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A MotoGP e a NASCAR conhecem seus campeões: Francesco Bagnaia e Joey Logano PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 07 November 2022 07:31

Olá leitores!

 

Tudo bem com vocês? Espero que sim, nesses tempos sombrios em que vivemos. Semana pesada, semana em que o brasileiro mostrou que efetivamente o pior do Brasil é o brasileiro, na qual metade da população (e praticamente a totalidade do cenário automotivo/automobilístico tapuia) não aceitou a democrática vontade das urnas e começou a pedir intervenção dos militares, iniciando uma ditatura, apenas por conta do candidato deles não ter conseguido se reeleger. Coitados dos historiadores do futuro, que terão que explicar uma parcela da população pedindo ditatura para “defender a democracia”, inclusive com manifestações onde populares fizeram gestos nazistas na “defesa da democracia”... incluindo nesse rol um ex campeão que desejou em vídeo a morte do adversário eleito. Começo a entender o culto a Ayrton Senna: campeão morto não fala bobagem. A sessão de más notícias passou pela tragedia pessoal de Ty Gibbs, campeão da XFinity Series na noite de sábado e órfão de pai na manhã seguinte, após ter posado para foto com o troféu de campeão acompanhado dos pais... como dizem, não deixe para amanhã a foto com parente que você pode tirar hoje... as condolências desse colunista para Ty Gibbs e toda a família. Inclusive esse falecimento gerou um problema para a equipe Joe Gibbs Racing, já que Coe Gibbs, que tinha 49 anos (mais novo que eu) era o vice-presidente da equipe. E esse já é o segundo filho que Joe Gibbs perde antes do esperado, já que em 2019 outro filho dele, J. D. Gibbs, não resistiu a uma doença neurológica degenerativa, curiosamente morrendo também aos 49 anos. Mas, para compensar essa fileira de desgraças enfileiradas no começo dessa coluna, tivemos decisões de títulos emocionantes, seja sobre duas rodas, seja sobre quatro rodas.

 

Começando com as 2 rodas, o Mundial de Motovelocidade foi para o Circuito Ricardo Tormo, que teve lotação completa para a decisão dos títulos da Moto2 e da MotoGP. Antes disso, a etapa da Moto3, onde Izan Guevara mostrou a razão de ser campeão antecipado dessa temporada, onde ele e Öncü conseguiram o raríssimo feito de abrir vantagem para o restante do pelotão, uma vantagem que chegou a 14 segundos para o 4º colocado no momento da bandeirada. Não lembro a última vez que isso aconteceu, de verdade. Öncü até tentou dar o bote e ficar com a vitória na última volta, entretanto na última curva Guevara se recuperou e venceu o representante turco pela monumental vantagem de 62 milésimos de segundo... foram acompanhados no pódio por Sergio Garcia, que não ofereceu dificuldades para os dois protagonistas (haja vista que chegou com 6,5 segundos de desvantagem) mas também não foi ameaçado por ninguém, haja vista ter colocado outros 6,5 segundos sobre os outros competidores. O brasileiro Diogo Moreira terminou a prova em 8º lugar, posição que lhe garantiu o título de “novato do ano” em uma equipe também jovem, com muito menos experiência de Mundial que as concorrentes. Em ele conseguindo manter o foco e concentração, os prognósticos para o futuro são auspiciosos. Na Moto2, por sua vez, uma prova emocionante como poucas vezes tivemos esse ano, embalada pela disputa do título. Disputa essa que terminou quando Ai Ogura foi conferir de perto a textura do solo e abandonou a prova, deixando Augusto Fernandez com as duas mãos na taça. Indiferente a isso, Pedro Acosta foi com tudo atrás de mais uma vitória em solo espanhol nessa temporada, e a conseguiu, com pouco mais de 1 segundo de vantagem para seu companheiro de equipe Red Bull KTM e campeão da temporada Augusto Fernandez, que se despediu da categoria da melhor maneira possível, ou seja, com o título debaixo do braço. O degrau mais baixo do pódio ficou com Tony Arbolino, em mais um bom resultado para a equipe Marc VDS, ainda que com 10 segundos de desvantagem para Acosta. E chegamos à categoria principal... a princípio poderia parecer que a decisão seria fácil, mas esteve longe disso. Quartararo precisava da vitória para defender o seu título, para Bagnaia bastava terminar a corrida acima da 14ª colocação... mas Pecco fez questão de passar pelo menos metade da corrida sem a menor preocupação de trazer a moto com cuidado para a bandeirada dentro da zona de pontuação, o que deve ter sido um teste cardíaco para o pessoal da Itália em geral e de Borgo Panigale em especial. Ao final, Quartararo (com a moto menos estável que no começo da prova por conta da falta de uma aleta, perdida em um toque de disputa de posição com... Bagnaia) lutou muito, mas terminou a prova em 4º lugar, quase 2 segundos atrás do vencedor Alex Rins, que conquistou mais uma vitória para a Suzuki em sua temporada de despedida (aliás, permitam-me um desabafo: que coisa mais estranha esse abandono das pistas por parte da Suzuki... por falta de desempenho da moto percebemos que não é, ao menos em pistas mais travadas. Realmente uma pena) resistindo bravamente aos ataques de Brad Binder, que com sua KTM de fabrica terminou a prova apenas 4 décimos de segundo atrás, com o pole position Jorge Martin terminando a prova em 3º e garantindo mais um pódio para a Pramac. Bagnaia depois que resolveu colocar os neurônios para funcionar perdeu algumas posições mas ainda cruzou a bandeirada em 9º, posição mais do que suficiente para assegurar o primeiro título de pilotos da Ducati nos últimos 15 anos e o primeiro título de um italiano com uma moto italiana desde 1972 (o último a conseguir isso foi Giacomo Agostini com a MV Agusta).

 

Também tivemos decisão de título na NASCAR, em uma corrida com muita estratégia mas com poucas emoções. Aparentemente o carro de nova geração não propicia tantas disputas de posição na pista de Phoenix como os modelos anteriores, então largar na frente já foi meio caminho andado para o título. Joey Logano largou na pole position, e acabou cruzando a linha de chegada também em primeiro lugar, tendo liderado 187 das 312 voltas da corrida, escoltado pelo seu companheiro de equipe Penske Ryan Blaney, que liderou outras 109 voltas. Juntos esses 2 pilotos lideraram 296 voltas, ou seja, foi um verdadeiro passeio da equipe Penske no Arizona. Ano memorável para Roger Penske, cujas equipes este ano venceram as 500 Milhas de Daytona no começo do ano, depois conquistou o título da Indycar e por fim levou o título da NASCAR. Passa a impressão de que, se tivesse equipe Penske no WEC, estaria em condições de disputar ainda mais um título esse ano. Na 3ª posição chegou a grande surpresa do ano, Ross Chastain, um piloto que desde o começo da temporada veio em uma curva ascendente de desempenho, e levou a equipe Trackhouse provavelmente muito mais longe do que os donos esperavam em seu segundo ano na categoria. Foi o único carro não Ford no Top-5, já que em 4º chegou Chase Briscoe e em 5º Kevin Harvick. Christopher Bell, que também podia disputar o título, perdeu a chance de disputar o título quando na volta 271 parou para reabastecimento e troca de pneus e a equipe demorou quase 20 segundos para fazer o que os outros fizeram em cerca de 12 segundos... voltou para a pista em 16º faltando 33 voltas para o fim, e ainda conseguiu escalar o suficiente para cruzar a bandeirada em 10º. O último dos postulantes ao título, Chase Elliott, desperdiçou sua oportunidade na relargada da volta 205, onde tentou vir para o “dogleg” desviando de William Byron, que não largou bem, mas bateu com sua lateral traseira no bico do carro do Chastain, rodando em sequência e batendo de lado no softwall da parte interna da pista. Incidente de corrida, claramente, provavelmente quando o spotter disse que seria uma boa ir para a parte de dentro da pista não imaginou que o piloto atrás dele iria largar melhor que o seu orientado. De qualquer maneira, a imagem da câmera onboard do Chastain mostrou que, literalmente, não tinha nada que ele pudesse fazer naquele momento para evitar o contato. Uma pena para Elliott, mas... como já disse, incidente de corrida. Nem mesmo a Dona FIA conseguiria achar algum pelo naquele ovo. A grande e boa notícia dos bastidores é que Jimmie Johnson assinou um contrato com a equipe Petty GMS para ser um sócio dela e fazer algumas corridas selecionadas na temporada de 2023 (foi mencionado de 8 a 10 corridas apenas, não a temporada inteira), provavelmente incluindo nesse pacote as duas corridas de Daytona, a corrida na terra de Bristol e talvez um ou dois circuitos mistos, mas não foi informado ainda quais seriam essas provas. Uma possibilidade seria fazer também a rodada dupla do fim de maio, ou seja, no mesmo dia a Indy 500 e a Coca Cola 600, mas por enquanto apenas especulação.

 

Para essa semana vindoura temos 2 eventos importantes, o mais importante deles o meu aniversário e o secundário sendo o GP São Paulo de Fórmula Um. Esperemos que o que será televisionado, o secundário, não coloque as pessoas para dormir.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. 
Last Updated ( Monday, 07 November 2022 07:56 )