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Overdose de carinho / Pilotos da IndyCar com olhos na Fórmula 1 e europeus na IndyCar PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 20 October 2022 08:12

Oi amigos, tudo bem?

 

Como eu já havia contado para vocês algumas colunas atrás, essas semanas estão sendo dedicadas para visitas aos patrocinadores que apoiam a Meyer Shank Racing. Hoje, quero aproveitar para falar um pouco mais detalhadamente sobre essas atividades.

 

A Meyer Shank Racing, como vocês sabem, compete na Fórmula Indy (NTT IndyCar Series) e no campeonato de protótipos, o IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Praticamente todos os nossos parceiros estão nos dois campeonatos, o que amplia muito o relacionamento.

 

Durante as corridas, principalmente quando estamos cumprindo etapas nas regiões onde os patrocinadores estão localizados, são realizadas diversas atividades promocionais, mas sempre é numa correria danada porque a programação na pista é sempre bastante intensa.

 

Agora, porém, quando a temporada já terminou, existe a possibilidade de fazer desses eventos algo mais intenso e planejado. E bota intenso nisso! É emocionante sentir a dose avassaladora de carinho que a gente recebe em cada visita dessas.

 

Para início de conversa, é comum chegar na empresa e encontrá-la toda decorada em sua homenagem. É uma oportunidade rara que tenho de conhecer os funcionários, visitar as instalações, saber como são os processos industriais e, sobretudo, conversar com as pessoas.

 

São incríveis as histórias que ouço e muitas vezes os funcionários trazem fotos que tiraram comigo há vários anos e que guardam com carinho até hoje. Há aqueles que nunca foram numa corrida, mas o tratamento dispensado é como ​se ​você fosse membro das famílias delas, pois durante anos te acompanharam pela TV.

 

E por falar em TV, às vezes fico sem saber se a pessoa é fã do piloto ou do dançarino que também pilota carro de corrida. Sim, isso acontece porque é absolutamente incrível a audiência do Dancing With The Stars, que venci em 2007.

 

 

Obviamente que eu já era conhecido como piloto, mas muita gente nem me conhecia porque não era ligada ao esporte. Mas depois do DWTS, passei a ser uma pessoa conhecida no país inteiro de uma forma que eu jamais imaginei que pudesse acontecer.

 

Mas por que estou contando tudo isso? É para reforçar a importância dos patrocinadores e dos fãs. Quando uma empresa decide investir parte dos seus recursos numa equipe como a Meyer Shank Racing, não se trata apenas de uma relação comercial. Não, é muito mais do que isso.

 

As empresas são formadas por pessoas que, muitas vezes, consideram os colegas de trabalho como parte de uma segunda família. É essa energia que chega até o piloto e faz uma diferença brutal quando é hora de acelerar.

 

Na verdade, quando participo desses eventos, com as caraterística que descrevi acima, há uma troca incrível de energia, mas posso assegurar para vocês que o grande beneficiado sou eu mesmo, pois saio mais leve e com o coração transbordando de felicidade, tamanha é a overdose de carinho que recebo.

 

É por isso que continuo acelerando. Acelero por mim, pela equipe, pelos patrocinadores e, sobretudo, pelas pessoas que na maioria das vezes você nem conhece, mas que estão do seu lado incondicionalmente, esteja vencendo ou não. Poder viver tudo isso faz de mim um homem abençoado e agradeço a Deus todos os dias por fazer o que amo e poder retribuir, na medida do possível, tudo o que recebo dessas pessoas maravilhosas.

 

É isso, meus amigos, por hoje é só. Forte abraço a todos e até semana que vem.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá amigos leitores,

 

A intertemporada da NTT IndyCar Series está mais animada do que eu esperava. Depois daquela megatensão envolvendo a ida ou não de Alex Palou para a McLaren e depois a definição de que ele continuaria em 2023 na Chip Ganassi – salvando o emprego de Felix Rosenqvist por mais uma temporada.

