O GP de Abu Dhabi marcou o encerramento da temporada da Fórmula 1 em 2022. Registrou também as despedidas de quatro pilotos: Sebastian Vettel, Daniel Ricciardo, Mick Schumacher e Nicolas Latifi. 2022 ficará marcado na história pelo início de uma nova e promissora fase, pela mudança radical do regulamento técnico, que passou a vigorar a partir deste ano.

Apesar do absoluto domínio de Max Verstappen e a Red Bull o Campeonato se caracterizou por animadas disputas por todas as posições, protagonizadas por um grid formado somente por pilotos de alto nível técnico, proporcionando espetáculos eletrizantes, que não serão esquecidos pelos amantes da velocidade.

O piloto holandês venceu 15 das 22 corridas realizadas. A equipe Red Bull também foi campeã entre os construtores, com várias corridas de antecedência. O entusiasta do automobilismo está aprendendo a acompanhar as corridas com uma visão mais ampla, entendendo que não se deve analisar uma prova apenas do ponto de vista do vencedor. As transmissões também estão melhorando, com a disponibilidade de mais câmeras e procurando focar nas mais acirradas disputas, que são muitas em todas as corridas. Graças a todos esses fatores a popularidade da Fórmula 1 cresceu de forma notável nos últimos anos. Um exemplo dessa nova situação favorável é que os ingressos para o GP São Paulo de 2023 já estão praticamente esgotados. E isso sem nenhum piloto brasileiro no grid.

Com Campeonatos de Pilotos e Construtores já decididos, a definição do vice-campeonato ficou para Abu Dhabi. Charles Leclerc (Ferrari) e Sergio Perez (Red Bull) chegaram à última prova empatados em pontos, com 290 cada. Aquele que chegasse à frente do outro na zona dos pontos seria o vice-campeão mundial.

Para variar Verstappen largou na frente só deixou de ser líder em uma troca de pneus. Leclerc chegou em segundo lugar, ficando com o vice, faturando 308 pontos. Dessa vez a Ferrari acertou em cheio na estratégia de boxe. Perez foi o terceiro na corrida e fechou o Campeonato com 305 pontos.

Sem mudanças no regulamento técnico para 2023, cada GP será um espetáculo à parte. Sem alterações, os projetistas trabalharão exclusivamente no desenvolvimento do projeto atual. Os carros já se aproximaram bastante, basta observar a diferença de tempos registrada em Abu Dhabi, de aproximadamente dois segundos entre os 20 carros. Até o dia 5 de março de 2023, data do primeiro GP do ano, no Bahrein, os carros estarão ainda mais próximos.

Difícil mesmo, para quem gosta, é ficar três meses sem assistir a um GP sequer.

Luiz Carlos Lima