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Final da F1 em Abu Dhabi com Verstappen vencendo, Leclerc vice e o adeus a Vettel PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 21 November 2022 08:23

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Um final de semana com apenas uma grande competição internacional é o sinal que estamos chegando naquela fase do ano em que as competições escasseiam e o fã de esporte a motor começa a sentir um pequeno vazio na sua programação ritual... mas enfim, todos merecem seus momentos de férias (e eu reconheço que parece mais fácil chegar na Páscoa do que nas minhas férias agendadas para janeiro), então é o momento de se acostumar com essa situação.

 

A Fórmula Um teve sua etapa final no nababesco circuito de Yas Marina, que se por um lado ficou bem melhor com as mudanças efetuadas no traçado por outro lado ainda consegue passar a sensação de ser tão artificial quanto uma samambaia de plástico. Samambaia decorada com muito ouro, mas ainda assim uma samambaia de plástico. Com o título já decidido a favor do Max Verstappen, o que sobrou de interesse foi a disputa pelo vice campeonato, no qual Sergio Pérez e Charles Leclerc chegaram empatados em pontos, e com aproximadamente as mesmas chances, talvez uma pequena vantagem para Pérez, que possuía o melhor carro da disputa. Leclerc, em termos de talento puro, supera Pérez, mas lidava com uma equipe (bem) menos organizada e com um carro que do meio da temporada em diante deixou bastante a desejar em relação ao da Red Bull. Portanto, uma disputa equilibrada como a décadas não víamos na categoria. Em termos gerais, quem chegasse na frente, seria o vice campeão. Quem assistiu a prova com a “brilhante” narração brasileira percebeu claramente que a torcida por Pérez era declarada, já que aparentemente narrar uma competição e não torcer por algum dos competidores supera em muito a capacidade da imprensa tapuia, incapaz de simplesmente narrar e analisar os fatos. Tem horas que dá uma vergonha do diploma de Jornalismo que não é fácil... enfim, com Pérez largando em 2º e Leclerc em 3º era esperado um jogo de xadrez na pista, e foi o que tivemos. Os carros da Red Bull, mais velozes e equilibrados, seguiram a receita básica de 2 paradas para trocas de pneus. A equipe Ferrari, sabendo de sua desvantagem, resolveu arriscar uma estratégia de uma parada apenas... e eu diria que funcionou no limite. Acredito que sem a providencial ajuda de Gasly, que sem ter a intenção (afinal, estava em sua própria disputa de posição) fez o mexicano perder tempo, Checo poderia ter alcançado e até ultrapassado Charles, que tinha pneus bem mais desgastados. Sem receber a ajuda de Verstappen para fazer Leclerc perder tempo, Verstappen que é excelente para pedir a ajuda dos companheiros de equipe mas péssimo para prestar qualquer ajuda para eles, o mexicano não conseguiu se aproximar a ponto de poder utilizar o DRS e ultrapassar o monegasco. Com a previsível vitória de Max, a 15ª da temporada, Leclerc ficou com a 2ª posição e assim levou o vice campeonato, com Pérez em 3º e mostrando no pódio um sorriso dos mais amarelos possíveis, certamente pensando no que fazer da sua carreira depois que for demitido da Red Bull. Sim, eu no lugar dele faria o possível para que a rescisão contratual fosse barulhenta e o suficientemente vexatória para o sugar daddy de Spice Girl e o Ciclope. Agora não tem mais Tio Dietrich pra segurar as pontas desses dois perante os acionistas da Red Bull...

 

A corrida não foi marcada apenas pela decisão do vice campeonato, mas pela despedida das pistas de Daniel Ricciardo, que deve ser piloto de testes em 2023, e pela aposentadoria de Sebastian Vettel, em sua corrida de nº 299. Vettel teve uma série de homenagens desde que anunciou sua retirada, mas em Abu Dhabi foi talvez onde mais tempo se dedicou a enaltecer a carreira desse que foi não apenas um grande piloto, mas um grande ser humano. Sinceramente, Max tem a velocidade e a ausência de adversários suficientes para bater todas as marcas do Sebastian pela Red Bull, mas não chega aos pés dele enquanto ser humano. Quando se aposentar... será mais um ex-campeão deixando as pistas. E não, não acredito que sem algum trauma muito grande o Max passe a ser alguém que deixe de olhar apenas para seu próprio umbigo. Os últimos tempos aqui na República Sebastianista da Banânia mostraram que a tendência das pessoas que mudam é a mudança para pior. Uma sensação de alívio deve ter passado pelos boxes da Mercedes após a bandeirada, por saber que foi a última corrida com o horroroso (para os padrões deles) W13, alívio que só não foi maior por conta dos acontecimentos com o primeiro piloto da equipe, George Russell, que além de ter um mau primeiro pit-stop ainda precisou na segunda parada pagar uma punição de 5 segundos por conta da equipe ter liberado ele de maneira insegura. Nessas condições, o 5º lugar foi quase uma vitória. Agora é aguardar a temporada 2023, onde espero que o “fogo” que apareceu no meio da semana passada (o afastamento de Mattia Binotto da Ferrari) seja confirmado. Por enquanto a equipe desmentiu o anúncio, mas nitidamente o diretor está “prestigiado” na organização... vamos ver.

 

Por falar em anúncios do meio da semana passada, acabei dando boas risadas lendo as redes sociais da NASCAR. Motivo: eles anunciaram que a categoria brasileira GT Sprint Race (que vocês que lêem a coluna do Shrek na terça-feira conhecem muito bem) passará a se chamar NASCAR Brasil Sprint Race, sendo uma categoria fora dos EEUU a usar o nome NASCAR, assim como existe a NASCAR canadense, a NASCAR México e a Euro NASCAR. Pois bem: o que encontrei foi desde tapuia achando que vai ver Jimmie Johnson e Joey Logano andando no Brasil até redneck só lendo o título da manchete e postando que “deviam cuidar da Cup e deixar de investir nos outros lugares, além de voltar ao sistema antigo de pontuação”. Sim, amiguinhos, escrever sem pensar não é privilégio tapuia, os WASPs também são mestres nessa arte. Acredito que o Shrek deva dar maiores detalhes na coluna de terça, mas não pude deixar de passar essa curiosidade do público mediano que acompanha a categoria.

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.