No final da atual temporada a Fórmula 1 estará se despedindo do piloto alemão Sebastian Vettel, aos 35 anos de idade (nascido em 3 de julho de 1987, em Heppenheim).

Vettel pode ser considerado entre os melhores pilotos da história. Com 53 vitórias conquistadas, quatro títulos mundiais consecutivos (2010-2013). Não existem formas seguras de se provar que um determinado piloto é “o melhor de todos os tempos”. Se Ayrton Senna não tivesse morrido quantas vitórias e títulos ainda conquistaria? Se Alberto Ascari não tivesse morrido Juan Manuel Fangio seria pentacampeão do mundo? Devemos concluir que existiram alguns pilotos que apresentaram desempenho excepcional. Entre eles deve ser incluído Vettel.

Com suas 53 vitórias conquistadas é o terceiro em números absolutos, sendo superado apenas por Lewis Hamilton, com 103 e Michael Schumacher com 91. Superou pilotos como Alain Prost (51 vitórias), Ayrton Senna (41) e Fernando Alonso (32).

Seus quatro títulos mundiais colocam Vettel em quarto lugar, empatado com Alain Prost. Só foi superado por Michael Schumacher e Lewis Hamilton (sete títulos cada) e Juan Manuel Fangio (cinco títulos). Superou os tricampeões mundiais Jack Brabham, Jackie Stewart, NIKI lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna.

Vettel é detentor de um recorde que dificilmente será superado: 9 vitórias consecutivas em Grandes Prêmios, no ano de 2013. Superou as sete vitórias consecutivas de Alerto Ascari (1952-1953), Michael Schumacher (2004) e Nico Rosberg (2015-2016), e as seis vitórias de Michael Schumacher (2000-2001).

Em pole positions conquistadas Vettel é o quarto da história, com 57. Foi superado por apenas três pilotos: Lewis Hamilton (103), Michael Schumacher (68) e Ayrton Senna (65) e superou Jim Clark (33), Alain Prost (33), Nigel Mansell (32) e Nico Rosberg (30).

Pódios conquistados também é um importante quesito na carreira de Vettel na história. É o terceiro em número e foi ao pódio 122 vezes. Superado apenas por Lewis Hamilton (188) e Michael Schumacher (155) e superou Alain Prost (106) e Kimi Haikkonen (103).

Sebastian Vettel vinha demonstrando falta de concentração, condição imprescindível para guiar com eficiência um carro de corrida. Seus interesses extra-automobilismo vinham ganhando mais espaço em seus principais interesses. Vinha se desligando das corridas de forma gradativa e, é provável, involuntariamente. Acredito que quando percebeu já estava vivendo outra realidade. E decidiu seguir por um novo caminho. Justo e natural.

Fica a lembrança de uma carreira vitoriosa, uma das mais bem sucedidas da história. Ocupa posição de destaque entre os melhores pilotos que o mundo das corridas de automóvel conheceu.

Luiz Carlos Lima