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WRC, MotoGP, Indy e NASCAR – velocidade e emoção pra todos os gostos PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 22 August 2022 08:27

Olá leitores!

 

Como passaram essa semana? Quase certamente melhor que esse vosso escriba, que após 2 doses de Coronavac (fora do Brasil, Sinovac) e uma de Pfizer, tomei a 4ª dose com a AstraZeneca... e passei tão mal quanto quando eu peguei Covid mês passado. Ainda bem que a reação à vacina foi bem mais curta que a doença em si, mas... não vou dizer que achei interessante, ou que se em uma dose de reforço futura eu puder escolher o imunizante eu pediria a tal AstraZeneca. Definitivamente, Astra só o carro (Vauxhall, Opel, Chevrolet, a marca do fabricante fica por conta da sua nacionalidade e do país em que foi fabricado o mesmo).

 

E vamos começar o assunto “pé no fundo” com o WRC. Sim, vocês terão uma cobertura bem mais completa na coluna dos nossos especialistas no assunto, mas eu confesso que adoro a modalidade, e mesmo sem conhecer tão a fundo eu não consigo deixar de dar uma leve passada sobre o assunto. O Mundial de Rali foi até a Bélgica para mais uma etapa de asfalto, na qual Thierry Neuville (Hyundai) esperava fazer bonito perante a sua torcida... mas na tarde do sábado um subesterço inesperado fez com que caísse com o carro numa valeta. A torcida foi rápida em colocar o carro de volta na pista, mas ele acabou abandonando pouco mais de 1 km adiante, por conta dos danos sofridos no acidente. Dessa maneira, o caminho ficou livre pra Ott Tänak (Hyundai) conquistar mais uma vitória nessa temporada e assumir a vice liderança do campeonato. Foi acompanhado no pódio por um dobradinha de Toyotas, Elfyn Evans em 2º e Esapekka Lappi em 3º. A vitória de Tänak só não foi mais efetiva em termos de luta pelo título pois o líder do campeonato, o jovem (21 anos) finlandês Kalle Rovanperä, lidera o campeonato pela bagatela de 72 pontos de vantagem. Não serei leviano em afirmar que o título é dele, MAS ele possui uma margem de negociação muito grande para se tornar o mais jovam campeão mundial de Rali da história. Oliver Solberg, filho do meu grande ídolo Petter Solberg, terminou em um honesto 4º lugar, e dentre os 10 primeiros colocados tivemos 3 carros do WRC2, agraciados que foram com acidentes e quebras do pessoal da categoria principal. Próxima etapa o histórico Rali Acrópole, uma das etapas de cascalho mais difíceis que existe, com uma grande quantidade de pedras dos mais variados tamanhos dispostas a desafiar a precisão de direção dos pilotos e a resistência dos carros.

 

A Indycar foi até Saint Louis para a última etapa em pista oval da temporada, que como de costume nessa época do ano no sul dos EEUU teve problemas com o clima. Mesmo com a largada antecipada em 2 horas, a segunda metade da corrida foi interrompida por conta da chuva, mas em respeito ao público que pagou os ingressos eles esperaram a chuva passar, secaram a pista e foram até o final. Quem se deu bem foi Josef Newgarden, que fez um ótimo final de corrida, venceu uma disputa muito limpa com Scott McLaughlin (que terminou em 3º), cruzou a bandeirada em 1º e agora está grudado no líder do campeonato, seu companheiro de Penske Will Power, que foi o piloto que mais voltas liderou nessa corrida (128 das 260 voltas) mas terminou apenas em 6º lugar. O 2º lugar ficou com a jovem revelação David Malukas, que arrancou um ótimo desempenho do seu carro e certamente garantiu sorrisos na garagem da Dale-Coyne ao final da corrida. “Pato” O’Ward batalhou muito, mas teve de se contentar com a 4ª posição no final. Helinho Castroneves terminou em 15º, imediatamente atrás de Jimmie Johnson. As duas últimas etapas serão Portland e o encerramento da temporada se dará na ótima Laguna Seca, pista de tantas boas lembranças para o fã da categoria. E os 7 primeiros colocados estão separados por pouco mais de 50 pontos, ou seja, no fundo tudo ainda está em aberto. Acho que não nos decepcionaremos com esse fim de temporada.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até a Áustria para mais uma etapa, dessa vez com a novidade de uma chicane que transformou a segunda curva (antes feita a pleno acelerador) em uma chicane, nem das mais apertadas, mas o suficiente para cumprir seu objetivo de diminuir a velocidade das motos pra chegada da curva seguinte, palco de alguns acidentes assustadores nos últimos anos. Nos treinos o pessoal andou se atrapalhando ali, mas nas corridas tudo aconteceu conforme o previsto. Na Moto3, dobradinha japonesa no pódio, com Ayumu Sasaki vencendo a corrida pela “gigantesca” vantagem de 6 centésimos de segundo sobre Tatsuki Suzuki. Em 3º chegou David Muñoz, que ganhou importantes posições no finalzinho da corrida e foi merecidamente premiado com o pódio. Destaque para o brasileiro Diogo Moreira, que com uma moto que – definitivamente – não é de ponta conseguiu mais um ótimo resultado, cruzando a bandeirada em 6º lugar. Ah, se ele tivesse uma Leopard ou Tech 3... resta aguardar que alguma equipe de ponta reconheça o talento dele. Na Moto2 tivemos vitória... japonesa. O Honda Team Asia dominou a corrida na casa da Red Bull e seus dois pilotos enfiaram pouco mais de 7 segundos e meio sobre o 3º colocado Jake Dixon. Mas não pensem que por conta de serem da mesma equipe houve camaradagem... Somkiat Chantra mostrou que estava com uma moto rápida no final, e na última volta tentou passar Ai Ogura, que na busca da liderança do campeonato reagiu e recuperou a liderança na última curva. Imagino que deva ter rolado uma conversinha amigável com menino Chantra após a corrida. E na MotoGP Francesco “Pecco” Bagnaia conquistou sua 3ª vitória seguida, o que é um bom passo na disputa do campeonato, mas... talvez um pouco tarde. Afinal, o líder do campeonato é Fabio Quartararo, que além de veloz tem a qualidade da constância, ao passo que os pilotos Ducati, seja as oficiais, seja as satélites (que poderiam tirar pontos de Quartararo e ajudar Pecco nessa luta) vivem caindo e/ou perdendo rendimento no final das corridas. Bagnaia não pode contar apenas com si mesmo nessa disputa pelo campeonato, mas... está meio prejudicado pelo começo de temporada meio inconstante. De qualquer forma é um marco, já que desde Casey Stoner em 2008 que uma moto Ducati não vencia 3 provas em seguida. Em 2º terminou Quartararo, posição assumida após uma ousada ultrapassagem sobre Jack Miller entre a primeira e a segunda pernas da nova chicane. Miller tentou buscar o francês, mas os pneus escolhidos já mostravam perda de rendimento. Talvez se Jorge Martin não tivesse caído, Miller poderia perder também a 3º posição. Mas quem se deu mal mesmo nessa etapa foi Joan Mir, que na 4ª curva da corrida levou um mega tombo no qual rompeu os ligamentos do pé direito. Esse sim tem Mir motivos para reclamar da falta de sorte (desculpem, o trocadilho foi inevitável).

 

E a NASCAR foi até Watkins Glen para aquilo que deveria ter sido uma das mais agradáveis corridas da temporada. Juntando o pavor por raios (nem estavam tão perto assim da pista) e a falta de saber o que fazer quando chove, a hora que a corrida começou de verdade eu já estava com menos paciência com a direção de prova da corrida do que eu tenho com os defensores de políticos – e eu tenho paciência (e tolerância) zero com defensores de políticos. E tirando as voltas finais, já com o Sol se aproximando do horizonte, mas com a pista totalmente seca, a corrida também deixou um bocado a desejar. Ou talvez não, mas enfim, minha paciência e tolerância com esse povo que não sabe lidar com as interpéries já tinha acabado faz tempo. E aproveitando o patrocinador principal da corrida (Go Bowling at the Glen), o pessoal só acostumado a virar para a esquerda se atrapalhou em uma pista no sentido horário, promovendo alguns “strikes” durante a prova. Enfim, quem comemorou de verdade esse final de semana foi Kyle Larson, que venceu a prova da XFinity no sábado e a prova da Cup no domingo. Foi seguido por Allmendinger em 2º, Logano em 3º, Chase Elliott (que teve chances reais de vitória) em 4º e com Daniel Suárez fechando o Top-5. Próxima semana tem a corrida noturna de Daytona, e espero que a direção de prova faça menos lambança... em Watkins Glen a coisa foi feia.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.