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Gabriel Bortoleto termina a Fórmula Regional Europeia no Pódio. Rafael Câmara e Emmo Fittipaldi Jr. encerram a temporada da F4 italiana. Wallace Martins e Cadu Bonini mostram talento no Festival de F.Ford na Inglaterra PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 23 October 2022 17:25

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos corridas envolvendo os pilotos brasileiros que enceraram as temporadas de 2022 da FIA Fórmula 4 italiana e da Fórmula Regional Europeia, duas das mais importantes do automobilismo de base na Europa, com a participação de Rafael Câmara e Emerson Fittipaldi Jr. na categoria italiana e de Gabriel Bortoleto e Eduardo Barrichello na categoria continental. Além disso, este é o final de semana do tradicional Festival de Fórmula Ford na Inglaterra onde teres as participações de Wallace Martins e Carlos Eduardo ‘Cadu’ Bonini.

 

Essas categorias, que fazem parte do leque mais importantes do automobilismo mundial para que os jovens pilotos que almejam chegar à Fórmula 1, seja saindo do kartismo ou passando antes por outras categorias de monopostos em seus países ou em outros onde temos categorias muito fortes, como na Argentina, México, Brasil, Estados Unidos e vários paises da Ásia. Apesar de parecer ser um evento voltado para jovens pilotos, isso não é regra e temos vários competidores bem experientes no grid. Por falar em categorias, na próxima semana falarei sobre o fim da W. Series e os planos futuros da FIA para as mulheres na pista.

 

Fórmula Ford Festival

Com dois brasileiros envolvidos na disputa deste ano, realizada no desafiador traçado curto de Brands Hatch, Pelo 51º ano consecutivo, o BRSCC apresenta sua faixa azul, evento central de sua temporada de calendário, o thrash anual de monolugares de fim de ano que é o lendário Festival de Fórmula Ford. Como um lembrete ou uma lição para os novos ou que retornam ao evento, o Festival existe desde 1972, quando a ideia maluca de criar um evento de corrida no estilo “allcomers” exclusivamente para Fórmula Fords foi concebida e se tornou realidade. Desde o seu início no nevoeiro, molhado e obscuro de um Snetterton à moda antiga, a corrida mudou-se para o local de nascimento da Fórmula Ford em 1976, quando mudou para Brands Hatch, onde permanece, estabeleceu-se e prosperou desde então, recabendo pilotos de vários países em times nacionais (alguns maiores outros nem tantos).

 

Mesmo em projetos diferentes, equipes diferentes, três brasileiros foram para a pista. Dois deles eu apresentei aqui na coluna nas últimas duas semanas: Wallace Martins e Caerlos Eduardo ‘Cadu’ Bonini. O terceiro dispensa apresentações. É Roberto Pulo Moreno, atualmente com 63 anos e que desde o ano passado participa do festival onde fez uma de suas primeiras corridas na Europa no final dos anos 70. Um exemplo a ser seguido pelos jovens pilotos.

 

O festival tem no seu regulamento uma corrida classificatória no sábado, uma semifinal no domingo e então a corrida final. 79 pilotos se mostraram habilitados a participar do festival, que tem outras quatro categorias na programação. Eles foram divididos em 4 corridas, de 12 voltas, 3 com 20 carros e uma com 19. Os 12 primeiros de cada corrida estariam automaticamente classificados para a semifinal no domingo. Outros 12 carros se classificariam em uma repescagem com os eliminados.

 

 

Cadu Bonini foi para a pista na corrida 2 depois de ter conseguindo a P9 para a largada. Roberto Pupo Moreno também estava nessa bateria, largando na P11. Após a volta de apresentação os pilotos retornaram às posições de largada e, apagadas as luzes vermelhas, Cadu Bonini largou bem, ganhou uma posição antes da curva 1 e entrou numa disputa combativa por posições já na primeira volta, fechando a volta na P8.

 

na abertura da quarta volta o brasileiro foi superado por David Parks, caindo para a P9, mas não desistiu da briga pela posição. A briga pela ponta levou os dois líderes a se tocarem e saírem da pista. Com isso, Bonini subiu para a P6 na volta 6, pois também superou Cameron Jackson. Cadu Bonini atacava William Lowing pela P5 e este a David Parks, na P4, nas voltas finais.

 

 

Na penúltima volta o brasileiro tomou a P5 e na última volta foi para o ataque, mas ao atacar David Parks, saiu mal da Druids e foi superado por William Lowing, voltando para P6 onde recebeu a bandeira quadriculada. Essa posição o classificou para a semifinal no domingo. Roberto Pupo Moreno terminou na P8, mas tomou uma punição por “excesso de agressividade” e ficou para a repescagem.

 

Wallace Martins ficou para a quarta e última bateria do dia, depois de uma conturbada terceira bateria, interrompida com bandeira vermelha e repleta de acidentes. Selecionado por uma equipe brasileira, a Team Brazil Scholarship. Nos treinos, o piloto brasileiro conseguiu a P9. Após a volta de apresentação os pilotos realinharam para a largada.

 

Apagadas as luzes vermelhas para as 12 voltas programadas, Wallace Martins não largou bem, mas na aceleração, subindo marchas, conseguiu recuperar a P9 no contorno da curva 1. Na altura da terceira volta, o piloto brasileiro permanecia na P9 e não era ameaçado por Drew Stewart, mas não conseguia se aproximar de Cox para tentar ganhar a P8.

 

 

Na volta 4 o piloto Fergusson escapou na saída da curva Druids e bateu forte no guard rail. Wallace herdou a posição e subiu para a P8. Surpreendentemente o diretor de prova não colocou o safety car na pista, mantendo apenas uma bandeira amarela no local. Na metade da corrida o piloto brasileiro estava “correndo sozinho”! Não conseguia o ritmo dos 7 primeiros, que andava junto e tinha se afastado do pelotão que brigava pela P10. Wallace Martins terminou a corrida na P8 e se classificou para a semifinal na manhã do domingo.

 

O domingo veio com um desafio extra para os pilotos: a chuva! Com os carros desprovidos de aerofólios dianteiro e traseiro, a aderência mecânica e a condição dos pneus era – além da habilidade dos pilotos – o único recurso para segurar os carros no traçado de aproximadamente 1,3 milhas do circuito curto de Brands Hatch, que começou com as duas repescagens dos pilotos que não se classificaram para as semifinais no sábado.

 

Cadu Bonini estava na primeira semifinal. Ele ficou com a P6 na corrida classificatória do sábado e com seu tempo de prova e melhor volta conseguiu se colocar para largar na P11. Nessa semifinal também tivemos Roberto Pupo Moreno, que conseguiu a classificação, mesmo com a punição sofrida e largaria na P15, duas posições atrás de Cadu Bonini que, lembrando, nunca competiu em carros antes, apenas em karts. O grid tinha 30 carros para largar.

 

 

Após a volta de apresentação, que teve piloto rodando, os pilotos realinharam no grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 14 voltas programadas, Cadu Bonini não largou bem, foi superado e na curva 1 era atacado por Roberto Pupo Moreno. Sem acidentes ou toques fortes entre os carros, Cadu Bonini fechou a primeira volta na P13 e Roberto Pupo Moreno na P15. Para ir direto para final era preciso chegar entre os 12 primeiros.

 

Na terceira volta Cadu Bonini passou M Cow e subiu para a P12 enquanto Roberto Moreno perdeu posições e caiu para P18. Na volta 5 William Lowing também foi superado e o brasileiro subiu pra P11 e antes de fechar a volta, subiu pra P10 ao passar Christer Otterstrom. Apareceu um pouco de sol durante a corrida e foi ficando forte rapidamente. Nas 6 voltas finais perdemos o áudio e na penúltima volta Cadu Bonini caiu pra P11, superado por Jamie Sharp, mas tinha uma boa vantagem sobre Rory Smith. Na volta final o brasileiro superou Ivor McCullough e recebeu a quadriculada na P10. Roberto Moreno terminou na P21.

 

Logo em seguida tivemos semifinal 2 com Wallace Martins veio pra pista com desafios: a pista molhada, o sol para mudar as condições da aderência ao longo das 14 voltas programadas e ter que superar pelo menos três adversários à sua frente. O piloto brasileiro, que foi o P8 na corrida classificatória do sábado ficou classificado para largar na P15 em sua semifinal.

 

 

Após a volta de apresentação (as imagens mostravam que o asfalto não estava mais molhado em várias partes) os 30 pilotos se reposicionaram no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Wallace Martins, muito mencionado pela narração da corrida por sua história singular no Brasil, largou bem e fechou a primeira volta na P13. A pista tinha trilho em alguns pontos e no fechamento da volta 2 Wallace Martins tinha superado Tom Nippers e tomado a P12.

 

 

O piloto brasileiro estava na briga dentro do segundo pelotão, que ia do P9 ao P15 e na volta 4 ele passou por Samuel Street e assumiu a P10. I Kel saiu da pista na volta seguinte e Wallace Martins subiu pra P9 quando o safety car veio para pista e juntou o pelotão. Após 2 voltas, bandeira verde e Wallace Martins largou bem e também se beneficiou da rodadas dos mais afoitos para entrar na volta 10 na P7, mas sob muita pressão de Rob Parks e acabou superado, caindo pra P8 na penúltima volta, que foi a última, com a bandeirada dada uma volta antes, por tempo. Nossos dois jovens pilotos se classificaram para a corrida final do British Fórmula Ford Festival.

 

Na parte da tarde, já com pista seca, tivemos a repescagem da semifinal que classificaria os 6 últimos carros para a final. Foi uma corrida complicada, que precisou ser interrompida devido aos acidentes provocados pela volta da chuva. Infelizmente nosso grande campeão e veterano Roberto Pupo Moreno não conseguiu se classificar para a disputa final. Mas temos que ficar felizes por vê-lo em ação e motivado como um novato.

 

 

Na hora da grande final não chovia, mas a pista estava úmida e perigosamente escorregadia para nossos pilotos que, por chegaram à final, já são vitoriosos. Wallace Martins largava na P16 e Cadu Bonini na P19 para a final. Após a volta de apresentação os 30 carros do grid realinharam e suas posições para as 20 voltas previstas de corrida.

 

Apagadas as luzes vermelhas, os dois brasileiros largaram bem. Walace Martins manteve sua posição e atacava forte para ganhar terreno. Cadu Bonini também fez uma largada segura e avançou um pouco. No final da primeira volta, Cadu Bonini superou Wallace Martins, ganhando a P16. No começo da volta 3 a chuva caiu e dois pilotos rodaram, indo parar na caixa de brita da Druids. Os brasileiros saíram no lucro com isso e o safety car veio para a pista. Ainda assim teve piloto rodando e batendo na reta!

 

 

Cadu Bonini se deu bem, subindo para a P13, mas Wallace Martins foi atrapalhado e caiu para P19. A corrida foi interrompida com bandeira vermelha para a retirada dos carros na caixa de brita e a disputa não ser atrapalhada. Os carros pararam na reta dos boxes e aguardaram o serviço. A pista ficou completamente molhada com a chuva que caia como em momento algum esteve neste domingo. Quando os carros se movimentaram novamente, com o céu pesado, estava escuro e isso era visível pelas luzes do safety car. Após uma volta atrás do safety car os carros foram para o pit lane. Após alguns minutos a corrida foi dada como encerrada. Cadu Bonini terminou na classificação com a P12 e Wallace Martins com a P13. Parabéns aos jovens valores do Brasil.

 

Fórmula Regional Europeia

A temporada chegava em seu final com um final de semana no italiano circuito de Mugello. A sexta-feira teve dois treinos coletivos, um pela manhã e outro na parte da tarde. No primeiro, Gabriel Bortoleto ficou com a P7 e Eduardo Barrichello com a P24 entre os 36 participantes. No treino da tarde os brasileiros não foram bem. Gabriel Bortoleto ficou apenas na P22 e Eduardo Barrichello na P27. Sábado e domingo teríamos os treinos e corridas.

 

 

Como nos habituamos a ver, os pilotos foram divididos em dois grupos para 15 minutos de treino para cada um. O céu estava nublado e a temperatura baixa. Os dois pilotos brasileiros estavam no grupo B, que no sábado foi o 2° a ir para a pista. Uma pequena demora para retirar um carro de uma das muitas caixas de brita de Mugello e os pilotos do grupo B vieram pra pista. Assim como vimos ao longo do ano, os carros prepararam seus pneus e com pouco menos de 7 minutos para o fim do tempo, começaram a virar suas voltas rápidas.

 

 

Na primeira passagem, Gabriel Bortoleto ficou com a P4 provisória e faltando 4 minutos e meio Eduardo Barrichello não tinha uma boa volta, sendo apenas o P15 entre os 18 pilotos na pista. Na segunda passagem em volta rápida, poucos melhoraram em relação a sua primeira volta. Eduardo Barrichello subiu para P14, mas ainda tinha mais uma tentativa e nem assim conseguiu melhorar. Um péssimo resultado para ele.

 

Algumas horas depois os pilotos retornaram à pista para a corrida 1. Diferente da manhã do treino de classificação, frestas de sol apareceram entre as nuvens, mas a temperatura não estava tão alta. Gabriel Bortoleto largava na P8 e Eduardo Barrichello, precisando fazer uma grande corrida de recuperação, largava na P28, bem distante de onde nos acostumamos a vê-lo largando nas últimas etapas.

 

Após a volta de apresentação os pilotos realinharam no grid e, apagadas as luzes vermelhas para 30 minutos +1 volta de corrida, Gabriel Bortoleto evitou bater rodas e após a sequência de curvas até a chicane, era o P8. Eduardo Barrichello também tentou evitar toques, mas conseguiu ganhar uma posição e subir pra P27. No final da primeira volta, Bortoleto era o P7 e Barrichello o P26.

 

 

Gabriel Bortoleto vinha se mantendo com um certo conforto à frente de Kas Haverkort na abertura da volta 3. As ultrapassagens não são tão fáceis de serem feitas em Mugello e isso dificultava a vida de Eduardo Barrichello, que havia caído para a P27 e não conseguia avançar. Mesmo sem ser atacado por Haverkort, Bortoleto não conseguia de aproximar de Maceo Capietto para tentar tomar a P6 enquanto Gabriele Mini Superava Kas Haverkort e logo seria um problema para o brasileiro da R-Ace.

 

Eduardo Barrichello não conseguia avançar na classificação enquanto Gabriele Mini já atacava Gabriel Bortoleto apenas uma volta após superar Kas Haverkort. A disputa pela P7 acabou da pior maneira possível para o piloto brasileiro, que encontrou a barreira de pneus após a curva 6. Gabriele Mini tocou no nosso representante e também saiu no prejuízo, quebrando a asa dianteira e deixando a briga pelo campeonato. O safety car veio para a pista. Eduardo Barrichello era agora o P24.

 

 

A bandeira verde veio com pouco mais de 3 minutos para o final e tempo para duas ou 3 voltas de disputas sinistras. Eduardo Barrichello manteve a P24 apesar da relargada confusa e ganhou a posição de William Alatalo na curva 1, mas a perdeu na volta seguinte, voltando para a P24. Na última volta ele e Alatalo passaram Noel Leon e o brasileiro terminou na P23.

 

Na manhã do domingo os 36 competidores vieram para o treino classificatório da corrida 2, já com seu campeão – Dino Beganovic – definido com a P3 conquistada no sábado pelo sueco, tinha como objetivo terminar o campeonato bem. O grupo B era o primeiro a vir para a pista e os dois brasileiros, Gabriel Bortoleto e Eduardo Barrichello estavam nele.

 

 

O sol tentava passar pelas nuvens, mas as condições eram semelhantes as do sábado. As voltas com tempos rápidos vieram após os pilotos condicionarem seus pneus por mais da metade do tempo de treino. Após a primeira passagem, Gabriel Bortoleto tinha sido o mais rápido, Eduardo Barrichello continuava em dificuldades e era o P14. Na segunda passagem, Gabriel Bortoleto caiu para a P3 provisória e Eduardo Barrichello melhorou para a P10. Ainda havia tempo para mais uma tentativa após resfriar um pouco os pneus. Nessa última volta rápida, Gabriel Bortoleto recuperou a P1. Eduardo Barrichello terminou com a P14 novamente.

 

Algumas horas depois os pilotos voltaram à pista para a última prova da temporada. Gabriel Bortoleto largava na pole position e Eduardo Barrichello numa difícil P29 em um final de semana em que ele esteve longe das performances das últimas etapas. Após a volta de apresentação os pilotos se reposicionaram no grid para os 30 minutos +1 volta que teriam pela frente.

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto largou muito bem, mas viu pelos retrovisores Gabriele Mini tomar a P2. Eduardo Barrichello, que apareceu bem concentrado no grid, ganhou duas posições nas primeiras curvas e subiu para a P27, mas fechou a primeira volta na P28. Os dois primeiros iam abrindo vantagem para os demais no início da corrida. Dino Beganovic, o P3, não parecia muito preocupado com a vida. Ele já era o campeão.

 

Com 1/3 de prova Gabrieli Mini tomou a liderança de Gabriel Bortoleto usando o “push-to-pass”, mas Gabriel Bortoleto vinha na mesma balada do italiano. Eduardo Barrichello vinha com as mesmas dificuldades da corrida no dia anterior e não conseguia ganhar posições. Faltando 11 minutos de prova, Gabriel Bortoleto já tinha uma desvantagem de mais de 1s para Gabriele Mini quando Francesco Braschi ficou em uma das caixas de brita e com a suspensão quebrada, obrigando a entrada do safety car e agrupando o pelotão. Eduardo Barrichello era o P26.

 

 

A corrida foi retomada com 5 minutos para o final e Gabriel Bortoleto foi para o ataque, mas Gabriele Mini se defendeu bem e abriu uma vantagem segura. Eduardo Barrichello relargou bem e subiu para a P24. Na última volta Barrichello ganhou a posição de Pietro Armanni e subiu para a P23. Gabriel Bortoleto terminou a temporada com um pódio na P2. No campeonato, Gabriel Bortoleto terminou na P6 com 176 pontos e Eduardo Barrichello na P11 com 51 pontos.

 

FIA Fórmula 4 Itália

Junto com a programação da Fórmula Regional Europeia tivemos o encerramento da FIA Fórmula 4 italiana. As atividades da categoria começaram na tarde da quinta-feira, com o primeiro treino livre. 41 pilotos inscritos e os brasileiros que disputaram toda a temporada – Rafael Câmara e Emerson Fittipaldi Jr. estavam lá. Neste primeiro treino, o piloto da Prema ficou com a P8 e o da Van Amersfoort com a P14. Na manhã da sexta-feira tivemos mais um treino livre e a Prema colocou “ordem na casa” e fez as 4 primeiras posições, com Rafael Câmara na P2. Emerson Fittipaldi Jr. não foi bem e ficou apenas na P26.

 

 

No período da tarde vieram os dois treinos classificatórios e no primeiro deles, Rafael Câmara enfrentou problemas e ficou apenas na P10 e viu seu oponente na disputa do vice campeonato, Alex Dunne, fazer a P2. Emerson Fittipaldi fez um ótimo treino e ficou com a P13. No segundo treino de classificação Rafael Câmara mostrou seu talento e cravou a P2. Emerson Fittipaldi Jr. manteve a regularidade e ficou com a P16.

 

A corrida 1 aconteceu na tarde do sábado e Rafael Câmara precisava fazer uma grande corrida. Largando na P10 e vendo seu adversário na disputa pelo vice campeonato, Alex Dunne, largar na primeira fila. Emerson Fittipaldi Jr. largando na P13 tinha boas possibilidades de conseguir ganhar algumas posições e marcar pontos novamente. Após a volta de apresentação os pilotos realinharam no grid para os 30 minutos +1 volta de corrida.

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Rafael Câmara largou bem e ganhou duas posições antes da metade da primeira volta. Emmo Fittipaldi Jr. pulou para a P12. O problema é que as ultrapassagens em Mugello não são fáceis e as voltas foram passando, o tempo na regressiva e os brasileiros não conseguiam ganhar posições. Com  um pneu furado, Kacper Sztuka  foi para os Boxes e os brasileiros ganharam uma posição, subindo para P7 e P11.

 

O problema imediato para Rafael Câmara era estar a 1,5s de Nikhil Bohra. O outro era Alex Dunne estar na P2. Emmo Fittipaldi Jr. estava a uma posição de chegar aos pontos, perseguindo Maya Weug e fugindo de Nikita Bedrin. O acidente envolvendo três carros que foram para em uma das caixas de brita, e um na grama, faltando 19 minutos de corrida acionou o safety car e agrupou o pelotão.

 

 

A remoção demorou e a relargada veio quando faltavam 7 minutos para o final da prova. Na relargada, Rafael Câmara largou bem, atacou Bon e ganhou a P6. Emmo Fittipaldi Jr. tomou a posição de Maya Weug, entrando no Top 10. Possuído, o pernambucano ganhou a P5 de Ugo Ugochukwu enquanto Emmo Fittipaldi era superado por Taylor Barnard e voltava pra P11. Rafael Câmara caçou Charlie Wurz até o fim, mas teve que se contentar com a P5. Emmo Fittipaldi Jr. terminou na P11.

 

Na manhã do domingo os pilotos voltaram à pista para a segunda corrida da última rodada tripla do ano. Para Rafael Câmara as coisas estavam melhores, largando na P2, mas para Emerson Fittipaldi Jr. a corrida seria mais difícil largando da P16. Apesar do sol, a temperatura do ar e da pista não eram altas. Após a volta de apresentação os carros se reposicionaram no grid para mais 30 minutos +1 volta de ação.

 

 

Apagadas as luzes vermelhas, Rafael Câmara não largou bem, perdendo a P2, mas com um contorno de curva 1 por fora, sensacional, recuperou a posição. Emmo Fittipaldi Jr. fez um largada agressiva e ganhou duas posições antes da metade da primeira volta.  O brasileiro da Prema precisava marcar mais pontos que Alex Dunne e a vitória seria o ideal, mas Kimi Antonelli, como sempre, parecia inalcançável. Emmo Fittipaldi Jr. perdeu a P14 para Brando Badoer, mas continuava colado no italiano.

 

Rafael Câmara não conseguia manter o ritmo de Kimi Antonelli e estava vendo Alex Dunne, o P3, cada vez mais perto nos seus retrovisores. Enquanto isso, Emmo Fittipaldi Jr. superava Brado Badoer e voltava a ocupar a P14. Giovanni Maschio foi outra vez para caixa de brita (ele esteve lá na corrida 1) e trouxe o safety car para a pista, para agrupar o pelotão. Faltando 19 minutos na regressiva.

 

 

A relargada veio com pouco menos de 14 minutos para o fim e Rafael Camara tentou novamente a manobra por fora na curva 1, mas não conseguiu tomar a P2 e tinha Alex Dunne colado nele. Emmo Fittipaldi Jr. segurou a P14. A 10 minutos e meio do fim, Niels Koolen enfiou o carro embaixo de uma barreira de pneus e provocou nova entrada do safety car. Emmo Fittipaldi ganhou a P13 quando Taylor Barnard deu um 360° na pista.

 

 

A nova relargada veio com quatro minutos e meio para o fim e Kimi Antonelli deixou Rafael Câmara vendido para Alex Dunne. O brasileiro não segurou a posição e caiu para a P3. Emmo Fittipaldi Jr. fez uma grande relargada e aproveitou uma confusão à sua frente para saltar para a P10. Rafael Câmara não tinha ritmo para atacar Alex Dunne, terminando a corrida na P3. Emmo Fittipaldi Jr. fez uma ótima P10 e marcou mais um ponto.

 

Na tarde do domingo veio a última corrida do campeonato. Mesmo com Rafael Câmara largando na pole, ele estava 19 pontos atrás de Alex Dunne e muita coisa tinha que dar errado para o irlandês. Emerson Fittipaldi Jr. largava na P15 e podia (porque não?) marcar mais algum – ou alguns – pontos para encerrar a temporada em alta. Após a volta de apresentação os pilotos realinharam no grid para a última corrida da temporada.

 

 

Maya Weug errou a posição de grid e foi necessária outra volta de apresentação e o tempo de prova foi reduzido de 30 minutos +1 volta para Apagada as luzes vermelhas, Rafael Câmara largou mal, perdeu duas posições para os carros da Prema (Kimi Antonelli e Ugo Ugochugwu e na curva 1 foi acertado por Alex Dunne, que tirou dois da corrida: além do brasileiro, Kacper Sztuka. Conrad Laursen também abandonou e com a confusão Emmo Fittipaldi Jr assumiu a P14.

 

A relargada veio com 20 minutos para o fim. Emmo Fittipaldi Jr. caiu para a P15, superado por Nikita Bedrin. Alex Dunne tomou um ‘Drive Thru’ como punição por ter tirado Rafael Câmara da corrida. Alfio Spina passou por Emmo Fittipaldi Jr. que caiu para a P16 a 13 minutos do fim. Faltando 11 minutos Nicola Lacorte e Jules Castro bateram e o safety car voltou à pista. A relargada veio com pouco mais de 4 minutos para o fim. Emmo Fittipaldi Jr. manteve a P16 e nela terminou a corrida. No campeonato, Rafael Câmara terminou na P3, com 239 pontos e duas vitórias no ano. Emerson Fittipaldi Jr. ficou na P23, com 4 pontos.

 

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.