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A importância das relações interpessoais no trabalho... e na Fórmula 1 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 26 October 2022 20:02

Caros Amigos, Relacionamento interpessoal é um termo que se refere à uma relação entre duas ou mais pessoas. Esse tipo de relação é marcado pelo contexto onde ele está inserido, podendo ser familiar, escolar, de trabalho, entre outros. 

 

No ambiente de trabalho esse tema é ainda mais delicado, enquanto em nossos relacionamentos pessoais podemos escolher as pessoas com quem vamos nos relacionar no mundo corporativo não temos essa liberdade de escolha, mas independente de ter ou não afinidade com os nossos colegas de trabalho, precisamos interagir com eles e buscar uma convivência harmônica.

 

O relacionamento interpessoal é uma competência de muito valor no mundo corporativo, pois a empresa espera de seus funcionários resultados satisfatórios que são fruto da interação com diferentes tipos de pessoas que precisam estar alinhadas com os objetivos da empresa. Para manter um bom relacionamento interpessoal no trabalho é importante em primeiro lugar ter consciência de que é necessário lidar com pessoas que são diferentes, vão ter pensamentos divergentes e irão reagir às situações de forma diferente que talvez não seja igual a sua. Percebe-se que no ambiente corporativo as pessoas costumam apresentar comportamento que são habituais em outros grupos e níveis de relacionamento: o passivo (não conseguem expor suas necessidades, preferências opiniões ou emoções, permanecem inertes em face a qualquer acontecimento), o agressivo (sempre expressa suas necessidades, emoções e opiniões de maneira hostil, exigente, ameaçadora ou punitiva) e o assertivo (que tem habilidade de expressar opiniões, necessidades e sentimentos de forma correta, sem com isso violar o direito dos outros).

 

A capacidade de expressar-se adequadamente com outras pessoas faz toda a diferença quando o assunto é relacionamento e este parece ser um problema para alguns pilotos da Fórmula 1 de forma geral e de algumas estrelas em particular. Recém coroado bicampeão mundial, Max Verstappen é considerado no meio da categoria “uma pessoa difícil de lidar”. Se isso foi percebido quando ele estava nas categorias de base e nada foi feito para melhorar esse aspecto, o erro vem de antes dos títulos. Alguns dos meus estimados leitores vão lembrar de um episódio no GP de Singapura em 2015, quando Max Verstappen e Carlos Sainz Jr. estavam na Toro Rosso e perseguiam Sergio Perez (Force Índia). A equipe pediu que os pilotos invertessem a posição para Sainz Jr. atacar Perez e a reação de Verstappen foi um grito de NÃO no rádio. No ano seguinte, Verstappen estava na Red Bull e Sainz Jr. continuava na Toro Rosso.

 

Episódios de pilotos que, por seu temperamento perderam a oportunidade de obter resultados melhores em suas carreiras na categoria rainha do automobilismo mundial não são exceção. O mais evidente – e recente para ser o mais lembrado – é o de Fernando Alonso: bicampeão mundial em 2005 e 2006, na metade deste segundo ano já tinha contrato com a equipe inglesa e a McLaren tinha carro, motor e condições para fazer do espanhol tricampeão do mundo, mas a relação dentro do time fez ruir as chances de conquista – o título ficou com Kimi Raikkonen – e Alonso deixou a equipe no final da temporada. A lição não foi aprendida e sua saída da Ferrari – equipe para onde foi após dois anos de volta na Renault – aconteceu um ano antes do final de seu contrato.

 

Para os mais atentos que acompanham os movimentos da Fórmula 1 em geral e os da Red Bull (e satélite, além do programa de Jovens Pilotos) em particular, sabem que um piloto pode ir do céu ao inferno em pouco tempo. Isso aconteceu até com o tetra campeão Sebastian Vettel, em seguida com Daniel Ricciardo e entre os mais jovens, com Pierre Gasly e Alexander Albon. Mas até onde Max Verstappen estaria correndo algum risco?

 

Vozes circulantes – também chamada de “Radio Paddock” – vem há algum tempo comentando sobre a forma como Max Verstappen se relaciona com a equipe, muitas vezes de forma rude e reclamando exageradamente com uma equipe que trabalha em torno dele e o provê com tudo o que é possível. Recentemente a transmissão da Fórmula 1 colocou uma conversa de rádio entre Verstappen e seu engenheiro e este, de forma elegante, deu um “passa moleque” no piloto, pedindo que ele se acalmasse e lembrando que todos ali estavam trabalhando pela sua vitória.

 

O programa de pilotos da Red Bull tem um jovem talentoso que está sendo bem formado: Liam Lawson. O neozelandês tem um perfil bem diferente do que conhecemos de Max Verstappen, mas ainda precisa de alguma milhagem para sentar em um Fórmula 1 como titular. Além disso, o contrato de Max Verstappen vai até 2028 e mesmo que a Red Bull tome a iniciativa de rescindi-lo, além do outro piloto estar à altura de fazer os carros da equipe andarem na frente, terão que considerar o quão competitivo ele ainda seria por outra equipe. Em todo caso, não existe relação eterna e perfeita na categoria mais exigente do mundo.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva