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Laguna Seca: chegando à Califórnia para fechar a temporada 2022 / Pódio da Oceania em Portland PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 07 September 2022 23:13

Olá amigos, tudo bem?

 

E chegamos à última etapa da temporada 2022 do NTT IndyCar Series, que acontece neste domingo, 11, em Laguna Seca, na Califórnia. O Firestone Grand Prix of Monterey terá 95 voltas pelo circuito misto permanente de 3,6 km e apontará o campeão. A principal disputa está entre os pilotos da Penske, Will Power e Josef Newgarden, além de Scott Dixon, da Ganassi. Power lidera o campeonato, com 523 pontos, seguido por Newgarden e Dixon, empatados com 503. 

 

Essa disputa evidencia dois pontos que me parecem importantes. O primeiro é a presença, novamente, da Penske e Ganassi na decisão. Apesar de a Indy ser muito competitiva e equilibrada, permitindo vitórias de vários pilotos e equipes ao longo do ano, a verdade é que as equipes mais experientes fazem sempre um grande trabalho para chegar à final.

 

No caso dos pilotos, podemos falar a mesma coisa. É maravilhoso ver os jovens talentos vencendo corridas e disputando títulos, como foi o caso do Alex Palou no ano passado, mas a experiência conta muito. É mais uma prova que é totalmente equivocado atribuir à idade alguma eventual queda de rendimento.

 

A programação em Laguna Seca começará já na sexta-feira com uma sessão de treinos livres, às 18:30, no horário do Brasil (sempre lembrando que, nessa época do ano, são quatro horas de diferença). No sábado, antes do Qualifying, marcado para começar o Q1 às 18:05, teremos a segunda sessão de treinos, a partir das 14:15. A corrida terá largada às 16:30, com transmissão ao vivo pela TV Cultura e ESPN/Star+.

 

 

Apesar de ter vencido com pole em 2000, minhas lembranças mais marcantes de Laguna Seca são de 2020, quando o Ricky Taylor e eu, com o Acura Team Penske ARX-05, vencemos a etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, passo decisivo para a conquista do título na prova seguinte, em Petit Le Mans.

 

E por falar em Petit Le Mans, estarei compondo a esquadra da Meyer Shank final do campeonato deste ano, marcada para o dia 1º de outubro agora, mas sobre isso vamos conversar mais para a frente. Mas já posso adiantar que será a despedida do Acura ARX-5, pois no campeonato de protótipos de 2023 teremos um novo carro, o ARX-06, que não vejo a hora de experimentar.

 

A programação da Meyer Shank Racing em Laguna Seca será a mesma que temos adotado durante o ano, ou seja, faremos as experimentações já previstas, tentando alcançar os melhores resultados possíveis numa temporada que é de muito aprendizado. Tudo para chegar com força total para o cumprimento do calendário 2023.

 

Renovo aqui o convite para que acompanhem essa prova final, que reserva sempre grandes emoções, principalmente em se tratando da decisão do campeonato.

 

É isso aí. Até semana que vem. Abraço a todos!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Queridos amigos leitores,

 

Estamos na reta final do campeonato da IndyCar Series de 2022... e que temporada! Estive em Portland pelo nosso site e pude viver todas as emoções de uma corrida que definiu quem são os verdadeiros candidatos ao título.

 

Dos sete pilotos que chegaram ao Oregon para a penúltima corrida do ano, dois foram – matematicamente – eliminados: Alex Palou, que mesmo após largar numa boa posição, terminou a corrida numa melancólica P12 e Pato O’Ward, que mesmo tendo feito uma grande corrida, terminando na P4, pelos resultados dos adversários está fora da disputa.

 

Para muitos expectadores, a corrida não teve grandes emoções, cheguei a ouvir isso enquanto transitava atrás do Pit Wall, mas eu discordo de quem pensa assim. Foi uma corrida muito estratégica e o pole position, Scott McLaughlin, e o líder do campeonato, Will Power, mostraram a força da Penske, tendo passado a maior parte da tarde fugindo dos outros candidatos ao título depois de começar com um 1-2 e terminar em um 1-2, confirmando a dobradinha para a equipe do Capitão Roger Penske.

 

 

McLaughlin dominou as primeiras partes da corrida depois de largar com os pneus alternativos da Firestone, assim como seis dos 10 primeiros colocados no pelotão. Seus rivais tentaram várias estratégias entre os pneus “vermelhos” ou “pretos”, na esperança de encontrar uma vantagem que nunca veio. Apesar da ansiedade dos pilotos antes da corrida sobre uma possível carnificina na apertada Curva 1 na volta 1, todos os pilotos conseguiram passar por aquela Calamity Corner sem incidentes após a bandeira verde.

 

Isso ajudou McLaughlin a aumentar sua liderança para quase 7,5 segundos sobre Power na volta 33. Power chegou a 4,4 segundos de McLaughlin na volta 71, com Power, McLaughlin e o companheiro de equipe Newgarden fazendo seus pit stops finais na volta 80, quando parecia que esta poderia ser a primeira corrida sem advertências em Portland desde 2007, mas na IndyCar Series sempre podemos esperar pelo inesperado.

 

 

O resultado para a equipe Penske poderia ter sido ainda mais forte. Rinus VeeKay – literalmente – jogou  Jimmie Johnson no muro no final da reta de chegada, perto da tomada da curva 1 na volta 84 e provocou uma bandeira amarela para incendiar as voltas finais. Neste momento o Top 5 era formado por McLaughlin, Power, O’Ward, Newgarden e Rossi. Os três carros da equipe estavam nas quatro primeiras posições.

 

 

No reinício que se seguiu na volta 88, McLaughlin disparou para longe do campo. Power ficou em segundo lugar, mas não até que suas esperanças de título talvez passassem diante de seus olhos depois que O'Ward fez um mergulho otimista sob Power na curva 1 e acabou ficando com parte do seu sidepod esquerdo danificado. Pouco mais atrás Josef Newgarden – o único dos 5 que estava com pneus duros (pretos) e Alexander Rossi foram se tocando na chicane após a reta, o que favoreceu Scott Dixon, que vinha fazendo uma corrida brilhante depois de largar na P18. Ele superou a ambos e foi da P6 para a P4. Na reta, aproveitando o dano no carro de O’Ward, Dixon assumiu a P3. Com Pneus duros, Newgardem ia sendo superado e caiu até a P8.

 

 

Nas voltas finais e com a classificação de corrida do jeito que estava, Will Power chegou a questionar se, para o interesse da equipe, ele e Scott Mclaughlin não “deveriam trocar de posição”. Felizmente a IndyCar não é a Fórmula 1 e a equipe Penske não levou a possibilidade em consideração. Assim, ficaram estabelecidas as posições no pódio com três pilotos da Oceania.

 

Se Will Power terminar no pódio em Laguna Seca, não há nada que Josef Newgarden, Scott Dixon, Marcus Ericsson ou Scott McLaughlin possam fazer para impedir o australiano de vencer seu segundo campeonato da NTT IndyCar Series. A corrida de 95 voltas de domingo (12:00 horas, horário do pacífico). Matematicamente, cinco pilotos permanecem dentro da elegibilidade matemática de ganhar o título.

 

 

Marcus Ericsson e Scott McLaughlin precisariam de uma combinação bem improvável para se sagrarem campeões, mas a situação de Scott Dixon e Josef Newgarden também não é fácil. Ambos tem 20 pontos de desvantagem para Will Power, que conquistará o campeonato se chegar em uma das posições de pódio.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.