu Toyota aproveitou todas as chances que lhe foram apresentadas e levou o título por antecipação, e de quebra ainda se tornou o mais jovem campeão do WRC aos 22 anos, tirando a marca anteriormente em mãos do saudoso Colin McRae, que foi campeão aos 27. Ott Tänak e Thierry Neuville tentaram bravamente com seus Hyundai levar esse título, mas a velocidade combinada com a regularidade apresentadas pelo jovem campeão não facilitaram as coisas para eles, que tiveram que se contentar, respectivamente, com o 2º e 3º lugares no campeonato.

 

No WEC a estreia da classe Hypercar aconteceu como esperado: com o Hypercar da Toyota sendo um desenvolvimento do LMP1 deles, já tinham um equipamento mais “pronto” para o campeonato que a concorrência. Que virá bem mais forte em 2023, com novas estreias, mas nesse ano a fábrica japonesa ainda levou com relativa tranquilidade os 2 primeiros lugares no campeonato pra casa. Os franceses da Alpine e da Peugeot devem vir mais fortes, a Porsche estreará seu híbrido, e a torcida sempre vai para a pequena Glickenhaus, capitaneada por um ricaço entusiasta de automobilismo que enfrenta as grandes marcas com muito menos verba (sim, por mais que ele seja rico não dá pra se comparar às grandes fábricas).

 

Semana que vem, a parte nacional da retrospectiva, e desde já desejando um ótimo 2023 para todos vocês que acompanham essa coluna... dificilmente o ano conseguirá ser pior que 2022, mas convém não dar brechas.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.