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Christian Fittipaldi: Puro sangue, sim! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 14 November 2010 02:33

 

Christian Fittipaldi é um dos pilotos mais versáteis da história do automobilismo mundial. Digo isto porque ele já competiu, e venceu, em quase todas as principais categorias deste esporte apaixonante. 

 

Sua carreira começou, é claro, começou por influência do pai, Wilson Fittipaldi Júnior, do tio, Emerson Fittipaldi, e do avô, o Barão WIlson Fittipaldi, radialista e organizador de provas de automobilismo (foi ele um dos criadores das Mil Milhas Brasileiras); ele competiu no kart, onde enfrentou Rubens Barrichello e conquistou seus primeiros títulos de campeão. A seguir, Christian venceu o Brasileiro de Fórmula Ford e subiu para a Fórmula Três Sul Americana, onde batalhou duramente contra Oswaldo Negri. Ele mesmo lembra deste título: “Começamos o campeonato muito bem, vencendo e lutando pelas primeiras posições. Só que no meio do ano, o Ralt (chassi utilizado por Negri) evoluiu muito e passou a ser mais competitivo do que o nosso Reynard. Pedi para meu pai trocar o chassi, mas ele disse que não podíamos, pois tínhamos contrato com a fábrica. Fiquei preocupado e disse que perderíamos o campeonato, porque os Ralt estavam melhores naquele momento.” 

 

 

Christian Fittipaldi em três momentos importantes da sua vida: ainda criançam no kart; adolescente na F3 e o jovem na F1. 

 

Ao iniciarmos a última prova do ano, se Negri vencesse e Christian chegasse em quarto ou pior, Negri seria o campeão. Mas ai, apareceu Rubens Barrichello, o maior rival de Christian nos tempos de kart para vencer a Negri na última volta e dar o título ao sobrinho de Emerson. Foi sofrido, mas merecido.

 

DNA que vai passando de pai para filho... Christian conversa com seu pai, Wilsinho Fittipaldi Jr. no início de sua carreira no kart.

 

Apenas para informação, neste mesmo ano, 1990, Christian fez algumas provas na Fórmula Três Inglesa e venceu uma corrida em Doningtion Park; o único piloto a vencer corridas naquela temporada que fora dominada pelos dois Mikas: Hakkinen e Salo. 

 

Em 1991 Christian venceu a temporada de F.3000 pela pequena equipe Pacific com um Reynard e abriu as portas para a Fórmula 1. Estreou no ano seguinte na África do Sul com um Minardi Lamborghini, um modelo muito potente, mas igualmente pesado.

 

O campeonato Brasileiro/Sulamericano de Fórmula 3 veio apenas na última prova, com uma vitória do amigo e rival Barrichello.

 

Christian faria sua melhor prova naquele ano em Suzuka, quando marcaria uma sexta colocação que não seria tão importante, não fossem dois detalhes: um - a pista é espetacular, conhecida como pista de gente grande;  dois - lutou durante toda a prova com ninguém menos do que Jean Alesi, que pilotava uma Ferrari. 

 

 

Na Fórmula 3000, Christian ganhou seu único título de nível mundial... a conquista foi o passaporte para a estréia na Fórmula 1. 

 

Em 1994, no circuito de Monaco, Christian largou na sexta colocação, pulou para quinto na primeira curva, depois subiu para a terceira posição atrás apenas de Schumacher e Alesi, quando começou a ter problemas de cambio e acabou de fora da prova. Coincidentemente, a melhor prova da carreira teve um final parecido com o que acontecera com seu pai 20 temporadas antes, em 1973, prova comentada nesta mesma coluna recentemente.

 

 

Nos dois anos na Minardi (1992/1993) Christian sofreu com o pequeno orçamento da equipe italiana. Quando pôde, andou bem.

 

Christian ficou na categoria três temporadas, 1992 até 1994. Fez 40 provas e marcou 12 pontos. Sem opção para correr em equipe de ponta, Williams, McLaren e Ferrari tinham contratos com seus pilotos, Christian aceitou ir para os Estados Unidos da América do Norte e ficou por lá. 

 

 

No GP de Monza, em 1993, um dos momentos mais críticos de sua vida. Christian disse que "viu o filme da sua vida passar". 

 

Na CART venceu duas provas (Elkhart Lake e Fontana), além de ter sido segundo colocado nas 500 Milhas de Indianápolis em 1995, seu ano de estréia. Depois, numa mudança radical de categoria, pulou na a NASCAR, aceitando um convite de Richard  e Kyle Petty, numa tentativa da equipe Petty de conquistar mais patrocínio ao envolver dois nomes “lendas” do automobilismo - Petty e Fittipaldi.

 

 

Nos Estados Unidos, Christian correu pela Newman-Hass, uma das melhores equipes da categoria e quase venceu a Indy 500. 

 

No entanto, a equipe nunca conseguiu o patrocínio necessário um nível de competitividade que valesse a pena ficar por lá. Assim, Christian saiu da equipe e pilotou em várias categorias e venceu em todas elas: com Porsche 911, venceu as 24 horas de Spa-Francorchamps e as Mil Milhas Brasileiras, esta ao lado do pai; na Gran-Am, onde venceu as 24 horas de Daytona em 2004, além de obter vários outros pódios; com Saleen e Aston Martin, disputou as 24 horas de Le Mans e, finalmente, andou na Stock Car brasileira.  

 

 

Na NASCAR, participou de diversas provas na lendária equipe de Richard Petty... infelizmente, a equipe já estava em decadência. 

 

Neste ano além da Stock Car, disputa a Fiat Linea, onde já venceu uma corrida e disputa o titulo com Cacá Bueno ainda neste mês. 

 

Christian é um piloto extremamente técnico, limpo e veloz. Pena que nunca tenha tido carro para ser campeão na F1 como teve na F3 e F3000.

 

Um abraço,

 

Alexandre Vasconcellos 

 

Last Updated ( Sunday, 14 November 2010 04:39 )