Max Verstappen conquistou no domingo, em Spa-Francorchamp, sua décima vitória nesta temporada, dos 14 Grandes Prêmios corridos. Faltando oito corridas para encerrar o campeonato, dificilmente o holandês será superado. Com 284 pontos conquistados, contra 191 de Perez e 186 de Leclerc, somente uma catástrofe, totalmente indesejável, pode tirar tanto o título de piloto como o de construtor da Red Bull.

Guiando como verdadeiro campeão, largou na 14ª posição por ter trocado componentes do motor, depois de ter feito o melhor tempo, meio segundo mais rápido que seu mais próximo perseguidor, foi superando os adversários um a um, com calma, sem cometer qualquer erro, cuidando dos pneus. Chegou à sua vitória mais tranquila do ano. Ficou comprovado também que dispõe do melhor carro do grid. — Esse carro da Red Bull é de outro planeta, disse Carlos Sainz, da Ferrari, o terceiro colocado na prova.

Nascido em 30 de setembro de 1997, na cidade de Hasselt, na Bélgica, assumiu a cidadania holandesa. Aos 24 anos de idade já disputou 155 Grandes Prêmios e venceu 29 vezes. É o oitavo em número de vitórias nos quase 73 anos de Fórmula 1. Não é prematuro afirmar que se trata de um supercampeão, que dominará a década de 2020.

Consultando os resultados históricos verificamos que a cada década vem se repetindo o domínio de, na maior parte dos casos, dois pilotos em cada década. Vejamos: na década de 1950-1959 dominaram os pilotos Juan Manuel Fangio (campeão em 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957) e Alberto Ascari (campeão em 1952 e 1953), na década de 1960-1969 dominaram Jack Brabham (campeão em 1960 e 1966) e Jim Clark (campeão em 1963 e 1965), na década de 1970-1979 foram três os dominadores: Jackie Stewart (campeão em 1971 e 1973), Emerson Fittipaldi (campeão em 1972 e 1974) e Niki Lauda (campeão em 1975 e 1977), na década de 1980-1989 Nelson Piquet (campeão em 1981, 1983 e 1987) e Alain Prost (campeão em 1985, 1986 e 1989), na década de 1990-1999, dominaram Ayrton Senna (campeão em 1990 e 1991), Michael Schumacher (campeão em 1994 e 1995) e Mika Hakkinem (campeão em 1998 e 1999), na década de 2000 a 2009, foram os maiores vencedores Michael Schumacher (campeão em 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004) e Fernando Alonso (campeão em 2005 e 2006), na década de 1010 a 2019 os maiores campeões foram Sebastian Vettel (campeão em 2010, 2011, 2012 e 2013) e Lewis Hamilton (campeão em 2014, 2015, 2017, 2018 e 2019). Na década em que nos encontramos Lewis Hamilton (campeão em 2020) e Max Verstappen (campeão em 2021) começaram dominando.

O domínio de Verstappen pode parecer fácil ter conseguido se estabelecer como o melhor conjunto homem-máquina. Esse é o resultado de um imenso esforço conjunto, que envolve todos os membros da equipe. Essa busca por excelência é o objetivo de todas as equipes. A diferença entre o esquema campeão e os demais é uma linha muito fina, que não pode ser observada a olho nu.

Vamos curtir o momento histórico, que nos revela mais um piloto excepcional. Que venham muitos outros.

Luiz Carlos Lima

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.