Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Em Interlagos, muita chuva, na F1, chovendo bilhete azul e vem festa da NASCAR PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 04 December 2022 22:22

Olá leitores!

 

Tudo bem convosco? Espero que sim. Lá fora as grandes competições já entraram no recesso de final de ano, com as equipes se preparando para a temporada do ano que vem, uma parte dos profissionais que trabalham para que os pilotos possam exibir seu melhor nas pistas (eu iria escrever “exibir seu talento” mas convenhamos que poderia ser um tanto quanto... otimista) já se encontram em férias, finalmente conseguindo passar algum tempo com seus entes queridos e se preparando para as festas de final de ano.

 

As atividades ainda permanecem aqui no Brasil, já que  a falta de manutenção preventiva no palco da corrida faz com que todo ano o principal autódromo do país fique um tempo relativamente longo fechado para as obras de adequação da estrutura para um evento internacional – o único que temos, por sinal, ao contrário de nuestros hermanos argentinos, que recebem diversas categorias internacionais em seu território, seja para competições no asfalto como fora dele, status condizente com um povo que realmente ama o automobilismo e lota os autódromos nas competições lá realizadas. Esse final de semana tivemos em Interlagos a etapa final da Porsche Cup, que certamente receberá uma extensa cobertura na coluna de terça-feira a cargo do Shrek, e no final de semana que vem teremos também em Interlagos a etapa decisiva do campeonato da Stock Car, etapa essa que estava prevista para a realização no Autódromo de Brasília, mas as obras de reconstrução (o termo é bem esse) atrasaram, como seria de se esperar em Terra brasilis em não se tratando de estádio de futebol, e a decisão teve de ser remanejada para o Autódromo José Carlos Pace, que esse ano recebeu um boneco de Olinda prateado do Ayrton Senna, mesmo o Senna não tendo participado de nenhuma corrida no autódromo (competiu apenas no kartódromo) antes de chegar na Fórmula Um. Haja vista as temperaturas que têm feito em São Paulo nos últimos tempos, espero que final de semana que vem seja chuvoso, até para termos uma emoção extra na pista além da decisão do título.

 

O que faltou de assunto dentro da pista, sobrou fora das pistas. Terça-feira passada a Scuderia Ferrari divulgou o pedido de demissão do Mattia Binotto, ótimo engenheiro de motores que não conseguiu se impor como gestor da equipe de corridas. A saída dele foi uma decisão correta? Bom, como sempre existe mais de um fator a ser levado em conta. Eu, Alexandre, teria agradecido os serviços prestados e reconduzido ele para a parte de motores, onde ele demonstrou grande competência. Entretanto, é de se reconhecer que após um ano em que se começou muito bem e o desempenho foi regredindo a política interna da equipe talvez requeresse um “bode expiatório”, e esse bode foi o Binotto. Talvez por ter sido indicado diretamente pelo antigo e falecido chefe do Grupo Fiat. Entretanto, definitivamente a saída dele não será a solução dos problemas, a não ser que contratem o Günther Steiner, que me parece ser a única pessoa do ambiente da categoria, hoje em dia, com a capacidade de “colocar nos eixos” os bastidores da equipe. Não acredito, entretanto, que ele seja o escolhido. Muito mais necessária seria a saída de Iñaki Rueda, o “estrategista” (entre aspas mesmo) da equipe, o “professor Pardal” que inventa aquelas estratégias mirabolantes que funcionam tanto quanto os “planos infalíveis” do Cebolinha ou os planos do Dick Vigarista. Esse seria o elemento mais importante a ser retirado da estrutura, mais do que o conciliador e político Binotto. Entretanto, parece que Rueda possui um “padrinho” muito forte na equipe e, INFELIZMENTE, não deverá sair tão cedo... o que, definitivamente, é uma pena.

 

Ainda no mundo da Fórmula Um, por conta das recorrentes novas infestações do vírus da COVID na China, a categoria já anunciou o cancelamento da etapa chinesa do calendário de 2023... o que levaria a um longo hiato entre as etapas da Austrália (02 de abril) e do Azerbaijão (30 de abril). Seria interessante que não houvesse uma substituição da etapa por outra, até para dar uma folga de viagens para os mecânicos, mas... levando em conta algumas decisões recentes da categoria e também a “brilhante” ideia proposta na última reunião ocorrida no majestoso prédio da Place de la Concorde do “DRS reverso”, ou seja, um dispositivo para reduzir a velocidade do carro da frente quando o de trás pudesse utilizar o seu DRS, por estar a 1 segundo ou menos de diferença, eu não duvido de mais nada. Mesmo.

 

Esse ano aqui eu confesso que não achei exatamente interessante a proposta do Busch Light Clash da NASCAR acontecer em um estádio, mas aparentemente o público gostou, os pilotos se divertiram com a ideia, e o formato foi mantido para 2023. E para atrair mais fãs pra categoria, o pessoal da família France resolveu radicalizar: para fazer o show musical contrataram uma conceituada banda, indicada para o Grammy Latino, o... Cypress Hill. A gargalhada desse vosso escriba ao imaginar aquele monte de redneck acostumado a ouvir as mais diversas variações de country music preparando os carros para a corrida ao som de um grupo de hip-hop foi quase de tirar o fôlego. Por se tratar de California já estou no aguardo da coluna da nossa editora Catarina contando como foi o show pré corrida... confesso que na hora do show eu quereria circular pelas garagens só pra observar as reações... OK, tá certo que o show da edição 2022 foi com o ótimo Ice Cube, mas digamos que o som do Cypress Hill é, digamos, mais incisivo.

 

Para encerrar a coluna, neste domingo o mundo do automobilismo perdeu Patrick Tambay, piloto que venceu duas corridas pela Ferrari no começo dos anos 80 e que sofria há algum tempo com as complicações causadas pelo Mal de Parkinson. Participou da disputa pelo título de 1983 até a penúltima etapa, quando um vazamento nos freios o forçou a abandonar e assim eliminou matematicamente suas chances de título. Também competiu e foi campeão no Can-Am (pela equipe de Carl Haas), em 1989 terminou as 24 Horas de Le Mans na 4º posição pela equipe TWR Jaguar e posteriormente se aventurou no Rally Paris Dakar. Resquiat in pace, Monsieur Tambay...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.