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Em Monza, Felipe Drugovich é campeão da Fórmula 2. Enzo Fittipaldi e Caio Collet Fazem pódio nas F2 e F3. Na Áustria, Bortoleto e Barrichello pontuam na F. Regional Europeia PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 11 September 2022 18:29

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos uma overdose de corridas, com 5 categorias indo para a pista e era simplesmente impossível assistir e comentar todas as corridas. Assim, começo a coluna pedindo desculpas para Roberto Faria, da GB3, assim como Rafael Câmara e Emerson Fittipaldi Jr. da FIA Fórmula 4 italiana, deixando a promessa de apresentar a resenha das seis corridas dessas duas categorias no próximo final de semana, mas nem assim vamos escapar do textão!

 

Nesta semana tivemos, além das categorias acima mencionadas, a 8ª etapa da Fórmula Regional Europeia, a última etapa da FIA Fórmula 3 e a penúltima etapa da FIA Fórmula 2, com 5 brasileiros na pista. Na Áustria, Gabriel Bortoleto e Eduardo Barrichello aceleraram no Red Bull Ring. Em Monza, Caio Collet na Fórmula 3, Felipe Drugovich e Enzo Fittipaldi eram nossos pilotos na pista.

 

FIA Fórmula 3

A manhã da sexta-feira, madrugada no Brasil, deu início aos trabalhos de pista da FIA Fórmula 3 para os 30 pilotos da categoria nesta última etapa, agora no Autódromo Internacional de Monza, um dos templos mundiais do automobilismo. O brasileiro Caio Collet não estava na disputa direta pelo título, mas desde a etapa da Hungria o brasileiro vem tendo bons desempenhos, inclusive com vitória no último final de semana em Zandvoort.

 

A sessão de treino livre tinha os 45 minutos regulamentares e com céu nublado, pista molhada e temperatura baixa, os pilotos foram logo para a pista, mesmo com a previsão de tempo firme e pista seca para o sábado e domingo. Caio Collet saiu entre os primeiros e passou reto na primeira freada da chicane. Na primeira “rodada” de voltas rápidas, o brasileiro ficou provisoriamente na P2,  mas os tempos certamente iriam cair.

 

 

Com 10 minutos de treino o sol começou “furar” as nuvens e um “trilho” começava a se formar. As “escapadas” iam acontecendo e as bandeiras amarelas andaram atrapalhando algumas voltas rápidas. Os tempos foram caindo e na metade do treino alguns pilotos começaram a colocar pneus slicks. Caio Collet não conseguiu fazer nenhuma outra volta rápida e faltando 20 minutos era, provisoriamente o P17.

 

Com a maioria dos carros nos boxes, Caio Collet voltou pra pista, mas os pneus slicks não estavam gerando – inicialmente – voltas mais rápidas. Com 9 minutos para o fim, finalmente um carro com pneus slicks virou mais rápido. Caio Collet subiu para a P10 e voltou para os boxes. Os tempos continuavam caindo nos minutos finais. Caio Collet voltou pra pista. As voltas que começaram em 1m51s estavam na casa de 1m45s e o brasileiro terminou a sessão na P8 com os pneus médios usados de Zandvoort.

 

Após o primeiro treino livre da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 3 voltaram à pista para o treino de classificação e os pneus slicks para o final de semana seriam os pneus macios. O sol chegou, a pista secou e agora o desafio era conseguir fazer uma volta rápida sem que ninguém atrapalhasse. A diferença entre pegar vácuo e pegar tráfego poderia colocar ou retirar alguém dos 12 primeiros e complicar todo o final de semana.

 

Aberto dos boxes para os 30 minutos de treino foram todos pra pista sem perder tempo. Caio Collet era o quarto carro no “pelotão” e muita gente passou por dentro dos pits na primeira volta e as primeiras voltas rápidas só apareceram com 6 minutos de treino decorridos. Na sua primeira volta rápida Caio Collet virou na casa de 1m38s e se colocou entre os 5 primeiros. Na segunda rodada de voltas rápidas, o brasileiro melhorou seu tempo, mas outros pilotos também melhoraram e ele caiu pra P9.

 

Com 18 minutos de treino a maioria dos pilotos voltou para os boxes enquanto outros tentaram uma terceira volta com os mesmos pneus. Caio Collet já tinha caído para P13 quando Isack Hadjar escapou na parabólica, bateu e provocou uma bandeira vermelha a 15m28s do fim do treino. Com isso todos vieram, obrigatoriamente para os boxes e o nosso representante precisava melhorar se quisesse marcar pontos em Monza.

 

 

12 minutos de paralisação e tivemos bandeira verde, mas os carros, todos com pneus novos, não vieram imediatamente para a pista e isso tinha tudo pra dar problema nos instantes finais do treino. O box da MP era o último e ninguém saía dos pits. Isso aconteceu com 8m30s para o final do treino e Caio Collet puxou a fila. Estranhamente, a maioria voltou para os boxes, parou e voltou a sair.

 

Os tempos vieram caindo quando faltavam 2 minutos para o fim do tempo. Caio Collet estava na P10 quando abriu a última volta. Logo depois tivemos uma bandeira amarela no setor 1 mas ele conseguiu abrir uma última volta a 4s do fim dos 30m, mas ele errou na segunda de Lesmo e deu muita sorte por cair apenas duas posições, ficando com a P12 e a pole da ‘sprint race’, vendo seu companheiro de equipe, Alexander Smolyar, fazer a pole para a ‘feature race’.

 

Na manhã do sábado (madrugada por aqui) era chegada a hora da ‘sprint race’ e Caio Collet estava largando na primeira fila, mas na P2. Após o treino de classificação tivemos algumas punições, entre elas, uma pra Juan Manuel Correa e com isso, ele subiu para a 11ª posição na classificação de sexta-feira. A corrida tinha pista seca, sol, nenhuma possibilidade de chuva, mas o asfalto ainda não estava tão quente.

 

 

Após a volta de apresentação os pilotos voltaram às suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 18 voltas, Caio Collet largou bem e manteve a P2. No final da primeira volta Caio Collet veio colado em Franco Colapinto e os dois vinham abrindo vantagem do P3, Josep Maria Marti. Zak O’Sullivan bateu sozinho no muro do final da reta dos boxes quando abria a volta 4 pra evitar um acidente e provocou a entrada do safety car, o que agrupou todo o pelotão.

 

A relargada demorou por terem autorizado Ido Cohen recuperar uma volta de atraso e, com isso a relargada só veio no início da volta 9. Com a bandeira verde acionada, Caio Collet foi atacado por Josep Maria Marti, que furou a chicane e depois da chicane o brasileiro chegou a tentar a ponta, mas Franco Colapinto se defendeu bem. No final da volta, Caio Collet vinha colado no argentino e trazia com ele Jonny Edgar.

 

 

Com a liberação de abertura da asa móvel, os três primeiros tinham aberto vantagem para a disputa pela P4 entre Bearman, Crawford e Maloney, mas ela vinha diminuindo e na volta 14 os 6 primeiros formavam um pelotão único. Caio Collet perdeu um pouco de contato com Franco Colapinto e acabou tomando de Jonny Edgar e Oliver Bearman, caindo para a P4 e o pelotão inteiro agrupou atrás do brasileiro.

 

Nas três voltas finais Caio Collet recuperou a P3 em cima de Jonny Edgar, mas a briga pela P3 estava a mais de 1s, mas a briga entre Jonny Edgar e Zane Maloney ajudou Caio Collet a manter a P3 na abertura da última volta e, sem cometer erros (a última volta foi um festival de erros que encheu a pista de brita na segunda variante), o brasileiro foi ao pódio em mais uma corrida.

 

 

O domingo trazia o encerramento do campeonato e teríamos Caio Collet largando na P11. A manhã ensolarada teria a decisão do título da categoria, com alguns pilotos tendo a chance de conquistar o título. Após a volta de apresentação, os pilotos retornaram às suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 22 voltas, Caio Collet conseguiu escapar das confusões, mas caiu para a P11.

 

Se a primeira chicane não foi um grande problema, a segunda teve gente batendo e com o encontro entre Rafael Villagomez e David Vidales foram pra brita e para o muro, provocando a entrada do safety car. N. Azman e Enzo Trulli também avariaram seus carros, mas conseguiram chegar aos boxes. O trabalho para recuperar as condições seguras e retirar os carros estava demorada em Monza e isso estava sendo um problema.

 

 

A bandeira verde veio na abertura da volta 5 e Caio Collet largou muito bem e ganhou duas posições, subindo para a P9. Na abertura da volta 9 o brasileiro foi superado por Josep Maria Marti, mas na volta seguinte recuperou a P9, mas a briga entre eles estava afastando os doi de Roman Stanek. Alexander Smolyar bateu rodas com Arthur Leclerc e avariou a suspensão, o que fez com que ele fosse perdendo posições e com isso, na volta 11 Caio Collet subiu para a P8.

 

Na volta 13 Jonny Edgar conseguiu superar Caio Collet e jogou o brasileiro de volta para a P9, mas os dois estavam distantes de Roman Stanek a mais de 1s. Caio Collet não conseguia acompanhar o ritmo de Jonny Edgar, mas estava quase 4s à frente de Franco Colapinto. A situação do brasileiro era complicada com Jonny Edgar fazendo a volta mais rápida da corrida em duas voltas seguidas.

 

 

Na volta 16, uma batida na saída da segunda de Lesmo entre Kushi Maini e Brad Benavides provocou a segunda entrada do safety car. Na volta 17 a direção de prova determinou a bandeira vermelha. Afinal, o trabalho iria demorar. Todos os carros vieram para os boxes. A corrida não foi reiniciada e Caio Collet terminou na P9. A decisão do título foi afetada com uma punição de 5s para Victor Martins, que perdia a P3. William Alatalo e Jonny Edgar também tomaram punições de 5s e com isso Caio Collet subia para a P7, mas em seguida vieram punições para o brasileiro que o jogaram para a P20. Campeonato decidido, com título para Victor Martins e Caio collet termina a temporada na P8 com 88 pontos.

 

FIA Fórmula 2

Depois do treino da FIA Fórmula 3 foi a vez dos 22 pilotos da FIA Fórmula 2 irem para a pista em seus 45 minutos de treino livre na manhã da sexta-feira. A situação do campeonato era enormemente favorável para Felipe Drugovich, com 69 pontos de vantagem sobre Theo Pourchaire e a concreta possibilidade de conquistar o campeonato antes da etapa final em Abu Dhabi. Enzo Fittipaldi, mais uma vez, precisaria continuar levando a Charouz nas costas.

 

 

A pista ainda tinha trechos úmidos, mas todos foram pra pista com os pneus slicks e Felipe Drugovich foi um dos poucos a marcar tempo no primeiro terço do treino, que era liderado pelo substituto do Roy Nissany (graças a Deus, fora da etapa, por ter atingido 12 pontos em punição), Luca Ghiotto. Enzo Fittipaldi só veio pra pista na metade do treino, altura em que Felipe Drugovich continuava entre o 5 primeiros e Enzo Fittipaldi era provisoriamente o P10.

 

Nos 20 minutos finais os tempos de volta baixaram da casa de 1m34s – por enquanto, porque iria baixar mais – e todos iam melhorando. Com 10 minutos para o fim e os tempos já na casa de 1m33s (baixo) Felipe Drugovich veio para uma volta rápida, mas pegou a pista congestionada. Na volta seguinte, sem os pneus na melhor condição, fez apenas a P13. Enzo Fittipaldi era o P16 faltando 6 minutos para o final do treino quando voltou pra pista.

 

 

Nos 5 minutos finais os tempos chegaram à casa de 1m32s. Felipe Drugovich começou a preparar uma última volta rápida e, enquanto Enzo Fittipaldi só conseguia ir pra P14, que caiu pra P19, Felipe Drugovich entrou na casa de 1m32s, o que deixou o futuro campeão da categoria na P6. Para efeito da disputa pelo campeonato, Theo Pourchaire terminou o treino na P4.

 

Após o treino livre 2 da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 2 voltaram à pista para o treino classificatório. A pista quente, seca e com sol firme era uma condição que iria exigir precisão, na pista e nos boxes para conseguir fazer uma volta limpa e rápida. Felipe Drugovich vinha pro treino com uma condição confortável, mas Enzo Fittipaldi fez um treino livre preocupante e isso poderia ser um problema.

 

No treino livre os pilotos usaram os pneus médios e agora era a hora dos pneus macios. Na primeira volta rápida Felipe Drugovich fez uma ótima volta, mas em seguida foi superado por... Enzo Fittipaldi! O tráfego andou atrapalhando as voltas de alguns pilotos, mas isso foi mudando e os tempos foram caindo... com isso os brasileiros despencando na tábua de tempos. Com 10 minutos de treino Felipe Drugovich estava na P10 e Enzo Fittipaldi na P16. Na terceira volta rápida do mesmo pneu Felipe Drugovich subiu pra P3, mas logo foi pra P4. Enzo Fittipaldi era o P17.

 

 

Os pilotos foram para os boxes para aquele ajuste fino e para colocar um novo jogo de pneus macios. A pole provisória estava com Jack Doohan, o único na casa de 1m31s alto. Felipe Drugovich era 6 décimos mais lento, mas estava uma posição à frente de Theo Pourchaire. Enzo Fittipaldi estava 1,2s atrás do pole e precisaria fazer um daqueles milagres que ele vem conseguindo fazer com a Charouz.

 

Faltando menos de 9 minutos os pilotos saíram pra pista os pilotos voltaram pra pista, todos juntos e, nesse momento, se atrapalhar no tráfego pode ser fatal para a definição das posições no grid. Os pilotos deram duas voltas de aquecimento dos pneus para buscarem a volta mais rápida, uma para refrigerar os pneus e uma última no “tudo ou nada”. Felipe Drugovich estava no meio do pelotão e Enzo Fittipaldi no final.

 

 

Felipe Drugovich entrou na casa do 1m38s em sua primeira volta do segundo jogo de pneus e estava provisoriamente na P4. Enzo Fittipaldi melhorou um pouco, mas ficou apenas na P15. Ainda havia tempo para preparar mais uma volta rápida. Ayumu Iwasa escapou na parabólica, bateu forte e acabou com o treino. Prejuízo total pra Theo Pourchaire que vinha em volta rápida (apenas P14) e melhor para Felipe Drugovich, que ficou com a P4 para a ‘feature race’ e na P7 na ‘sprint race’. Enzo Fittipaldi ficou com a P16 e uma situação complicada para as duas corridas.

 

Após o treino de classificação da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 2 vieram à pista para a ‘sprint race’. Felipe Drugovich sofreu uma punição pós-treino de 5 posições por ter feito sua volta com um setor em bandeira amarela. Com isso ele largaria na P12 na corrida deste sábado, duas posições à frente de Theo Pourchaire. O trabalho era manter o piloto francês atrás dele. Isso garantiria o título, mas era preciso muito cuidado na largada sempre complicada em Monza. Enzo Fittipaldi largava na P16 e precisava fazer mais uma daquelas corridas espetaculares.

 

Já estávamos no final da tarde quando os pilotos vieram pra pista e a TV Bandeirantes transmitiu o final da corrida em sinal aberto (ia transmitir toda a corrida, mas foi atrapalhada pela propaganda eleitoral obrigatória). Tínhamos pista seca, e zero chances de chuva. Os pilotos estavam todos com pneus médios para essa corrida. Ao lado de Felipe Drugovich estava Amauri Cordeel, um perigo ambulante.

 

 

Após a volta de apresentação os carros voltaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 21 voltas, Felipe Drugovich escapou de problemas na primeira chicanem nas na segunda – parecia que estava prevendo – Amauri Cordel espremeu o brasileiro pra fora da pista e em um toque roda dianteira direita com a roda traseira esquerda de Cordeel. O toque quebrou a barra de direção de Drugovich e ele abandonou.

 

Enzo Fittipaldi foi conservador e manteve a P15, logo atrás de Theo Pourhaire, que precisava avançar até a P6 para se manter na luta pelo título. A bandeira verde veo na abertura da volta 4. Enzo Fittipaldi segurou sua P15 e a gente via Theo Pourchaire ganhando uma posição na largada e outra na variante Ascari para assumir a P12. Na volta 5 Pourchaire passou Amauri Cordeel e ganhou a P11. Atrás dele vinha Enzo Fittipaldi na P12.

 

 

À frente dos dois – Pourchaire e Fittipaldi – tinha só piloto encardido: Jack Doohan David Beckmann e Liam Lawson. Na abertura da volta 7 Enzo Fittipaldi estava a mais de 1s de Theo Pourchaire, mas Aauri Cordeel não conseguia se aproximar do brasileiro. Na volta 6 o brasileiro encurtou a distância e vinha se aproximando de Theo Pourchaire. Do P2 pra trás estavam todos colados uns nos outros e assim chegaram na metade da corrida.

 

Amauri Cordeel veio forte pra cima de Enzo Fittipaldi, mas o brasileiro vinha se mantendo, mas estava perdendo terreno para Theo Pourchaire, que só não abria porque o francês estava preso atrás de Liam Lawson. A briga pela P2 desgarrou um pouco e na volta 13 quem segurava o pelotão era Ayumu Iwasa na P5. Pourchaire forçou e acabou perdendo várias posições. Enzo Fittipaldi subiu pra P11 e Theo Pourchaire caiu pra P17. Dennis Hauger passou Enzo Fittipaldi que caiu pra P12 novamente.

 

 

Nas 5 voltas finais Enzo Fittipaldi estava a 8 décimos de Dennis Hauger, mas no final da reta voltou a se aproximar. Ayumu Iwasa ia caindo e Enzo Fittipaldi estava colado em Dennis Hauger, que estava com uma advertência por track limits. Iwasa tomou 5s de punição e isso dava a P11 para Enzo Fittipaldi, mas o japonês afastou o brasileiro da briga com Dennis Hauger, que já valeira 1 ponto.

 

Enzo Fittipaldi. Finalmente passou por Ayumu Iwasa na penúltima volta, mas no enrosco perdeu a P11 para Marino Sato e voltou pra P12, sujando os pneus e perdendo 3 segundos. No final a transmissão dividiu a imagem e mostrando Felipe Drugovich no pit wall e, ao final da corrida, com Enzo Fittipaldi chegando na P12, a transmissão ignorou a volta de retorno de Juri Vips para mostrar Felipe Drugovich, que no dia em que, também em Monza, 50 anos atrás, Emerson Fittipaldi sagrou-se campeão mundial de Fórmula 1.

 

 

Por conta do atraso no final da FIA Fórmula 3,  corrida da FIA Fórmula 2 sofreu um atraso de 15 minutos. O já consagrado campeão da categoria, Felipe Drugovich, estava largando na P4 enquanto Enzo Fittipaldi largava na P15 para a ‘feature race’, com 30 voltas e a troca de pneus obrigatória. A corrida estava seno transmitida também pela TV aberta, com a Bandeirantes dando “status de Fórmula 1” para a categoria

 

A corrida longa tinha a questão da estratégia e Felipe Drugovich estava largando com pneus médios enquanto Enzo Fittipaldi estava com pneus macios. Após a volta de apresentação os pilotos voltaram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich largou bem e largou muito bem e tomou a P3, aproveitando a má largada do pole position, ganhando a P2 na segunda chicane. Enzo Fittipaldi assumiu a P11 depois do acidente na saída da primeira variante entre Ralph Boschung e Theo Pourchaire. Na segunda variante tivemos a batida de Jack Doohan e Logan Sargeant. A direção de prova colocou na pista o safety car.

 

 

David Backmann foi aos boxes com um furo lento de pneu e com isso Enzo Fittipaldi subiu para a P10. A relargada veio na abertura da volta 6. Felipe Drugovich não largou bem e foi superado por Marcus Armstrong, caindo pra P3. Enzo Fittipaldi manteve sua P10 e na volta, ganhou a P9, superando Marino Sato. Felipe Drugovich não conseguia acompanhar os dois primeiros, que estava com pneus macios. Calan Williams bateu forte e provocou a segunda bandeira amarela e entrada do safety car da corrida.

 

Como já estavam na volta 8, muitos pilotos vieram para os boxes fazer sua troca de pneus obrigatória, entre eles Enzo Fittipaldi. Os 5 primeiros, entre eles Felipe Drugovich, já tinham passado da entrada dos boxes e só puderam entrar na volta seguinte. Sua parada não foi boa e ele caiu para a P13. Enzo Fittipaldi subiu para a P9 e a direção de prova, vendo o problema para refazer a barreira de pneus decidiu por colocar bandeira vermelha na volta 9.

 

 

A corrida foi reiniciada 15 minutos depois atrás do safety car em bandeira amarela e a bandeira verde veio no início da volta 11. Felipe Drugovich caiu para 14º enquanto Enzo Fittipaldi ganhou a P8. Marcus Armstrong pegou um “stop and go” por furar a entrada dos boxes. Com isso Enzo Fittipaldi subiu para a P7 e Felipe Drugovich para a P13. Vips fez Lawson rodar e Felipe Drugovich foi para a P12 na volta 13. Na volta seguinte, Clement Novalak errou e Enzo Fittipaldi ganhou a P6.

 

Ayumu Iwasa vinha segurando Enzo Fittipaldi e com isso Juri Vips chegou no Brasileiro. Felipe Drugovich vinha em um ritmo suave, poupando os pneus macios para fazer 20 voltas. Juri Vips tomou um “stop and go” por bater em Liam Lawson, que teve que trocar o bico do carro. Felipe Drugovich subiu pra P11, superando Clement Novalak. Com a parada de Juri Vips, Felipe Drugovich subiu para a P10.

 

 

Na volta 20 Dennis Hauger chegou em Enzo Fittipaldi, que mesmo abrindo a asa móvel não conseguia superar Ayumu Iwasa e era atacado por Dennis Hauger. Na volta 21 Marino Sato, que faltava parar e com isso Enzo Fittipaldi e Felipe Drugovich subiram pra P5 e P9, respectivamente, mas Drugovich estava a mais de 3s de Amauri Cordeel. Com pneus macios, faltando 5 voltas, ele continuava 3s atrás de Amauri Cordeel.

 

 

Richard Verschoor tinha que parar nos boxes e com isso Enzo Fittipaldi subiu para a P4 e Felipe Drugovich para a P8, acelerando, Felipe Drugovich chegou em Cordeel e tomou a P7, mas a 3 voltas do final, ele estava 2,8s atrás de David Beckmann. Enzo Fittipaldi tentava ainda superar Ayumu Iwasa para conseguir a posição de pódio, mas não deu pra superar o piloto japonês. Felipe Drugovich terminou na P7, prejudicado pelas interrupções de prova. Após a corrida, Iwasa foi desclassificado e os brasileiros subiram uma posição. No campeonato, Felipe Drugovich, o campeão, saía de Monza com 241 pontos e Enzo Fittipaldi somou mais 15 pontos e estava na P5 com 126. A etapa final será em Abu Dhabi.

 

FRECA

No Red Bull Ring, na Áustria tivemos a 8ª etapa da Fórmula Regional Europeia by Alpine voltando das férias e com treinos livres coletivos na quinta-feira e na sexta-feira. Na sexta-feira os treinos foram cronometrados e com pista seca pela manha, apesar das muitas nuvens. Eduardo Barrichello ficou com a P10, enquanto Gabriel Bortoleto foi o 25º entre os 36 participantes.  

 

 

Na parte da tarde os pilotos voltaram à pista e a condição da pista estava completamente diferente devido a chuva, o obrigou os pilotos a usarem os pneus apropriados e, claro, fez os tempos subirem. Gabriel Bortoleto ficou com a P8 e Eduardo Barrichello com a P14 em uma sessão bem complicada, onde rodadas e limites de pista anularam várias voltas de vários pilotos. A previsão para o sábado era de pista seca e sol.

 

 

No sábado tivemos o treino classificatório 1 e a primeira corrida do final de semana. Como já os acostumamos a ver, os pilotos foram divididos em dois grupos, com 18 pilotos em cada um deles. Como para a divisão dos grupos é usada a classificação do campeonato ao fim da última etapa, os dois brasileiros, Gabriel Bortoleto e Eduardo Barrichello. Tínhamos sol, mas muitas nuvens no céu.

 

Após o grupo A ter feito seu treino (o P1 foi Paul Aron, piloto da Prema), os brasileiros foram para a pista com o grupo B e ninguém demorou a sair do pit lane para os 15 minutos na regressiva que definiria o grid da corrida que aconteceria algumas horas depois. Apesar do sol, a temperatura do asfalto não estava alta, exigindo que os pilotos viessem aquecendo os pneus nas primeiras voltas.

 

 

Eduardo Barrichello era o 2º carro na fila e Gabriel Bortoleto o penúltimo. O bom uso do vácuo seria fundamental. Os pilotos começaram a acelerar forte quando faltavam 8 minutos e meio para o fim e Eduardo Barrichello seguia Joshua Duerksen, seu companheiro de equipe. Na primeira volta rápida, Barrichello tina a P2 provisória e Bortoleto a P6, mas os tempos iam cair.

 

Na segunda volta lançada, os dois brasileiros melhoraram seus tempos de volta, mas os outros pilotos também melhoraram. Eduardo Barrichello era provisoriamente o P3 e Gabriel Bortoleto o P7. Na terceira passagem Eduardo Barrichello chegou ao topo dos tempos, com Gabriel Bortoleto na P5 quando faltavam 3 minutos para o fim do treino.

 

 

Na tentativa final, Eduardo Barrichello perdeu seu piloto referência, uma vez que Joshua Duerksen entrou nos boxes, mas ele deixou Noel Leon, também da Arden passar por ele para pegar o vácuo. Poucos melhoraram o tempo na última tentativa e Eduardo Barrichello ia largar em sua melhor posição desde que entrou para a categoria europeia. Gabriel Bortoleto perdeu uma posição, caindo para a P6.

 

No início da tarde os 36 pilotos inscritos vieram para a pista. Chegava a hora da corrida 1, com os 30 minutos +1 volta como de costume. Eduardo Barrichello estava largando na P2 (Paul Aron foi o mais rápido no geral). Gabriel Bortoleto largava na P11 (alguns pilotos receberam punições) e ia precisar fazer uma corrida agressiva para conseguir marcar bons pontos. Tínhamos sol entre nuvens e a pista estava com apenas 20ºC.

 

Pouco antes da volta de apresentação começou a chover e isso obrigou as equipes a trocar os pneus dos carros parados no grid, atrasando a largada. A pista ficou muito molhada e a largada foi definida como atrás do safety car. Após a pancada de chuva que molhou a pista, o sol voltou a aparecer entre as nuvens e a chuva parou pouco antes da largada. Isso iria complicar bastante a corrida.

 

 

Os pilotos saíram de suas posições no grid atrás do safety car com os 30 minutos já na regressiva. Sebastian Montoya rodou sozinho na reta, ainda atrás do safety car. Um outro incidente aconteceu envolvendo Tereza Babickova e Gilian Henrion, ambos da equipe G4, o que adiou a saída do safety car. Com a rodada de Sebastian Montoya, Gabriel Bortoleto ganhou uma posição. Com 24m26s na regressiva, a direção de prova colocou bandeira vermelha e interrompeu a prova, com todos voltando ao pit lane.

 

Após a retirada dos carros parados na reta dos boxes e a pista ser examinada, o safety car deixou os boxes com os carros atrás dele, a volta da bandeira amarela e o cronômetro acionado. Sem chuva, a pista estava bem mais seca, havia água, mas já tinham algumas partes secas. Eduardo Barrichello já buscava pontos com mais água para conservar os pneus e a bandeira verde veio com pouco menos de 20 minutos de prova e duas voltas atrás do safety car.

 

Paul Aron controlava a largada e arrancou antes da penúltima curva. Eduardo Barrichello largou bem e manteve a P2 enquanto Gabriel Bortoleto apostou alto, colocando pneus slicks assim que foi dada a bandeira verde. Na volta seguinte, Hadrien David fez o mesmo, voltando a frente de Gabriel Bortoleto que era o P34. Na volta seguinte quem entrou foi Paul Aron e Eduardo Barrichello assumiu a liderança.

 

 

Os carros começaram a parar nas voltas seguintes uma vez que os carros com pneus slicks começavam a virar mais rápido que os líderes. Na volta 5 Pierre-Louis Chovet tomou a liderança de Eduardo Barrichello. Na volta seguinte Kas Haverkort também passou Barrichello, que era atacado por Dino Beganovic. Barrichello escapou na curva 2 na volta seguinte e caiu para a P4 e já era atacado por Joshua Dufek. Gabriel Bortoleto era o 25 faltando 10 minutos para o final da corrida.

 

Faltando 8 minutos para o fim, Paul Aron foi tocado por Sebastian Montoya (ah, DNA) e o estoniano foi parar na caixa de brita da curva 3, provocando a entrada do safety car e complicando a corrida de recuperação de quem tinha colocado os pneus slicks. A bandeira verde demorou a vir e veio para apenas 2 voltas que seriam insanas e Pierre-Louis Chovet acelerou na entrada da reta. Eduardo Barrichello caiu para a P5 Bortoleto subiu para a P23, mas a corrida de quem colocou os pneus slick ficou difícil. Eduardo Barrichello terminou na P5 e Gabriel Bortoleto na P15.

 

Na manhã do domingo os pilotos voltaram à pista para o treino classificatório da corrida 2, novamente no formato de dois grupos e estava frio. A temperatura da pista era de 8ºC e a do ar 11ºC. O grupo B foi o primeiro a vir pra pista desta vez, com os brasileiros Eduardo Barrichello e Gabriel Bortoleto na pista. A Arden veio na mesma estratégia, com Joshua Duerksen à sua frente para fazer o vácuo. Gabriel Bortoleto vinha atrás de Hadrien David.

 

 

Aquecer os pneus seria um desafio nessa condição, mas os pilotos partiram para voltas rápidas com pouco menos de 9 minutos para o final do treino. Na primeira volta rápida Eduardo Barrichello fez a volta mais rápida enquanto Gabriel Bortoleto era apenas o P11. Na segunda passagem os tempos foram caindo. Barrichello era o P2 e Bortoleto o P6. Eles continuavam virando rápido e Gabriel Bortoleto tomou a P1 a 3 minutos do fim do treino.

 

Barrichello havia caído para a P3, mas ainda havia tempo para mais uma ou duas tentativas. Eduardo Barrichello voltou à P1, mas foi superado por Hadrien David e outros pilotos foram baixando seus tempos. Faltando 1 minuto para o fim do treino, Gabriel Bortoleto era o P3 e Eduardo Barrichello o P6. Na última volta rápida não houve mudanças entre os primeiros e o os dois brasileiros mantiveram suas posições.

 

 

No início da tarde 35 dos 36 pilotos retornaram à pista para a segunda corrida da 8ª etapa do campeonato. Tereza Babickova foi reprovada após o exame médico feito depois do acidente sofrido na corrida do sábado. O céu estava nublado, com a pista em 18ºC e com o risco de chuva sempre rondando. Gabriel Bortoleto estava largando na P5 e Eduardo Barrichello na P11, com ambos mostrando um bom ritmo de corrida e em condições de terminar esta corrida na zona dos pontos.

 

Após a volta de apresentação os pilotos voltaram al grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta, Gabriel Bortoleto largou muito bem, e brigou pela P3 por toa a primeira volta, e assumiu a P4. um acidente entre Esteban Mason e Roman Bilinski provocou a entrada do safety car já o him da primeira volta. Eduardo Barrichello evitou confusões na largada e ainda assim ganhou uma posição, subindo para a P10.

 

 

Depois da remoção dos carros da caixa de brita onde ficaram, tivemos a volta da bandeira verde na abertura da 5ª volta e faltando pouco mais de 20 minutos para o final da prova. Gabriel Bortoleto escapou na curva 1 e perdeu a P4 para Gabriele Mini. Por pouco não perdeu também para Pierre-Louis Chovet. Eduardo Barrichello manteve bem a P10 enquanto Bortoleto continuava sob pressão e ter perdido contato com Gabriele Mini.

 

Na volta seguinte uma batida entre Mari Boya e Dilano Van’t Hoff levou os dois para a Brita e o safety car de volta à pista. A bandeira verde veio quando faltavam praticamente 13 minutos e meio para o fim da corrida no início da volta 9. Dessa vez Gabriel Bortoleto largou melhor e evitou ataques. Eduardo Barrichello foi quem teve problemas com Paul Aron, mas superou Leonardo Fornaroli e se manteve na P10.

 

 

Gabriel Bortoleto não conseguia acompanhar Gabriele Mini e tinha que cuidar de Joshua Duerksen nos retrovisores. Tim Tramnitz levou a melhor na dividida da curva 4 com Paul Aron e Eduardo Barrichello foi na carona para assumir a P9. Barrichello foi pra cima de Tim Tramnitz, ganhando a P8 na volta 13, evitando a brita na curva 4, mas estava longe do P7, Pierre-Louis Chovet, que estava na briga pela P5 no pelotão liderado por Gabriel Bortoleto. Lorenzo Fluxa escapou e bateu na penúltima volta, provocando a terceira entrada do safety car e assim a P5 e a P8 foram as posições que Bortoleto e Barrichello terminaram a corrida. No campeonato, Bortoleto saiu da Áustria na P6, com 127 pontos, e Barrichello na P12, com 39. A etapa seguinte será em outubro, em Barcelona.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Monday, 12 September 2022 10:43 )