Ao conquistar sua 14ª vitória no ano, Max Verstappen passou a ser o piloto com maior número de vitórias em uma só temporada, superando as 13 vitórias de Michael Schumacher em 2004 e as mesmas 13 de Sebastian Vettel em 2013. O holandês venceu o GP do México largando na ponta e liderando praticamente toda a corrida. Trata-se de um piloto comprovadamente excepcional, capaz de completar um GP inteiro sem cometer um errinho sequer.

Desde a qualificação para o GP mexicano a Mercedes mostrou estar melhor preparada que a Ferrari, no ar rarefeito provocado pela altitude da cidade do México. A Red Bull continuou sendo a mais rápida, registrando a pole position com Verstappen e o quarto tempo de Perez. Entre eles se posicionaram os Mercedes de Russell (segundo) e Hamilton (terceiro), à frente dos Ferrari de Sainz (quinto) e Leclerc (sétimo). Intrometido entre os carros italianos apareceu Bottas (Alfa Romeo) em sexto. Norris (Mclaren), Alonso (Alpine) e Ocon (Alpine) completaram os dez primeiros.

Na corrida Verstappen não tomou conhecimento dos adversários e não foi incomodado por ninguém. Nas primeiras colocações, até sexto lugar se posicionaram Hamilton (Mercedes) em segundo, Perez (Red Bull) em terceiro, Russell (Mercedes) em quarto, Sainz (Ferrari) em quinto e Leclerc (Ferrari) em sexto. O que valeu o ingresso no México foi assistir às acirradas disputas por posições a partir do sétimo lugar. Não faltaram toques e até uma batida de Ricciardo (Mclaren) em Tsunoda (Alpha Tauri). O australiano tomou uma punição de 10 segundos e mesmo assim foi o sétimo colocado. Ocon (Alpine), Norris (Mclaren) e Bottas (Alfa Romeo) completaram os 10 primeiros da prova.

A briga pelo vice-campeonato entre os pilotos continua sem um favorito. Perez (280 pontos), da Red Bull e Leclerc (275 pontos), da Ferrari, disputam essa posição. Entre os construtores a Ferrari (487 pontos) e Mercedes (447 pontos) são as únicas equipes com possibilidade de conquistar o vice-campeonato. Uma interessante briga pelo quarto lugar envolve Alpine (153 pontos) e Mclaren (146 pontos).

Finalmente a FIA definiu a punição a ser cumprida pela Red Bull por ultrapassar o teto de gastos na temporada de 2021: o pagamento de US$ 7 milhões. Em minha opinião essa punição não deveria ser financeira. O valor cobrado é muito pequeno para a estrutura de uma equipe de Fórmula 1 e faz parecer que o crime compensa. Pelo menos foi tornada pública a decisão.

Faltando apenas duas corridas, São Paulo e Abuh Dhabi, para terminar o campeonato ainda falta a definição de dois pilotos para 2023, nas equipes Haas e Williams. Imaginei que Schumacher continuaria na Haas, mas começa a ficar mais difícil. Nesse momento nem o atraente sobrenome ajuda.

Luiz Carlos Lima

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.