Olá leitores!

Como vocês estão? Espero que todos bem. O mundo do esporte a motor teve um fim de semana dos mais interessantes, e começo destacando a Petit Le Mans, que ocorreu sábado lá em Road Atlanta. A última prova dos atuais DPi foi de tirar o fôlego, com a necessária dose de drama e suspense, e ao cabo das 10 horas de prova tivemos 2 brasileiros no pódio: no trio do Acura #60 da Meyer Shank Racing Hélio Castroneves se juntou aos habituês do carro Oliver Jarvis e Tom Blomqvist para ajudar a levar o carro à vitória na Geral e na categoria – o que significou que Jarvis e Blomqvist também conquistaram o título de pilotos da IMSA nessa temporada – e foram acompanhados no pódio pelo trio composto por Mike Conway/Oliver Pla/Pipo Derani na 2ª posição com o Cadillac #31 e pela tripulação do Cadillac #48 (Kamui Kobayashi/Jimmie Johnson/Mike Rockenfeller) no degrau mais baixo do pódio. Felipe Fraga correu na LMP3, na tripulação do Ligier #74 da Riley Motorsports, e terminou em 4º na categoria e 14º na Geral. Um grande resultado, convenhamos. Felipe Nasr participou como parte do trio que pilotou o BMW M4 da Pfaff Motorsport e terminou em 3º na categoria GTD Pro, ao passo que Daniel Serra, como parte da equipe do Ferrari 488 GT3, terminou em 7º na mesma categoria.

O Mundial de Motovelocidade foi até a Malásia para mais uma etapa, dessa vez no Chang International Circuit, uma pista com traçado relativamente simples, mas que mesmo assim tem mais reta (e pontos de ultrapassagem) que a gigantesca maioria das pistas tapuias, mostrando que é possível ter uma pista desafiadora sem ter que emendar uma curva na outra. A Moto3 fez a corrida AD (Antes do Dilúvio), na qual Dennis Foggia dominou de maneira absoluta, perdendo a liderança brevemente por conta de uma escapada na curva 12, a que mais “fez vítimas” na etapa. Entretanto, logo depois ele recuperou a liderança na longa reta que leva à terceira curva do circuito. Foggia foi acompanhado no pódio por Ayumu Sasaki na 2ª posição e por Riccardo Rossi na 3ª. O líder do campeonato Izan Guevara chegou em 5º, ao passo que Diogo Moreira mais uma vez retirou leite de pedra e conseguiu um ótimo 6º lugar, que o levou à 10ª posição na tabela de pontuação dos pilotos. A Moto2 teve a etapa mais conturbada: enquanto se alinhavam no grid a chuva veio, a corrida foi declarada com chuva, e os pneus das motos foram trocados e a distância da prova reduzida de 22 para 16 voltas... só que no princípio o volume de água ainda permitia as disputas entre os pilotos, mas a chuva aumentou o suficiente para tornar a corrida inviável. A direção de prova aguardou, aguardou, aguardou mais ainda, mas acabou por declarar a prova encerrada, com a pontuação sendo distribuída pela metade. Vitória de Tony Arbolino, com Filip Salac em 2º e Aron Canet em 3º. A pequena porém convincente demonstração do Dilúvio Universal atrasou a largada da MotoGP em uma hora, mas quando as motos largaram Miller e Oliveira mostraram o motivo de serem considerados os melhores na chuva atualmente. Disputaram posição na primeira metade da corrida, até que Oliveira assumiu a liderança e conseguiu mais uma vitória para a KTM. Acompanhando Miguel Oliveira no pódio tivemos Jack Miller em 2º e Francesco Bagnaia em 3º. Levando em conta que o líder do campeonato Fabio Quartararo teve um dia horrível e terminou fora da zona de pontuação, esse resultado permitiu que Pecco vá para as últimas 3 provas do campeonato apenas 2 pontos atrás de Quartararo. Agora é só ele saber aproveitar a oportunidade...

A Fórmula Um foi até Singapura para mais uma etapa em que a equipe Ferrari fez tudo certo no sábado para ter um resultado abaixo do esperado no domingo. Dessa vez o “carrasco” da equipe italiana foi Sérgio Pérez, que desde a largada foi impecável, assumindo a liderança após uma largada pouco inspirada do pole Leclerc, e depois tudo o que ele precisou fazer foi acelerar o suficiente para o monegasco não ter chances de se aproximar a ponto de conseguir fazer um movimento decisivo pra ultrapassar. Pérez venceu e convenceu nas condições de aderência bem abaixo do desejado em que a corrida aconteceu, atingida que foi também por chuva. Aliás, a chuva fez com que a prova demorasse um tempo inacreditável e fosse encerrada no limite de tempo de 2 horas (que pareceram 4 ou mais, na verdade). O mexicano foi acompanhado no pódio pela dupla da Ferrari, Leclerc em 2º e Sainz Jr. em 3º. Terminando em 7º após alguns entreveros e derrapadas em curvas, Verstappen deixou a decisão do título para Suzuka, onde pode imitar Senna e trazer título para o motor Honda na “casa” da fábrica japonesa.

E a NASCAR foi até Talladega para mais uma etapa dos playoffs, uma corrida em que talvez tenha faltado aquele “big one” nas voltas finais que o público tanto espera, mas não se pode dizer que foi uma corrida chata e sem atrativos. O “jogo de xadrez” dos pilotos e seus spotters a 320 km/h foi bem interessante, e ao final, pela primeira vez esse ano, um piloto que está disputando os playoffs venceu uma das etapas qualificatórias para a fase seguinte. A honra coube a Chase Elliott, que superou Ryan Blaney pela minúscula diferença de 46 milésimos de segundo para garantir sua passagem para o “round of 8”. Atrás de Blaney passaram Michael McDowell na 3ª posição, Ross Chastain na 4ª posição e Denny Hamlin fechando o Top-5. Agora vamos para o Roval de Charlotte, pista que gosto muito e que propicia boas disputas.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini