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Dia dos Pais com decisão da Fórmula E e a NASCAR em Richmond PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 15 August 2022 10:54

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Esse domingo se comemorou o Dia dos Pais aqui no Brasil, então deixo uma grande abraço a todos os leitores que são pais de verdade. Sim, contribuir para gerar uma nova vida não é ser pai, refiro-me aos que efetivamente são presentes na vida de suas crianças, adolescentes, jovens adultos, enfim, aqueles que não fizeram aquele papelão de engravidar a mãe e a largaram pra cuidar sozinha da criança. Eu pelo menos faço tudo o que posso para ser presente na vida da minha filha, mesmo tendo ela entrado na adolescência, aquela fase da vida em que a pessoa vive em seu próprio mundo. De vem em quando adolescentes deixam a gente participar do mundo deles, e acreditem, é uma sensação muito, muito boa. Perdi a conta de quantas vezes deixei algo que eu queria muito “de lado” pra dar atenção para ela, e eu acho que estou conseguindo levar a coisa em bom termo.

 

Definitivamente estou conseguindo ser melhor pai do que o pessoal da Fórmula E é “pai” do sítio de internet da categoria... que coisa mal cuidada, mal ajambrada, literalmente abandonada às traças. Fosse no Brasil a página da internet já estaria pedindo esmolas no semáforo. E tão ruim quanto a página, com toda a certeza, foi o palco da decisão do campeonato. Coreanos definitivamente são ótimos fazendo produtos eletrônicos, os estaleiros deles estão entre os melhores do mundo, hoje em dia fazem carros melhores que os alemães (tanto que os alemães de 3 pontas estão copiando os carros coreanos), possuem uma culinária bastante instigante (embora no geral muito apimentada para meu paladar), mas nenhum país ou povo é só elogios. Se vocês (assim como eu) não achavam a pista que recebeu a Fórmula Um na Coréia das mais inspiradas, ela passou a ser no mínimo nota 6,5 numa escala de 0 a 10 depois de ver o circuito urbano de Seul para o final da temporada da Fórmula Makita. Para não dizer que a pista foi uma inutilidade completa, a solução encontrada para ativar o Modo Ataque foi a melhor até agora; uma solução que deveria ser copiada pelas outras pistas. No tocante às corridas, os melhores momentos foram a bandeirada de chegada e o pódio. Aquele engavetamento no começo da corrida do sábado me lembrou dos tempos de infância, quando meus pais resolveram morar por um ano e meio em Botucatu, e na época não existiam os guard-rails da atualidade na subida/descida da serra pela Marechal Rondon, e especialmente no inverno de vez em quando ouvia meu pai comentar que o pessoal parava no acostamento da estrada e quando passava alguém que tinha “decorado a estrada” seguia atrás, e se o carro da frente errasse a curva e seguisse reto o pessoal que vinha atrás iria junto penhasco abaixo. Pois é, Norman Nato – retornando à categoria após se recuperar de uma fratura no pulso – deslizou no piso molhado, seguiu reto... e outros 7 carros atrás dele também foram para as barreiras de proteção. Drenagem da pista excelente, nota 2. Claro que isso levou à interrupção da corrida para que pudessem retirar o pessoal de lá... os 45 minutos de bandeira vermelha serviram pra melhorar as condições do tempo, e após a relargada com o safety-car o pessoal conseguiu se segurar melhor na pista, embora a corrida tenha terminado com o safety car na frente do pelotão por conta do acidente de Alexander Sims na estreita região do estádio. Pódio formado por Mitch Evans no degrau mais alto, com Oliver Rowland em 2º e Lucas di Grassi, em sua 99ª corrida na categoria, no 3º lugar, com Sérgio Sette Câmara terminando em 12º. Domingo, 100ª corrida da categoria (e 100ª do di Grassi nela), felizmente, não tivemos engavetamento na pista... mas a corrida foi um eficiente soporífero. O alívio de ver a bandeirada final foi grande. Vitória de Edoardo Mortara, que tentou mas não conseguiu evitar o título de Stoffel Vandoorne, que terminou em 2º trazendo para a Mercedes mais um título na categoria, justamente quando a empresa alemã copiadora de carros de passeio coreanos deixa a categoria. Saíram pelo topo, vencendo o Mundial de Pilotos e o de Construtores. O degrau mais baixo do pódio ficou com Jake Dennis, resultado que espero tenha conseguido arrancar um pequeno sorriso do patrão Michael Andretti lá nos EEUU, enrolado que anda com seus resultados inconstantes na Indycar e as estapafúrdias e descabidas recusas da Fórmula Barbie de deixar uma competente equipe estadunidense entrar na categoria (continuo afirmando, medo dos europeus de serem passados para trás por alguém mais competente que a Haas). Lucas di Grassi terminou em 5º e Sette Câmara em 13º.

 

Por falar em Fórmula Barbie, saiu semana passada a primeira entrevista do Michael Masi após ser convidado a se retirar do cargo de diretor de prova da categoria. Se sentindo injustiçado, tadinho. Não posso escrever o que penso a respeito, mas afirmo com todas as letras que ser perseguido por ele ter feito com a Mercedes o que ele cansou de fazer contra a Red Bull e a Ferrari faz com que eu não tenha a menor pena do cidadão em questão. Sugiro a ele que faça um app para jogar no celular, “Punish or Not with Masi”, com o jogador brincando de tomar decisões inconsistentes de uma corrida para outra e punindo alguns e deixando de punir outros. É o melhor que posso me referir a esse cidadão. Menos mal que a própria FIA consegue se enrolar no caso, com pilotos reclamando da adoção de limites de pista rígidos mesmo quando a área de escape é em brita (caso da Áustria), onde se você passar do limite de pista você VAI perder tempo. Nada como você se atrapalhar sozinho, né FIA? “Jenial”...

 

E a NASCAR foi para uma das pistas que mais gosto, o oval de 3/4 de milha de Richmond, em uma corrida muito mais tensa que a prova do começo de abril. Afinal, agora tem um bocado de gente tentando se garantir para os playoffs da categoria, que iniciam daqui a 3 etapas. Assim sendo, os dois primeiros estágios basicamente foram utilizados para verificar como os carros se comportavam em stints longos, consumo de pneus, combustível, e decorreram sem grandes novidades e poucos incidentes. Primeiro estágio vencido por Ross Chastain, segundo estágio vencido por Joey Logano. No estágio final, o crescente desempenho parecia indicar que Chris Buescher conseguiria a vitória que seria seu passaporte para os playoffs, passando Logano (sempre um piloto difícil de lidar na pista) com um bem executado trabalho de reabastecimento e troca de pneus, mas ele acabou perdendo tempo na negociação de tráfego com retardatários, o que não apenas fez com que Buescher deixasse de ter condições de atacar o líder Kevin Harvick (embalado pela quebra do jejum de vitórias na corrida anterior) como ficasse vulnerável ao ataque de Christopher Bell, com pneus mais novos, que assumiu a segunda posição a 4 voltas do final. E Bell tentou bravamente a vitória: se a pista tivesse volta mais longa ou tivesse passado Buescher umas 3 voltas antes, não tenho certeza que Harvick conseguiria segurar o ímpeto de Bell. Vitória confirmada de Kevin Harvick, segunda em seguida, com Bell em 2º, Buescher em 3º, Denny Hamlin em 4º e Chase Elliott fechando o Top-5. Próxima corrida, Watkins Glen, circuito permanente que viu a primeira vitória de Émerson Fittipaldi na Fórmula Um e deve ter uns fantasminhas sem cabeça assombrando as noites do pedaço, pista que é quase garantia de fortes emoções. Já na expectativa!

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.