Olá amigos, tudo bem? Vocês não imaginam como estou feliz em escrever essa coluna. A Petit Le Mans, corrida do sábado passado em Road Atlanta, coroou o trabalho maravilhoso da Meyer Shank Racing no IMSA WeatherTech SportsCar Championship. A vitória nesta última etapa garantiu para a equipe o título da temporada e também para os pilotos titulares, Tom Bomqvist e Oliver Jarvis. De quebra, equipe e pilotos faturaram também o IMSA Michelin Endurance Cup, que é uma competição paralela só contando as provas longas, que são Daytona, Sebring, Watkins Glen e Petit Le Mans. Minha alegria é ter ajudado para que a conquista fosse alcançada. Só participei de duas corridas no ano e vencemos as duas. Começamos o ano faturando a Rolex 24 at Daytona e fechamos da mesma forma, no degrau mais alto do pódio, depois de uma corrida muito disputada ao longo das 10 horas de duração. A estratégia foi perfeita, os pits eficientes tiveram participação fundamental na vitória e, na pilotagem, cada piloto deu o melhor de si para dar esse título para o Jim Meyer e Mike Shank. Todos os membros da equipe merecem muito viver esse momento especial. E quando digo “merecem” não é força de expressão. É impressionante como todos, independentemente da função, trabalharam duro para que as coisas dessem certo. Há um termo em inglês que define muito bem o que estou falando. É “commitment”, que significa compromisso, mas da forma mais intensa. É quanto há um objetivo comum e, para atingi-lo, há uma entrega, uma dedicação absoluta. E não é porque a pessoa tem um emprego e precisa se dedicar para não ser demitida. É um envolvimento que reúne coração, suor e lágrimas. Só que decidir o título na etapa final, com diferença mínima de pontos entre os postulantes, gera uma tensão extra que só vai aumentando com o passar das horas. É difícil ficar parado quando se está fora do carro. Você sabe que precisa descansar entre um período de pilotagem e outro, mas quem disse que dá para fazer isso? A cabeça está no carro que está na pista, no parceiro que está ao volante, nas ocorrências que acontecem durante a corrida e por aí vai. Para falar a verdade, a gente quer mesmo estar no carro acelerando fundo. Nós começamos fantasticamente bem já durante os treinos. No Qualifying, o Tom conquistou a pole e largou na frente. Ele ficou na pista mais ou menos uma hora e meia e eu fui para o carro em seguida. Dei 72 voltas e passei para o Jarvis. Essa sequência se repetiu e voltei no período da noite, que é quando o bicho pega. Com 43 carros na pista, divididos em cinco categorias, os protótipos toda hora encontram retardatários. Só que os pilotos das outras categorias também estão disputando posições. Nessa situação, você tem de se meter no meio, passar todo mundo sem perder tempo, já que quase sempre tem outro protótipo querendo pegar sua posição. É uma experiência fantástica de pilotagem, que só as provas de longa duração conseguem oferecer. E por falar em experiência fantástica, foi um prazer inenarrável ter a oportunidade de pilotar um carro tão especial como o Acura ARX-05 DPi. Com ele ganhei provas, venci duas vezes em Daytona e fui campeão. Mas depois de todo esse tempo de maravilhosos serviços prestados, agora dará a vez para a versão 6, que estreia já em janeiro, em Daytona, e vou testá-lo por esses dias. Mas sobre isso a gente vai conversar na próxima coluna. Abraço a todos e até semana que vem. Fui! Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Queridos amigos leitores, Colton Herta voltou a comprometer seu futuro com a Andretti Autosport com uma nova extensão de vários anos. O californiano, cujo nome faz parte da constante especulação sobre uma mudança para a Fórmula 1 desde 2021, permanecerá na NTT IndyCar Series no futuro próximo. A extensão de Herta, que se soma ao seu contrato atual que vai até 2023, manterá o jovem e excelente piloto junto à equipe da família Andretti, além de dar ao dono da equipe um piloto líder para levar para a Fórmula 1 se e quando a Andretti Global for concedida uma entrada (mas Herta precisa conquistar os pontos que lhe falta para conquistar a Superlicença. Acredita-se que o contrato de testes de Herta na Fórmula 1 com a McLaren Racing, onde ele compartilha um programa dirigindo um carro de 2021 junto com Alex Palou e Pato O'Ward, também continuará sem interrupção. Com o novo contrato em vigor, Herta continuará liderando o programa IndyCar da Andretti junto com Romain Grosjean e Devlin DeFrancesco. A Andretti também dá as boas-vindas ao campeão da Indy Lights de 2021, Kyle Kirkwood – que conquistou esse título enquanto pilotava pela Andretti – para assumir o volante do carro #27, desocupado pelo recém-chegado na McLaren, Alexander Rossi. A carreira de Herta na IndyCar começou em 2018 com a antiga equipe Harding Racing no final da temporada em Sonoma e, em sua terceira largada, ele se tornou o mais jovem vencedor da IndyCar aos 18 anos, 11 meses e 25 dias no Circuito das Américas em 2019. Ele acrescentou uma segunda vitória para fechar sua temporada de estreia com a renomeada equipe Harding Steinbrenner Racing e se juntou à equipe Andretti em 2020, onde conquistou sua terceira vitória e ficou em terceiro lugar no campeonato de pilotos. Assumindo o volante do carro #26 em 2021, Herta conquistou mais três vitórias no caminho para o quinto lugar na classificação e, como a equipe Andretti deu um passo para trás na temporada passada, apesar de conquistar sua sétima vitória na IndyCar, acabou caindo para 10º lugar no campeonato, empatado em pontos com Alexander Rossi. Colton Herta realizou seu primeiro teste de Fórmula 1 em julho deste ano com a McLaren, onde impressionou o CEO Zak Brown e a organização com seu ritmo e feedback. Herta também despertou o interesse da Red Bull como solução para sua equipe júnior AlphaTauri, onde, com uma Superlicença em mãos, ele poderia ter substituído Pierre Gasly, que está cotado para se juntar à Alpine. Como não conseguiu os pontos e nem uma exceção nas regras, não conseguiu fazer a mudança de categoria. Na última semana do campeonato, foi feito o anúncio de que Alex Palou não deixaria a Chip Ganassi para vestir o macacão laranja e preto da McLaren em 2023, mas a mudança é dada como certa para a temporada de 2024, uma vez que o acordo que o mantém ao volante do carro #10 da Chip Ganassi Racing no próximo ano expirar, independente da evidência de que o time tem uma estrutura melhor e mais competitiva do que o ambicionado cockpit, que quase levou o piloto e as duas equipes aos tribunais. O campeão da IndyCar de 2021 foi o centro de uma briga legal entre McLaren e Ganassi este ano depois de ter assinado pelo primeiro, apenas para sua atual equipe anunciar que está mantendo seus serviços para a próxima temporada. O espanhol inicialmente insistiu que não estaria competindo pela Ganassi, mas eventualmente foi alcançado um acordo que mantém Palou no carro número 10 para 2023, enquanto Felix Rosenqvist permanece na AMSP ao lado de Pato O'Ward e Alexander Rossi. entradas em tempo integral. A pesar da “paz assinada”, o acordo que manterá Alex Palou na Chip Ganassi Racing não significa o fim dos seus planos de se mudar para a McLaren, mas apenas adia sua provável mudança até 2024. A ida para a McLaren tem uma razão de ser que vai além da NTT IndyCar Séries. Após fazer sua estreia nos testes em um carro de Fórmula 1 em Barcelona no mês passado, o que explica o interesse de uma ligação com a McLaren. Apesar do futuro de Rosenqvist só ter sido resolvido depois que Alex Palou foi confirmado para ficar com Ganassi para 2023, a mudança de Palou em 2024 não significa necessariamente que um dos pilotos atuais da equipe também será substituído após a próxima temporada, com o potencial de que a McLaren se expanda seu esquadrão para ter um quatro equipamento para 2024, se o fornecimento do motor permitir. Alex Palou também está no quadro para fazer uma aparição em uma sessão de treino livre pela McLaren nesta temporada como parte de seu acordo para realizar corridas de Fórmula 1 (como campeão, ele conquistou a Superlicença) enquanto ainda é piloto da Ganassi. No entanto, a equipe ainda não confirmou seus planos, apesar de precisar abrir a oportunidade para um novato em duas ocasiões nas cinco corridas restantes após o GP de Singapura do último fim de semana. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |