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Felipe Drugovich na F2 e Caio Collet na F3 vencem em Zandvoort. Kiko Porto faz 2 pódios nos EUA PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 04 September 2022 16:12

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana, tivemos corridas na Europa e nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, Francisco ‘Kiko’ Porto foi para o autódromo de Portland, no estado do Oregon, pela primeira vez para a rodada tripla que encerraria o campeonato.

 

 Em Zandvoort, na Holanda, tivemos a antepenúltima etapa da FIA Fórmula 2, com Felipe Drugovich numa excelente posição na disputa do título e Enzo Fittipaldi fazendo milagres com o carro da Charouz. A FIA Fórmula 3 faria sua penúltima etapa no estreito e sinuoso circuito holandês e Caio Collet, que fez boas corridas na Bélgica, parecia ter voltado das férias com outra cabeça.

 

Também tivemos uma rodada tripla do FIA Fórmula 4 na Espanha, onde Ricardo Gracia Filho vinha participando regularmente e outros pilotos brasileiros vinham correndo eventualmente. Como a rodada na Espanha coincidiu com uma das etapas do campeonato brasileiro da mesma categoria e os pilotos brasileiros optaram por correr em casa. Sem brasileiros, sem resenha da rodada em Aragon... mas nem assim, escapei do textão, mas por justos motivos.

 

FIA Fórmula 3

A manhã da sexta-feira, madrugada no Brasil, deu início aos trabalhos de pista da FIA Fórmula 3 para os 30 pilotos da categoria nesta penúltima etapa, agora no circuito de Zandvoort na Holanda que se apresentou com sol e céu azul (mas a temperatura não era alta) o campeonato estava completamente aberto e o brasileiro Caio Collet estava na expectativa de conseguir repetir as boas performances das corridas na Hungria e Bélgica.

 

Mesmo com 45 minutos de treino na sessão, Caio Collet só veio pra pista depois de passados 15 minutos de treino. Havia muita areia vinda das dunas (o circuito é próximo da praia). A pista curta, estreita e sinuosa era um problema com 30 pilotos buscando tempo e desafio a mais pra fazer uma “volta limpa”. A primeira volta do brasileiro o colocou entre os 10 primeiros, mas muito longe do tempo mais rápido.

 

 

A segunda volta do pneu foi mais rápida, mas como outros também melhoraram, ele saiu do grupo do top-10. A terceira volta rápida de Caio Collet o colocou – temporariamente – na P6, mas a 1s do P1. Brad Benavides escapou do traçado e foi parar na caixa de brita, provocando um safety car virtual (em outras situações isso seria caso de bandeira vermelha, mas deixaram alguns carros rodando pra “emborrachar” a pista). Nessa primeira metade de treino os pilotos ainda estavam com pneus usados da etapa anterior.

 

Faltando 11 minutos pro fim Caio Collet, já com pneus médios novos, fez uma volta meio segundo abaixo do P1, mas os temos estavam caindo de forma geral. Pegando um vácuo no setor 3, o brasileiro melhorou seu tempo e a 7 minutos do fim tinha a P2 provisória, mas 4 décimos acima do P1. Antes que os pilotos conseguissem voltas mais efetivas, Reece Ushijima escapou da pista e bateu forte, provocando um outro safety car virtual e isso praticamente acabou com o treino, deixando Caio Collet na P2.

 

Após o final do treino livre 1 da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 3 retornaram à pista para o treino classificatório. Todos os pilotos estavam calçados com pneus médios e teriam não apenas o sinuoso traçado holandês para conseguirem o melhor tempo de volta, mas também conseguir escapar do tráfego... e o engarrafamento começou logo na saída dos boxes numa cena inusitada, ajudada pelo pit lane estreito do autódromo holandês. A temperatura – do ar e da pista – subiram muito e isso era um desafio a mais.

 

Com o alto risco de bandeiras vermelhas para interromper o treino, todos foram para a pista buscar uma volta rápida. Caio Collet fez uma excelente volta, mas veio muita gente virando rápido e o Brasileiro, depois da “primeira rodada de tentativas”, ficou na P7. A segunda volta rápida de Caio Collet não foi boa e ele não melhorou seu tempo. Com 20 minutos de treino restando, a maioria dos pilotos já estava de volta aos boxes.

 

 

Faltando 17 minutos os pilotos começaram a voltar pra pista e o trânsito estava pesado. Caio Collet abortou a abertura de sua volta rápida para não ser atrapalhado. Na volta seguinte o brasileiro fez uma excelente volta, mas a pista mostrava sinais de melhora e da provisória P2 Caio Collet desceu para a P6 quando faltavam 10 minutos para o final da sessão e os pilotos voltaram praticamente todos para os boxes.

 

As equipes colocaram pneus novos nos carros para um final de treino que prometia ser frenético e complicado. Com 6 minutos para o fim do tempo. Caio Collet foi um dos últimos a sair dos boxes na tentativa de pegar a pista limpa para fazer uma volta sem tráfego. Alguns pilotos conseguiram melhorar seus tempos até William Alatalo bater na curva 3, provocar uma bandeira vermelha que acabou com o treino sem que Caio Collet conseguisse fazer sua volta rápida final e ficando com a P9 no treino, o que o coloca na P4 para a ‘sprint race’ no sábado.

 

A manhã do sábado era o momento para a primeira das duas corridas em Zandvoort, com a expectativa de ultrapassagens difíceis. Com o tempo firme, sol, pista seca e zero chances de chuva, as ultrapassagens deveriam ser difíceis. A largada seria fundamental para se tentar ganhar algumas posições, mas tem muita gente rápida que ficou fora dos 12 primeiros e que estavam brigando pelo título.

 

Os carros saíram sem problemas para a volta de apresentação em chegaram para suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 21 voltas programadas, Caio Collet fez uma grande largada e tomou a P2, superando Zak O’Sullivan e Gregorie Saucy. Felizmente a largada onde alguns toques aconteceram, mas não tivemos carros com grandes danos e sem maiores problemas nas primeiras curvas. O brasileiro fechou bem a primeira volta, mas precisava cuidar da distância para o líder, Juan Manuel Correa.

 

 

Na segunda volta Caio Collet foi pra cima do líder e contornou as duas primeiras curvas por fora, lado a lado. Não deu na primeira tentativa, mas na volta seguinte o brasileiro repetiu a manobra, foi lado a lado até a curva 3 para tomar a ponta e na conclusão da volta 5 já conseguia abrir vantagem para Juan Manuel Correa, que tinha que se preocupar com os ataques de Zak O’Sullivan.

 

 

Na abertura da volta 7 Caio Collet já tinha conseguido colocar uma vantagem de 1,4s e ia abrindo do pelotão que brigava pela P2. Na metade da corrida a vantagem do piloto brasileiro já passava de 2s e a preocupação agora era cuidar dos pneus e torcer para não ter nenhum acidente na corrida para uma entrada do safety car. Faltando 5 voltas para o final as posições e a diferença estavam inalteradas, mostrando a dificuldade de se conseguir ultrapassar em Zandvoort.

 

 

Os sinais do desgaste dos pneus foi se evidenciando e Caio Collet mostrou que fez bem o trabalho de cuidar dos pneus e começou a ampliar a vantagem sobre Juan Manuel Correa. Sem incidentes que interrompessem a corrida, o brasileiro entrou na última volta com 3s de vantagem sobre o 2° colocado e acelerou tudo para tentar fazer a melhor volta da corrida e foi exatamente o que ele conseguiu fazer, impondo mais 1s na volta pra ganhar o ponto extra.

 

No domingo a situação era mais complicada. Caio Collet largava na P9 e se a largada espetacular do sábado, somada as voltas bem agressivas. O sol e a pista seca, sem nenhuma possibilidade de chuva deixava a situação bem previsível com a situação relativa as ultrapassagens. Completada a volta de apresentação, os pilotos realinharam no grid para as 26 voltas programadas.

 

Apagadas as luzes vermelhas, felizmente os pilotos conseguiram passar ilesos pelas primeiras curvas. Caio Collet fez uma ótima largada, pulando para a P8 e veio a volta inteira colado em Jonny Edgard. Na abertura da volta 3 Brad Benavides  acertou William Alatalo e com o toque na saída da curva Tarzan ambos foram parar na Brita e na barreira de proteção, obrigando a entrada do safety car

 

 

A relargada veio na abertura a volta 8 e Caio Collet veio colado em Jonny Edgard. Jak Crawford errou a tomada da Tarzan e caiu pra P9. Caio Collet mergulhou na curva 3 por dentro e tomou a posição de Jonny Edgard. Com isso, subiu para a P6, trazendo Sebastian Montoya colado com ele, o que começou a obrigar o piloto brasileiro a cuidar bem dos retrovisores, além de tentar se manter a menos de 1s de Isack Hadjar.

 

A abertura da asa móvel foi autorizada e Caio Collet não conseguia acompanhar o ritmo dos 5 primeiros, que estavam formando um pelotão compacto. O problema era Jak Crawford, que superou Jonny Edgard e Sebastian Montoya, virava muito rápido e se aproximou muito rápido do piloto brasileiro, complicando o seu trabalho, que estava funcionando, com sua aproximação pra cima de Isack Hadjar.

 

 

Faltando 10 voltas para o final, Caio Collet vinha no ritmo de Isack Hadjar e se segurando à frente de Jak Crawford. Victor Martins, o P2, vinha segurando todo o pelotão. Na volta 18 David Vidales parou perto de uma agulha, mas ainda em posição perigosa. A direção de prova acionou o safety car virtual, mas na volta seguinte colocou o safety car na pista com a ponta do bico do carro de Gregorie Saucy ficando na pista.

 

A retirada do carro de David Vidales demorou 3 voltas e a relargada veio na abertura da volta 21. Caio Collet veio pra cima de Isack Hadjar e, por pouco não foi acertado por um Jak Crawford que chegou na curva Tarzan fritando os pneus. Rafael Villagomez foi acertado por Juan Manuel Correa na freada da curva Tarzan e jogou o piloto da Van Amersfoort pra caixa de brita e, com isso, o safety car veio pra pista pela terceira vez.

 

 

A relargada veio na abertura da penúltima volta e dessa vez Caio Collet não relargou tão bem. Jak Crawford veio com tudo pra cima do piloto brasileiro que precisou ser bem defensivo, mas na abertura da última volta não teve como segurar a P6, sendo superado pelo piloto da Prema. Caio Collet recebeu a bandeirada final na P7. Com o resultado o piloto brasileiro somou 17 pontos no final de semana, saindo de Zandvoort com 80 pontos e a 8ª posição no campeonato, que terá sua etapa final em Monza no próximo final de semana.

 

FIA Fórmula 2

Depois do treino da FIA Fórmula 3 foi a vez dos 22 pilotos da FIA Fórmula 2 irem para a pista em seus 45 minutos de treino livre na manhã da sexta-feira. Alguns pilotos do grid correram em Zandvoort quando ainda estavam na FIA Fórmula 3 (o que não era o caso dos brasileiros), mas agora era outro carro, outra situação e Felipe Drugovich, com 43 pontos de vantagem precisava correr com a cabeça pra manter a vantagem. Enzo Fittipaldi precisaria continuar levando a Charouz nas costas.

 

 

A Pirelli e a organização disponibilizaram pneus macios e duros, que vai gerar um degrau de performance para as estratégias da ‘feature race’. Nos primeiros 10 minutos de treino, todos com pneus duros, Felipe Drugovich e Enzo Fittipaldi estavam entre os 10 primeiros quando David Beckmann escapou e foi parar na caixa de brita da última curva, provocando uma bandeira vermelha (mas o cronômetro continuava virando).

 

Com a volta da bandeira verde os pilotos voltaram pra pista e os brasileiros foram loco fazendo voltas rápidas e enquanto Felipe Drugovich ficava no Top 5, Enzo Fittipaldi no top 10 faltando 20 minutos para o fim do treino. 3 minutos depois Frederik Vesti escapou na curva 2 e bateu. Preso na caixa de brita, provocou a segunda bandeira vermelha. Havia uma diferença nos tempos mostrados na TV e no Live Timing, mas na parada, Felipe Drugovich era o P6 e Enzo Fittipaldi o P14.

 

 

Tirar o carro foi relativamente rápido, o trabalho é “varrer a pista”. A bandeira verde veio quando faltavam apenas 10 minutos para o fim. Faltando 3 minutos para o fim Felipe Drugovich fez a P3 provisória (que acabou sendo definitiva), mas 4 décimos acima de Jack Doohan. Enzo Fittipaldi não conseguiu melhorar seu tempo nesse gap e ficou longe do que vinha fazendo, terminando na P21, à frente apenas da sua companheira de equipe, Tatiana Calderon.

 

Depois do treino classificatório da FIA Fórmula 3 os pilotos da FIA Fórmula 2 vieram para a pista. Era a hora de fazer a classificação e, desta vez, nada de pneus duros, com os pilotos usando os dois jogos de pneus macios que ainda não haviam sido usados e ao pilotos teriam que encontrar o ritmo rapidamente, especialmente com a temperatura da pista tendo praticamente dobrado.

 

Assim como foi no treino da FIA Fórmula 3, os pilotos foram logo pra pista buscar tempos rápidos. Enzo Fittipaldi foi um dos primeiros a deixar os boxes. Felipe Drugovich saiu “no meio do bolo”, mas trabalhou bem a posição no tráfego e fez uma ótima primeira volta. Na transmissão não estava aparecendo os tempos de volta. Enzo Fittipaldi não virou uma boa volta e depois das primeiras tentativas, ficou apenas na P16. Theo Porchaire bateu soxinho na curva 3  e acabou com seu treino, provocando a bandeira vermelha (a primeira?), parando o cronômetro com pouco menos de 22 minutos para o fim.

 

 

Além da retirada do carro da ART Grand Prix, era preciso arrumar a barreira de proteção. Teria sido efeito da exigência da rápida adaptação aos pneus macios e a temperatura de pista duas vezes mais alta que no treino livre? A batida do principal adversário na disputa pelo título era uma chance de ouro para Felipe Drugovich. O tempo de parada foi grande e no instante da parada, daria pra fazer mais uma volta rápida antes de colocar o segundo jogo de pneus macios.

 

Quando o treino recomeçou Enzo Fittipaldi foi um dos primeiros a ir pra pista, buscando pegar a menor interferência possível, mas o brasileiro errou na volta e retornou aos boxes. Felipe Drugovich ficou na pista com quase todos nos boxes, mas acabou recolhendo aos boxes e, com metade do treino, Felipe Drugovich estava na P4 e Enzo Fittipaldi numa preocupante P18. O carro da Charouz estava deixando expostos suas limitações.

 

Com pouco menos de 13 minutos de treino pela frente os pilotos foram voltando pra pista com pneus novos. Enzo Fittipaldi fez uma boa volta, mas os pilotos que vieram a seguir foram melhorando seus tempos, mas Felipe Drugovich impôs meio segundo em todo mundo e nem Jack Doohan conseguiu supera-lo, segurando a pole provisória faltando 5 minutos para o fim da sessão. Enzo Fittipaldi era o P12... mas em Zandvoort sempre tem uma bandeira vermelha à espreita.

 

 

Jehan Daruvala errou, rodou sozinho e deixou o carro apagar, provocando a segunda bandeira vermelha da sessão com 4 minutos para o fim. Nessa altura Felipe Drugovich tinha a P1 e Enzo Fittipaldi a P13, mas havia tempo para os pilotos voltarem à pista e fazerem mais uma volta rápida. O intervalo foi menor até a volta da bandeira verde, mas Felipe Drugovich saiu do carro, trocou cumprimentos com a equipe apenas 5 pilotos foram pra pista, mas a pole era do Brasileiro da MP Motoresport. Enzo Fittipaldi ficou com a P13. Theo Pourchaire, que bateu, ficou apenas na P16.

 

Logo após o treino de classificação da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 2 vieram pra pista. Era a hora da ‘sprint race’ e Felipe Drugovich precisava estar com a cabeça bem voltada para o campeonato, buscando evitar problemas na largada, já que saia na P10 pelo grid invertido. Enzo Fittipaldi estava na P13 e o adversário pelo título saia na P16.

 

Após a volta de apresentação os carros alinharam no grid e, apagadas as luzes para as 29 voltas programadas, Felipe Drugovich fez uma largada segura, evitou confusões, mas mergulhou por dentro na curva 3 para manter a sua P10. Enzo Fittipaldi também fez uma largada segura e manteve-se na P13. Theo Pourchaire, errou sozinho na abertura da segunda volta e por pouco não ficou preso na caixa de brita da curva Tarzan. Duas voltas depois Olli Caldwell por pouco não chamou o safety car.

 

 

Após 5 voltas entramos naquela situação do “ninguém passa ninguém”, mas para Felipe Drugovich isso não era problema: Theo Pourchaire era o P20! O problema estava para Enzo Fittipaldi, que estava na P13 e só os oito primeiros pontuam. Cinco voltas passadas e nenhuma posição mudou no pelotão inteiro! Felipe Drugovich vinha variando sua distância para Jack Doohan em torno de 1s. Enzo Fittipaldi vinha a 6 décimos de Amauri Cordeel.

 

Na abertura da volta 18 Jack Doohan errou a tomada da Tarzan e quase se complicou, Felipe Drugovich tentou um ataque, mas isso atrapalhou o brasileiro que precisou frear mais forte e acabou perdendo contato com o australiano, mas logo retomou o ritmo e a diferença voltou a cair de 1s. Enzo Fittipaldi continuava perseguindo Amauri Cordeel e – finalmente – aconteceu uma ultrapassagem: Jehan Daruvala passou Marino Sato!

 

 

Jack Doohan perdeu contato com Logan Sargeant, ficando a 1,6s do carro à sua frente, segurando Felipe Drugovich. Faltando 5 voltas para o fim, a distância entre os 10 primeiros espaçou em mais de 1s na maior parte das disputas. Felipe Drugovich fez a volta mais rápida aproveitando o gap para Jack Doohah na volta 26, pouco depois, Tatiana Calderon, que já havia largado dos boxes, saiu da pista e atolou em uma caixa de brita.

 

Faltando 3 voltas para o final, o safety car veio pra pista e a corrida ficou com tudo para se decidir em uma última volta insana. Na relargada, Felipe Drugovich fez uma largada segura e manteve a P10. Enxó Fittipaldi continuou na P13. Iwasa passou Verschoor e tomou a P6. Com o ponto da melhor volta, Felipe Drugovich marcou mis um ponto e ampliou a vantagem para Theo Pourchaire no campeonato para 46 pontos. Enzo Fittipaldi terminou na P13.

 

No domingo, logo em seguida à corrida da FIA Fórmula 3, os pilotos da FIA Fórmula 2 vieram pra pista. Era hora da ‘feature race’, com a troca obrigatória de pneus e com a estratégia das equipes tendo um papel fundamental numa pista onde as ultrapassagens são muito complicadas. Um problema para Enzo Fittipaldi, que largava na P13 e tinha que ganhar posições pra pontuar. Uma preocupação extra para Felipe Drugovich: nas três corridas anteriores a essa em Zandvoort o pole position não conseguiu manter a posição!

 

 

Os 8 primeiros optaram por largar de pneus macios. A partir daí, alguns pilotos optaram por largar com pneus duros e inverter o momento da parada. Apagadas as luzes vermelhas para as 40 voltas, Felipe Drugovich quebrou a escrita e manteve a ponta largando na frente, mas antes de completarem a primeira volta tivemos a entrada do safety car na pista depois que Logan Sargeant entrou com tudo na barreira de proteção na curva 7. Enzo Fittipaldi ganhou uma posição na largada e passou Juri Vips no meio da volta subindo pra P11.

 

Antes da abertura da volta 5 a direção de prova, vendo o estrago na barreira de proteção e entendendo que o trabalho de recuperação não seria rápido, colocou a bandeira vermelha e interrompeu a prova. A demora poderia provocar a redução do número de voltas, com a corrida terminando por limite de tempo, mas a equipe de manutenção trabalhou rápido, afastando – inicialmente – esse risco de redução do número de voltas.

 

 

A relargada veio depois de 20 minutos parados, os pilotos voltaram pra pista atrás do safety car e na largada lançada Felipe Drugovich foi brilhante e abriu vantagem sobre Jack Doohan. Enzo Fittipaldi largou bem e manteve a P11, atacando Frederik Vesti, que estava de pneus duros e tomou a P10 na abertura da volta 7. Em 2 voltas Jack Doohan, mesmo sem asa móvel aberta, tirou a diferença pra Felipe Drugovich.

 

Enzo Fittipaldi aproveitou a escapada de Jehan Daruvala e subiu pra P9. Os pilotos começaram a ir para os boxes Enzo Fittipaldi era o P8 quando, na abertura da volta 11. Felipe Drugovich tinha 1,3s de vantagem sobre Jack Doohan enquanto mais pilotos que largaram de pneus macios iam entrando nos boxes. Enzo Fittipaldi era o P17 na abertura da volta 13, volta em que Jack Doohan foi para os boxes.

 

 

Felipe Drugovich parou na volta seguinte e voltou pra pista com uma boa vantagem, na P9 e com a roda presa da Tatiana Calderon entre eles. Drugovich era o P9. Com os carros parando, o pessoal que parou ia subindo na classificação. Enzo Fittipaldi perdeu nos boxes a posição para Juri Vips. Marino Sato, depois de sair dos boxes saiu reto na curva 5 por ter perdido o pneu mal fixado nos boxes, batendo na barreira de proteção na volta 17. Safety car na pista!

 

Felipe Drugovich era o P7 e Enzo Fittipaldi o P16 na altura. O regulamento da corrida não permitia parada nos pits para troca obrigatória durante intervenções do safety car. Essa entrada beneficiou quem já tinha parado, especialmente Enzo Fittipaldi, que encurtou a distância para os carros da frente. A corrida foi retomada na abertura da volta 22. Antes da relargada, que o líder Liam Lawson segurou até o limite, tivemos o chamado “efeito sanfona” e nessa Richard Verschoor acertou a traseira de Jack Doohan, que foi tirado da corrida.

 

 

Outras batidas aconteceram na reta e o safety car voltou para pista. Com tudo isso, Enzo Fittipaldi subiu pra P11, com 6 carros à sua frente tendo que parar para a troca de pneus obrigatória. A relargada veio na abertura da volta 26 e desta vez Liam Lawson acelerou mais cedo e alguns dos carros entraram para os boxes com a bandeira verde. Felipe Drugovich largou bem e manteve sua posição, Enzo Fittipaldi subiu para a P8 com os 3 carros que pararam.

 

Na volta 27 apenas Liam Lawson e Frederik Vesti  eram os únicos que não tinham trocado pneus. Lawson parou na abertura da volta 28 quando a direção de prova mudou a questão da duração de prova para o critério de tempo. Na abertura da volta 29, Vesti foi para os boxes e Felipe Drugovich reassumiu a ponta. Enzo Fittipaldi era o 5° (largando da P13, mais um “milagre” do brasileiro da Charouz.

 

Mesmo com a corrida terminando por tempo, os pilotos completaram mais de 75% de prova e os pilotos vão somar a pontuação completa. Felipe Drugovich vinha mantendo Richard Verschoor 1s atrás dele e Enzo Fittipaldi também vinha se mantendo à frente de Amauri Cordeel. Os pilotos que pararam por último e colocaram pneus macios vinham fazendo as voltas mais rápidas, mas não tinham como ameaçar Felipe Drugovich e Enzo Fittipaldi.

 

 

Nos 5 minutos finais de corrida Amauri Cordeel se aproximou muito de Enzo Fittipaldi enquanto Felipe Drugovich abria 2s para Richard Verschoor. Cordeel deu uma errada feia e parou de ameaçar Fittipaldi a 2 minutos do final. Felipe Drugovich venceu sua 5ª corrida da temporada. Enzo Fittipaldi conseguiu uma espetacular P5 em se tratando de ganhar 8 posições em Zandvoort... de Charouz!. O adversário, Theo Pourchaire foi o P10.

 

Com a vitória o brasileiro saiu de Zandvoort com 233 pontos, 70 de vantagem para Theo Pourchaire e com chances de ser campeão já na “sprint race” em Monza, apesar de ser muito cedo pra especular sobre o quê e como, mas dá pra “passar a régua” no final das duas corridas. Enzo Fittipaldi, com mais 10 pontos saiu da Holanda com 111 pontos e a 7ª posição no campeonato. Com apenas uma semana de intervalo, a gente pode voltar a ter um brasileiro campeão numa categoria de acesso à F1.

 

PRO 2000

O encerramento da temporada da PRO 2000, estágio intermediário do programa Road to Indy, aconteceu no autódromo de Portland, no estado do Oregon, costa oeste dos Estados Unidos, com uma rodada tripla. Kiko Porto iria acelerar neste belo circuito pela primeira vez na vida. A USF 2000 não havia ido para essa pista quando o nosso representante estava na categoria.

 

 

Na quinta-feira os pilotos tiveram três sessões de treinos livres e Kiko Porto, mesmo estando pela primeira vez neste circuito, conseguiu fazer o 3° melhor tempo. Na segunda sessão, o brasileiro melhorou seu tempo de volta, mas ficou apenas na P6, mas menos de meio segundo do melhor tempo obtido, mostrando que o caminho para o acerto estava bom.

 

O problema foi que, na última sessão do dia o brasileiro ficou apenas com a P10, mais de 6 décimos distante da P1. Na manhã da sexta-feira, no treino de classificação, Kiko Porto voltou a virar rápido e marcou o 4° melhor tempo e colocou o carro na segunda fila para a primeira corrida, que aconteceria algumas horas depois. Como o circuito tem bons pontos de ultrapassagem, era uma boa posição.

 

 

No início da tarde do sábado tivemos a primeira corrida com os 15 pilotos inscritos para as provas do final de semana enfrentando o sol alto e o asfalto quente para as 30 voltas da corrida. Kiko Porto estava largando na P4, ao lado do seu companheiro de equipe que ele superou com folga na USF 2000, mas que este anos viu as coisas tomarem o caminho oposto, mas isso faz parte.

 

Após uma volta de apresentação, os carros alinharam atrás do safety car, dois a dois, e com o grid ajustado veio a bandeira verde na longa reta e praticamente todos erraram a freada da chicane, fritando os pneus e tivemos batidas, o que provocou a entrada da bandeira amarela e Kiko Porto acabou sendo acertado por trás, rodando e ficando parado na área de escape. O acidente provocou a entrada do safety car e, voltando pra pista, Kiki Porto caiu para a P15, mas seu carro não estava em condições de continuar e ele precisou abandonar a corrida, lamentavelmente. 

 

 

No final da tarde os pilotos voltaram à pista para a segunda das três corridas programadas. A transmissão teve alguns problemas e só tivemos as imagens dos carros já na volta de apresentação. Felizmente o sistema de classificação não foi por voltas na corrida anterior e sim com a segunda melhor volta rápida do treino de classificação. Com isso Kiko Porto estava largando na P3, mas era preciso ter cuidado com a freada da chicane após a largada.

 

Depois de completarem a volta de apresentação os carros alinharam dois a dois atrás do safety car que saiu e deixou os 15 pilotos prontos para a bandeira verde na reta dos pits. Agitada a bandeira verde, Kiko Porto largou bem, ninguem fez loucura na chicane e o brasileiro tomou a P2 nessa corrida programada para 30 minutos de duração. Os 3 primeiros foram abrindo vantagem, mas Kiko Porto estava mais próximo de um ataque de Louis Foster do que a atacar Reece Gold.

 

 

Após 5 voltas Kiko Poeto não tinha mais conato com o líder e ia segurando um pelotão que ia até o P5, com Louis Foster muito próximo dele. O brasileiro apertou um pouco o ritmo, com ele e Foster se afastando de Enaam Ahmed, mas isso só durou até a tenativa do líderdo campeonato tomar a P2, o que reagrupou o pelotão. Na volta seguinte, Louis Foster tomou a P2 de Kiko Porto, que passou a ser atacado por Enaam Ahmed.

 

 

Na altura da metade da corrida Kiko Porto tinha conseguido uma pequena vantagem sobre Enaam Ahmed, que estava mais preocupado em se defender dos ataques de Jack Miller, mas o brasileiro tinha perdido totalmente o contato com o P2, Louis Foster. Faltando 5 voltas para o fim, Kiko Porto tinha 8 décimos de vantagem e ia segurando a P3, e a manteve até a bandeira quadriculada, voltando a subir no pódio neste ano bem difícil.

 

Na tarde do sábado tivemos a corrida que encerrou a temporada da PRO 2000. Kiko Porto estava largando na P3, mesma posição que largou na corrida 2 e, mais uma vez, teria que tomar os cuidados que tomou na corrida 2 para evitar o problema ocorrida na corrida 1, quando foi acertado por trás e tirado da corrida. O tempo estava bom, a pista seca, a temperatura boa e não havia perspectiva de chuva.

 

 

Após a volta de apresentação os pilotos alinharam dois a dois e foi dada a bandeira verde para as 30 voltas. Kiko porto tomou a linha interna e mesmo com o pessoal indo para o tudo ou nada, desta vez o brasileiro não foi atingido e conquistou a P2, ajudado por Louis Foster ter sido forçado a furar a chicane. Reece Gold tomou a ponta como na corrida 2. No complemento da primeira volta Kiko Porto tinha uma pequena vantagem sobre Nolan Siegel.

 

Com 5 voltas completadas o líder tinha conseguido uma frente confortável, mas Kiko Porto vinha sendo atacado por seu companheiro de equipe, Logan Siegel e a direção mais defensiva o fazia perder tempo em relação a Reece Gold. Enaam Ahmed tentava acompanhar os carros da De Force, mas a partir daí, Jack Miller já estava razoavelmente distante. Quem vinha tentando se recuperar era Louis Foster, que caiu para a P10.

 

 

Com um terço de corrida passado, exceção feita aos ataques de Louis Foster, a corrida estava relativamente “morna”, com Kiko Porto tendo conseguido fugir da pressão de Nolan Siegel, mas ele e Enaam Ahmed vinham no mesmo ritmo enquanto o líder ia abrindo 2 décimos por volta. Com o passar das voltas, Nolan Siegel foi perdendo contato com Kiko Porto, que na volta 15 já tinha 2s de vantagem sobre ele, mas estava 2,8s atrás de Reece Gold.

 

Faltando 10 voltas para o final os narradores não sabiam mais o que falar sobre a corrida. A única ação na pista era o pelotão liderado pelo P5, Jack Miller ao P8, Louis Foster. Kiko Porto estava a mais de 3s de Reece Gols e tinha quase 2,5s sobre Nolan Siegel. A única coisa que poderia mudar a corrida seria uma bandeira amarela, o que agruparia o grid e criaria alguma emoção para as voltas finais.

 

 

Como a bandeira amarela não veio, Kiko Porto garantiu o segundo pódio do final de semana, desta vez com uma P2. Com os pontos conquistados no último final de semana da temporada o piloto brasileiro terminou o campeonato na 7ª posição com 290 pontos. Louis Foster foi o campeão e agora é esperar para ver qual vai ser o direcionamento de carreira do piloto brasileiro para 2023

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Sunday, 04 September 2022 23:25 )