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Um “em passant” em Interlagos pela TV e a Retrospectiva da Fórmula 1 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 19 December 2022 08:56

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que todos bem, saudáveis, e na correria para aprontar as coisas para os festejos de final de ano com as pessoas que lhes são queridas. Eu confesso que gostaria de ter tido tempo de ir em Interlagos esse sábado para ver a última etapa do Endurance Brasil, categoria muito interessante que o Shrek costumeiramente faz longos relatos descrevendo as corridas, mas fique mais ou menos o dobro do tempo da corrida tentando resolver coisas impossíveis de se resolver durante a semana, tendo de atender a um estrito e rígido horário de trabalho. Deixei a TV ligada na transmissão da corrida, com a ótima narração do Gefferson Kern, um dos 3 melhores narradores de corridas da atualidade, e de vez em quando passava em frente à TV e olhava como estava a prova. Tentei pedir para minha filha adolescente me avisar se tivesse algum enrosco entre os carros, mas... claro que adolescentes, fechados em seus próprios mundos, não farão isso. Uma das vezes que passei em frente à tela eu vi uma disputa de posição mais animada entre dois GT3, um Porsche e um Mercedes, onde na tentativa de concretizar a ultrapassagem iniciada na primeira perna do Esse do Finado o piloto do Mercedes não deu o espaço necessário para o piloto do Porsche fazer a segunda perna, este tocou no Mercedes fazendo esse sair para a área de escape da pista, e no retorno o piloto do Mercedes não teve pudor algum e deixar o carro escorregar para cima do Porsche. Incidente de corrida, claramente, mas sabedor que os comissários tabajaras não costumam aceitar a ideia que o automobilismo pode ser um esporte de contato, fiquei tentando ver se saía a punição... acabou que tive que continuar a fazer minhas coisas e não pude verificar o que aconteceu. Mas pelo que vi, ao menos na parte da prova em que os carros estavam mais próximos uns dos outros, foi uma bela prova de final de campeonato.

 

Prova que aconteceu tão tarde no calendário por conta dos bloqueios de estradas patrocinados por gente rica e mimada que não sabe aceitar derrotas, claro, e já que na época o pessoal da categoria não quis solicitar os préstimos das torcidas organizadas de futebol para desimpedir o caminho com muito diálogo e carinho, tiveram que atrasar os seus planos de final de ano para concluir a temporada em Interlagos (mesmo que a corrida originalmente estivesse prevista para Santa Cruz do Sul, RS) em uma data que não tivesse superlotação no autódromo. Tinham corridas organizadas pelo LDA nesse final de semana, mas pelo que pude apurar com um amigo que foi participar do evento não foi nada assim calamitoso como aconteceu na Stock Car, até por não existirem tantas áreas para os VIPs.

 

Bom, final de ano é época de retrospectivas... e esse ano sairá em suaves prestações. Começando com a Fórmula Um, que acabou sendo excelente para os fãs da equipe Red Bull, uma demonstração de superação para a equipe Mercedes (que errou feio, errou rude, errou com força no projeto do carro, mas foi se recuperando durante a temporada) e uma piscina de cubos de gelo para a torcida da Ferrari, que começou com o melhor carro e, conforme as etapas foram passando, o carro foi piorando, quebrando, e se não fosse o talento do Charles Leclerc nem o vice campeonato de pilotos seria alcançado. Com a piora do equipamento o Professor Pardal da equipe, Iñaki Rueda Presa, foi inventando estratégias cada vez mais mirabolantes, não questionadas pelo Mattia Binotto, e o resultado foi uma equipe completamente perdida na pista, chegando ao ponto de quase virar motivo de chacota em uma das etapas, quando o único piloto dentre os 10 primeiros a ir para a pista com pneus duros na segunda parte da corrida foi Leclerc, e os pilotos que estavam no pódio incrédulos quando viram no telão onde passavam os melhores momentos da prova o monegasco saindo da parada de troca de pneus com o composto duro. Binotto acabou sendo convidado a passar no RH de Maranello, medida ineficaz se não houver igual convite até o fim do ano para o Rueda Presa, mas enfim já é alguma coisa... Binotto é um ótimo engenheiro de motores, e poderia voltar a essa área na equipe, já que para comandar ele definitivamente não tem o necessário pulso, mas preferiram dispensar os serviços dele. Que seja... na Mercedes o George Russell se adaptou muito melhor ao difícil e incontrolável carro desse ano, ao passo que Hamilton correu mais com a fama que com o pé direito, e ao fim da temporada foi justo e merecido Russell ter sido o responsável pela única vitória da equipe no ano. Isto posto, na Red Bull o título veio fácil e antecipado para Max Verstappen, mas ao passo que ano passado o companheiro de equipe se desdobrou para ajudar o Max a conquistar seu primeiro título, esse ano o holandês não teve a menor vontade e/ou disposição de auxiliar Sérgio Pérez a alcançar o vice campeonato, mesmo após o título já estar decidido a favor dele. Algo me diz que os rádios da equipe Red Bull serão bem interessantes em 2023... de qualquer forma, a equipe dos energéticos (que perdeu seu fundador esse ano) já contratou como 3º piloto o homem sorriso, Daniel Ricciardo, aquele que tinha saído da equipe pois não queria ser... 2º piloto. Gerenciamento de carreira nota -10 para o australiano. Temporada também marcada pela aposentadoria de Sebastian Vettel, piloto dos mais queridos pelos colegas de profissão, e que vinha lutando para manter sua competitividade perante os pilotos bem mais jovens que ele. Danke, herr Vettel...

 

Semana que vem a retrospectiva continua, até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.