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Power campeão, Max com o título na mão em final frustrante e NASCAR sonolenta PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 12 September 2022 09:27

Olá leitores!

 

Como estão? Torço para que todos estejam bem e saudáveis. Nem sei muito o que escrever nesse espaço mais estreito da coluna, por conta da imagem feia do careca aí do lado, pois existem tempos ótimos, muito bons, bons, razoáveis, ruins, péssimos, e os que tenho vivido ultimamente. Quase mandando o clássico “loren ipsum” pra ocupar o espaço, mas... deixa pra lá. Sigamos em frente, mas sem adotar os bordões patéticos da narração tapuia da Fórmula Um.

 

Vamos começar com a decisão de título da Indy, que ocorreu no belo palco de Laguna Seca, uma pista que FELIZMENTE não chegou aos olhos da FIA e portanto não tem quilômetros quadrados de áreas de escape asfaltadas, mantendo suas características de pista orgânica e desafiadora. Nos acostumamos a ver Will Power perder títulos  nos momentos decisivos dos campeonatos, mas dessa vez tudo o que ele precisava era um Top-5, e ele correu de uma maneira muito inteligente, pensando no resultado, e alcançou seu objetivo terminando na 3ª posição. Josef Newgarden tentou bravamente, mas não apenas não conseguiu a vitória que necessitava – tendo que se contentar com o 2º lugar a meio minuto do vencedor – como, se tivesse vencido a corrida, a posição de chegada de Power já era suficiente para garantir o título para o piloto do carro #12. As chances do 7º título do Scott Dixon dependiam de uma vitória e do Power fora do Top-5, duas coisas que definitivamente não aconteceram. E além disso Dixon definitivamente não estava se sentindo entrosado com o carro, sem conseguir extrair dele aquele desempenho que tantas vezes nos encantou na carreira, concluindo a prova num pouco usual 12º posto. A vitória, mais do que merecidamente, ficou com Alex Palou, que dominou de maneira absoluta a corrida, liderando 67 das 95 voltas, e colocando uma vantagem inesperada sobre os demais competidores. Pra terem uma ideia, apenas os 12 primeiros colocados estavam na volta do líder. Helinho Castroneves terminou em 19º, logo atrás do competente Graham Rahal.

 

A Fórmula Um foi até o templo da velocidade chamado Monza para mais uma etapa, que pretendia ser festiva, mas acabou com um sabor de cabo de guarda chuva por conta da incompetência da FIA em colocar logo o Safety-Car na pista e retirar o carro de Daniel Ricciardo... só imagino a repercussão de um resgate exemplar (exemplo de incompetência, mas exemplo) como o que vimos nesse domingo, choveriam pedidos para nunca mais a categoria retornar ao Brasil... mas como é Itália, nem multa para os (ir)responsáveis deve sair. Pior foi a explicação sem pé nem cabeça da Dona FIA para a trapalhada, já que o carro parou em uma área relativamente de risco (segundo os padrões da própria FIA para a Fórmula Um) e a corrida deveria ter sido interrompida para o resgate assim que foi reportado que os fiscais não conseguiam puxar o carro para a “agulha” de resgate. Enfim, talvez o pavor de uma relargada como a da última corrida do ano passado tenha ecoado no vácuo, ops, na cabeça da direção de prova, e optaram por terminar a corrida da maneira mais decepcionante possível e imaginável. Mais decepcionante que a direção de prova só a “brilhante” estratégia da Armata Brancaleone in Giallo, mas dessa a gente sempre espera o pior e não se espanta... a janela de troca de pneus começava na volta 18, e com um Safety-Car virtual logo nas primeiras voltas os “jênios iluminados” da equipe param o piloto que estava com chance de vitória na volta 12... legal que dessa vez o papelão teve testemunhas ilustres, o Presidente da República italiana e a lenda viva do motociclismo Giacomo Agostini, convidado para dar a bandeirada de chegada. Quem ficou feliz foi Verstappen, com mais uma vitória e ampliando ainda mais a sua vantagem no campeonato, provavelmente com chances reais de encerrar a disputa pelo título antes da categoria vir para a corridas nas Américas. Em 2º, com um sorriso tão amarelo quanto o uniforme comemorativo alusivo à cidade de Modena, chegou Charles Leclerc, e em 3º um feliz George Russell festejava mais uma corrida concluída na frente do Hamilton. Destaque absoluto para Nyck De Vries, que fez – na Aston Martin – o primeiro treino livre na sexta-feira e acabou indo pra corrida por conta da crise de apendicite de Alex Albon (da Williams), fazendo um excelente trabalho e concluindo a corrida em 9º lugar; o reconhecimento também veio do público, que o elegeu Piloto do Dia da etapa.

 

A NASCAR foi até o Kansas para uma das etapas mais burocráticas da temporada, A única coisa realmente legal é que pela segunda vez em uma “janela” de 3 corridas para definir os 12 pilotos que passarão para a próxima fase dos playoffs o piloto vencedor NÃO está nos playoffs... se semana passada foi Erik Jones, dessa vez foi Bubba Wallace a tornar a luta pelos pontos mais emocionantes, vencendo a corrida com 1 segundo de vantagem para o dono do seu carro, Denny Hamlin... que está disputando os playoffs. Foi uma grande apresentação da Toyota, talvez a única pista onde a marca japonesa mostrou tanto serviço: no Top-5 tivemos 4 Toyota e apenas 1 Chevrolet, o de Alex Bowman, em 4º. Os 3 primeiros lugares (Bubba, Denny e Christopher Bell) mais o 5º colocado Martin Truex Jr. com carros da Toyota. Chevrolet fez mais ou menos o mesmo que a Toyota do 6º ao 10º, apenas o Ford de Blaney interrompendo a fileirinha Chevy no 9º lugar. Agora é torcer para Bristol propiciar uma corrida um pouquinho melhorzinha, pois Kansas cansou o espectador... ainda bem que em boa parte da corrida tinha a Indy pra zapear, pois tava osso. A boa notícia é que foi definido o palco da All-Star Race de 2023, na pista de... North Wilkesboro. Sim, aquela, aquela lá mesma, um dos mais tradicionais locais por onde a categoria passou, que por iniciativa de alguns entusiastas como Dale Jr. conseguiu sair do ostracismo e da possível demolição para ter uma nova oportunidade de receber provas da categoria principal, ainda que uma corrida extracampeonato festiva. A ver como os carros atuais se comportarão na pista de 0,625 milha, a qual ainda falta muita coisa para receber a prova, como reforma das arquibancadas, das facilidades de alimentação e banheiros, a instalação de SAFER barrier e muito provavelmente o recapeamento total da pista... mas temos tempo ainda. E nessa terça dia 13 Buschinho informou que anunciará seu destino. Do jeito que as coisas andam, só espero que não seja mais um com contrato com a McLaren...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.