 

A não abertura de uma exceção na controversa Superlicença para Colton Herta ir para a Fórmula 1, eu achava que as movimentações seriam um tanto discretas e que as coisas estavam bem encaminhadas, com posições praticamente definidas, uma vez que Alexander Rossi já estava assinado pra McLaren ter três carros, a ida de Kyle Kirkwood para a Andretti – que terá um “time junior” com DeFrancesco, Kirkwood e Herta e o “tio” Romain Grosjean – as surpresas (talvez nem tanto) foram acontecendo.

 

Vou falar mais sobre isso nas próximas semanas porque tivemos alguns personagens em evidência nas duas últimas semanas, alguns bem distante das terras do novo mundo. Alex Palou e Pato O'Ward estiveram no Red Bull Ring na Áustria na semana que antecedeu o GP do Japão da Fórmula 1 para continuar seu programa de testes na McLaren, com um carro anterior (TPC). Pilotando a McLaren 2021 no circuito usado para o Grande Prêmio da Áustria para alguns dias de testes em que, com quilometragem, ambos conseguem juntar pontos para a tal Superlicença, que Alex Palou já tem com o título da NTT IndyCar Series em 2021.

 

Em tom uníssono, ambos afirmaram que sentem estarem progredindo com as máquinas da Fórmula 1, bem diferentes dos carros que pilotam na categoria norte americana e este foi espaçado apenas de algumas semanas após os últimos testes no MCL35M em Barcelona – uma oportunidade que Palou descreveu como “um sonho”. Espanhol, que fez sua carreira de base tendo Fernando Alonso como inspiração, ter a oportunidade de andar em um carro da categoria e poder vir, quem sabe, um dia voltar a Europa, deixa o piloto bem animado.

 

 

“A segunda pista em que estivemos em um carro de F1 e foi uma experiência de aprendizado incrível”, disse Palou, na foto de cima. “Esta pista é super adequada para este carro e eu me diverti muito”.

 

Além de Alex Palou, Pato O'Ward, que já teve mais tempo na McLaren em testes desde o ano passado em Abu Dhabi em 2021, também andou na Áustria com o seu futuro companheiro de equipe na IndyCar (Palou já avisou que fica esse ano na Ganassi, mas que em 2024 seu lugar é na McLaren). Para o piloto mexicano o Red Bull Ring não era território estranho. Foi lá onde ele fez sua única aparição na Fórmula 2, substituindo um piloto que estava suspenso: “Eu me diverti muito, muitas voltas, então tem sido uma temporada muito legal até agora. Espero ter a chance de andar com este carro novamente – no geral, foi um projeto incrível para fazer parte.”

 

Espera-se que ambos os pilotos – e também Colton Herta – tenham mais oportunidades no MCL35M com a McLaren (ou em outras equipes) este ano, agora que a temporada da IndyCar acabou, também permitindo que eles ganhem experiência não apenas em uma série de circuitos europeus com carros de anos anteriores, mas também podendo participar de treinos livres em etapas da Fórmula 1, algo que deve acontecer no COTA, no México e em Abu Dhabi (no Brasil teremos a sprint race).

 

 

Quem não esteve lá, mas não foi esquecido pela categoria foi Colton Herta, que está comprando sua primeira casa... na América! Ao menos por este ano é onde o piloto da Andretti está depositando seu futuro. Herta continua aberto a correr na Fórmula 1 em algum momento, assumindo que outra oportunidade surja em seu caminho. Mas ele precisa conquistar os pontos da Superlicença para isso. Aos 22 anos, ele tem tempo para continuar perseguindo seu primeiro campeonato da NTT IndyCar Series com a Andretti.

 

Como a sua equipe continua com planos concretos para se juntar à Fórmula 1, caso Michael consiga êxito em levar a Andretti Global para o campeonato mundial, certamente seu nome estará no topo da lista, mas muitas coisas precisam funcionar para todos os envolvidos para abrir a porta para a Fórmula 1. Assim, por enquanto, o foco volta para assuntos domésticos, como testar com a equipe BMW IMSA GTP antes do Rolex 24 de janeiro em Daytona, preparando-se para a mudança e trabalhando com a equipe Andretti para se recuperar de uma temporada de 2022 que não correu de acordo com plano.

 

Com três corridas em território norte americano, não parece ser uma atitude muito inteligente por parte da Fórmula 1 criar problemas para a entrada da Andretti no grid ou em as equipes atuais não contratarem um piloto da NTT IndyCar Series. Mas ainda existe a possibilidade de termos Logan Sargeant, piloto que disputou a Fórmula 2 ser titular na equipe Williams. Será? O que devemos ver neste próximo final de semana no COTA é a presença de pilotos da NTT IndyCar Series (não sei quantos, mas acredito que pelo menos dois) andando no treino livre da manhã de sexta-feira.

 

Por outro lado, se pilotos da categoria norte americana olham para a Fórmula 1, pilotos europeus, vindos da Fórmula 2 e que não estão encontrando lugar na Fórmula 1, que não permite que as equipes tenham três ou quatro carros (as corridas ficariam bem mais interessantes, não acham?) vieram testar no circuito curto de Sebring com carros da NTT IndyCar Series em busca de novos mercados. E de poderem dar um salto adiante na carreira.

 

 

Cinco pilotos participaram do teste privado de avaliação de pilotos da NTT IndyCar Series de no último dia 12 enquanto eu estava remando uma canoa havaiana. A nova  campeã da IMSA DPi, a Meyer Shank Racing, disponibilisou o carro de Simon Pagenaud para Tom Blomqvist, que acelerou forte e, à tarde fez a volta mais rápida do dia por uma margem de 0,33s sobre Juri Vips que testou com um carro da Rahal Letterman Lanigan Racing. (o carro da MSR , ficou estacionada até as 11 horas, enquanto os mecânicos e engenheiros da equipe perseguiam um problema elétrico que mantinha o carro nos boxes).

 

Vips, natural da Estônia, foi o mais rápido a abrir o dia, fazendo uma volta de 53,6260s antes de baixar para 53,038s, que se manteve até o meio da tarde, quando Blomqvist, britânico, fez uma volta de 52,988s que o levou ao primeiro lugar. À medida que as equipes se aproximavam do final do teste e algumas optaram por colocar pneus novos, Blomqvist melhorou o seu tempo para os 52.708s que permaneceram até o dia terminar prematuramente quando a chuva começou a cair. Mike Shank disse que Blomqvist mostrou a ele o suficiente para estar na conversa para 2024, (abram o olho Helio Castroneves e Simon Pagenaud) quando a MSR poderia ter pelo menos uma vaga na IndyCar para preencher.

 

O britânico Jake Dennis, da Andretti Autosport, que corre na equipe, mas na Fórmula E, também estava entre aqueles que testaram ao longo do dia e fizeram melhorias tardias com sua ascensão para uma volta de 53,186s. A Dale Coyne Racing trabalhou com o neozelandês Marcus Armstrong, da HMD Motorsports, transformou seu recorde inicial de 53,9435s em 53,473s no final do teste, e Agustin Canapino, piloto argentino que não é um jovemzinho – tem 32 anos – testou com a Juncos Hollinger Racing, que tem parte do sangue argentino e mesmo estando há muitos anos como piloto de turismo – o único estranho aos carros rápidos de rodas abertas dentro do grupo – não fez feio ficando em um tempo be próximo dos outros quatro pilotos.

 

Na próxima semana vamos conversar sobre algumas movimentações já consumadas no mercado de pilotos e equipes e também – por que não – especular um pouquinho sobre quem pode ainda ir para algum lugar e quem ainda pode ficar de fora.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.