Olá leitores!

Final de semana bem agradável para nós que gostamos de esporte a motor, começando aqui na América do Sul, onde o TCR foi para uma das minhas pistas preferidas, o Oscar y Juan Galvez, incrustado na capital do país, para mais uma rodada dupla. Na primeira corrida do dia deu o novato Toyota Corolla do também jovem Jorge Barrio, aproveitando muito bem o fato de ter largado na pole position, acompanhado no pódio pelo Civic de Juan Angel Rosso em 2º e pelo Lynk & Co do uruguaio Santiago Urrutia em 3º. Na segunda corrida do dia, largando com o grid invertido para os 10 primeiros colocados da primeira corrida, Raphael Reis (Seat Cupra) não deu a menor chance para os adversários, que ficaram brigando da 2ª posição pra trás, e venceu de ponta a ponta, com uma boa margem para o segundo colocado, o brasileiros Gabriel Lusquiños (Audi), que conseguiu vencer a disputa contra o líder do campeonato Fabricio Pezzini (Lynk & Co), que chegou em 3º, e contra Franco Farina e seu rápido Peugeot 308. O susto ficou por conta da batida na última volta do Enrique Maglione, que na entrada do esse atrás dos boxes saiu reto e estampou com força a barreira de pneus, não deu pra saber se foi falha de freio ou acelerador travado aberto, mas o importante é que o piloto saiu bem e andando.

A NASCAR foi até Bristol, “o último grande Coliseu”, para uma corrida cheia de tensão e expectativas. Afinal, estavam sendo decididas as 12 vagas para a próxima fase dos Playoffs, e tinha piloto ali que realmente precisava da vitória para seguir adiante. Bom... acho que pela primeira vez desde que o sistema de playoffs foi adotado, as 3 corridas de uma das fases foram vencidas por pilotos que NÃO estão participando da disputa pelo título. Dessa vez quem foi para o Victory Lane foi Chris Buescher, responsável pela primeira vitória da Roush Fenway depois que virou Roush Fenway Keselowski. Garoto fez um ótimo trabalho na noite de sábado, realmente. Primeira vitória da equipe Roush desde 2017... em segundo lugar ficou Chase Elliott, que correu com o tradicional patrocínio da Hooters e sua simpática coruja símbolo, em 3º William Byron (que com esse resultado passou para a próxima fase como o 2º colocado em pontos), em 4º o líder da pontuação Christopher Bell e fechando o Top-5 Kyle Larson, que essa semana renovou até 2026 com a Hendrick Motorsports. Por falar em contratos, na última terça Buschinho (que com a quebra do motor em Bristol ficou fora dos playoffs) informou que vai para a equipe de Richard Childress assumir o carro #8. E na entrevista de apresentação do piloto Mr. Childress mostrou como é que se faz para colocar pressão no contratado: “Conversamos, olhei nos olhos dele e vi o mesmo fogo por vitórias que eu via em Dale Earnhardt Sr., então tenho certeza que venceremos”. Rapaizzz...

O Mundial de Motovelocidade foi até Aragão para mais uma etapa, e os fãs da categoria obtiveram exatamente o que queriam: muita, muita emoção do começo ao final. Na Moto3 vitória de Izan Guevara, com Ayumu Sasaki em 2º e Daniel Holgado em 3º. O brasileiro Diogo Moreira desrespeitou sistematicamente os limites de pista, foi agraciado com uma punição de volta longa e acabou voltando pra casa com apenas o ponto solitário da 15ª posição. Na Moto2, pódio completamente espanhol, para alegria do público presente: vitória do novato Pedro Acosta, acompanhado no 2º lugar por Aron Canet e no 3º lugar por Augusto Fernandez. Alguma coisa para compensar o público por conta da corrida ter sido bem mais sonolenta que a da Moto3 e da MotoGP... por falar em MotoGP, esportivamente foi uma das coisas mais agradáveis dos últimos tempos: após a queda de Quartararo na primeira volta ao estampar a traseira do Marc Márquez (que voltou, mas completamente sem ritmo e sem autoconfiança), o ideal seria que Bagnaia vencesse a corrida, reduzindo a diferença na pontuação para apenas 5 pontos atrás do francês. Pois é... só que o contratado da equipe oficial para 2023, Enea Bastianini, não quis saber disso e na última volta ultrapassou Bagnaia para conseguir mais uma vitória para a Gresini. Terminando em 2º, a diferença de Pecco para Fabio agora é de 10 pontos. Esperemos que a Ducati (que nessa corrida já assegurou o título de Construtores) não perca o título de pilotos (que não conquista a mais de 10 anos) por menos de 5 pontos... fechando o pódio chegou Aleix Espargaró, que duelou bastante contra Brad Binder e Jack Miller para conquistar a posição.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini