Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Overdose de velocidade e de incompetência da Ferrari no final de semana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 05 September 2022 08:22

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que sim. O mundo vive com problemas sérios de má distribuição; o mais comum é o de má distribuição de renda, mas o de má distribuição de corridas nos calendários também é preocupante... simplesmente tem final de semana com muito pouca corrida e tem outros em que você nem consegue respirar direito entre uma corrida e outra, ou tem que ficar “zapeando” entre uma e outra; Esse final de semana teve um monte de coisas lá fora, e outro monte aqui no Brasil. As do Brasil acabei deixando para o Shrek, especialista no assunto nacional comentar, pois definitivamente faltou-me tempo para acompanhar com um mínimo de atenção tudo o que tinha nas pista esse final de semana... queria ter ido acompanhar os 500 km de Interlagos esse domingo diretamente lá na pista, mas sem a menor condição; como iria acompanhar as provas ianques para a coluna? Não, ainda não consegui descobrir como adquirir o dom da ubiquidade... então sem condição.

 

Bom, vamos ao que interessa, motor roncando. O Mundial de Motovelocidade foi até a pista de Misano para mais uma etapa, e quem no Brasil acordou antes das 6 da manhã do domingo para poder acompanhar a largada da Moto3 não se decepcionou. OK, a Moto2 como de costume foi meio chatinha, mas no geral o que vimos foi alta qualidade de disputas na pista. A corrida da Moto3, como de costume, foi proibida para cardíacos, e a briga de faca entre Foggia, Guevara, Masia e Öncü foi de deixar o público sem respirar. Na última curva, decisão do pódio, com Dennis Foggia em 1º, Jaume Masia no degrau intermediário do pódio e Izan Guevara em 3º. Deniz Öncü, lutando com as dores da recuperação do ombro machucado, ficou em 4º lugar. Monumental a corrida de Diogo Moreira, terminando em 7º após ter aparecido em 2º lugar nas primeiras voltas com uma moto que está longe de ser competitiva durante a corrida toda. Na Moto2, a primeira vitória para Alonso Lopez, na moto que era de Romano Fenati, ou seja, já está mostrando que a escolha da equipe foi acertada. E ganhou com a maior folga do domingo, 1s25 sobre Aron Canet e 3s30 sobre Augusto Fernandez, enquanto a disputa pelo título se aqueceu com a segunda corrida seguida de Vietti sem pontuar. Agora a liderança está com Augusto Fernandez, com Ai Ogura apenas 4 pontos atrás. A MotoGP, sinceramente, parecia a Moto3, principalmente a segunda metade da corrida. Pecco Bagnaia fez o que precisava para continuar sonhando com o título, venceu a corrida... pela enorme e monumental vantagem de 3 centésimos de segundo sobre Enea Bastianini, com a Ducati de 2021 dando um sufoco considerável na moto de 2022. Na verdade, ficou a impressão que, se Enea estudasse um pouco mais o adversário, teria ultrapassado... ou talvez não o tenha feito pensando no seu contrato para ano que vem. Enfim, se ele tinha que mostrar o cartão de visitas para Bagnaia, o fez com muita propriedade. Mais lá atrás, 4 segundos atrás, chegou o 3º colocado Maverick Viñales, em mais um grande resultado para a Aprilia. O líder do campeonato Fabio Quartararo não terminou a prova muito feliz de chegar em 5º lugar atrás de Luca Marini, mas... faz parte.

 

A Fórmula Um foi até a Holanda correr no belo autódromo de Zandvoort, odiada por aquela turma acostumada aos Tilkódromos, com áreas de escape asfaltadas gigantescas e os mais de 30 metros de largura já mencionados por Reginaldo Leme na corrida do Red Bull Ring (não, eu não consigo esquecer o “Silvertone tem a pista 3x mais larga”), para uma corrida que, se não foi das mais movimentadas, não chegou exatamente a ser chata. OK, assistir a corrida após a prova de motovelocidade foi quase um anticlímax, mas levando em conta boa parte da temporada, não foi das piores. Tivemos toques entre pilotos, tivemos piloto querendo passar onde não tinha espaço e depois reclamando que “o adversário não deixou espaço”, e claro que tivemos as trapalhadas da Armata Brancaleone de Maranello... o pior foi, claro, a não presença imediata do pneu traseiro esquerdo na parada, mas a saída em que o Sainz tentou não atropelar o mecânico da outra equipe e não bater na mureta do estreito pit lane e os jênios iluminados (no sentido Stephen King do termo “iluminado”) dos comissários que puniram a prudência do menino Sainz... que fase, Ferrari, que fase... se bobear tem italiano vendendo pela metade do preço o ingresso antecipadamente comprado, pra não ter que assistir pessoalmente mais uma trapalhada da equipe, seja nas paradas de troca de pneus, seja na estratégia de corrida. Para felicidade da torcida local, vitória de Max Verstappen, com um ótimo 2º lugar para George Russell e uma pequena compensação para Charles Leclerc com o degrau mais baixo do pódio, depois de largar em 2º. Agora é ver qual será o tamanho do papelão que a Armata Brancaleone vai fazer na Itália semana que vem...

 

A Indycar fez sua penúltima etapa do ano na tradicional pista de Portland, e a corrida teve emoção só depois que Rinus VeeKay fez uma lambança que nem Maldonado faria e jogou Jimmie Johnson no muro. Depois que a bandeira amarela acabou, a prova foi bem interessante, e terminou com a vitória de Scott McLaughlin, que liderou 104 das 110 voltas, ou seja, só deixou a liderança quando entrou pra trocar pneus e reabastecer. Em 2º chegou o líder do campeonato, Will Power, que por um lado conseguiu uma vantagem razoável sobre Josef Newgarden (que terminou apenas em 8º), mas por outro agora tem outro grande adversário para enfrentar em Laguna Seca: Scott Dixon, que terminou em 3º e está empatado em pontos com Newgarden... a corrida promete ser emocionante lá na California.

 

E a NASCAR aproveitou que essa segunda é feriado por lá (Labor Day) e fez uma corrida na noite de domingo... a felicidade desse vosso escriba foi contagiante, só que não. Tudo indicava que a prova ficaria nas mãos do pessoal que está na disputa pelo título, como William Byron (que venceu o 1º estágio) ou Kyle Busch (vencedor do 2º estágio). Entretanto, pela primeira vez desde 2014, quando foi introduzido esse formato de eliminatórias, um piloto de fora da disputa pelo título venceu uma corrida da fase eliminatória. E o responsável por isso foi Erik Jones, que levou novamente um dos mais icônicos números da categoria ao Victory Lane: o #43 da Petty GMS Racing. Curiosamente, a vitória nº 200 para esse número de carro nas estatísticas da categoria. Vitória, claro, muito comemorada pelos presentes, até pela história toda do King... em 2º chegou Denny Hamlin, que tentou alcançar a liderança com aquela empolgação típica dele... ou seja, ficou em 2º mesmo. A 3ª posição foi ocupada por Tyler Reddick, seguido por Joey Logano em 4º e com Christopher Bell fechando o Top-5. Dois pilotos movimentaram as arquibancadas com seus abandonos: Kyle Busch (previsivelmente, já que o pessoal ali no Sul dos EEUU adora odiar o Buschinho), cujo motor deixou esse plano, e Kevin Harvick, cujo carro se lembrou do símbolo oval que transporta e virou uma brasa, mora? Pegou fogo, mas pegou fogo bonito, com estilo e garbo. Próxima corrida será em Kansas, então carry on my wayward son...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.