Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
A importância da liberdade editorial (Não perdemos o ‘Mojo’) PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 21 September 2022 21:16

Caros Amigos, A liberdade de imprensa é um dos pilares dos regimes democráticos. Em um regime de liberdade, todas as opiniões são aceitas e respeitadas, por mais antagônicas que sejam.

 

Veículos de imprensa costumam ter linhas editoriaus, mas mesmo dentro do que se convenciona chama de “linha editorial”, que é, basicamente, a forma como uma empresa enxerga o mundo, e quais são os seus valores. Com base nesse direcionamento, as equipes elaboram os conteúdos. Ou seja, a partir da linha editorial é que os conteúdos surgem. Se determinado tema estiver “fora” da linha editorial, ele não será publicado.

 

Uma das coisas mais democráticas que sempre apreciei no site dos Nobres do Grid, desde quando eu era apenas um colunista e Flávio Pinheiro era o Editor Chefe, foi a liberdade dada aos colunistas se antagonizarem – se fosse o caso – sobre qualquer assunto e a opinião de ambos serem respeitadas.

 

Com raríssimas exceções, pode-se dizer que hoje não mais existem veículos com uma linha editorial. Essa coisa quase extinta é bastante difícil de ser definida e as pessoas praticamente não percebem quando ela está lá. Inconscientemente, os leitores mais sensíveis sabem que determinado veículo de imprensa tem uma ‘cara’ com a qual eles se identificam, mas ainda assim, podem – e eventualmente são – surpreendidos com determinados conteúdos.

 

Nosso site se tornou, de certa forma forçado pela pandemia, um site de colunas e artigos com assinaturas pessoais. Com as restrições (muitas delas impostas por mim, já na condição de Gestor do Projeto Nobres do Grid, que inclui o site) de convívio e acesso, além da precaução que todos tivemos que tomar, alavancou as colunas e apurou a qualidade dos textos, apesar de algumas questões que podem ser, digamos, contestáveis.

 

No último mês, meu primo, Mauricio Paiva, publicou em sua coluna mensal que os pilotos brasileiros “haviam perdido o ‘Mojo’”, referindo-se a escassez de resultados no automobilismo internacional nas últimas duas décadas, com raras conquistas nas categorias de acesso na Europa e nos Estados Unidos, culminando com o fato de não termos – desde o final da temporada de 2017 – um piloto como titular em uma equipe da Fórmula 1.

 

Este mês ele precisou engolir a seco a brilhante conquista de Felipe Drugovich na Fórmula 2 e o título mundial de Kart de Matheus Morgatto. Além disso, estamos assistindo Enzo Fittipaldi operar milagres com o carro da Charrouz e ir para a última etapa da categoria em Abu Dhabi na quarta colocação do campeonato é um feito quase tão grande quanto os títulos conquistados pelos nossos pilotos neste vitorioso mês de setembro.

 

Entretanto, é preciso que tenhamos a consciência de que, apesar do feito de Felipe Drugovich ter sido ainda maior pelo fato dele não fazer parte de nenhum dos programas de jovens pilotos das equipes de Fórmula 1, que vem dando suporte, treinamento e condições diferenciadas àqueles que disputam as temporadas não apenas na Fórmula 2, mas alguns desde o kart, seguindo para as categorias de Fórmula iniciais, a demonstração de ser um piloto diferenciado não conseguiu abrir caminho para que ele se tornasse piloto titular de uma equipe na Fórmula 1.

 

Chegar onde Felipe Drugovich chegou, nos dias de hoje, é um feito de um gigantismo que a maioria da população brasileira tem a menor ideia. Ainda temos neste estreito caminho a ser percorrido, além de Enzo Fittipaldi, Caio Collet, Rafael Câmara e agora Matheus Morgatto, que ao sagrar-se campeão mundial de kart na principal categoria, a OK, precisa conseguir meios para dar o passo seguinte e ingressar em uma equipe forte para disputar a Fórmula 4 italiana.

 

Nossos pilotos necessitam de um suporte de marketing sólido, uma assessoria empresarial competente e de patrocinadores no país que vejam o potencial de retorno que a exposição de suas marcas em um mercado global como o da Fórmula 1 pode gerar retorno. Uma coisa é certa: ‘Mojo’ não falta!

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva