Quando o assunto é história da Fórmula 1 é impossível não abordar a Ferrari. Dos 1079 Grandes Prêmios disputados até hoje a equipe italiana participou de 1062. É a mais tradicional de todas as equipes. Faz parte da categoria desde sua criação, em 1950, e continua firme e forte. Conquistou 16 vezes o título de construtores e 15 vezes o título de pilotos.

A Ferrari vive um período de escassez de títulos. Foi campeã de construtores pela última vez em 2008, quando tinha como pilotos Kimi Raikkonen e Felipe Massa e entre pilotos foi campeã pela última vez em 2007 com o mesmo Raikkonen. Portanto, há 14 anos não conquista um título. Nesse espaço de tempo foi seis vezes vice-campeã de construtores e cinco vezes vice-campeã entre pilotos. Porém, poucos vão se lembrar disso. Para a Ferrari, por sua grandeza, é importante para a Fórmula 1 e o automobilismo em geral que a equipe italiana conquiste alguns títulos em médio espaço de tempo. Pelo menos é o que consideram os mais apaixonados por esportes a motor.

O ano de 2022 começou bem para a Ferrari, com as vitórias de Leclerc no Bahrein e na Austrália. Mas em seguida a equipe cometeu vários enganos estratégicos, somados a alguns erros de seus pilotos e terminando com problemas de confiabilidade de seus carros. Mesmo nessas situações negativas a equipe italiana foi vice-campeã entre construtores e pilotos. Está na hora, ou até já passou, de ser campeã!

Nos últimos dias surgiram boatos da provável demissão de Mattia Binotto, chefe de equipe e engenheiro de carreira na Ferrari, ligado à empresa desde 1995. Começou no setor de testes, foi subindo de posto, passou a ser diretor técnico em 2016 e chefe geral da equipe em 2019. As áreas que Binotto foi responsável na equipe sempre apresentaram evolução satisfatória. Um profissional de alto nível, que qualquer outra equipe empregaria imediatamente (Nota NdG: Mattia Binotto apresentou sua carta de demissão na manhã desta terça-feira, após o fechamento da coluna).

A solução para os problemas da Ferrari está dentro de sua própria estrutura. Não passa, com certeza, pela mudança de comando. Será necessário substituir alguns profissionais de segundo escalão, que vêm falhando seguidamente, para resolver a situação. Demitir Binotto seria um grave erro.

Esperamos por melhores dias para a Ferrari.

Luiz Carlos Lima

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.